A Megera Domada

A Megera Domada William Shakespeare




Resenhas - A Megera Domada


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Elisabete 16/01/2024

"Ah, o poder... Quanta ilusão!"
"Texto adaptado em prosa"
Tudo começa quando um nobre resolve se divertir as custas de Sly um pobre bêbado. Ele faz Sly pensar que é um nobre e a assistir a uma apresentação dos saltimbancos de uma comédia chamada "A megera domada."
A megera domada, conta a história de Batista um rico mercador, pai de duas garotas: Catarina e Bianca.
Quando Batista decide que sua filha mais velha, a megera Catarina, deverá se casar antes de Bianca, os pretendentes da caçula promovem várias artimanhas. Um deles, Lucêncio filho de um rico comerciante de Pisa, propõe a Petrúquio, recem chegado à cidade, que peça a mão da megera. Pensando em se dar bem financeiramente, Petrúquio aceita a proposta. Com calculadas estratégias, vai tentando dominar Catarina, mas será que ele consegue domar ela, ou ela se deixa levar pelas estratégias dele?

? É uma das primeiras comédias de Shakespeare, escrita por volta de 1594. Penso que Shakespeare estava nos mostrando e criticando a forma como a sociedade tratava o feminino. Como as mulheres deviam obedecer mesmo que não fosse real, apenas entrar no padrão de obediência que era esperado, por isso, Catarina era sincera e vista como megera, enquanto que sua irmã era dissimulada, mas respeitada. E também fez críticas ao poder e a ganância dos homens.

"A ganância é mesmo má conselheira."
Fabio 16/01/2024minha estante
Adorei a resenha, Lisa!!!
Parabéns!!!??


Elisabete 16/01/2024minha estante
Obrigada Fabio!?




Larissa 16/01/2024

Desconforto total
Livro um pouco engraçado. Se tivesse lido antigamente, quando as mulheres ainda eram submissas e engoliam tudo que era proposto, seria um livro bom. Mas algumas cenas me deram muita angústia por conta de como o marido a tratava para que ela fosse "domada". E o monólogo do final? Como se mulheres precisariam ser obedientes aos homens, submissas e precisassem aceitar tudo, inclusive agressão. Algumas partes me causaram muito desconforto. Tirando isso, é um ótimo livro para relatar e debater a forma como as coisas funcionavam antigamente.
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Eduarda 12/01/2024

Surpreendente
Tava enrolando a tempos pra ler esse livro, gostei muito; tem sim seus tópicos estranhos, mas é bom e acredito que a ideia do livro é ser meio escrotinho mesmo.
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Fabio.Nunes 11/01/2024

Surpreendente
A megera domada (texto adaptado) - William Shakespeare
Editora: Principis, 2021.

Livro da minha meta de janeiro, escolhido aleatoriamente pelo meu primogênito, aniversariante do mês.
Li esta obra em companhia de Elisabete Sanches, com quem pude trocar ideias e enriquecer minha experiência.
Vamos à obra.
Primeiro de tudo: este livro a gente consegue ler num dia; ótimo para férias (fica a dica).
É uma comédia de costumes, publicada - pasme! - em 1594 e que, portanto, conversa com uma época muitíssimo diferente da nossa. Portanto, aviso aos navegantes: cuidado com o anacronismo; não leve sua mentalidade dos dias atuais para julgar uma obra de costumes do passado - você pode perder muito em experiência literária. Vi muitas resenhas sobre esse livro que reclamavam que era machista, que objetificava a mulher; mas eu digo o contrário: Shakespeare usou ironicamente a realidade da época para ser uma espécie de proto-feminista.
Basicamente, essa é uma história, dentro de uma história, dentro de outra história.
RESUMO DA OBRA
Começamos com Sly, um beberrão endividado que discute com a dona da taberna e acaba por cair desacordado na rua, de tão alcoolizado. Passando por ali, um entediado nobre e seu séquito encontram uma maneira de se divertirem às custas de Sly: montam uma farsa para convencê-lo de que é um nobre: trocam suas vestimentas e o levam ao castelo, onde todos fingem servi-lo como senhor e o convencem de que suas memórias não passam de um delírio sob o qual Sly se viu subjugado. Neste castelo há um grupo de teatro contratado para encenar uma peça ? A megera domada ? e assim a segunda e principal história começa.
Nela vemos duas irmãs, Catarina e Bianca, filhas do senhor Batista. A primeira, mais velha, irascível, dona de uma personalidade forte e uma língua solta, incapaz de atrair pretendentes para um casamento. A segunda, mais nova, meiga, um modelo de mulher da época, cortejada por muitos que queriam sua mão em casamento.
Batista, entretanto, avisou a todos que Bianca só se casaria se Catarina (a megera) também se casasse, fazendo com que os pretendentes da caçula buscassem todos os meios para achar alguém disposto a tal.
Eis que entra em cena Petrucchio, um brutamontes, símbolo da força, masculinidade e ignorância; que aceita se casar com Catarina sabendo que o dote de Batista o faria ficar ainda mais rico. Vai em frente nesta tarefa, consciente que terá de ?domar? a megera.
Entrementes, há Lucêncio, filho de um rico mercador de Pisa, que se apaixona por Bianca e fará de tudo para obter sua mão em casamento. Para tanto, faz seu servo (Trânio) travestir-se de Lucêncio para se apresentar a Batista como um pretendente à mão da filha. Enquanto isso, fingia ser um mero professor, para poder ficar próximo de Bianca e conquistar diretamente seu amor.
A narrativa flui depressa, com Catarina se casando (não necessariamente à força) com Petrucchio e sofrendo por parte deste várias humilhações como forma de subjugação à autoridade masculina. Dentre elas, privação de sono, privação de alimento, e o que se pode chamar de primeiro ?gaslighting? da literatura. Literalmente a doma de um animal.
É nesse momento que o livro nos apresenta a grande disputa de poder: Catarina entende sua realidade e, amadurecida, passa a fingir obedecer ao marido, suprindo sua necessidade masculina infantil de poder, para com isso dominá-lo. Ou seja, ela finge que obedece e Petrucchio acha que manda.
No fim, sem dar spoilers, Catarina passa a se divertir nesse fingimento, mostrando de forma explícita a crítica de Shakespeare à ilusão do poder.
No epílogo, vemos um terceiro narrador (provavelmente o próprio Shakespeare) conversando com o leitor e discorrendo sobre o desfecho da história de Sly ? eis aí a terceira camada da história.

