O pacto da branquitude

O pacto da branquitude Cida Bento




Resenhas - O pacto da branquitude


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Katherine.Rayane 10/03/2024

Li por causa de uma matéria da faculdade e é inacreditável o quanto de consciência racial e social você começa a adquirir quando lê esse e outros livros. Muito importante!!
Alê | @alexandrejjr 25/03/2024minha estante
Qual é o seu curso, Katherine?


Katherine.Rayane 25/03/2024minha estante
Curso Direito


Alê | @alexandrejjr 25/03/2024minha estante
Que maravilha! Bibliografia perfeita pra todos os cursos, mas creio que essencial pro teu!




Emmanuel.Rocha 30/01/2024

Um importante livro que nos dá um tapa na cara
Esse não é um livro de ficção, infelizmente. Mas é uma obra oriunda da tese de doutorado da autora. Formada em psicologia ela se especializou em recursos humanos e em sua tese de doutorado (pactos narcísicos no racismo: branquitude e poder nas organizações empresariais e no poder público) ela investigou a diferença de tratamento entre candidatos brancos e negros no mercado de trabalho. Então aqui é um livro que tem caráter científico, na qual a autora nos trará evidências e dados sobre como o racismo estrutural está presente não só nas relações de trabalho como nas relações sociais (e como uma afeta a outra).
Mais do que falar sobre os horrores do racismo ela abre nossos olhos para a normalização da sociedade perante a privilégios da branquitude. Como por exemplo quando falamos da escravidão no Brasil, na qual falamos frequentemente nos horrores e como políticas públicas devem ser feitas para “pagar” uma dívida histórica para com aquele povo que foi escravizado, e ótimo, é isso mesmo, mas ela vai além e nos choca mostrando que enquanto alguns querem discutir a necessidade de cotas (que obviamente são importantes) a sociedade ainda não discutiu os privilégios daqueles que escravizaram. Aqueles que cometeram os crimes nunca pagaram e até hoje usufruem de privilégios políticos e sociais mesmo tendo sido responsáveis por uma das coisas mais abomináveis que já existiram. Concordam que é triste e horroroso o que aconteceu com os povos que foram escravizados? E o que você acha das pessoas que escravizaram que até hoje famílias usufruem dessas riquezas geradas na base da mãe de obra escrava?

A autora em 129 páginas escreve de forma objetiva e mostra que é possível fazer ciência e divulgar seus resultados para o público geral. Um livro com uma escrita fluída que nem parece oriundo de um trabalho acadêmico.
Baita leitura. Rápido e muito bom. 
E você já leu?
EsterBell 30/01/2024minha estante
Anotado pra minha lista de "quero ler"


Emmanuel.Rocha 30/01/2024minha estante
Ester, você vai amar. Depois me conta.




Thi Acrisio 30/09/2023

Narcisismo da Branquitude
Esse ano busquei ler temas pertinentes a mim, principalmente sobre raça e sexualidade, não-ficção um gênero pouco lido, e olha foi surpresa atrás de supresa, como é bom ler sobre estudos de nossa sociedade e a mudança que buscamos nela, Pacto da Branquitude é um livro importante pra entender a estrutura política e social do nosso país, como ele coloca o ideal branco como única forma de sucesso, de forma homogênea e universal. É um mini gigante, amei a Cida Bento, sua escrita é gostosa e fluida, espero ter mais lançamento dela pela Companhia. E fico muito feliz de saber como a psicologia consegue estudar os casos e problemas de uma forma incrível.
almeidalewis 30/09/2023minha estante
Gostei do seu comentário ??


Thi Acrisio 30/09/2023minha estante
Valeu ????




Isadora Silva 07/09/2023

E a herança branca?
Falamos muito de todos os resquícios da escravização na vida dos negros, mas também devemos falar de tudo que a escravidão legou aos brancos.

Em O pacto da branquitude, Cida Bento nos conduz em um diálogo impecável sobre a racialização da branquitude e a importância deles entenderem que também tem uma herança colonial. A autora pesquisou o tema no mestrado e no doutorado e no livro apresenta em capítulos curtos e linguagem acessível sobre como se dá essa construção no Brasil.

