Escravidão

Escravidão Laurentino Gomes




Resenhas - Escravidão - Volume II


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alex 19/12/2021

Escravidão: volume II, de Laurentino Gomes (2021)
Trata-se do 2° livro da trilogia sobre o tema "escravidão", que está sendo escrito pelo autor (o 3° ainda não foi lançado).

Achei o livro meio fragmentado, tentando cobrir muitos temas, mas sem maior profundidade em nenhum deles (lembrando que ele cobre o período entre 1695 - ano da possível morte Zumbi de Palmares - e 1808 - chegada da corte no RJ).

Em termos positivos, destaco o resgate sobre as engrenagens da captura e venda de escravos em terras africanas (as disputas entre os reinos, por exemplo) e uma tentativa de discutir a mudança drástica, especialmente britânica, que movimentou parte do ocidente a sair de uma posição escravocrata para uma abolicionista.

Na comparação com o 1° volume (que cobriu o período de 1444, qdo se tem notícia do 1° leilão de escravos africanos em Portugal, a 1695), este 2° deixou a desejar um pouco. Ps.: uma mudança que me pareceu clara entre os 2 volumes é que o 1° se restringe mais ao relato dos fatos identificados, ao passo que no 2° o autor se arrisca em discutir algumas teses sobre a escravidão).
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DIRCE 18/12/2021

Somente “Um aprendizado” . Sorry , Clarice.
E pensar que na minha vida escolar ( ontem mesmo) nos era ensinado a admirar um Borba Gato, um Domingo Jorge Velho, um ufanismo repulsivo nos foi enfiado goela abaixo. Mas aí , em 2021, aparece um escritor que nem é historiador, mas sim um jornalista que ,após intensa pesquisa (6 anos , precisamente) , desmitifica com muita propriedade muito do que a História nos contou, não só em relação aos bandeirantes, como também a escravatura e posturas dos dominados e dominadores (aqui estão incluídos os membros de ordem religiosas e também ex-escravos) .
Fiz uma leitura fluida e surpreendentemente paradoxal – ao mesmo tempo que eu me deliciava com o aprendizado eu ficava possessa e condoída pelas barbáries que eram cometidas.
Fui , neste momento, remetida ao título do livro da Clarice Lispector Um aprendizado ou o livros dos prazeres. É , Laurentino, com certeza seu livro me proporcionou um aprendizado inimaginável o que me leva a apropriar do título do livro da Clarice. Já com relação ao livro dos prazeres, esse subtítulo é inadequado para eu usá-lo para nomear o meu comentário.
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Vai Lendo 13/12/2021

UMA ESPERA RECOMPENSADORA
Após o adiamento de Escravidão – Vol. 2, de Laurentino Gomes, por conta da pandemia, a aguardada continuação, publicada pela Globo Livros, chegou às livrarias em meados de 2021. A obra segue a vasta e importante pesquisa que o autor e jornalista fez sobre o tema. Ao todo, foram seis anos de trabalho, 12 países e três continentes percorridos, resultando em muita história para contar.

DIVISÃO DA PESQUISA
Todo o estudo sobre a escravidão feito por Laurentino será dividido em três livros. O primeiro volume, publicado em 2019, com resenha aqui no Vai Lendo, retrata do primeiro leilão de cativos em Portugal até a morte de Zumbi dos Palmares.

Neste segundo livro, Laurentino concentra-se no século XVIII. O período do auge do tráfico negreiro no Atlântico, motivado pela descoberta das minas de ouro e diamantes no Brasil e pela disseminação do uso intensivo de mão de obra cativa na América.

O terceiro e último volume, com lançamento previsto para 2022, vai abordar o movimento abolicionista, o tráfico ilegal de escravos, a abolição da escravidão no século XIX e o seu legado.

CARACTERÍSTICAS
Toda obra de Laurentino Gomes é uma aula arrebatadora de História, daquelas que você anseia pelos próximos acontecimentos. Escravidão – Vol. 2 não foge à regra. O autor narra os fatos com uma linguagem objetiva, tirando o rigor dos textos acadêmicos e, com isso, tornando a informação mais acessível para o público.