OBSERVAÇÕES E SENTIMENTOS
- Como disse, o processo de leitura é fluido. Era pra ser uma leitura conjunta, dividida em vários dias, mas acabei por atropelar o tempo e ler o livro todo em 2 dias.
- Pode não parecer pelo que falei acima, mas essa peça é uma comédia. Eu ri em vários momentos, e isso transformou minha leitura numa experiência muito agradável.
- Numa época vinculada de forma mais literal aos textos bíblicos (Séc. XVI), a mulher era apenas uma propriedade (em dúvida se usei o tempo verbal é o mais adequado). Propriedade dos homens! Primeiramente do pai, que pagava um dote para se livrar dela, e depois do marido, a quem deveria se submeter incondicionalmente. Catarina é exatamente o oposto dessa regra! Inicialmente apenas uma menina mimada e orgulhosa, se torna posteriormente um símbolo de poder, ao utilizar das ferramentas disponíveis à época para vencer esse processo de humilhação e objetificação. Finge-se de frágil, entendendo a ilusão do poder. Enquanto isso, sua irmã Bianca, o símbolo do feminino naquele momento, é a verdadeira mulher desempoderada e frágil, pois que apenas um objeto do mundo masculino. Entendo que essa postura de Catarina num primeiro momento incomode, mas se pergunte se seu incômodo não é fruto de uma interpretação anacrônica.
- Vamos falar agora de uma oposição muito clara nessa obra: o falso x o verdadeiro. Sly é um pobre bêbado (verdade) que é convencido de que é um nobre (falso) para assistir a uma peça em que a verdade e a falsidade vivem em conflito. Nesta peça, Catarina se finge de domada (falso) mas continua a ser fiel a si mesma (verdade), enfrentando do seu jeito um mundo fortemente patriarcal. Em adendo, temos Lucêncio que se apaixona por Bianca (verdade) mas que prefere estar diretamente em contato com seu objeto de desejo, de efetivamente conquistá-lo (verdade) do que realizar todos os trâmites burocráticos de transferência de propriedade com o pai dela (falso), incumbindo seu servo Trâmio de se passar por Lucêncio (falso). Além disso, o poder é o tempo todo apresentado como uma farsa ao longo da obra, seja na pele de Sly ou na de Petrucchio; seria uma crítica à nobreza?

Enfim, minha experiência com essa obra foi surpreendente. Ao longo da leitura não imaginei que fosse gostar tanto.
Agora quero conhecer mais da obra de Shakespeare.
Elisabete 11/01/2024minha estante
Obrigada pela companhia Fabio. Ótima resenha! ??


Rogéria Martins 11/01/2024minha estante
Adorei sua resenha, Fabio. Parabéns! Seu primogênito tem bom gosto ?
Uma dúvida: essa edição é uma adaptação ou texto integral?


Fabio.Nunes 11/01/2024minha estante
Obrigado Rogéria! É um texto adaptado, formato prosa.


Fabio.Nunes 11/01/2024minha estante
Eu que agradeço a companhia Elisabete!


Rogéria Martins 11/01/2024minha estante
Muito obrigada pela resposta!


AndrAa58 12/01/2024minha estante
Adorei sua resenha. ?


Fabio.Nunes 12/01/2024minha estante
Mto obrigado Andrea!


JurúMontalvao 12/01/2024minha estante
?????




