Vic 13/04/2023
3.0??
Trazido para o Brasil como A razão do amor pela editora Arqueiro, Love on the brain da Ali Hazelwood é mais uma comédia romantica da autora. O livro começa te prendendo muito, com a Bee, personagem principal, mostrando uma complexidade dada a seu passado, ela é uma neurocientista obcecada por Marie Curie e que está prestes a começar a trabalhar com seu nemesis da época da faculdade, Levi.
Levi é mais um alto gostoso de olhos verdes e cabelo preto que faz qualquer pessoa com olhos perder a linha de raciocínio quando percebe que ele não é só bonito como tem aquela típica personalidade fechada que deixa a gente curioso.
Com o desenrolar da história, fui percebendo uma certa inflexibilidade da personagem principal com mudanças, e isso não seria problemas, visto que muitas pessoas são assim na vida real, mas me incomodou, principalmente, porquê parecia que nada que acontecia de fato acrescentava para a personagem, mesmo visivelmente com as coisas mudando, ela tinha uma resistência quase irrealista, principalmente depois de muitas provas de não ser verdade. Tive a impressão que Ali fez isso para dar mais corpo pra história, o que não seria problema se ela não tivesse resolvido todos esses problemas correndo nos últimos 10%, de uma forma jogada e sem sentido.
O livro, diferente do outro hit da autora, A hipótese do amor, não te deixa entrar tanto na história, ele cria essa barreira que te afasta como leitor por ter uma personagem com ações fruto apenas do desejo da autora de preecher páginas. Diferente de muitas pessoas que se incomodaram com as similaridades com a primeira publicação da autora, me incomodou exatamente por não pegar as melhores partes do outro. A hipótese do amor tem coração e personagens que mesmo você não se identifica, nada deles parece criado em prol de desenvolver a história.
A razão do amor é mais uma leitura para te tirar da ressaca, um livro que nada vai mudar para você, sem ser os quentinhos de algumas cenas fofas, mas que com breves análises também parecem ser forçadas pela autora. Enfim, três estrelas, é um livro ok, mas que nada muda na sua vida.