Outra característica do autor é buscar trazer os mais diversos pontos de vista sobre um fato, o que acaba enriquecendo ainda mais o seu trabalho. Eu admiro muito a forma como Laurentino narra os acontecimentos históricos. Sempre fico completamente envolvido. Adoro esta mistura de investigação jornalística com História.

APRENDIZADO E REFLEXÕES
Por mais que eu ame História, acabo sempre me deparando com algum conhecimento novo. Em Escravidão – Vol. 2, pela primeira vez, comecei a ter um pouco de noção da complexidade política da África, diversidade das regiões e questões religiosas. Sempre tive dificuldades com esta temática, porém, após a leitura, tudo começou a fazer sentido. Apesar disso, reconheço que ainda tenho um longo caminho a percorrer.

Como falei na resenha do primeiro volume, a escravidão é um assunto de extrema relevância. Entender o que aconteceu no passado é fundamental para pensar no Brasil de hoje. Precisamos nos informar, debater e lutar por políticas públicas que visem a inclusão e a reparação histórica aos negros.

Que venha o terceiro e último volume da série!

site: https://www.vailendo.com.br/2021/12/09/escravidao-vol-2-de-laurentino-gomes-resenha/
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anna v. 08/12/2021

Leitura importante
Demorei mais do que esperava para ler este livro. Não porque não tenha gostado. Mas porque ele é mais uma sucessão de ensaios temáticos curtos do que uma história com um arco narrativo, portanto você não perde o fio da meada se passar uma ou duas semanas sem abrir. Os capítulos são curtos e bastante pontuais, e depois da tão comum barrigada no meio, com muitos textos contando detalhes excessivos, dados, cartas, registros etc., os capítulos finais, sobre o movimento abolicionista, são maravilhosos.
Laurentino faz um trabalho incrível com essa sua trilogia sobre escravidão. Leitura muito importante para todos os brasileiros.
alex 19/12/2021minha estante
Tb notei uma melhora significativa no final




Sergio 02/12/2021

2º Volume da trilogia
Nesse volume o autor trata especificamente do impacto da escravidão na vida dos escravisados e seus senhores, tanto do ponto de vista econômico como da vida pessoal.
Pode ser dividido em 4 partes, segundo o autor:

Corrida do ouro em Minas,Goiás e Mato Grosso

Impacto do tráfico negreiro no continente africano

Construção das diferentes faces da África brasileira

Resumo das revoluções e transformações na 2ª metade do século XVIII e seu impacto no Brasil

De leitura fácil e envolvente, trás uma grande contribuição para o entendimento desse período trágico da história do Brasil.
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Henrique.Alves 13/11/2021

Fantástico
Seguindo a cronologia história do volume anterior, esse livro aborda a escravidão no contexto do século 18 majoritariamente w especialmente no Brasil, mas sempre contextualizando com eventos importantes em outros países. É assustador , estarrecedor saber como esse holocausto conseguir criar raízes e encontrar na necessidade do lucro um terreno fértil pra crescer
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Rinaldo 10/11/2021

Escravidão Volume II
Laurentino Gomes continua a tratar do tema escravidão de maneira sóbria, enfática, com suas fases, nuances com personagens que marcaram a história universal.
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Stella F.. 09/11/2021

da corrida do ouro à abolição da escravatura
Assim como no primeiro volume, a escrita é deliciosa, esclarecedora, pertinente e muito bem embasada. Gostei bastante.

Os capítulos, se poderia dizer, são independentes, já que podem ser lidos de acordo com o interesse de cada um, porque há um fechamento em cada um deles, sendo repetidas informações de outros capítulos ou mesmo do outro volume. A cada capítulo há um aprofundamento do assunto específico a ser tratado. O livro não segue uma ordem cronológica.