Cruz33 06/01/2024

A Megera Domada
Se a busca por uma história surpreendente e de muita reviravolta é seu estilo, esse livro é para você. Leitura rápida, suave e interessante, e.. a história, envolve uma discussão social muito presente nos dias de hoje.
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Belly 03/01/2024

Me decepcionei
Não sei nem como começar viu! No começo estava engraçadinho, com uns diálogos bem feitos. Mas, a partir do casamento o livro ficou bem preocupante! Gente, aquele homem bruto ?doma? a ?megera??! Ele tortura a mulher deixando ela passar fome, sem tomar banho e com míseras peças de roupas imundas! Coitada dessa mulher!
Vi uma resenha falando que esse livro era para ser uma comédia de Shakespeare, para entretenimento! Que horror!
Linaaaaa 03/01/2024minha estante
Uma crueldade mesmo


Belly 04/01/2024minha estante
Eu do futuro: acabei de perceber o pleonasmo. Acho q estava tão eufórica que na hora da escrita deixei passar, sorry ??




Le 03/01/2024

Quero reler um dia
O começo é muito bom. Você fica interessada em ler mais, pra ver o que vai acontecer. Mas achei a resolução fraca, não era tão previsível - de um jeito não muito bom. Esperava algo mais impactante.
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Duda 30/12/2023

Gostei, apesar de ser um livro antigo a linguagem é tranquila, não foi uma leitura que me prendeu, mas não é ruim. Fiquei com dó da Catarina KKKKK
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Eduarda.7 28/12/2023

Resumindo é um livro de relacionamentos tóxicos e abusivos.
Esse livro é um HORROR, ele começa maravilhoso até a cena do casamento. A Catarina é uma mulher forte e a frente do seu tempo, a parte da personalidade dela q ficou distorcida é completamente culpa do pai dela q criou as filhas da pior maneira possível, e ela nunca esteve errada no que dizia, a irmã dela é uma SONSA SEM SAL q se finge de boazinha e no final a Catarina é q saía como a megera. Ela é incrível, sério, a melhor personagem desse livro.

Ela foi forçada a se casar pelo pai q só queria se livrar dela e sofre o pão q o diabo amassou na mão do "marido", q literalmente brutaliza ela por merda, só pra se afirmar como superior, ele queria ser o deus dela e a espanca e tortura até ela obedecê-lo, resumindo UM COMPLETO LIXO HUMANO?????????.

Eu já sabia q o Shakespeare é mt misógino(um homem do seu tempo) mas o pior é saber q esse livro é uma comédia, não é uma das tragédias do Shakespeare, ele foi feito pra ser encenado em teatro e para as pessoas RIREM dessa história, RIREM de uma mulher q n se curvava a ninguém sendo vítima de um plano pra "colocá-la no seu lugar", pra ensiná-la o q é o "papel feminino" e q termina CONTROLADA e ENCARCERADA(a capa do livro n é à toa). Eu só queria q ela matasse o marido, ficasse viúva e fugisse dessa cidade pra viver a vida dela.
Eu não tenho palavras o suficiente pra descrever o quanto esse livro é uma bosta.

Nota 1/10 , 1 estrela.
Léo 28/12/2023minha estante
Pois é... quero ler esse ano que vem. Só li Romeu e Julita e Sonho de uma noite de Verão do autor.


Eduarda.7 28/12/2023minha estante
Minha irmã ama Shakespeare (mas nem ela gostou desse) o favorito dela é Hamlet, acho q vc ia amar esse tb. É bem sobre política, reinos e intrigas da corte, o final é bombástico.


Mariguima 29/12/2023minha estante
Chocada, não sabia que esse livro era assim


Léo 29/12/2023minha estante
Tenho vontade de ler Hamlet, mas nem tanto porque já sei o final. kkkkk


Mariguima 29/12/2023minha estante
Né kkkk eu já assisti uma peça de teatro de Hamlet. É muito bom, mas beeeem cansativo




TarcAsio0 27/12/2023

Não dá pra julgar um livro do século 16 com os olhares do século 21, mas assumo que é extremamente difícil se desvencilhar, já que após o casamento tudo é extremamente sexista, misógino e a violência é simplesmente absurda. Tenho minhas ressalvas quanto ao final. Saí da zona de conforto com um livro não lá essas coisas, ainda que seja Shakespeare
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Laura.Michelangelo 24/12/2023

Não gostei muito desse, achei muito confuso e irritante. Acho que é uma leitura para quem realmente gosta e essa foi a primeira vez que li essa história.
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Canteli Marcio 18/12/2023

O Cravo e a Rosa
Uma história divertida, ri alto muitas vezes.

Deve ser lida com cuidado, pois revela uma relação (graças à Deus já) ultrapassada de DOMINAÇÃO entre pai e filhas, e entre marido e mulher.

Muitos risos, com um final reflexivo.

Shakespeare é um gênio atemporal.
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