Animal

Animal Lisa Taddeo
Lisa Taddeo
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Resenhas - Animal


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Juharuno 31/05/2024

Doloroso, agoniante e poetico
Confesso que estava com um pé atrás por causa de algumas avaliações negativas. Mas, quando fui pesquisar a fundo sobre a história, tive certeza de que amaria e que se tornaria um favorito. Às vezes, não precisamos ler um livro para saber que ele vai mudar nossa vida, e "Animal" foi exatamente isso. Eu o amei mesmo sem tê-lo lido e foi uma experiência fantástica.

Este livro é difícil de ler, não porque a escrita seja complicada - Lisa consegue fazer uma escrita muito fluida e fácil de entender. O problema são os acontecimentos pesados ao decorrer da trama. Tudo é muito doloroso de ler, principalmente as cenas de abuso que são detalhadas. Você se sente enojado, mas também admirado pela forma como Lisa consegue nos mostrar isso de uma forma poética.

Nunca tinha lido nada de "Famele Rage" (livro de mulher maluca) e tinha muita curiosidade em saber como era, e caramba, senti que a louca era eu.

De fato, não é uma leitura fácil, principalmente se você é uma mulher. Tem muitas cenas de gatilho, onde me peguei chorando porque passei por algumas coisas que a protagonista passou. Tudo nesse livro dói; você se sente tocada de forma indesejada, sente seus pensamentos sendo invadidos por uma mulher que passou por muita coisa.

Joan é uma personagem que foi feita para todo mundo odiar; no entanto, não consegui odiá-la de verdade. Senti empatia e vontade de abraçá-la em alguns momentos. Não estou dizendo que Joan é santa, porque sabemos que ela está bem longe disso, mas também temos que entender que traumas podem sim mudar pessoas. Pode mudar nossa forma de pensar, nossa forma de agir. Joan não é uma pessoa ruim, ela é apenas uma mulher.

Amei a forma como a autora retratou a fúria feminina. De fato, é um gênero que quero explorar muito mais. Os pensamentos da protagonista são absurdos, mas fazem sentido, porém temos medo de falar isso em voz alta. Joan não tem medo de falar as coisas, por mais pesadas que sejam.

Ela sempre foi desejada e nunca amada. Confesso que isso me pegou muito, porque só quem passou por algo assim consegue entender. Joan nunca foi elogiada de verdade, e quando foi, se sentiu feliz como uma menininha. Peguei empatia ao ponto de chorar quando ela sofria, porque dava para sentir que, apesar de tudo, ela queria ser feliz como qualquer outra mulher.

Pensei que iria rolar um romance lésbico, mas sua relação com a Alice me surpreendeu bastante. O amor que ambas sentem uma pela outra ultrapassa qualquer coisa neste mundo. A forma como Joan a odiava e depois passou a amá-la foi perfeita.

Este livro ou você vai amar ou odiar, não existe meio termo. Eu fui uma das que amaram. Senti que o final foi corrido e eu mudaria algumas coisas, mas gostei mesmo assim. Lisa consegue transformar cenas pesadas em pura poesia. Tudo aqui é muito difícil de ler, dói na alma, sinto tanto nojo, me sinto mal, e sinto que não deveria ler algumas coisas por serem muito íntimas.

O livro todo é Joan contando essa história para alguém, e podemos dizer que esse alguém somos nós mesmos, os leitores. Então, o livro todo parece que ela nos força a saber dos detalhes de sua vida, e ela não quer que a gente desvie os olhos nem por um minuto. Ela quer que a gente saiba de tudo timtim por timtim.

Confesso que demorei para pegar o ritmo de leitura, mas depois que peguei, devorei muito rápido. Entendo porque algumas pessoas não gostaram, mas também você precisa se esforçar e abrir sua mente para a personagem. Como disse, não é fácil ler, muito menos gostar de Joan, mas se eu fosse você, tentaria ler com calma e paciência. Realmente não é um livro para se ler rápido; ele deve ser apreciado como um belo vinho.

Vi muitas pessoas também falando que as cenas chocantes não fizeram sentido nenhum, e que estão ali só para chocar. Na minha visão, a autora quis mostrar que nem sempre a vida é feliz. Lembrando que a protagonista é uma mulher, então sim, é para causar desconforto. Não é um livro de felicidade, não é uma mulher que teve sorte na vida, tanto em família como em relacionamentos. As cenas são pesadas sim, mas foram tão bem encaixadas que você sente que não foi forçado. Tudo fluiu muito bem, sem nenhuma ponta solta, tudo foi fechado como deveria ter sido. Então, não, eu não acho que foi apelação para chocar o leitor, a autora já tinha planejado que tudo isso fosse acontecer, e é tão natural que você fica revoltado com tudo. Porque essas coisas acontecem na vida real, acontecem muito mais do que a gente pensa. Então, para mim, não foi apelativo e nem forçado.