O livro é muito bem escrito e as pesquisas e referências nos fazem olhar para locais que esquecemos, a raiva e o medo da branquitude, o lugar do trabalho e tantas outras discussões são feitas de um jeito que me deixou com muita vontade de voltar a pesquisar as construções raciais no Brasil.
Leila267 07/09/2023minha estante
Esse livro é incrível!!!


Isadora Silva 07/09/2023minha estante
Perfeito!




Monik Lemos 12/06/2023

Extremamente necessário
Primeiro de tudo, que é um livro fácil, com dados e narrativa simples, segundo que como pessoa branca é um livro de extrema necessidade, apesar de sabermos que quem criou o racismo fomos nós, nos mostramos ao longo do tempo incapazes de erradicá-lo e muito provavelmente isso está intrinsecamente ligado ao nosso privilégio branco, ou nossa branquitude como a Dra Cida diz em seu livro. É mais do que passada a hora de resolvermos o racismo em todas as suas vertentes, mais importante ainda é nós brancos olharmos pra dentro de nós mesmos e enxergarmos que somos sim parte dessa estrutura e ela só existe por nossa culpa, então é nosso dever corrigir.
Ari 12/06/2023minha estante
acho que vc vai amar white fragility, da robin di angelo


Monik Lemos 15/06/2023minha estante
Vou procuraaaar




joaovdutraaa 19/12/2023

O Pacto da Branquitude
Quais as consequências dos 350 anos de escravidão que a população branca usufrui até hoje?

Muito se fala (deveríamos falar mais) sobre a herança dos quase 400 anos de escravidão que recaíram sobre a população negra. Mas pouco se fala sobre a herança que a população branca herdou desse mesmo período, e Cida Bento escreve ?O Pacto da Branquitude? em cima dessa perspectiva.

O pacto da branquitude traz consigo uma discussão acerca das consequências de um racismo estrutural quase tão velho quanto o próprio Brasil e seus frutos, principalmente, nos ambientes de trabalho e no conceito de raça.

Tempo de Leitura: 2hrs e 33min
Jorge.Samuel 07/01/2024minha estante
?????




pedro 15/03/2024

O que aprendi?
Quando se fala de raça no Brasil, constuma-se falar de pessoas negras e/ou indígenas. Cida Bento mostra que isso é uma expressão do racismo velado, uma vez que pessoas brancas não são racializadas, são vistas como ?o padrão? ou ?o normal?, enquanto pessoas não brancas tratam dessas discussões.

A Branquitude existe e é um sistema construído a partir da discriminação ao longo da história. Reconhecê-lo é o primeiro passo.
Elis 15/03/2024minha estante
Bom dia! A autora aborda a questão do "pardo", um assunto tão em voga, no momento? Obrigada!




Rebeca 03/03/2024

Uma leitura fácil para acessibilidade de todos tanto para acadêmicos e não acadêmicos. É um pequeno manual para entender as estruturas de poder e como funciona a segregação. Acho que deveria ser leitura obrigatória em colégios.
Alê | @alexandrejjr 25/03/2024minha estante
Principalmente colégios particulares...




anna v. 27/06/2023

Leia se você nunca leu outro livro sobre o tema
Achei este livro bom, mas não imperdível. A maior parte do que li aqui já tinha lido em outros livros sobre este assunto. Mas se você nunca leu nada sobre antirracismo, vale a pena, sem dúvida. Tem o mérito de ser uma autora brasileira refletindo sobre a realidade brasileira, mas é um livro intencionalmente superficial, com intenção de despertar a sensibilidade das pessoas para os conceitos, sem ir muito além. É bem curto, e isso é um acerto e um convite à leitura.
Cida Bento bate muito na tecla da não-racialização dos brancos: a "questão racial" é sempre relativa aos não-brancos; o branco é o "neutro universal". É sempre uma boa discussão.
Outro aspecto que ela enfatiza, e que é bem interessante, é sobre a questão do trauma psicológico intergeracional. Com frequência se diz que a escravidão legou a todos os descendentes de escravizados um trauma psicológico terrível, de sofrer tamanha violência. Mas nunca se cogita discutir a herança traumática que é para os brancos serem descendentes de pessoas que infligiram tamanha violência, tortura, até sadismo, para avançar em seus próprios interesses. Porque os brancos não colocam a questão nunca dessa forma. O que ela diz é que os brancos têm que trabalhar essa percepção de que são descendentes dessas pessoas, e que isso tem impacto em como se comportam hoje.
No mais, tem vários exemplos interessantes do racismo estrutural no ambiente corporativo, visto que a autora trabalhou por muito tempo na área de recursos humanos.
Um bom livro, mas os que mais me marcaram nesse tema foram: "White Fragility", da Robin diAngelo (traduzido no Brasil como "Não basta não ser racista, sejamos antirracistas"), "Casta: a origem do nosso mal-estar", de Isabel Wilkerson, e "Pequeno manual antirracista" de Djamila Ribeiro.
ogatoleu 12/07/2023minha estante
Já anotei as recomendações :)




