Nah 01/08/2023
Bonzinho, apenas
Tudo o que Lisa queria era alugar um quarto naquela bela casa vitoriana. Quando os donos do imóvel a aceitam como inquilina ali, ela mal pode acreditar no quão sortuda é.
Já estabelecida, ela parece achar que alugou um pedaço do céu. Nem o contrato com cláusulas que poderiam ser consideradas abusivas ou o jovem Jack, que não parece ser o melhor dos homens, são capazes de tirá-la da sensação de que finalmente encontrou seu lar.
É quando ela encontra em um dos móveis do quarto alugado, uma carta de suicídio, que ela prefere chamar de carta de despedida. Completamente afetada pelo que lê, Lisa começa a se perguntar quem é o cara sem rosto e sem nome que escreveu aquela carta.
Seus locadores insistem em dizer que ela é a primeira inquilina que eles admitem e que ninguém usou aquele quarto antes dela. Intrigada, ela começa a investigar a possível origem da carta.
Porém, à medida que vai aprofundando sua investigação, sua sanidade começa a ser afetada por acontecimentos perturbadores. Completamente obcecada pela história escondida nas paredes daquela casa e nas frases da carta, ela começa a achar que existe uma conspiração contra ela e que as pessoas querem deixá-la louca.
Mas nada, absolutamente nada, vai fazer com que ela volte atrás nessa busca, mesmo que as consequências possam ser desastrosas.
Quarto de Hóspedes é um suspense psicológico que traz um mistério instigante. Você quer ler até o final porque quer descobrir tudo relacionado à casa dos sonhos de Lisa.
E eu posso dizer que realmente gostei da leitura, mas tenho algumas ressalvas.
A protagonista é extremamente chata. Lisa é uma pessoa inconsequente e impulsiva. Ela não pensa no que suas ações podem trazer de ruim para ela, ao mesmo tempo em que tem a irritante mania de afastar e culpar pessoas que só querem o seu bem. Entendo as questões que ela enfrenta, mas isso não diminui o quão insuportável ela é.
Teve um ponto no final que me incomodou bastante, mas não vou falar porque seria um spoiler gigante.
No mais, gostei, mas não amei. Não leria de novo.