Imago

Imago Octavia E. Butler




Resenhas - Imago


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Henrique Sanches 26/09/2023

Trilogia Xenogênese concluída com sucesso!!!
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Leitura #060/2023

"A impactante conclusão da trilogia Xenogênese, com a busca de Jodahs pela única coisa que a incrível ciência dos Oankali não pode prover? um milagre."

Neste terceiro livro, escrito em 1989, a autora acerta a mão mais uma vez e expande o universo criado em "Despertar", contando a história entre humanos e Oankali.

A narrativa continua fluida, mas o ponto de vista mudou. Dessa vez, acompanhamos a história pela perspectiva Oankali, com seus desejos e seus anseios.

Desde que os Oankali vieram pela primeira vez à Terra, descobrimos que seu objetivo, além de resgatar os poucos humanos sobreviventes, era criar um grande projeto de procriação, visando criar uma raça estelar melhor.

Se você pesquisar o significado de Imago vai encontrar uma explicação biológica representando uma fase adulta ou estágio reprodutor de um inseto e vai perceber como o título se encaixa com o personagem principal.

Imago representa o que acontece com Jodahs, um híbrido de Humano e Oankali, que ao começar sua transformação em "adulto" e sexualmente reprodutor, alcança um outro estágio, tornando-se Ooloi, com habilidade de manipular matéria ao ponto de mudar de forma, podendo curar ou até criar doenças.

Será que este primeiro Ooloi nascido de uma mãe humana vai ser a salvação ou a destruição do que restou da humanidade?

Se você quiser conhecer um scifi inteligente e sensível, fica a dica, leia a trilogia Xenogênese de Octavia Butler.

E boas leituras!
Neth. 26/09/2023minha estante
Vou ter que coloca los na lista.


Luisa647 26/09/2023minha estante
?????


Brujo 27/09/2023minha estante
Excelente Review !!! Li só o primeiro da trilogia e agora sei que preciso ler os outros dois o mais breve possível!


Regis 27/09/2023minha estante
Adorei sua resenha, Henrique! Essa trilogia está na minha lista. ??


Henrique Sanches 27/09/2023minha estante
Net, você já leu algo da Butler?


Henrique Sanches 27/09/2023minha estante
Obrigado, Brujo... eu gostei tanto do primeiro. Foi surpreendente, e me levaram aos outros dois... você curte ficção científica?


Henrique Sanches 27/09/2023minha estante
Oi Regis!!! Você já leu algo dela? Eu tinha lido Kindred, depois fui pra Despertar...


Brujo 27/09/2023minha estante
Gosto muito, sci-fi já é um vício na minha vida há mais de 2 anos.


Henrique Sanches 27/09/2023minha estante
Eu também curto... e é como um vício mesmo rsrsrsrs


Léia Dilkin 27/09/2023minha estante
No próximo mês termino essa trilogia!


Henrique Sanches 27/09/2023minha estante
Aí sim, Léia... ??? tem sci-fi nas suas veias!!!


Neth. 27/09/2023minha estante
Ainda não


Regis 28/09/2023minha estante
Não li nada da Octavia E. Butler, ainda, Henrique. Li uma curta biografia dela que falava, também, sobre sua importância para a ficção científica, o que despertou meu interesse em lê-la em algum momento. ?


Henrique Sanches 28/09/2023minha estante
Regis, se quiser começar por Kindred... um baita livrão!!!


Regis 28/09/2023minha estante
Farei isso, Henrique. Obrigada pela dica. ??


Henrique Sanches 28/09/2023minha estante
Tmj!!!???




Renata 01/06/2021

o encerramento de trilogia mais fraco dos últimos tempos
disparado, esse foi o livro mais fraco dos três da trilogia xenogênese.

