Resenhas - Vou sumir quando a vela se apagar

ana 08/01/2024

Foi uma leitura agradavel!
gostei de conhecer mais sobre a cultura dos personagens, afinal sou descendente de sirio-libaneses tambem e foi importante para eu me reconectar ela!
a narrativa é interessante, apesar de não ter entendido o objetivo/para onde a história estava encaminhando até boa parte da leitura.
não consegui me apegar aos personagens (exceto pelo Jurj, que me encantou de primeira!) e não gostei do fato de muitos diálogos terem sido apenas comentados/resumidos e não mostrados em sua íntegra.
por fim e não querendo entregar spoilers: não acredito que o final escolhido tenha sido coerente com a narrativa do personagem principal!


sobre a edição da intrinseca: a capa é linda! mas uma sugestao: seria ótimo adicionar notas de roda pé mostrando o significado de alguns termos arabes!

Alisson.Venazzi 01/08/2022

Nos passos de Raduam Nassar
A riquíssima gramatica sentimental de Yacub que, ao perder seu grande amigo e confidente amoroso, Butrus, sai em uma saga atrás do Jinni que ele acredita ter matado Butrus. Da Síria para o Brasil, Yacub percorre um mundo enferrujado pelas dificuldades que se azeita pelos afetos de patricios e outros migrantes. Todos em busca de criar um mundo menos árido. A pergunta é se Yacub está em uma perseguição ao Jinni ou se em fuga dele.

Thayanne24 23/02/2024

Achei o livro muito bom, com uma escrita sensível, fácil de ler e instigante.

A narrativa delicada e poética me envolveu desde as primeiras páginas, enquanto acompanhava a jornada de Yacub em sua busca por respostas sobre si, seus sentimentos e seu lugar no mundo. Depois, fui transportada para um mundo onde a solidão, a introspecção e a busca por significado ganham vida de maneira profunda e comovente. A solidão de Yacub mesmo quando cercado de novos amigos em uma nova cidade são como um espelho de nossas próprias lutas e buscas.

A tristeza e a dor de Yacub são quase palpáveis. Contudo, esperava um desenvolvimento mais detalhado no final, que me pareceu meio corrido em comparação ao desenvolvimento do restante do livro.

Gostaria de ter visto novamente Jurj, Remédios e tio Mikhail pois foram personagens também muito importantes na história.

Num geral, foi uma das melhores leituras que fiz esse ano, até agora.

taiz 01/10/2022

Incrível a forma como Diogo manipula as palavras. Essa forma de escrita, com nuances de prosa poética, me pega muito, dá aquela sensação de não querer que o livro acabe nunca. 

O contexto de toda a história é muito interessante, a forma como o autor colocou com tanta sutileza o amor vivido pelos protagonistas, tanto na primeira parte do livro quanto na segunda. Toda a composição cultural, as particularidades de cada personagem e o misticismo presente na introdução de um jinni. 

Achei que seria um romance LGBT, mas o livro entrega muito mais do que isso. O final é uma incógnita. Não soube se Yacub voltou para a Síria ou se o jinni representava a morte, que ele passou a perseguir até cessarem a dor e o vazio pela perda de Butrus.

Gostei muito da leitura. É sempre gratificante encontrar novos autores nacionais e eu sou declaradamente apaixonada pela literatura brasileira. 

Mary Maia 05/05/2024

Gostaria de um final mais bem elaborado.
Fiquei triste e frustrada com esse final...Não sou da galera que acha que necessariamente as histórias precisam de finais felizes, mas gostaria de algo mais complexo.

alice2161 02/03/2024

é muito bom.
mostra perfeitamente a dor de perder uma pessoa bem próxima, é uma escrita mais culta, porém fácil de entender.
super recomendo!

MatthewsVianna 15/01/2023

A escrita do autor é um deleite. A maneira como ele descreve o entorno de Yacub torna o cenário muito onírico, poético.

Ansiei pelo final, tentando imaginar como o autor encerraria a narrativa, que assume um tom de fábula muito interessante.

Confesso que gostaria muito que Yacub tivesse encontrado algo diferente em sua busca, mas assim é a vida, nunca sabemos o que há após o próximo passo.

