Resenhas - Mansão Gallant

sofia 02/01/2023

?Matthew está cansado. Cansaço pode ser um tipo de doença, se durar demais?

O livro tem uma história criativa. No início, nem imaginamos qual será o plot, mas ao decorrer da narrativa, a partir do momento em que começamos a descobrir os acontecimentos, alguns passam a ser previsíveis, mas de qualquer forma, continua possuindo coisas que nos surpreendem. O livro é um enigma, acredito que ao lê-lo por uma segunda vez, a história se torne ainda mais clara. Tem uma escrita poética e com poucos diálogos, devido ao fato que, a protagonista é muda. No geral, gostei e recomendo.
Primeira leitura finalizada do ano.

Brubis 02/11/2023

Maravilhoso!
A história me prendeu desde o começo e continuou me prendendo até as últimas páginas! Amei o ritmo rápido do livro, sem muita enrolação, e a construção dos personagens. A estratégia da autora de ir revelando tudo muito aos poucos e ir mesclando páginas com diferentes pontos de vista foi espetacular! Fiquei com o coração na mão o tempo todo, especialmente por conta da escrita da autora, que conseguiu passar muito bem um ar de suspense. Destaco também que tem várias partes com frases bonitinhas para ir grifando durante a leitura (coisa que eu adoro fazer).
A minha única ressalva, mas que acho que não interferiu muito no meu divertimento com o livro, foi a falta de desenvolvimento de alguns pontos. Parece que o final foi rápido demais e o grande problema que aconteceu nele se resolveu de forma muito simples, além de que alguns pequenos pontos do livro ficaram sem respostas ou sem desenvolvimento.

kanej 30/08/2022

Eu gostei muito da história, mas não acho que é o melhor livro que a V.E escreveu, simplesmente não achei marcante como os outros que li dela. Achei o final muito corrido e quase sem detalhes (depois de tanto tempo preparando a gente pro grande final). É mais um livro legal pra ler no final de semana do que aqueles que mudam a gente, na minha opinião.

Vale a pena ler e conhecer os outros trabalhos da autora porque ela é maravilhosa

Hale.Herondale 23/11/2022

" - Algumas pessoas são repelidas pela escuridão. Outras são atraídas para ela, para o crepitar estático do poder num lugar."

Que livro maravilhoso! Do início até o fim fiquei encantada pela personagem principal e totalmente envolvida com os acontecimentos do livro.

Primeira vez que li um livro onde a personagem era muda e foi uma experiência nova. Olivia se tornou uma das minhas personagens favoritas.

" - Vocês vão morrer. (...)
- A morte vem para tudo."

Todos os personagens desse livro tem a capacidade de te deixar curioso e querendo que o livro não acabe só para saber o que vem depois.

V. E. Schwab escreveu um livro que facilmente lembra Coraline e séries de TV como A Maldição da Resistência Hill e A Mansão Bly. E só consegui imaginar a Mckenna Grace como Olivia Prior.

É o tipo de livro que você se pega querendo ler em voz alta.

"Se a morte é uma parte do ciclo, então a vida também é."

Ygor Araujo 10/11/2023

A Mansão Gallant
Olivia, protagonista da história, apesar de viver com uma deficiência, supera suas limitações ao longo da narrativa. A batalha entre o bem e o mal, os elementos do sobrenatural e algumas reflexões sobre lar, família e pertencimento são destaques na obra. Há algumas passagens que nos colocam para pensar, por exemplo: "Se a morte é uma parte do ciclo, então a vida também é. Tudo desvanece, tudo floresce."

Faragao 17/09/2022

Esperava mais
Estava esperando uma história mega original, mas não rolou ?
Adorei a V.E. Schwab trazer uma protagonista pcd, e acho que ela tinha tudo pra criar uma história incrível pra essa personagem.
Mansão Gallant vai contar sobre Olivia, uma órfã, que mora num abrigo, até que um dia ela recebe uma carta convidando-a para conhecer seu verdadeiro lar e família.
Chegando na mansão gallant, onde sua mãe cresceu e atualmente mora seu primo Matthew, ela vai descobrir que existe um mundo muito parecido com o seu atrás de um muro, porém esse mundo é cheio de mistérios e de uma criatura terrível.
A jornada de Olívia vai ser descobrir sobre suas origens, lutar para ser acolhida nesse novo lar e principalmente em manter a criatura que vive no outro mundo longe do seu.
Em diversos momentos da leitura encontrei semelhanças com a história de Coraline, por isso não achei a história tão original, além de ser óbvia.

brendinha_motta 17/09/2022

como sempre schwabinha nunca decepciona
essa autora é simplesmente incrível de todas as formas, não existe um livro dela que eu não tenha gostado, sempre me apaixono por todos. Olivia e Matthew vão estar sempre no meu coração, meus bebês. Nem preciso falar da magia desse mundo, me surpreendeu bastante e me deixou encantada. Queria muito que tivessem mais livros aaaaaaaaaa

EvelynKaren 05/11/2023

Achei que faltou um tchammm
A história é muito boa, me conectei com os personagens de primeira. É um livro que você consegue ler rapidinho. Olívia é uma menina esperta que tem sua sorte mudada completamente.