Rafael 10/05/2022

Por justiça racial
Para compreender como se dá a reprodução das desigualdades raciais nas relações de trabalho no interior das organizações, Maria Aparecida Bento analisou os discursos adotados por chefes e profissionais de recursos humanos de duas prefeituras do sudeste brasileiro. Esse trabalho resultou na tese de doutorado intitulada "Pactos narcísicos no racismo: branquitude e poder nas organizações empresariais e no poder público", defendida na USP em 2002.

Após 20 anos, ganhou atenção especial, como livro, uma categoria importante para os estudos étnico-raciais e bem desenvolvida pela autora, ao longo de sua trajetória acadêmica: "O pacto da branquitude".

De acordo com Cida Bento, as relações entre brancos e negros, no Brasil, é historicamente caracterizada pela dominação de um grupo sobre o outro, sendo possível observar em diferentes áreas (econômica, política e social), uma estrutura que assegura aos brancos privilégios simbólicos e materiais, e que relega aos negros péssimas condições de trabalho, de vida, e até a morte (p. 15).

A construção da branquitude, da identidade racial branca enquanto expressão de superioridade e do que é universal (p. 91), se verifica a partir da colonização europeia das Américas, com a inauguração de um sistema econômico que ligou raça, terra e divisão do trabalho (p. 36).

Sempre em readaptação, esse capitalismo racial continuou a produzir seus efeitos (p. 41) por meio de um pacto não verbalizado, um acordo tácito em que se buscar garantir às novas gerações, como se fosse mérito exclusivo dela (p. 21), tudo que foi acumulado, de modo a fortalecer seu lugar de privilégio e a excluir outros grupos (p. 25).

Ora, ?É evidente que brancos não promovem reuniões secretas às cinco da manhã para definir como vão manter seus privilégios e excluir os negros. Mas é como se assim fosse: as formas de exclusão e de manutenção de privilégios nos mais diferentes tipos de instituições são similares e sistematicamente negadas ou silenciadas? (p. 18).

Independentemente da intenção que as institiuções tenham de discriminar, são as desigualdades nelas verificadas, através de dados concretos e estatísticas, que confirmam sua manifestação de racismo (p. 77).

Para a mudança desse cenário, em favor da justiça racial, da construção de um estado de bem-estar social substantivo, Cida Bento indica como uma das medidas essenciais a adoção de políticas que tornem as instituições verdadeiramente plurais, como o implemento de cotas e o fomento de programas públicos de financiamento, práticas cujos impactos positivos já foram reconhecidos (p. 110-111).
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Bibliotecadabri 23/06/2022

Pacto da Branquitude
Pacto da Branquitude (2022), de Cida Bento, é uma obra que acabou de sair do forno, mas que, infelizmente, trata de um tema secular. A Branquitude é uma lógica que atravessa gerações e impede qualquer alteração na norma hierárquica racista.
Em poucas páginas, Cida trata desse pacto narcísico e o racismo institucional.
Além de ser uma leitura extremamente necessária, é uma leitura didática, mas de forma simples. Durante a leitura, senti uma conversa com a obra Memórias de Plantação, da grande Grada Kilomba. Cida Bento destaca a necessidade de reconhecer essa Branquitude e o racismo emprenhado e agir estrategicamente para combater esse paradigma nas organizações. Que livro!
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Wallace17 24/06/2022

Branquitude em cheque
"As instituições públicas, privadas e da sociedade civil definem, regulamentam e transmitem um modo de funcionamento que torna homogêneo e uniforme não só os processos, ferramentas, sistema de valores, mas também o perfil de seus empregados e lideranças, majoritariamente masculino e branco. Essa transmissão através da gerações e altera pouco a hierarquia das relações de dominação ali incrustadas. Esse fenômeno tem um nome, branquitude, e sua perpetuação no tempo se deve a um pacto de cumplicidade não verbalizado entre pessoas brancas, que visa manter seus privilégios".

