Mariana Dal Chico 28/11/2019“Carta a minha filha” de Maya Angelou ficou um tempo esgotado no Brasil e agora a Editora Agir publicou a segunda edição e me enviou um exemplar de cortesia.
O livro tem 28 textos que trazem reflexões sobre a melhor forma de viver como protagonista de sua própria história.
“… quando descobri que minha incompetência havia provocado insatisfação, aprendi a aceitar minha responsabilidade e a me perdoar primeiro e, depois, me desculpar com quem tivesse sido magoado por meus erros …” p. 16
Esse é meu terceiro livro da autora, unindo a leitura prévia de “Mamãe & Eu & Mamãe” e “Eu sei por que o pássaro canta na gaiola”, a maioria dos episódios narrados eu já conhecia, fizeram reviver alguns questionamentos, mas confesso que eu esperava mais inéditos.
Marrocos e Senegal são meus textos favoritos, me fizeram pensar muito sobre preconceito cultural e prepotência/arrogância.
Maya Angelou frequentemente traz sua religiosidade para as reflexões e isso pode incomodar alguns leitores e reconfortar outros.
Esse é aquele tipo de livro para reler os textos de forma esparsa ao longo dos anos, voltar para eles nos momentos em que precisamos de um abraço ou renovar nossa esperança na humanidade. Porque apesar de toda opressão, racismo e violência que Maya sofreu ao longo dos anos, ela transformou todas as coisas ruins em degraus para vencer obstáculos.
Aqui, aquela narrativa com lição de moral para fechar o capítulo, que tanto me incomoda na escrita da autora, é ainda mais forte.
É um ótimo livro para quem ainda não conhece a autora, mas para quem sabe um pouco mais sobre sua biografia, pode ser um pouco repetitivo.
“… Já que a vida é nosso bem mais precioso
E com só podemos viver uma vez,
Vivamos então de modo a não vir a lamentar
Anos de inutilidade e inércia …” p.129
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