Achei o final meio rápido , e pensei que teria mais coisas aí , que iria ter mais emoção e "luta" no final o primo morre e ela vive na casa do mesmo jeito que ele ?
A autora deveria ter trabalhado mais em algumas coisas, como por exemplo : uma menina que vê fantasmas, mas não se comunica com eles? Parece que Os fantasmas são apenas reflexo do que uma pessoa já foi em vida.
Você vê sua mãe fantasma que nunca conheceu mas não quer saber de nada???

E sim, achei que ela deveria ter um final melhor

Gramatura Alta 04/05/2023

Http://gramaturaalta.com.br/2023/05/04/mansao-gallant-uma-fantasia-inesquecivel/
MANSÃO GALLANT vai acompanhar Olivia, uma pré-adolescente que vive num internato para garotas, regido por um pequeno grupo de governantas “casca grossa”. As aulas giram em torno de aspectos práticos como faxina, culinária e costura, as condições financeiras são precárias, a privacidade das garotas é nula e seus pertences pessoais se resumem a uma cama de solteiro num quarto coletivo e a uma prateleira miúda.


Essa foi uma das melhores leituras da minha vida. A familiaridade com o tema abordado me trouxe um aconchego inexplicável. A todo momento me lembrei de CORALINE (resenha aqui) e de como foi fantástico o momento em que descobri amar aquele tema.

Olivia é uma pessoa muda e de personalidade forte. A única governanta que sabia a linguagem de sinais havia saído, deixando a garota entregue a um eterno silêncio, ao bullying diário e ao desaforo de ter que se comunicar através de um quadro negro pendurado em seu pescoço. Para tornar as coisas um pouco piores, Olivia vê espectros. Ou parte deles. Um olho e um punhado de dentes que a observam de um canto escuro, um queixo pontudo apoiado num braço esquelético escondido debaixo da cama. Ela não sabe por que isso acontece e nem como controlar, apenas aceita o fardo e convive com essa maldição.

Olivia não se recorda de sua vida antes do internato. Apenas sabe, segundo contado pelas governantas, que ela foi deixada na porta do local, quando tinha dois anos de idade, munida de suas roupas do corpo e de um diário verde que pertencia à sua mãe. A garota conhece todas as páginas daquele caderno, mas ainda assim continua lendo-o a fim de decifrar alguma mensagem oculta nas cartas, que não são direcionadas a ela, ou nas imagens borradas em tinta preta.

Certo dia, aos 14 anos, Olivia recebe uma carta. Nela, seu suposto tio diz que há muito a procura e a chama para voltar para casa, para a mansão Gallant. A garota, desnorteada pela notícia e eufórica pela ideia de ter alguém no mundo, embarca na ideia de desvendar os mistérios desse local nem um pouco convencional.

Infelizmente as notas pra esse livro são baixas (e após a leitura posso dizer tranquilamente que metade das opiniões se assemelham a uma criança fazendo birra quando os pais não fornecem o biscoito do sabor que ela deseja). Mas graças a essas mesmas avaliações iniciei a leitura com expectativas baixas. E a surpresa foi maravilhosa.

A aura de mistério envolvendo o passado de Olivia foi algo que me fisgou de imediato. Embora a ideia seja batida e, portanto, muito difícil de surpreender, me vi envolta nessa camada de mistério e sobrenatural que a autora soube muito bem desenvolver. A naturalidade com que ela descreve os espectros, as reações altivas da menina para com as presenças não solicitadas. Tudo foi muito bem arranjado, inclusive o sofrimento da garota perante o bullying e o sentimento de desamparo por não possuir sequer uma única amiga.

O fato de Olivia ser uma pessoa muda foi outro ponto muito positivo. Embora seja adepta da representatividade, nunca havia imaginado como seria estar na pele de alguém com essa condição quando há a necessidade de comunicação e ninguém que saiba ouvir. Em seu novo lar Olivia também possui uma pessoa que sabe a linguagem de sinais, mas ela depende totalmente desse outro para que os demais entendam alguns de seus posicionamentos. Senti algo similar à claustrofobia em dados momentos, principalmente quando há uma cerca discussão onde a garota é totalmente injustiçada.