Não recomendo para pessoas sensíveis; pesquisem os gatilhos antes de lerem, pelo amor de Deus!

O final foi emocionante e me lembrou muito a cena do filme da Barbie, onde passa vários momentos da vida das mulheres. Me senti muito bem ao ler as últimas páginas; é lindo e libertador tanto para nós como para Joan. Sentimos que o sofrimento finalmente acabou e agora temos a paz que tanto queríamos.

Lisa Taddeo, você é um gênio e escreveu um dos melhores livros do mundo sobre a mente feminina quando está em completo colapso e fúria.
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Ana Caroline 28/05/2024

Para ler esse livro é preciso ter a mente aberta. Se for julgar o livro pelas atitudes duvidosas e pensamentos horrendos da protagonista, não irá gostar. De fato mostra a verdade sobre a fúria feminina. Não defendo o modo de vida da protagonista, suas ações são duvidosas mesmo, mas seu passado é cruel e injusto. O final que muito frustra alguns, foi o que eu mais gostei!
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DarthBea 28/05/2024

Livro de mulher doida bom d+
Terminando agora, compreendo um pouco qual é o hate envolto nesse livro, mas o que digo é: se for ler, tem que ser com a mente >aberta< sabendo que a personagem principal tem umas ideias e atitudes muito duvidosas, e você terá que seguir o livro tentando compreender a mentalidade dela.
Resumindo: ela é mei doida e narcisista e pode ser desconfortável para alguns

Mas eu amei! Muito bem escrito, tem um certo mistério que segue até o final. Em nenhum momento a leitura ficou cansativa e o final não deixou pontas soltas.
4/5 ?
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Alceste. 25/05/2024

SEM PALAVRAS.
"O mundo tinha me feito acreditar que eram as mulheres que enlouqueciam. E era simplesmente a dor das mulheres que se manifestava como loucura." Esse livro me tocou de tantas formas, a história da Joan ressoou muito em mim, é uma personagem que foi muito bem escrita, de longe Animal é um livro mediano, pelo contrário. Acredito que todas as mulheres que lerem esse livro talvez tenham essa mesma experiência e algo dele irá ressoar bem forte em você. Uma leitura incrível, recomendo fortemente esse livro.
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Isabella._. 23/05/2024

Animal
Amo livros sobre mulheres a beira da loucura, Joan sempre detectou estupro nos homens, cresceu rápido, procurava em homens traços de seu pai, nunca foi próxima de mulheres devido a constante repulsa de sua mãe em relação a sua existência, um pai que amava mais a filha do que a mãe e amava a si mesmo acima de tudo,

Joan tem culpa nos relacionamentos dela,depravada como ela mesmo se caracteriza, ia atrás de homens casados, mais ricos que o pai traidor dela,

O relacionamento tóxico abusivo de dois gumes com Vic, a identificação dela com Eleanor ( parte de mim queria que ficassem juntas, porém a melhor escolha dela foi deixar ela, e não ser a tia que queria consolar,)
A obsessão por Alice é a vida que ela nunca teve ao lado da mãe na Itália,
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frazão 23/05/2024

Esse tava na minha lista pra ler tinha mt tempo
female rage bom mas esperava maaaaais
é uma história boazinha e tals mas só
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Bianca.Javorski 21/05/2024

É ok?
O livro é legal, mas minha expectativa estava muito acima da entrega dele.
A história é meio doida (até um pouco forçada?) e a personagem mais doida ainda. Pra mim, isso não incomoda (apesar de poder trazer gatilhos para alguns leitores). O que me incomoda é que achei muito arrastadoooo.
Acho que só fui me envolver realmente com a leitura nas ultimas 50 páginas.
No geral, eu gostei. Achei ok. Não é um livro que eu recomendaria, mas também não é de todo ruim.
No fim das contas acabei me compadecendo pela trágica história da Joan, e compreendi um pouco da loucura e revolta com o mundo, mas teria gostado muito mais se ela não fosse uma grande cuzona com as mulheres, apenas descontasse essa raiva toda nos homens. ?????
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gisellyyy 17/05/2024

"o passado era tudo o que eu tinha"
Esse livro foi uma decepção, mas também uma surpresa. Me venderam como um livro DE "female rage", e eu não acho que seja exatamente isso. Livros DE female rage possuem uma personagem feminina que odeia seus opressores/o sistema, que tem uma avalanche de emoções acumuladas por consequência e como não aguenta mais arruma alguma forma de lidar com tudo. A protagonista tem um pouco de tudo isso, mas não "serve" para nada até o fim da história. Então não consigo considerar esse livro como sendo de female rage e muito menos de "mulher doida".

