Terráqueos

Terráqueos Sayaka Murata




Resenhas - Terráqueos


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Mari M. 02/12/2022

Surpreendente
As estrelas são pelos personagens e escrita da autora, que é uma delícia de ler assim como Querida Kombini. Mas...tem que estar preparado pro desenrolar desta história que em comum com o primeiro livro, só o tema cobrança da sociedade pra casarmos, termos filhos, trabalharmos etc...de resto toma um caminho bem sinistro e até nojento.
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Mariana.Villa 04/03/2022

Read at your own risk
Você acha que é uma coisa, e no fim é outra. Entendo que eles acabaram perdendo a humanidade no meio de sua ilusão. Todos eles não se encaixaram no conceito de « normal » da sociedade e desenvolveram uma repulsa pelas instituições sociais - o trabalho, o sexo, a família. Interessante leitura. Vale ver o final por um lado crítico (no sentido de analítico), enxergando os personagens dentro da realidade deles e não trazendo para o nosso « normal ». Entendi que o ato final foi o último passo para eles negarem a sua própria humanidade.
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Camila Gimenez 20/03/2022

O absurdo
Não sei se estava preparada para essa leitura. Provavelmente não.
Sayaka Murata mais uma vez me abalou. O desconforto que tive ao longos das quase 300 páginas foi algo que não sentia há um tempinho já.
Assim como em Querida Konbini, Sayaka nos traz uma personagem fora dos padrões. Completamente deslocada, descolada, alheia, à margem da sociedade e do mundo.
Natsuki acredita ser uma garota mágica. Um extraterrestre preso na forma de um urso de pelúcia lhe contou que ela tinha poderes e a ensinou a usá-los e são esses poderes que a ajudam a sobreviver à uma infância cheia de abusos, abandonos e limitações.
E são essas coisas que a tornam uma adulta disfuncional, que não se torna uma ferramenta digna da "Fábrica". E, honestamente, se essa não foi a leitura mais surreal que tive, é uma das mais. Desde o começo a pressão de seguir os moldes sociais, crescer, trabalhar, casar, ter filhos, vão engolindo as opções de se descobrir e ser você mesmo, podando toda e qualquer curva que saia desses ditames.
Powapipinpobopia é sua fuga, sua liberdade, sua promessa de poder ser quem ela realmente é. E conforme o livro vai chegando ao seu clímax, nada poderia ter me preparado para o que li.
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Priscila322 28/03/2022

Loucura
Quando começamos a ler terráqueos não temos ideia de onde este livro vai nos levar.

A simplicidade misturada a crueldade na sua forma mais humana. A bestialidade de pessoas simples. Monstros diários e fáceis de enxergar. Tudo isso só achei até hoje em literaturas orientais.

Não sei se amei ou odiei, não sei se é uma obra ou um monstro, mas ctz que não será esquecida tão fácil, feliz ou infelizmente.
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Gustavo.Romero 27/04/2022

A hipocrisia da normalidade
Vá bem preparado para essa leitura: se Querida Kombini era o esqueleto de crítica, Terráqueos é - em muitos momentos literalmente - as vísceras da crítica. Um tapa muito bem aplicado na cara da normalidade e da ridícula e nojenta submissão social feminina. Sim, nojenta - se você realmente entender isso ao final da leitura, o sombrio final do livro será a parte menos nojenta a ser lida. Boa viagem, Terraques.
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Jacky 08/05/2022

Paralelismo literário
A sensação que a autora me causa com essa obra me lembra muito a obra da Han Kang 'A vegetariana' e ao mesmo tempo 'A metamorfose' do Franz Kafka. Existe um incômodo evidente durante a leitura que causa certo desconforto ao leitor. Além das diversas críticas sociais induzidas na narrativa de cada um desses autores, a sequência temporal dentro de cada um dos romances se assemelha em certo ponto chegando até a criar certa semelhança quanto ao desfecho.
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sordeps 21/07/2022

comecei esse livro pois amei o outro da mesma autora, o famigerado ?querida konbini?, mas aqui a bizarrice ultrapassa um pouco os limites. contudo, entendo que sayaka quis nos mostrar até onde a gente precisa ir apenas para viver nossas vidas sem que as pessoas interfiram com suas opiniões e críticas pouco necessárias, além de mostrar como traumas na infância podem (e vão) afetar nossas vidas quando nos tornamos adultos. é um livro estranho, incomum, confuso, e de leitura MUITO desconfortável, mas no fundo ainda amo a cabeça maluca da sayaka por pensar tantas coisas mirabolantes.