Cida Bento é uma ponta de lança da negritude! Numa analogia bem rasa (peço perdão, desde já) O Pacto da Branquitude é uma crítica poderosa contra aquelas fotos de fim de ano das empresas da Faria Lima. Fotos de desembargadores, diretores ou daquelas formaturas de médicos e afins. Fotos que só tem gente branca feliz e de barriga cheia.

Aí vem aquela pergunta: Onde estão os negros???

Na ideologia neoliberal o sucesso depende do seu esforço e dedicação. Porém, o sol "brilha mais forte" para quem nasceu branco numa sociedade racializada. Não é o tal do "mimimi", são só as coisas como são. Por exemplo: quem condena e quem é condenado? Quem mata e quem é assassinado? Quem dirige e quem é dirigido? Quem mora em mansões e quem mora em favelas? O Google responde fácil essas perguntas.

Felizmente, o movimento negro luta pela equiparação social e aos poucos nós vamos chegando e ocupando os espaços. Vide esse livro, fruto de uma pesquisa acadêmica bem sucedida. Lê-lo é lavar a roupa sujíssima da ideologia de Gilberto Freyre e seus semelhantes.

Por fim, pessoas brancas não estão acostumadas em ser racializadas, tampouco ser objeto de estudo. Ler este livro pode ser o primeiro passo para parar de reproduzir mitos como: meritocracia; racismo como desvio comportamental individual; ou que o diverso é tudo aquilo diferente do branco (branco, não é universal).

Para as pretes, este livro pode representar a suspensão da carga pesada do fracasso e do insucesso desta sociedade capitalista competitiva.
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Luccrazy 11/09/2022

Fardo pesado
Esse deveria ser o real nome do livro, mas com a gentileza e suavidade em abordar temas tão espinhosos Cida Bento i converte e O Pacto da Branquitude.
Um pacto q esconde bosso legado escravocata, que ignoranas disparidades estruturais de acesso.
Mas ela areja nossas mentes em lutar por espaços de acolhida e quebra de racismo em todas as formas: nas empresas em particular, onde ela descontrói a mitica da MERITOCRACIA.
Um belo livro de provocação e ?enquadrada nos brancos? sobre seu fardo de responsabilidade de transformação social.
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Fernandes99 17/09/2022

Perfeito para entender a questão racial no Brasil
O livro é perfeito. A autora traz dados estatísticos para convencer, até menos os mais resultantes, de que, sim, existe racismo. E explica que esse racismo é mentido através de um pacto tácito entre os brancos pra manter os privilégios escravocratas.
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Irving Bruno 20/09/2022

Muito bom e NECESSÁRIO, mas poderia ser melhor...
Livro que começa forte, falando de história e dados, quebrando com qualquer argumento do mito da Democracia Racial.
Um dado, entre muitos, chama muita atenção:

"A população negra trabalha em média 2 horas a mais e ganha 30% menos comparado aos não negros no Brasil, sendo que mulheres negras trabalham quase o dobro para obter o mesmo salário que um homem branco."

Outro dado interessante é como o Judiciário
penaliza com muito mais força crimes relacionados a classes pobres e negras, enquanto vale muito a pena cometer crimes milionários, chamados de CRIMES DO COLARINHO BRANCO, praticado por homens brancos em sua maioria esmagadora.

Diante dados incríveis, o livro só não ganha 5 estrelas porque a incrível autora , ao meu ver, fica dando voltas, repetindo falas e dando ênfase a processos que ela viveu e presenciou, em especial o CEERT. Acho que isso deixou a leitura meio chata e academizado pro final, mas nada que faça o livro deixar de ser necessário.

Aprendi bastante com ele e estarei atento a mais obras da autora.
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