A protagonista odeia homens, por causa deles também odeia mulheres, e teve a vida centrada neles. Não conseguiu ter relações saudáveis com nenhuma garota, alimentou rivalidade feminina e tentou suprir seu vazio emocional tendo uma vida sexual ativa com homens estranhos e vivendo como se sua vida fosse um jogo fútil. Ela os julgou enquanto teve sexo com eles, fingiu orgasmo pra agradá-los, os usou porque não queria ser pobre, foi obcecada por beleza física, não aceitava envelhecer e perder seu "valor", mentia o tempo inteiro, estava sempre interpretando um papel, se humilhou por homens nojentinhos, traiu, e depois voltava a reclamar deles mas sem nunca sair do ciclo. No final do livro ela diz "o passado era tudo o que eu tinha", e eu acho que essa frase a define bem. Ela viveu estando presa no passado, ele era sua prisão particular e intangível.

Eu odeio toda essa cultura que faz mulher ser obcecada por homem em todos os níveis mais miseráveis possíveis. Acho insuportável e irritante ao extremo ver mulheres que não conseguem existir sem ter homens presentes nas vidas delas de forma romântica. Eu sei muito bem de onde se originam essas necessidades por atenção masculina, validação, carência, obsessão, solidão, etc. Entendo muito bem o que é ter raiva acumulada por diversas razões, porque também tenho. Como não me identifico nem um pouco com essa dependência, obviamente a leitura foi difícil. Acho que enquanto lia, peguei o nojo e ódio que ela deveria sentir e senti por ela. Foi incômodo. Não me vi em nenhum personagem, não gostei muito de ninguém. Vim a sentir um pouco de empatia apenas nas últimas páginas. Creio que toda a tristeza real dos eventos foram se acumulando e no final eu estava meio abalada pela vida miserável que a protagonista viveu.

A história retrata assuntos pertinentes, mas às vezes parece apresentar apenas uma coisa chocante e nojenta atrás da outra. E não há um contraste, todas as personagens femininas são miseráveis por causa de homem, e eu me questiono se realmente tinha que ser assim. Tamanha falta de identificação foi perturbadora pra mim.

Esse livro parece ser muito sobre todas as desgraças que o mundo dos homens pode causar na vida de uma garota e é fiel nesse quesito, mas também fez parecer como se a mulher não pudesse ter controle sobre a própria existência depois de ser atingida pela bomba.
Tem gente lendo essa história e dizendo que não tinha como ser diferente. Mas eu discordo, tinha sim.
Porque quando nossa vida já é miserável e a gente continua causando mais merda e indo atrás de novas misérias, também é escolha nossa. É difícil, mas só porque nos fizeram miseráveis não temos que continuar sendo!!! Uma pena que a protagonista não percebeu isso mais cedo.

Me pergunto, até que ponto podemos dizer que nossas ações destrutivas são consequências do passado, de uma vida atormentada por outros? Até que ponto podemos dizer que não é culpa nossa também? Até que ponto podemos querer ser absolvidos e alegar que tudo que fizemos foi por causa desse mundo cruel? Existem linhas tênues? Quando estamos destruídas, temos mesmo que nos agarrar ao passado e não largar? Não dá pra existir depois do bombardeio?

A protagonista tenta explicar muito das ações tolas dela, como no trecho "eu tinha dado em cima do namorado de uma amiga para testar meu poder, mas só depois de a amiga ter me machucado, de ter esfregado uma falsa felicidade na minha cara para se sentir melhor". Aqui ela justifica a falta de caráter e empatia, culpabilizando a outra garota e tratando como se tudo fosse sobre poder sobre homens e que se dane o resto. Porque é nisso que ela acreditava e obviamente por consequência da vida que viveu e decidiu continuar vivendo. A existência dela se resumiu em se entregar a homens, não viveu por si mesma.
Ela foi vítima várias vezes no decorrer dos anos, mas acima de tudo também foi vítima de si mesma. Ela foi uma das pessoas que a tornou mais miserável, porque devido aos traumas não estava disposta a conhecer outro mundo a não ser esse deplorável em que viveu. Isso é triste demais.

Foi difícil ler algo assim e não assumir um papel. Eu assumi muitos papéis durante a história, mas creio que ao terminá-la consegui absorver os acontecimentos sem olhos de julgamento. Muita gente diz que não conseguiu gostar da personagem principal, mas não acredito que ela foi criada para ser "gostada", não é sobre isso.