TW: abuso físico e psicológico, family issues, pedofilia, canibalismo.
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marii torquato 20/08/2022

sayaka sempre arrasando
eu amo como ela cria cenários estranhos, inimagináveis e dentro deles cospe verdades e críticas sobre nossa realidade. ela questiona submissão feminina, a compulsividade humana pela reprodução e a necessidade de ser socialmente aceito. o livro é narrado por personagens de 0 filtro que dizem o que querem, fazem o que sentem e comem o que não devem. definitivamente mais profundo e desenvolvido do que querida kobini. recomendaria para aqueles de estomago forte e de mente aberta.
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Beatriz.Cruz 05/09/2022

Um estranho livro sobre trauma e pressão social
Esse é um excelente livro que disserta sobre o impacto dos traumas na vida adulta, as demandas do capitalismo e da pressão social. É difícil não se sentir desconfortável em vários momentos, mas a história é contada de uma maneira tão especial que nasce uma conexão com os personagens que sofreram tanto em sua infância.

Enfim, leitura altamente recomendada pra quem tem um estômago forte.
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Ariadne 19/10/2022

A narrativa é apresentada do ponto de vista de Natsuki, que nos conta sobre a sua vida, desde a infância até a vida adulta.

Ela cresceu negligenciada e maltratada pela família, que constantemente lhe dizia que ela nada mais era do que um estorvo. Por isso, não é de surpreender que sua imaginação se apoie na crença de que ela é uma alienígena.

Ao se sentir desajustada e não pertencente a esse planeta, ela se refugia no papel de “intrusa”. Sob esse disfarce, Natsuki tenta compreender o funcionamento do mundo e as regras da vida, como casar e ter filhos. Junto com ela, refletimos sobre as expectativas que a sociedade impõe a cada pessoa.

Mas, ao contrário do que as minhas palavras até então possam fazer parecer, esse não é um livro cujos questionamentos são feitos de maneira simples, e nem tranquilas. É uma leitura crua e desconfortável, longe de nos fazer sentir o famoso “quentinho no coração” ao final.

A autora expõe as hipocrisias e contradições da sociedade em muitos momentos que nos levam ao choque e ao horror. Fora os comportamentos extremos dos protagonistas 👀

Olha, essa é uma das leituras mais surreais que já fiz! Fiquei a semana toda pensando em como descrever esse livro, mas ainda me encontro baqueada com ele.

É um livro fácil de ler, mas super difícil de por em palavras. E o final, gente, O FINAL! Terei pesadelos eternos com ele!

site: https://www.instagram.com/p/CjqDV3_r1QW/
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Rafah_marrtins 13/11/2022

Um romance em camadas profundas
Terráqueos é um livro com um toque incomum, sua história no início é narrada por uma protagonista que está saindo da infância e entrando na adolescência, contudo, a forma como o livro é estruturado a cada parágrafo a autora acrescenta uma camada nessa narrativa que vai pra direções bastante perturbadoras, abuso emocional, violência e negligência são temas desse brilhante livro. A autora discorre ao longo do livro a condição humana de estar inserido dentro do sistema capitalista e sua lógica produtiva e reprodutiva da mão de obra, que os personagens se referem como a fábrica de fazer gente, essas camadas vão trazendo essas problemáticas em um nível que perturba, definitivamente me senti bastante incomodado na parte final do livro, embora seja essa intenção mesmo! Recomendo a leitura, só tome cuidado com os bichos de seda!
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livrosmortificados 18/11/2022

traumas e pressão social
esse livro me deixou completamente mal e pesada de vdd, ler sobre essas coisas e saber que não são apenas palavras em um papel mas sim coisas que acontecem é o mais triste de tudo.

1. Cérebro

No começo do livro quando natsuki tem apenas 11 anos podemos notar o quão criativa ela é, falando sobre magia, espaço, extraterrestres... achando tudo muito lindo no começo pensando "até onde será que isso vai?" até descobrimos o porquê dela ter criado esse "universo magico", as vezes quando precisamos de uma resposta pra tudo isso, toda essa dor e não temos, nosso cérebro inventa uma pra simplesmente nos proteger


2. Pressão Social

Natsuki constantemente fala sobre a "fábrica" no livro, na visão dela o mundo é como uma fábrica de produzir seres que só servem para reproduzir, trabalhar e depois morrer, o que acontece na visão dela é uma lavagem cerebral que acontece na puberdade, só que nela isso não acontece e na metade pro final ela fica falando muito sobre querer que aconteça logo essa lavagem nela oq me lembrou o suicídio filosófico de camus.
A autora faz uma crítica à sociedade capitalista no livro, onde parece que só servimos para reproduzir e trabalhar, a vida se torna monótona tanto que quando nos perguntamos o "porque?" disso nem sabemos.
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