Devido a essa condição, a leitura é embasada em diálogos de terceiros e num narrador que descreve as reações, emoções e alguns pensamentos da garota. Não me senti incomodada por esse aspecto, já que sou uma pessoa quieta e que geralmente não gosta de falar, mas entendo que possa incomodar alguns leitores (principalmente os que pulam parágrafos quanto há pouca conversação).

A história apresenta poucos personagens, tornando fácil que criemos algum apego por eles. Todos possuem a sua importância e o seu peso no enredo. Tire qualquer um e a história se desestabiliza.

Não consegui encontrar nenhuma ponta solta. A autora deu um fim pra tudo o que se atreveu a inserir, mas entregou um desfecho que poderia ter sido melhor. Devido a toda a importância e poder que foram dados ao vilão, era esperado que houvesse mais. Só que não há, o final é simples, direto e nada feliz, gostem os leitores ou não. Aliás, o final triste me fez gostar ainda mais, justamente porque seria, muito provavelmente, o que aconteceria na vida real.

Indo contra a opinião popular, não encontrei grande diferença na escrita da autora. Ela apenas suprimiu descrições gore, comumente encontradas em VILÃO (resenha aqui), por exemplo. E acredito que está aí o “x” da questão: a autora ousou lançar algo mais leve após tantos best-sellers sangrentos. Acredito que este seja um livro voltado para pré-adolescentes e iniciantes no gênero do sobrenatural.

Embora não tenha gostado tanto do final e ache que a autora tinha, sim, capacidade de desenvolver algo melhor, MANSÃO GALLANT foi uma leitura favoritada e inesquecível que recomendo a todos.

Resenha escrita pela Bianca para o blog.

site: http://gramaturaalta.com.br/2023/05/04/mansao-gallant-uma-fantasia-inesquecivel/

Larissa Tabosa 25/09/2022

Sinto-me traída! Na verdade, acho que estou mão acostumada. Minas últimas leituras foram tão boas que pensei que teria a mesma sensação ao ler esse livro. E veja bem, tive, mas o final meio que estragou toda a minha boa experiência.

Não vou dizer que odeio finais em aberto. Alguns até são muito bons. Mas no caso desse livro em específico simplesmente odiei. Sinto como se nada tivesse mudado, tudo continuou exatamente igual, única diferença é que agora a Olívia sabe e o Matthew está morto, só isso.

Só não desgostei mais, pois a autora escreve realmente muito bem. Já tinha lido outros livros dela, por isso fui com tanta expectativa para este. Mas né, a expectativa é a mãe da frustração.

santos 09/01/2023

Mansão Gallant
Uma história, apesar de ser de terror, bem levinha e tranquila para passar o tempo. Eu vejo muita gente falando que tem medo de ler esse livro, mas é como qualquer fantasia que tem um pouco mais do elemento do "terror", além do fato de ser infanto juvenil, então realmente não teria nada pesado.
Gostei bastante do livro e do universo, e em determinado ponto da leitura pensei que a Schwab não iria conseguir encerrar a história sem deixar pontas soltas, sendo assim, precisando de uma continuação, mas no final das contas, ela conseguiu.
Também gostei muito dos personagens. Comecei não gostando muito da Olívia, pois achei que ela era uma anti-heroína, e nesse livro aqui, acho que não seria legal esse elemento. Teve uma hora que, por eu achar isso, acreditei que ela iria entregar toda a paçoca, o que acabou não acontecendo e assim, no final, terminei amando ela e me simpatizando muito com a mesma. Amei o Edgar e a Hannah, eles foram muito fofos o livro inteiro. E em relação ao Matthew, entendo muito o ponto de vista dele sobre várias coisas e sendo ele bem temperamental, dá para entender o porquê de ele agir de certas maneiras em alguns momentos, e ao desfecho dele: ainda preciso decidir se eu gostei.
Só achei que algumas partes ficaram muito sem explicação. Não vou falar quais para não dar spoiler, mas fiquem sabendo que apesar de eu acreditar que seja um livro único, talvez uma continuação caiba bem aqui.

Jesca 16/11/2022

Eu acho que gostei do livro. Sou suspeita a falar porque estava em uma ressaca literária, nada me prendia muito.
Mas eu gostei muito da história, embora tenha levado vários dias para terminar. Tinha horas que parecia que lia e não saia do lugar, apesar de ser uma leitura rápida e agradável.
A história de Olivia e sua família é legal, te deixa curiosa e é bem construída.
Me lembrou muito o livro Coraline e é uma sessão da tarde bem legal de se ler.

jenni 31/12/2022

esperava mais
O livro é bom, vale a experiência de leitura porém ele é extremamente raso. Parece que a Schwab dessa vez não quis se aprofundar tanto ou então parece que escreveu com um tempo limite. Não conseguiu fazer personagens tão cativantes igual ela sempre faz, houve diversas pontas soltas durante a história que acabaram me atrapalhando um pouco e o final acabou sendo até meio clichê e super fácil o jeito que o vilão perde no final? Apesar de tudo leria novamente e recomendo muito pra quem gosta de Coraline.