Esse segundo volume: Da Corrida do Ouro em Minas Gerais até a chegada da corte de D. João ao Brasil, vai tratar da corrida do ouro e da descoberta de diamantes, com o apogeu das cidades mineiras, principalmente Vila Rica, atual Ouro Preto, sua ascensão e suas riquezas e depois sua queda vertiginosa, quando os veios foram diminuindo, e todos que viviam dessa riqueza específica, deixando de lado outros segmentos da economia, perderam tudo, sua fonte de renda, e mesmo a possibilidade de contrabando de pedras, escravos e outras ilicitudes. Aqui, na época da mineração vemos uma predominância de escravos vindo da região denominada Costa da Mina ou Costa dos Escravos, que eram comprados e trazidos mais especificamente para a região mineradora, porque já tinham um certo conhecimento do trabalho necessário. Vale ressaltar, que a mineração também ocorreu no Mato Grosso e Goiás.
“Até 1693, ano da primeira descoberta oficial de ouro, a população negra de Minas Gerais era praticamente zero. Esse número cresceu de forma exponencial nos anos seguintes. Na virada do século, os mineradores já compravam 2 mil escravos por ano.” (pg. 23)
E junto à descoberta do ouro, surge também um aumento dos bandeirantes, um grupo de exploradores que partiam para descoberta de um Brasil interior, principalmente São Paulo.
“Até recentemente, uma historiografia ufanista atribuía quase que exclusivamente aos bandeirantes, todos homens e supostamente brancos, a façanha pela descoberta de ouro e diamantes e a consequente ocupação do território brasileiro na primeira metade do século XVIII. [..] Essa imagem, no entanto, é distorcida. Os bandeirantes formavam um grupo multiétnico, composto por indígenas, brancos, negros e mestiços, em especial, de mamelucos.” (pg. 82)

O autor nos fala com propriedade das diferentes Áfricas brasileiras, porque, como visto no primeiro volume, os escravos vinham de diferentes regiões, e eram distribuídos diferentemente para trabalhos específicos. Ressalta a importância dos negros, pardos, mulatos, no surgimento das religiões de raiz africana como candomblé, umbanda e outras além da influência na gastronomia e língua.

Vai abordar a arquitetura das igrejas e o surgimento de irmandades religiosas negras e suas tradicionais festas, deixando um legado no Brasil, uma influência que modificou a maneira de tratar a religiosidade, de cultuar as divindades, influenciando a própria religião católica. Nessas irmandades, os negros muitas vezes tinham posição de destaque sendo chamados de rainhas e reis. E ainda em relação à religião vai abordar o sincretismo religioso, dando-nos exemplos de santos que são cultuados também nas religiões de matriz africana como São Jorge, Santa Bárbara e outros.
“Dessas festas negras nasceram as folias de reis, tão comuns ainda hoje nas cidades coloniais do interior brasileiro nos primeiros dias do ano. Segundo alguns estudiosos, estariam também na origem dos atuais desfiles de Carnaval.” (pg. 293)

Em alguns capítulos nos fala de algumas personalidades ou acontecimentos históricos. Dedica um capítulo à Chica da Silva, e esclarece alguns mitos que foram formados em torno de sua figura, sem deixar de dizer que era uma mulher à frente do seu tempo, uma figura marcante. Outro capítulo esclarece a Inconfidência Mineira, todo o processo de início da conspiração e seu desfecho com o enforcamento de Tiradentes e outras vezes vai nos apresentar algumas figuras em particular que se sobressaíram na escravidão. Vai nos falar também da lenda do Chico Rei, que tudo indica que nem existiu.
Voltando à África vai tratar dos entrepostos no comércio de escravos, e quanto eles foram importantes para o manejo dos escravos que eram trazidos do interior, e ficavam nos respectivos castelos ou fortificações, à espera da chegada de navios com destino às Américas. O autor descreve alguns deles, os mais importantes, em detalhes. Nesse viés vai nos falar de dois grandes países que brigaram muito pela primazia do mercado de escravos em determinada região: Daomé e Oió, região dominada por grandes líderes, que usavam toda a sua noção de guerra para vencer.
Houve muitas rebeliões e fugas, e o autor vai citar ao longo de um capítulo, o já conhecido Quilombo dos Palmares (abordado no primeiro volume) e outras revoltas importantes como a Revolta dos Malês (BA) e outras por toda a América.
Muito interessante, apesar de já ter um conhecimento sobre o assunto, da diferença entre a escravidão urbana e a rural, a diferença de tratamento dos escravos e suas diferentes especificidades de funções e ganho de soldo, para futura compra de sua liberdade. Uma relação melhor e mais direta entre patrões e escravos se apresenta na área urbana.