[cuidado, pode haver spoiler dos livros anteriores nessa resenha.]

o primeiro livro, despertar, foi, na minha opinião, o mais impactante dos três: o "aprisionamento" dos humanos pelos alienígenas, os conflitos enfrentados pelos humanos nessa nova realidade, os sacrifícios que eles tiveram que fazer para poderem voltar à terra... o medo é o sentimento que permeia toda a história.

o segundo livro, ritos de passagem, também traz alguns conflitos, mas menos do que no primeiro; agora, já na terra, os humanos estão bem adaptados, vivendo suas vidas. e akin, o personagem principal, um constructo humano-oankali, defende a bandeira de que os humanos rebeldes deveriam ter o direito de se reproduzirem sem interferência oankali.

e esse terceiro livro...

sério, terminei o livro sem acreditar que aquilo era o final. o livro terminou abruptamente, sem explicar muita coisa, sem falar sobre a colônia de marte, sem encerrar dignamente a trilogia. eu fui até no google conferir se haveria um quarto livro, porque esse foi muito: wat ????

enquanto que nos livros anteriores havia toda uma profundidade filosófica acerca das nuances da humanidade, com muitas discussões sociológicas, imago é basicamente a história de um adolescente no cio procurando parceiros. kkk

não tem aquele 'quê' mais profundo que permeava os outros livros. não tem um conflito, não tem uma angústia, não tem uma tensão. tem só um constructo querendo nhanhar.

o livro não é exatamente ruim; octavia sabe escrever uma boa história. só é fraco comparado aos anteriores da trilogia.

ô decepção.
Qnat 08/06/2021minha estante
também fiquei muito decepcionado.
E olha que amo todos outros livros escritora!!!


Renata 14/06/2021minha estante
sim!! octavinha tá no meu core, mas esse livro... triste. kkk




Lucas.Silva 10/03/2022

Bom
Eu gostei muito desse livro. As novas complexidades apresentadas são muito interessantes, mas acabei me decepcionando, de certa forma, por conta do padrão que Ritos de Passagem colocou. Eu esperava um desfecho na história, no entanto não foi o que aconteceu. Acredito que a expectativa gerada pelo segundo livro da trilogia fez com que este se tornasse abaixo.
Guilherme2290 10/03/2022minha estante
essa resenha me fez colocar ritos na minha wishlist.


Lucas.Silva 11/03/2022minha estante
É maravilhoso, acredito que você não se arrependerá




Qnat 19/05/2021

o que menos gostei
Bom, esse livro fecha a trilogia Xenogêneses.

Mas não é bem um fechamento! Ele se foca em um novo personagem, Jodahs, que é o primeiro Ooloi constructo (híbrido Humano e Oankali). A sinopse que está na Amazon e contracapa não define o livro de modo algum.

No primeiro livro há um conflito da Lilith e seu contato com a cultura alienígena, suas decisões, estranhamento e até a raiva que sentimos durante o livro mostra que a autora trabalhou com maestria.

No segundo livro há o conflito de um constructo que passa mais tempo com os humanos, e propõem uma solução que FINALMENTE respeite a decisão humana. Mostra mais os rebeldes.

O terceiro livro é basicamente sobre.... nada. Ou melhor, sobre a "fome sexual" de um Ooloi "adolescente" (ou melhor, subadulto).
Essa deveria ser a verdadeira sinopse do livro.

Será que é spoiler falar que o livro não permite que se tenha spoiler, pois não há nenhuma revelação a se contar?

O conflito que guia a história é apenas um Ooloi "no cio" buscando acasalar, e tentando coagir humanos a serem seus parceiros, e sofrendo por isso. O livro fica quase que totalmente focado em descrever esses sentimentos sexuais bem como as tentativas de acasalamento do primeiro Ooloi constructo.

O problema é que isso não trás nada muito novo para a história, sem contar que os Ooloi são os seres mais chatos da galáxia (e desvirtuam totalmente o significado de "consentimento sexual"). Como desde o primeiro livro não tive empatia a esse seres, dificilmente me apaguei a esse personagem.

