O parque das irmãs magníficas

O parque das irmãs magníficas Camila Sosa Villada




Resenhas - O parque das irmãs magníficas


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Douglas 01/05/2022

Fui ao parque e voltei triste.
Tive uma pequena dificuldade com o começo, logo acostumei e ler algumas cenas de violência, preconceito e dor fez com que lesse aos poucos. Também os fragmentos prejudicaram ler por vários horas pois não há uma linha do tempo na história.

Várias partes são tocantes, outras soam repetitivas e parassem que está ocupando espaço, as partes de fantasia não gostei muito. Fora isso tem o seu valor, tem potencial mesmo me deixando triste com a leitura.
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r_enataf 28/02/2023

Magnífico é pouco
Cada história de uma das irmãs, doeu na minha alma. Precisávamos falar mais, conhecer mais sobre por um mundo de respeito e tolerância.
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Gláucia 02/05/2022

O Parque das Irmãs Magníficas - Camila Sosa Villada
Publicado em 2019 foi o livro de março/2022 da TAG, indicado por Amara Moira, travesti.
Tem um pouco (ou muito) de autobiográfico da autora, também travesti.
E é nesse universo que entraremos. Sua infância, seu autodescobrimento, a comunidade e seu linguajar próprio, a prostituição como forma de sobrevivência, a eterna luta por ocupar os espaços, incluindo aqui o da maternidade, direito que lhes é negado como vários outros, até mesmo o simples ato de existir.
Em meio a tudo isso, há um toque de realismo mágico, na figura de Maria, a mulher-pássaro e a mãe de todas as manas, a Tia Encarna e seu filho Brilho dos Olhos.

"Nós, as esquecidas, já não temos mais nome. É como se nunca houvéssemos pisado ali.".
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Dessa 03/05/2022

Demorei um mês pra ler um livro de 200 páginas, infelizmente porque o universitário não tem paz! O livro é incrível, a escrita da Camila te envolve de um jeito surreal! Não conhecia a autora e agora só quero ler mais livros dela.
Livro triste, corta o coração de diversas formas, e abre nossos olhos com um estalar de palmada na cara. Leitura essencial.
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DAbora311 07/06/2024

Esse livro faz com que saímos de nossa bolha, a realidade triste dessas mulheres. A escrita da autora é muito fluída e mesmo sendo fluída não é um livro fácil de ler, a carga de sofrimento é muito pesada. Esse é um livro para pessoas cis, para que vejam os seus privilégios e refletiam sobre os seus preconceitos, esse preconceito que causa tanta morte e dor.
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Rafael.Gomes 30/07/2022

O que a natureza não dá, o inferno empresta.
Um belo livro sobre coisas tristes: abandono, prostituição, pobreza, estupros e a vida travesti.

Vale muito a leitura, embora não tenha conseguido parar de fazer um paralelo com ?A palavra que resta?, que trata de uma temática parecida, mas de uma forma que me agradou mais.

Trechos:

O desejo de morrer vem de muito criança, um prematura fantasma do suicídio com quem me entendo desde pequeno. Sei que está ali, identifico-o com clareza, consigo distingui-lo entre todos os desejos possíveis, ainda sem saber que me livrarei dele ao me converter em travesti, que, ao contrário do que foi anunciado, a salvação será um par de saltos e um velho batom cor de rosa.

Ó, Encara ama de leite. Ó, milagre dos teus peitos. Ó, Defunta Corrêa das tetas de óleo de avião, santa padroeira de todas nós, que conseguimos te encontrar na busca sem descanso de uma mãe, de procuramos uma mãe para nossas noites de remorso, uma mãe que nos ensinasse a não sofrer.

Cada uma das porradas que eram somadas às que nos deram nossos pais para nos reverter, para nos trazer de volta ao mundo dos normais, os corretos, os que formam famílias e tem filhos e amam a Deus e cuidam do seu trabalho e tornam o patrão rico e envelhecem ao lado de suas esposas. A fúria contra o silêncio e a cumplicidade das nossas mães com o desprezo sistemático de nossa existência.

Partir de todos os lugares. Isso é ser travesti.
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fev 03/12/2022

Realmente magnífico apesar das dores
O parque das irmãs magníficas é uma das melhores leituras do ano para mim. É impecável.

Em relatos sobre a sua vivência e de outras travestis com altas doses de realismo mágico, Camila Sosa Villada constrói um enredo que escancara de forma crua a vida travesti. Entramos em um mundo de exuberância que é carregado de muita dor, preconceitos e violência. Villada deixa claro que ser travesti é maravilhoso por mais doloroso que seja. Porque se afirmar e existir como travesti é ser realmente que ela é.

