Vitória 10/08/2022
Esse vai ser um comentário muito difícil de escrever. Eu amei tanto esse livro que não sei se vou conseguir dizer algo com sentido ou ficar sem surtar até o fim desse negócio. Esse foi o meu terceiro livro da Nathany, e eu já tinha falado, quando comentei os livros anteriores dela, que achava que ela ainda tinha muito a me entregar. E aqui ela entregou. Esse se tornou o meu favorito da autora, e com certeza vai entrar pra lista dos melhores romances do ano.
No livro do Lobo, a Nathany já soube fazer com que eu me apegasse ao Fantasma. Estava ansiosa pra conhecer a história dele e, quando soube que esse livro teria plot de gravidez, não consegui mais resistir. Ao contrário do anterior, esse aqui nos entrega baque atrás de baque, acho que comecei a chorar ainda no prólogo e não parei mais. A história é triste, mas também é linda. Os persoangens são machucados, mas em momento algum isso é feito sem motivações, tudo contribui pra que eles se encontrem e se tornem as pessoas que eles são.
Os persoangens são maravilhosos. Eu já cheguei aqui apaixonada pelo Fantasma, então o bonito tinha lugar marcado no meu coração assim que iniciei a leitura, mas ele ainda conseguiu superar todas as minhas expectativas. O cara é um príncipe, trata a Estrela do melhor jeito possível, cuida dela do jeito que ela precisa ser cuidada e faz de tudo para protegê-la. Também amei que a autora não deixou o lado sombrio dele ser esquecido. A gente sabe que o Zion pode ser violento, e ela mostra isso, mas faz a gente entender que essas características não mudam a pessoa que ele é quando está ao lado da Estrela. Já a Estrela (e eu só consigo chamar ela assim, culpa do Zion) é uma mulher fortíssima, mas que acaba mostrando o lado mais frágil dela pra gente quando perde a memória. Inclusive, eu amei que a autora explorou as preocupações da personagem a respeito disso. O medo de não saber direito quem ela era de verdade, de não saber seus sonhos, mas de ao mesmo tempo ter a certeza de que ela amava o Zion acima de tudo. Essa mulher também me ganhou fácil.
O romance é incrível, perfeito, não sei nem se tenho como falar sobre ele. Os dois protagonistas são muito machucados, e tem vários pontos em comum nessas feridas que eles carregam, então é lindo ver o Zion servindo de fortaleza pra Estrela, ao mesmo tempo em que a ajuda a descobrir a mulher incrível que ela é. No caso do Zion, as feridas são mais antigas, mas a gente percebe que ainda tem algo ali que o machuca constantemente. A cena em que ele se abre com ela é linda, eu me acabei de chorar nela, assim como aconteceu no livro inteiro, e ver depois a Estrela ajudando o Zion com as suas inseguranças, principalmente em relação às cicatrizes, foi belíssimo. A gente começa esse romance devagarinho, com pequenas atitudes, falas e depois toques (porque no início a Estrela sequer aceitava que o Fantasma tocasse nela, e só o fato dele respeitar isso e fazer com que os outros respeitem também já me fez virar cadelinha desse homem) e, depois de um certo ponto, que é a cena do carro (que também é maravilhosa), a coisa toma outra roupagem, mas nem por isso deixa de ficar ainda melhor. Eu sinto que conseguiria tranquilamente ler mais 600 páginas sobre esses dois.
Os problemas que falei nos livros anteriores da Nathany foram solucionados aqui. A trama "policial" não tem nada de mirabolante, pelo contrário, foi a que me pareceu mais palpável de todos os livros dela. As cenas de ação são ótimas, e todas me deixaram com o coração na mão, porque eu não queria que nenhum dos meus amorzinhos se machucasse, mas a Nathany não nos poupa disso. Essa mulher quer fazer o leitor sofrer, e faz da melhor maneira possível. Os últimos 20% são muito eletrizantes, e me fizeram ficar acordada até as 4 da manhã numa madrugada de domingo pra segunda, mesmo eu tendo que trabalhar cedo no dia seguinte, porque eu simplesmente não conseguia largar esse negócio. Ou seja, como acho que já deu pra perceber, não tinha como esse não ser um favorito.
Aqui a Nathany também me deixou apaixonada pelo Snake. Amei a relação que ele construiu com a Estrela, na verdade de como todos os Holder receberam ela e a fizeram parte da família, mas o Snake e a Jasmin tiveram um pouco mais de destaque nesse ponto. Soube que o livro dele vai ser uma comédia romântica, e isso já me deixa animada, depois de um livro cheio de drama como esse. Gosto do fato da Nathany tentar explorar coisas diferentes a cada volume da série. Só sei que esse mês me promete muito sofrimento no quesito livros de romance, depois desse baque ainda pretendo ler Gisa, Lucy e Zoe. Algo me diz que teremos muitos favoritos em agosto.