Assim, ter todo um livro focado apenas em descrever a tara de um adolescente alienígena... bom, não vi muito sentido nisso, nem novidades para a trilogia (já que todo esse lenga lenga dos oolois aparecem no primeiro livro entre Lilith e Nikanji)

Sinceramente sou muito, MUITO, fã de Octavia E. Butler, mas esse livro foge um pouco dos dilemas, daquela potência reflexiva e das discussão dos conflitos humanos que nos outros livros caracterizam tão brilhantemente a autora e o gênero de sci-fi.

O personagem criado tem um grande potencial, mas não é tão explorado. O que me segurou na leitura foi a esperança de algo acontecer... mas lá para os 80% do livro percebi que nada aconteceria. De qualquer modo, a escrita da autora é sempre muito interessante e agradável.

Outra coisa: Os rebeldes que ficaram são mais perversos que nos outros livros (e aparecem muito pouco). Não sei se os "melhores" foram para Marte, mas a visão da Octavia E. Butler é totalmente pessimista.

Imaginei que um livro em primeira pessoa, sob o ponto de vista de um Ooloi, traria alguma novidade, algum plot twist, algum suspiro de surpresa, ou até mesmos me convencesse que a espécie Oankali não é tão petulante quanto parecia.

Mas nada disso acontece. Sem revelações, sem surpresas, sem grandes debates filosóficos, sem novidades nesse livro aqui.

Espero não ter sido muito duro na crítica (talvez seja a decepção de esperar algo e receber outro). Se você é fã da autora, vale a pena conferir o livro por si só, claro.

E de qualquer modo, a trilogia de modo geral vale a pena.

site: @farol_de_areia
Adrya.Ribeiro 19/05/2021minha estante
Ai, que pena, estava super ansiosa para o fechamento.




lwthlarissa 28/05/2021

Imaculado
Gosto de distopias e ficção científica mas, ainda que o livro se encaixe nessa temática e tenha uma boa sacada, acredito que esse não seja seu ponto forte (de forma alguma a idéia do livro é fraca, muito pelo contrário). O ponto forte é da ligação perfeita entre a escrita da trilogia e sua temática a qual, após a leitura, justifica a si mesma para cada leitor o porquê foi tão merecedor dos diversos prêmios.

Avalio Imago não só como o livro em si, mas como o finalizador da trilogia xenogenese e, portanto, avalio a saga em si. A mudança entre os pontos de vista e os dramas de cada um a serem explorados em cada livro da trilogia deu um toque de justamedida ao história, como uma roupa muito bem custarada a mão por um alfaiate que tirou seus números com cuidado.

A transição entre os livros também é ótima, a leitura deles é rápida, demorei tanto pra finalizar Imago (cerca de duas semanas!) porque não queria me despedir da Autora, mas logo irei mergulhar em outro livro dela, de forma que não nos afastemos.
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brendanic 24/07/2021

Fiquei meio surpresa aqui com algumas resenhas dizendo que é o livro mais fraco da trilogia, pra mim é tão bom quanto o primeiro. Podia ser um pouco maior, concordo, queria mais dessa história. Pra sempre hehehe

Mas achei incrível a perspectiva de um ooloi, o processo dele de amadurecimento, de autodescoberta. Acompanhar a relação dos humanos com os Oankali pela perspectiva mais humana foi o que predominou na trilogia e ter agora uma visão mais de um ooloi, os mais fascinantes desse universo foi uma experiência incrível.

Talvez não tenha grandes reviravoltas, mas me pergunto se as pessoas não estão acostumadas demais com um formato de histórias que cada vez mais apela pra esse tipo de ferramenta, como se só assim uma história pudesse ser boa. Isso é muito... 2020. rsrs

Fiquei fascinada em acompanhar Jodahs como ooloi, gostei do fechamento da série não ser um fechamento 100%, até pq pra mim a grande questão de xenogênese é justamente essa mutabilidade, os diferentes caminhos que as espécies estão construindo juntas, não?