Larissagris 07/11/2023

MANSÃO GALLANT (V. E. SCHWAB)
Para aqueles que saem à procura de portas, são corajosos o bastante para abrir as que encontram e, às vezes, ousados o bastante para criar suas próprias. (Pág. 4)

A palavra "escola" evoca imagens de carteiras de madeira bem-cuidadas e lápis apontados. Imagens de aprendizado. Elas de fato aprendem, mas é uma educação superficial, focada em aspectos práticos. Como limpar uma lareira. Como sovar um pão. Como remendas as roupas de outra pessoa. Como existir num mundo que não quer você. Como ser um fantasma na casa de outra pessoa. (Pág. 13)

Olivia planeja uma centena de futuros diferentes, mas continua ali toda noite, indo para a cama estreita do quarto lotado da casa que não é, e nunca será, um lar. E toda manhã ela acorda no mesmo lugar. (Pág. 14)

Esse é o truque com espectros. Eles querem que você olhe, mas não suportam serem vistos. (Pág. 19)

- Esses sonhos serão a minha ruína - [...] Quando estou sonhando, sei que preciso acordar. Mas quando acordo, só consigo pensar em sonhar. (Pág. 23)

As sombras não são reais
os sonhos nunca podem te machucar e você ficará segura desde que mantenha distância de Gallant. (Pág. 27)

Ela, que queria gritar, não de dor, mas de pura fúria exasperada por haver tanto som dentro dela e não conseguir externá-lo. (Pág. 28)

Olivia queria querer, queria sentir o que as outras garotas sentiam. (Pág. 30)

Ela quer todas essas coisas, mas está ali há tempo o suficiente para saber que não importa o que você quer; a única maneira de sair dali é ser querida por outra pessoa. (Pág. 30)

Estou tão feliz. Estou tão assustada.
Os dois, ao que parece, podem andar juntos, de mãos dadas. (Pág. 37)

Livre: uma palavra pequena para algo tão magnífico. Não sei qual a sensação, mas quero descobrir. (Pág. 55)

Aquela palavra de novo... seguro. Mas o que é segurança? Tumbas são seguras. Merilance era segura. Seguro não quer dizer feliz, não quer dizer bem, não quer dizer gentil. (Pág. 73)

- Este lugar é amaldiçoado. Nós somos amaldiçoados. - Há mais do que raiva nos olhos de Matthew; há medo. - Ser um Prior é viver e morrer nesse terreno, ser levado à loucura por fantasmas. (Pág. 87)

- Num lugar selvagem como este, o lado de fora vive tentando entrar. (Pág. 99)

- Jogue as palavras certas no mundo - comenta ele -, e nunca se sabe o que pode encontrar. (Pág. 100)

Cansaço pode ser um tipo de doença, se durar demais. (Pág. 101)

Mas a verdade é que a morte está em todo lugar. A morte chega para as rosas e maçãs, chega para os camundongos e pássaros. Chega para todos nós. Porque a morte deveria nos impedir de viver? (Pág. 127)

Quando as pessoas veem lágrimas, elas param de escutar suas mãos ou suas palavras ou qualquer outra coisa que você tenha a dizer. E não importa se as lágrimas são de raiva ou tristeza, medo ou frustração. Só o que eles veem é uma garota chorando. (Pág. 212)

Real, ela está aprendendo, é um conceito escorregadio, não uma linha preta sólida, mas um formato com contornos suaves e muitas partes cinza. (Pág. 218)

Do outro lado da janela, a luz está enfraquecendo. Ela baixa o olhar para a fonte de pedra, a mulher com a mão estendida, e sabe agora que se trata de um alerta. Mantenha distância, diz ela. Mas é uma mensagem para estranhos. Ela é uma Prior, e Gallant, seu lar. (Pág. 243)

Os espectros do outro lado do muro pertencem a ele. Mas os de Gallant, pensa ela, pertencem a mim. (Pág. 296)

Se a morte é uma parte do ciclo, então a vida também é. Tudo desvanece, tudo floresce. (Pág. 300)

E sonhos nunca podem te machucar. Foi o que sua mãe disse. É claro, agora ela sabe que isso não é verdade. Sonhos podem te obrigar a se machucar, sonhos podem te obrigar a fazer tantas coisas, se você não tomar cuidado. (Pág. 302)