leiturasdabiaprado 19/10/2022
É sempre a hora da nossa morte?
A morte sempre nos ronda? A nós e a quem nós amamos? Pensar na morte é uma obsessão?
Aurora é uma senhora de 70 e poucos anos que vai parar num abrigo para idosos, chega sem passado, desmemoriada, sem saber nada da sua história, mas sempre com histórias para contar sobre o seu passado. Como assim?! A cada encontro com a assistente Rosa ela conta uma versão do seu passado, sempre marcado pela morte, a morte precoce de sua filha... em cada encontro uma morte diferente, em idades diferentes, como se a única certeza que existisse dentro dela é essa perda da filha!
Paralelamente também existem histórias sem a filha, aonde a lembrança está unicamente numa melhor amiga...
Em outras as duas Camilas aparecem, a filha e a amiga!
Além delas temos a constância de um casamento acabado, dois vira-latas e uma relação conturbada com a mãe!
Mas, acima de tudo o que eu mais li em cada passagem é o medo da solidão, a necessidade de amar e ser amada, de ter alguém ali perto... e o medo de tudo ser acabado com a inesperada morte!