Resenhas - O pacto da branquitude

Luciano74 31/03/2024

Uma obra necessária
Esse é um daqueles livros que eu gostaria de ter lido muito tempo antes na minha vida.

Cida Bento faz retomadas históricas sobre a estrutura do racismo e do seu combate, regando a discussão com experiências próprias que são muito representativas do que acontece no mundo, e nos faz perceber que ?o buraco do racismo é bem mais embaixo?.

Algo que fica muito claro é que a luta antirracista deve acontecer no âmbito pessoal sim, mas principalmente no institucional.

Uma leitura como essa me deixa sensibilizado a prestar mais atenção às artimanhas do racismo nas minhas próprias ações e percepções.

Pedro murangu 30/03/2024

Livro bom demais, super recomendaria para alguém que quer iniciar nos estudos de raça e gênero, enfim, simplesmente muito bom e a leitura é bem fluida.

Cintia.Ferreira 29/03/2024

O que você faz para combater o racismo?
A autora escreve de forma clara e objetiva sobre racismo, racismo estrutural e toda a estrutura que está por trás dos privilégios da branquitude. Cida Bento aborda o aspecto histórico e como foi construída a supremacia branca através de exploração dos negros e como está parte da história apagada e silenciada. Além de destacar exemplos práticos e atuais em que a população negra ainda está sendo explorada e em condições subalternas. O último capítulo do livro a autora conclui e descreve formas para que as pessoas brancas combatam o racismo e passem a questionar os seus privilégios, reconhecendo o passado de expropriação e buscar modos estruturais equalitários as pessoas negras

daniel.vasco.716 29/03/2024

Livro necessário. Ótima contribuição para a reflexão não só sobre o racismo mas sobre a supremacia branca e os acordos que legitimam decisões e atitudes de preconceito e suas terríveis e revoltantes consequências.

Fabricio.Macedo 28/03/2024

Venho me interessando por leituras que relacionam temas como o que Cida Bento propõe em seu belo texto. Uma leitura que me foi além de reflexiva e contextualizadora, motivadora de comportamento, posturas e ações. Diz Cida Bento encerrando seu texto: "(...) reconhecer ao mesmo tempo o outro e o que somos, aprender nossos lugares recíprocos, situar os nossos papéis, identificar na estrutura de nossas organizações os elementos que fomentam a supremacia e a história que gerou ônus para uns e bônus para outros. E seguir realizando as mudanças institucionais imprescindíveis."

luarapadilha 26/03/2024

A leitura é fluida e apesar de trazer pontos complexos sobre o racismo, consegue ser de fácil compreensão.

Bruna 22/03/2024

Meritocracia é jogo de cartas marcadas!
Com um texto extremamente rico e pontual Cida Bento traz a sua trajetória de vida, sua luta pela inclusão da população preta no mercado de trabalho e a teria do Pacto Narcicístico da Branquitude.
A autora detalha sobre como esse pacto é não verbalizado e com objetivo de autopreservação para manter os privilégios brancos. Com dados históricos, quantitativos e teóricos, vai demonstrar como o branco enxerga a si mesmo como sendo o sujeito normal e universal, e que qualquer possibilidade de ascensão social/profissional de uma pessoa preta é vista como uma ameaça a esse grupo. Ademais, pontua como as pessoas pretas estão extremamente vulneráveis a violência e desemprego, e que é necessário que as pessoas brancas reconheçam e abram mão de desses privilégios para que a sociedade tenha uma mudança significativa. Inclusive dentro das instituições públicas e privadas que dizem promover a diversidade.

soubarroca 18/03/2024

O Pacto da Branquitude, de Cida Bento
Esse livro é, como eu esperava, muito técnico. Conciso e cirúrgico sobre o racismo e as relações de trabalho no Brasil. Me lembrou muito o livro O Feminismo é para Todos, da escritora bell hooks, uma das estudiosas mais importantes do feminismo negro.

Gostei muito da obra, achei que Cida tratou de temas pesados de forma fácil de ser entendida. Uma didática necessária para o Brasil e os brasileiros de hoje.

Gabriel.Henrique 17/03/2024

Este livro nos leva a pensar a forma como pactos entre brancos são feitos durante séculos, claro que não existem reuniões secretas e afins, mas um pacto que os mantém mais longe dos "outros", é uma leitura muito rica e que nos faz pensar sobre como o Brasil é um país racista e que infelizmente isso não está nem perto de acabar...

JuanComjota 15/03/2024

O livro é perfeito, já eu?
Segunda leitura que faço dessa obra, hoje com um pouco mais de noção do que da primeira, acredito que pude absorver MUITO mais lições nessa releitura.
A Cida Bento deixa de forma muito simples e mastigada para fácil atendimento, e mesmo com isso, acho que não absorvi tudo que o estudo tinha para me ensinar.
Mas sempre bom entender um pouco melhor o contexto em que eu, um homem branco, estou inserido, minhas responsabilidades e tudo aquilo que eu influencio, propositalmente ou não.

_Juu0 15/03/2024

Leitura obrigatória
Todo brasileiro deveria ler esse livro, especialmente pessoas brancas e quem trabalha/pretende trabalhar na área de recursos humanos. Explodiu minha cabeça de varias maneiras, provoca reflexões profundas sobre a nossa ?democracia racial?, a ideia de mérito, o afastamento e desresponsabilização da pessoa branca e como tudo isso contribui pra manutenção do poder branco e estruturas racistas de modo geral

Victor Fischer 15/03/2024

Leitura necessária
O livro tem um tom fortemente ensaístico, por isso proporciona uma leitura leve e rápida, mas apesar e por causa dessa característica, apresenta-se como uma oportunidade para ampliação do debate sobre o racismo no Brasil, ao expor o conjunto das teses de Cida Bento de uma forma mais rápida e acessível. A autora inova ao deslocar o eixo do debate sobre o racismo da orientação unicamente direcionada à herança e condição negra, convidando aos brancos a reconhecerem sua parte na herança de exploração escravocrata, herança até hoje silenciada, como se a história construída pelos séculos de escravidão nada tivesse a ver com as configurações atuais das relações entre raças e classes na contemporaneidade. Segundo a autora, somente com o reconhecimento e a consciência das mazelas desse passado como fundadoras dos privilégios de raça dos brancos, serão abertas vias para a condução de novos pactos civilizatórios mais humanos e equitativos. Para os mais interessados, fica o convite para ler a tese de doutorado da autora: Pactos Narcísicos no Racismo: branquitude e poder nas organizações empresariais e no poder público?.

pedro 15/03/2024

O que aprendi?
Quando se fala de raça no Brasil, constuma-se falar de pessoas negras e/ou indígenas. Cida Bento mostra que isso é uma expressão do racismo velado, uma vez que pessoas brancas não são racializadas, são vistas como ?o padrão? ou ?o normal?, enquanto pessoas não brancas tratam dessas discussões.

A Branquitude existe e é um sistema construído a partir da discriminação ao longo da história. Reconhecê-lo é o primeiro passo.

Katherine.Rayane 10/03/2024

Li por causa de uma matéria da faculdade e é inacreditável o quanto de consciência racial e social você começa a adquirir quando lê esse e outros livros. Muito importante!!

val 08/03/2024

"A herança branca contém marcas da apropriação de bens materiais e imateriais, originárias da condição de descendente de escravocratas e colonizadores e é uma herança frequentemente tratada como mérito para legitimar a supremacia econômica, política e social."