E chegamos à abolição da escravatura, sendo a Inglaterra o primeiro país a começar uma campanha, apesar do grande tráfico negreiro em sua história, e grandes companhias com pessoas de posse e até escritores entre seus contribuintes. A Inglaterra dará início a esse assunto, que é lógico, levou anos para ser “resolvido”, fazendo com que outros países como Estados Unidos e Portugal/Brasil pensassem sobre o tema com seriedade. Há uma tentativa de comparação em números, entre a escravidão nas diferentes colônias e seus colonizadores como número de escravos, número de mortos em viagens, número de libertos, número de descendentes e expectativa de vida. Tudo para dirimir a violência, fazê-la mais “aceitável”.

E por último, fala da fuga da Família Real Portuguesa, após conflitos com Napoleão Bonaparte, e toda a política envolvida na época, e sua chegada ao Brasil em 1808.

O Brasil foi um dos países que mais resistiu a abolir a escravidão!



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Geisi.Ferla 03/11/2021

Leitura obrigatória
Mais uma vez Laurentino Gomes faz um trabalho fantástico de pesquisa histórica. Fatos que nos fazem entender muito da cultura brasileira. Vale demais a leitura.
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Edu 25/10/2021

Mais uma aula dinâmica de história
Laurentino segue muito bem em seu propósito em narrar os fatos sobre a escravidão em formate de uma grande reportagem.

Tem ritmo, curiosidades, uma gama de particularidades e outros ângulos da história sem configurar um revisionismo histórico.

É o segundo capítulo de uma trilogia que deveria ja estar em começando a aparecer nas bibliotecas das escolas e faculdades.
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Jonas incrível 23/10/2021

Obrigado, Sr. Gomes.
Excelente livro, conhecer as raízes da história Brasileira, da história da escravidão no mundo, da forma como as pessoas imaginavam o que era ser um homem (branco) livre, as condições desumanas, a participação dos próprios negros no sistema escravagista nos traz uma compreensão mais ampla. Esse livro nos deixa mais próximos de uma compreensão sobre a evolução do pensamento humano, do que é ser livre, do que é ser um ser criado por um deus, do que é ser humano ou um simples animal.
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Giulia299 19/10/2021

Não é tão bom quanto o primeiro
Não considerei este livro tão bom quanto o primeiro... Ele me pareceu mais... Sem foco? Porém, ele ainda é uma obra muito intuitiva que tem muita informação bia
alex 19/12/2021minha estante
Compartilho totalmente da sua opinião. Muitos capítulos fragmentados, com arcos curtos.


Brenda 24/01/2022minha estante
Eu amei o primeiro, já o segundo nem consegui terminar de ler....entendo a intenção do autor e sei que o assunto é super extenso, mas infelizmente não me impactou tanto quando o primeiro!




Miria.Oliveira 12/10/2021

Mais um livro esclarecedor
Esse segundo volume cumpre o que promete e entrega uma visão ampla sobre o processo de escravidão no país e contextualiza com os acontecimentos mundiais de cada século, foi incrível ler e aguardo ansiosamente o volume 3
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Fabi Miranda 04/10/2021

Mais um do Laurentino Gomes
Livro incrível (mais um), interessante e necessário. O tema central desta vez é a escravidão durante a corrida do ouro no Brasil, ou melhor, durante o período em que o país foi saqueado pelos europeus. Revoltante!!!
Acho que não tem como ler o livro e não fazer comparação com o nosso presente. Situações daquela época, como troca de favores políticos, favorecimento de conhecidos, infelizmente ainda fazem parte da realidade atual.
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Angelica75 25/09/2021

Continuação...
... do Escravidão Volume 1.

Ótimo livro para conhecermos e (nos enojarmos) mais sobre a Escravidão ao redor do mundo, desde os tempos mais remotos.

No volume 2 o autor se concentra ndesde a corrida do ouro em MG até a chegada da corte portuguesa ao BR. Como fomo saqueados!! Muito e muito e muito. Não imaganava que tínhamos tanto ouro por aqui.

Vários capítulos marcantes e interessantes como o que fala da Inconfidência Mineira, o que fala da história de Chiquinha Gonzaga, o que fala sobre a Revolta dos escravos no Haiti.

Acessível e imperdível.
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