E vamos combinar que a habilidade da Octavia de fazer parecer completamente verossímil a perspectiva de Jodahs é surreal.
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Léo Leite 23/08/2021

como livro final da trilogia xenogênese é decepcionante. ele tem a mesma estrutura do ritos de passagem, que é maravilhoso, funciona como segundo livro de uma trilogia, mas enquanto encerramento não. os conflitos, principalmente diplomáticos, que foram desenvolvidos durante os dois primeiros, não tiveram uma resolução. octavia nos apresenta jodahs que pode vir a ser o elo que selaria esses embates, mas o resultado fica no campo da suposição. sendo o foco inteiro na linhagem da lilith, o que de certa forma poderia funcionar já que ela é a personagem central do primeiro, mas por não ser a do segundo e nem a do terceiro, o personagem principal da história passa a ser o ambiente, os conflitos, as relações. e esse personagem ficou sem uma conclusão.
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Brunna Fernanda Freire 23/09/2021

Xenogênese
Aqui a trilogia se encerra, deixando ainda aquele leve gostinho de querer mais, de desejar acompanhar um pouco mais essa história tão cativante.
Ainda considero o primeiro livro o melhor, mas também gostei bastante deste, que nos mostra a importância da confiança, do amor e da lealdade.
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Luiza Helena (@balaiodebabados) 19/10/2021

Originalmente postada em https://www.balaiodebabados.com.br/
Dentre os autores que conheci esse ano, Octavia está nesta lista. A trilogia Xegonêse é uma ficção científica única e bastante criativa. Infelizmente Imago não foi uma conclusão à altura da história.

Desde que humanos e Oankali começaram a acasalar e dar vida aos constructos, nunca houve alguém como Jodahs: um constructo que, em sua fase adulta, é o primeiro ooloi nascido de mãe humana. Por alguns ele é visto como milagre, por outros, uma ameaça. Mas cabe a Jodahs decidir seu futuro.

Enquanto em Despertar vemos como se iniciou a relação entre os humanos e Oankali, e em Ritos de Passagem vemos algumas consequências dessa "união", eu esperava que Imago focasse bem mais nos acontecimentos pós-final de Ritos de Passagem. Entretanto, o que acompanhamos aqui teria funcionado melhor se esse livro fosse o segundo, por exemplo.

Entendo bem que, assim como todo mundo, Jodahs está um pouco perdido devido a sua condição de primeiro constructo nascido de mãe humana a se tornar ooloi. Foi até interessante ver um ooloi mais empático com os humanos e até ver as transformações para um ooloi adulto da visão de alguém passando por isso. Mas isso tudo fica meio perdido quando o pensamento de Jodahs está focado apenas é conseguir parceiros humanos.

Por ser o gênero responsável pela reprodução entre os humanos e Oankali, é até aceitável essa obsessão de Jodahs, mas chega um pouco que já fica cansativo e repetitivo o quanto ele diz que realmente necessita de parceiros humanos, agora que está se transformando em um ooloi adulto. Pela sinopse, eu pensei que seria abordado a questão do que esse novo tipo de constructo traz para a relação entre os humanos e seus "salvadores", mas isso é apenas mencionado superficialmente.

90% do livro ficamos na cabeça de Jodahs obcecado por um casal de humanos e tentando convence-los a se tornarem seus parceiros oficialmente. Um ponto que destaco nessa relação entre ooloi e humanos é como a Octavia mostra a ilusão de os humanos realmente possuem alguma voz ativa nesse tipo de relacionamento, já que é mostrado desde o primeiro livro que os Oankali os manipulam geneticamente e o conceito deles sobre consentimento é um tanto deturpado.