Lendo sobre a experiência de Villada com a prostituição e das outras travestis me atentei o quanto a vida das minorias se assemelham independentemente do lugar em que sobrevivem. Não pude deixar de relacionar O parque das irmãs magníficas com a série espanhola Veneno, que narra a vida da transexual La Veneno, e a peça Brenda Lee e o palácios das princesas, obra que encena momentos da vida da ativista transexual brasileira Brenda Lee. São determinadas pela sociedade rica, poderosa e também pelos preconceituosos o limbo para aqueles que não nascem de acordo com as regras vigentes. Esse é um ponto comum em todas as obras. Dessa forma as mulheres travestis e transexuais na maioria das vezes precisam viver da prostituição, sofrer humilhações, violências e mendigar pelo básico para sobreviverem. Não são consideradas humanas. São apenas aberrações que precisam ser extirpadas da sociedade por pessoas hipócritas que se denominam de bem.

A luta para viver é constante, mas toda vida travesti e transexual é marcada por dores. Os relatos de tantas outras personagens que exploram a vivência com familiares, a busca incessante por pertencimento e acolhimento. Apesar da constante batalha contra o medo há que perpassa todo o livro há também momentos bonitos e felizes. Muito deles estão relacionados com as relações de irmandade entre as travestis. Os momentos de união e ajudas umas para com as outras.

Essa autoficção que bebe do realismo mágico mostra de forma interessante a marginalização que impomos para corpos diferentes dos nossos. É uma obra que traz uma questão não só para refletir e/ou admirar, mas que precisa ser urgentemente transformada. Não podemos deixar que tantas outras vidas possam ser destruídas somente por não estarem em comunhão com o padrão aplicado. Um relato forte que precisamos tomar e transformar. Criar novas vidas e expectativas para vidas transexuais e travestis.

Recomendadíssimo.
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Duda Garcia 08/08/2022

Leitura com tema, gênero e narrativa bem diferente. Uma descoberta muito boa. Amei muito. Recomendo a todos.
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Karla578 23/05/2022

Irmãs magníficas
Esse livro pode ser uma autobiografia... conta os horrores e as delícias de ser uma travesti na Argentina. A autora traz um realismo fantástico em diversos momentos, talvez pra fugir da dura realidade que enfrenta?
A leitura é fluida, ora bem dolorida ora bem divertida.
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Wercton 03/04/2023

É dor trans-formada em poesia desnudada
Com uma escrita poética e cativante que flerta com o realismo mágico, a escritora resignifica a realidade que testemunhou tão de perto de um grupo de travestis e seus sonhos, a busca por uma qualidade de vida melhor e a irmandade que criam como forma de contrapor a imensurável violência de uma sociedade que as assassina sistematicamente. Leitura recomendadíssima, de longe uma das melhores que já fiz!
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Madame Marisa 31/08/2023

Que livro triste! Que li-vro tris-te!
Com uma escrita profunda, profundamente triste, Camila Sosa Villada nos mostra a vida cheia de percalços, desafios, dor e muita violência de uma travesti. Gente... qta tristeza! Quero dar um abraço na Camila! Quero abraçar bem forte todas as travestis, quero acolhe-las, quero oferecer minha amizade.
Quero um mundo sem transfobia!
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Bianckah 24/09/2023

Com uma mistura de realismo mágico e autobiografia o livro mostra toda a beleza e brutalidade vivida pelas travestis de Córdoba. Um romance marcante e profundo que escancara a triste realidade das mulheres trans no mundo da prostituição em prol da sobrevivência.
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nsilvamarques 15/12/2022

Um mar de violencias
Um livro sobre transgressões, violências - principalmente as produzidas pela sociedade, mas também as auto-inflingidas. Como o simples ato de ser quem se é, até hoje gera tanto ódio e tantas mortes? Livro necessário, difícil de categorizar, nu e cru, como a vida das travestis.
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rapha 08/10/2023

Las malas
Neste livro acompanhamos as memórias de uma travesti na Argentina, que precisou se prostituir para sobreviver. Acompanhamos Camila e seu grupo de amigas que também são colegas de trabalho e família. Cada personagem tem o seu papel na historia dela. A autora brinca com as palavras narrando a realidade de maneira mágica e poética.

Temos também muitos momentos de dor e violência, de injustiça e de raiva. Trata-se de uma leitura com temas sensíveis e muitas vezes tive que dar um tempo entre os capítulos. Camila traz uma leitura difícil, porém necessária.
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