@lucasmascarenhas 04/07/2021
O livro aborda a época do escravismo brasileiro que alcançou cifras industriais com milhares de cativos negros africanos, com foco na época da busca do ouro e diamante (o Brasil respondeu sozinho por 50% da produção mundial de ouro). ?O trabalho escravo e a riqueza do outro e dos diamantes alimentaram a vaidade e a futilidade do reino de Portugal, mas não plantaram alicerces de riqueza e prosperidade?.
No período de 150 anos, cerca de 4 milhões de escravos atravessaram o Atlântico para trabalhar em fazendas, cidades, minas e garimpos brasileiros. Já que todo o aspecto da vida colonial girava em torno exclusivamente da escravidão. ?Tudo dependia do sangue e do suor africano, base e motor da economia colonial?.
A escravidão é uma realidade concreta no Brasil, na sua própria geografia e indicadores sociais, além das demonstrações explícitas de racismo.
O maior território escravidão na América, que abandonou a sua população escravista à própria sorte. ?A escravidão plantou muitas Áfricas no coração do Brasil. Eles terminaram e floresceram ao longo dos séculos, ao custo de muita dor e sofrimento. O cativeiro separava pais e filhos, maridos e esposas, famílias e comunidades inteira que, na África, tinham convivido e compartilhado os mesmos costumes e crenças por muitas gerações. A identidade original do escravo era eliminado mediante um processo de desenraizamento?.
Um Brasil plural a se encontrar ainda. ?Além de seres humanos acorrentados e marcos a ferro quente, os pores dos navios negreiros transportavam conhecimentos e habilidade tecnológicas desenvolvidas na África que seria cruciais na ocupação europeia no Novo Mundo?.
A complexidade do sistema escravista.
?Existem muitas Áfricas escondidas no Brasil. Seus traços estão por toda parte, na dança, na música, no vocabulário, na culinária, nas crenças e nos costumes, na luta do dia a dia, na força, no semblante e no sorriso das pessoas. Estão também na paisagem e na arquitetura, cifrados na forma de simbolismo e desenhos gravados nas paredes e fachadas das casas e dos casarões, nos altares e pinturas das Igrejas, nos terreiros de umbanda e candomblé, nas pedras do cais junto ao mar, nas arcos das pontes, nos mínimos detalhes de chafarizes e colunas?.
O livro retrata como uma nova África foi se construindo no Brasil, um caleidoscópio de cores e etnias.