Thabata 17/07/2022
Final perfeito para uma trilogia maravilhosa
A história inicia exatamente onde o livro anterior terminou, com as consequências da batalha que destruíram Daevabad. Manizheh conseguiu o que queria, mas a um alto preço e Dara tem dúvidas sobre tê-la seguido. Nahri está de volta ao lar, mas para isso abandonou seus amigos a mercê de novos horrores. Ali se culpa pelo que aconteceu com sua família enquanto precisa lidar com sua nova posição. Em meio ao caos, vários caminhos surgem e aliados precisam ser conquistados a qualquer custo, apontando a questao: Quem está certo? Quem deverá governar? Quanto mais da política e do passado é revelado, mais a narrativa mostra que nada é preto e branco. Todos os personagens sofreram repressão, mas também foram os causadores de dores em outros. Ninguém é perfeito e isso é o que torna a história tão real mesmo em sua fantasia. Mesmo sendo seres mágicos, os personagens são muito humanos e lidam com culpa, medo, desejo, arrependimentos e interesses. O livro rompe as barreiras de Daevabad ao retornar para o Egito e depois explorar outros territórios do mundo mágico, além de mostrar mais sobre os temidos Marids e misteriosos Peris, expandindo ainda mais a construção de mundo.
O começo pode ser um pouco lento, mas é apenas uma preparação para o que virá a seguir, pois quando as coisas começam a ser reveladas, simplesmente não param mais! É uma reviravolta atrás da outra que não permite que o leitor se recupe antes de lançar uma nova bomba. As respostas para as perguntas são finalmente dadas, fazendo as peças se encaixarem em um final maravilhoso. Ele pode ter um sabor um tanto agridoce, mas é muito mais condizente com uma trama repleta de guerras e disputas do que um final completamente feliz. Uma trilogia que apenas cresceu ao longo dos livros, entregando uma história muito real e tão mágica quanto Daevabad.