Não digo que o livro se encerra de forma completamente aberta, mas fica aquela sensação de que algo se perdeu e não vemos. Comparado com seus antecessores, ele é bem fraco. Como comentei no começo da resenha, Imago teria funcionado muito melhor como livro transitório, mas como encerramento de uma trilogia bastante criativa e com questionamentos importantes, ficou bastante a desejar.

site: https://www.balaiodebabados.com.br/2021/10/resenha-729-imago-octavia-e-butler.html
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My | @pagesandseasons 31/10/2021

Comecei esse livro com as expectativas bem baixas por conta das resenhas negativas que vi, mas no fim, adorei a leitura.

Eu só tinha lido Kindred da autora até essa trilogia. Eu amei demais Kindred, mas fui esperando mais elementos de Scifi, e nessa trilogia Octavia entregou tudo. Amei!
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Jenny 13/03/2024

"- Podem ser tiradas de qualquer pessoa - afirmei. - Os seres vivos podem morrer. Coisas não vivas podem ser destruídas.
- Mas parceiros Humanos podem abandonar uns aos outros - disse Dichaan. - Eles nunca perdem a capacidade de fazer isso. Podem abandonar o outro para sempre e encontrar novos parceiros. Os Humanos podem tirar os parceiros de outros Humanos. Não há vínculo físico. Nem segurança E, como Humanos são hierárquicos, tendem a competir por companheiros e propriedades."
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Vitorcfab 14/12/2021

Imago
Nesse terceiro e última livro da trilogia, acompanhamos Jodahs, um dos filhos de Lilith e o primeiro Constructo (híbrido de humano e Oankali) a nascer do sexo Ooloi (terceiro sexo, que não é masculino ou feminino). Chegando próximo da fase adulta, a metamorfose de Jodahs começa, adquirindo uma nova identidade e habilidades de manipular sua aparência, matéria, DNA, criar e erradicar doenças, características que podem torna-lo um ser capaz de salvar a humanidade...ou destruí-la.

Acho fantástica a forma como cada um dos três livros dessa série parecem diferentes e únicos, não apenas por contar histórias diferentes e com protagonistas diferentes, mas a autora também aposta em estruturas únicas e abordagens diversas. Os três livros parecem sim partes de uma mesma série, do mesmo mundo e com os mesmos personagens, mas ainda assim independentes e únicos. Eu amo essa abordagem.

Como sempre, Octávia utiliza dessa espécie alienígena para trazer a tona várias discussões relevantes, discussões que também variam de livro para livro. Aqui, ela decide apostar mais em questões familiares, construção social de genro, busca pela própria identidade, preconceito e amadurecimento.

A autora quebra o padrão clássico de família, mas não apenas de forma biológica (já que os Constructos podem possuir até 5 pais), mas principalmente pelo conceito social de família, os laços afetivos que vão além da biologia.

Questões de gênero também são constantes, uma vez que nosso protagonista sempre se sentiu pertencente ao sexo masculino, até receber a notícia que é um Ooloi. Porém, a biologia não mudou a forma como ele se sente, a forma como quer ser tratado, lido e reconhecido, nos fazendo perceber que gênero é algo social, não biológico. Não sei se era a intenção da autora, mas é impossível não pensar em pessoas transgênero, permitindo reflexões muito boas.

O preconceito contra o desconhecido também é recorrente nesse livro. Pode parecer reciclagem dos livros anteriores, mas aqui é trabalhado de forma diferente, principalmente pelo ponto de vista dos rebeldes, um povo que cresceu ouvindo histórias mentirosas ou exageradas sobre os Oankali, muitas delas reforçadas pela religião. Gosto muito da forma como a autora desenvolve esse arco repleto semelhanças com nossa realidade, que são assustadoras.

É importante ter em mente que esse livro é sobre a história de Jodahs e apenas isso, não espere nada grandioso ou cheio de ação, pois essa não é a proposta. Ainda que detalhes sobre o mundo criado pela autora, tanto no tempo presente em que os personagens vivem, quanto as expectativas para o futuro, são temas abordados, mas não são, de forma alguma, o foco.