Acho que o que mais me incomoda aqui é o fato da vida da protagonista ter sido inicialmente "estragada" por homens e simplesmente ter permitido que eles continuassem lhe destruindo quase até o fim. Minha vibe é mais: "você quer destruir homens que acabaram com sua vida? ok vai lá explode eles, se vingue se isso é o que quer, e então vai tentar viver a sua vida." E aqui só encontro miséria, lutos, feridas, humilhações e mulheres se acabando por caras. É tão realista e pessimista. É uma história super desconfortável, desconfortável de um jeito que não me agrada. Enfim, não recomendo, há MUITOS gatilhos de diferentes tipos de abuso. Não sou parte do público alvo desse livro e não tem o que fazer.
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bela 16/05/2024

Sempre digo o quanto amo livros de mulheres malucas. Mas sinceramente, sempre falo isso em um exagero completo, pouquíssimas leituras que tive (mesmo que sendo extremamente famosos dentro dessa categoria) realmente representassem bem esse sentimento. as protagonistas sempre são absolutamente normais. mas joan pra mim é a exata descrição que tenho desse título. ela não é maluca de verdade, isso é uma temática abordada no livro. ela é só uma mulher que respondeu a todos as violências que homens a tornaram vitima durante toda a vida, se deixou sentir essa fúria, foi intensa com ela. sinto que é uma leitura reconfortante de certa forma, mesmo que a história seja grotesca, exatamente por expor pensamentos e ações que somos ensinadas a esconder tão fundo dentro de nós. de verdade, recomendo pra todas as mulheres que sentem a inquietude dos sentimentos.
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alclub_ 14/05/2024

Historia interesse, cheguei a dar leves risadas quando lia resenhas que descrecia como livro sobre mulheres malucas, mas realmente é isso. Enquanto estudante de psicologia, foi muito bom tramar um olhar clinico no decorrer, o que eu não costumo fazer durante a leitura, mas que com esse ficou tão explicito o conteudo psiquico que me deixou animada pra terminar.
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ClAudia 13/05/2024

Chocante só pra chocar
A mulher que narra o livro não gera simpatia. A gente já sai achando ela muito errada e meio maluca. E a autora escreveu pra chocar e ofender e é assim que você se sente. Várias cenas com gatilho e não senti que teve um motivo pra tanta loucura, parece que tudo que a personagem passa é só pra chocar e não pra trazer uma reflexão ou ter linearidade de narrativa.

Enfim, terminei o livro já exausta de insistir e fiquei uns 3 meses sem conseguir ler nada ?
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aline577 11/05/2024

Visceral
Livro me prendeu desde o início, a sinceridade narrada pela Joan ao longo da escrita me deixou sem fôlego. Comecei sentindo raiva da personagem, mas ao longo da leitura me afeiçoei, descobri que não era culpa dela, a vida foi cruel demais e ela não tinha meios de reagir de uma maneira diferente.
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ichmariel 06/05/2024

Me prendeu desde a primeira frase! amei que eu não entendia bem a personagem, nem qual o role dela. amei o final.
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ferngeov 03/05/2024

Parece louco, mas loucura não é a palavra
Por qual motivo a rivalidade feminina é tão presente? O que faz as mulheres se odiarem tanto, sem nenhum motivo aparente? Qual sentimento faz nós desejarmos tanto agradar aos homens, perdendo ou escondendo nossa própria individualidade?

"O mundo tinha me feito acreditar que eram as mulheres que enlouqueciam. E era simplesmente a dor das mulheres que se manifestava como loucura".

Essa frase mudou toda a forma como enxerguei o livro, logo no final. Comecei a ler esperando uma coisa e recebi outra totalmente diferente, mas foi uma surpresa agradável. Joan me fez refletir muito com sua história.

Leiam, mas leiam sem expectativa de nada, pois o livro vai surpreendê-los.
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Nadine Hoffmann 30/04/2024

Complicado
Se propositalmente esse livro é escrito pra fazer você não ter empatia nenhuma pela personagem principal, preciso refazer minha resenha e dar cinco estrelas, mas acredito esse não ser o caso. Personagens construídos sem profundidade, história sem sentido e zero interessante. As últimas 45 páginas poderiam ter sido tão melhor construídas. Consigo entender o enredo, mais sem a profundidade devida o livro se torna muito chato. O ponto positivo é que consigo entender algumas coisas que a personagem faz por ódio, mas não justifica as ações impensadas que ela exerce e o caminho que ela seguiu na vida. Enfim, não indico.
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