Veremos muito do amadurecimento emocional, físico, psicológico e sexual de nosso protagonista, demonstrados de diversas formas e por diversas interações com outros personagens, que de alguma forma moldam sua personalidade.

Outra questão interessante, e a forma como alguns personagens enxergam o amor, da forma mais científica possível, como uma reação química no cérebro, que os torna dependentes emocional e sexualmente, como uma forma de ajudar a espécie a sobreviver. Gosto muito dessa visão, que não torna os sentimentos menos reais, mas traz uma forma diferente de vê-los.

Ainda que eu tenha amado esse livro, tive dois pequenos problemas, que me impediram de dar a nota máxima. Esses problema foram a simplicidade da história e de alguns personagens.

Não senti que a história (mais especificamente, alguns temas secundários) ou o desenvolvimento de alguns personagens atingiram todo o potencial que poderiam, principalmente considerando o padrão criado nos livros anteriores. Nada foi superficial, mas senti que acompanhei apenas um pequeno (bem pequeno) pedaço da vida desses personagens, que ainda teria muita história para contar depois disso, e que muito do que vi pareceu simples, mesmo que engrandecido pelos temas socialmente relevantes.

Ainda que esse livro tenha ficado um pouco abaixo dos anteriores, ainda foi, com certeza, um livro favorito para mim, apresentando a história de um personagem encantador, cheio de camadas e com discussões relevantes, me dando mais motivos para ter Octavia Butler entre minhas autoras favoritas.

--- Os Personagens ---

Jodahs. Um Ooloi tímido, as vezes um pouco covarde, mas sempre gentil e inteligente. É interessante observar as formas como a metamorfose afeta sua vida, causando medos, inseguranças e problemas para reconhecer a própria imagem, principalmente seu gênero. Ele é muito empático e consegue se aproximar de todos, principalmente dos que mais precisam de sua ajuda. Seu desenvolvimento durante a história é maravilhoso, nos permitindo conhecer diversas faces de sua vida e ver suas diferentes formas de evoluir.

Nicanj. Uma das progenitoras de Jodahs, uma Ooloi influente em questões políticas entre humanos e Oankali, que é inteligente e extremamente decidida. Ela é a mais solitária dessa família, o que fez Jodahs se tornar muito próximo dela, assim que percebeu essa solidão. Os dois criaram um laço afetivo diferente dos demais, principalmente por um saber exatamente pelo que o outro está passando.

Aaor. Irmã de Jodahs, muito companheira e que está sempre a seu lado. Ela também está passando pela metamorfose, mas de forma diferente de Jodahs, o que traz mais motivos para se aproximarem.

Lilith. Se mantém a mulher séria e forte que sempre foi, mas a idade lhe trouxe mais sabedoria e facilidade para demonstrar alguns sentimentos. Ela encontrou prazer na vida simples, em uma vizinhança que ajudou a construir, ao lado de seu marido Tino, e sua família. Merecido depois de tudo pelo que ela passou. Ela não apareceu pouco, mas gostaria que fosse mais relevante, pois gosto muito dessa personagem.

Jesusa e Thomas. Irmãos de um grupo rebelde que são salvos por Jodahs de uma doença. Eles cresceram em uma comunidade que considerava os Oankali seres demoníacos, mas desenvolvem uma paixão romântica e sexual por Jodahs, o que traz conflitos internos e dilemas para ambos.
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Tamires 20/12/2021

O que você faria?
Sério e muito difícil a leitura na visão do alienígena, não consigo ver os atos deles como bondosos. Apenas usurpam a vida de seres diferentes, para mim tentam impor a verdade deles.
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thai 08/01/2022

Gostei
O livro de certa forma é lento, mas a escrita da Octavia prende demais. Nesse acompanhamos a evolução e metamorfose de Jodahs, mais um dos filhos de Lilith. Ainda tenho um problema com a visão de consentimento dos oankali. No geral é um bom livro.
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