Hans.wife 25/02/2024

Coitado do Jurj
A escrita é muito bonita e floreada, sem ser maçante ou chata, porém, mesmo com a história sendo bem legal não foi um livro que me prendeu tanto.
Realmente gostei de acompanhar o Yacub durante todo o livro, desde a primeira grande dor dele (que me deixou bem abalada) até a última escolha dele (que sinceramente achei moa pensada).
Como o livro fala bastante sobre a Síria, até porque grande parte do mesmo se passa lá, tiveram várias palavras em árabe, o que é super compreensível e diferente, a única parte ruim sobre isso foi que as palavras e expressões em árabe não tiveram tradução em momento algum, algumas delas é possível entender o sentido devido o contexto da frase, mas outras delas infelizmente não, o que me deixou levemente perdida em alguns momentos do livro.
Sobre o final, eu sinceramente não gostei, na minha opinião o Yacub deveria ter ficado no Brasil, junto com os amigos que ele fez durante o tempo que ficou aqui, mas ele escolheu voltar pra Síria, o que eu até entendo, a família dele estava lá e tudo mais, mas acredito que a situação de vida dele seria melhor aqui no Brasil, sem toda a dor e todo o sofrimento que ele tinha na Síria. E também não consigo deixar de pensar no Jurj, na Remédios, no tio Mikhail e nos outros amigos que ele fez, eles com certeza sentirão falta do Yacub.
Enfim, Yacub é um querido que tem sentimentos lindos e puros, que conseguiu ter relações maravilhosas durante todo o livro, espero sinceramente que ele tenha ficado feliz e satisfeito com a última escolha dele.

Sofia124 07/09/2023

O livro é bem escrito, grifei várias frases, mas não me causou nenhum sentimento muito forte. a premissa é interessante e a leitura é fluida.

Marina 25/11/2023

Não gostei, mas não por ser mal escrito nem nada, acho que só não é uma história das que eu gosto, não consegui me envolver e fui lendo bem por cima pra conseguir terminar

Rafael Batista 18/02/2024

Nota: DE REPÚDIO
Brincadeiras à parte, estava com grandes expectativas para esse livro. O início parece a subida de uma montanha russa, nos prepara para uma queda intensa e de tirar fôlego, mas aí, após a subida, a gente se dá conta que está naquele Minhocão de parque infantil e só vai ser uma voltinha sem graça, o problema aqui é que essa voltinha sem graça não acaba, parece que alguém esquece de desligar o brinquedo e você já não aguenta mais ficar ali. Umas das leituras mais arrastadas que já fiz. Estava esperando uma jornada arrebatadora de luto, e tive vários fragmentos de passagens de uma pessoa em um novo local, longe de sua cultura, meio mal desenvolvido. Olhe. Se você gostou, você venceu. Mas nessa leitura aqui, eu saí perdendo.

@tatysturnick 04/06/2023

Não esperava nada.. Ganhei tudo!
É uma obra que nos leva a refletir sobre questões fundamentais da vida. O livro mergulha em temas como identidade, confiança e busca pela felicidade, através de uma narrativa envolvente e cheia de reviravoltas.

Apesar dessa busca, este é um livro muito triste e repleto de camadas, que a cada uma você se sente mais ligado aos personagens complexos e sentindo suas dores de forma tão única, que te faz refletir sobre as próprias nuances da vida.

A escrita pode ser difícil no começo, mas logo você se vê envolto e totalmente transportado para o mundo que ele propõe, que é capaz de sentir o cheiro do suor e imerso na cultura (na qual o autor faz com maestria a junção de gestos com a cultura Síria).

Afinal, quem consegue descrever a morte com essas palavras, te deixa totalmente preso em qualquer ato.. "Butrus fora embora. Não para o Brasil, mas para aquela escuridão da qual ninguém volta, ninguém manda cartas. Ninguém enriquece."

É um livro que eu não esperava nada, mas que entregou tudo e mais um pouco. Um livro que não precisou descrever todos os sentimentos envolvidos, você consegue sentir e identificar em um único "ele sorriu". Ali, você consegue sentir as quinhentas e uma sensações que vem com essa simples frase, sem precisar-lhe acrescentar mais nada.

Este livro é uma escolha certa para aqueles que buscam uma experiência literária que vai além do entretenimento superficial.

Recomendo um milhão de vezes.

Gab 05/08/2022

vou sumir quando a vela se apagar...
"Quando o devolvi ao vilarejo, ao colo da mãe e aos jardins
abandonados, nós dois tínhamos passado um bom tempo
juntos. Delirando no navio, sem me reconhecer, Yacub me
contou suas desventuras na Síria e no Brasil. Completei
as lacunas da história com as memórias que queimei na
clareira, ou com o que supus ou inventei. Decidi escrever a
história dele para que a chama queimasse um pouco mais. Eu
sabia que nós dois - Mishaal e Yacub - desapareceríamos
assim que o pavio da vela chegasse ao fim e já não lançasse
sombras escuras nas paredes deste mundo. Quis prolongar
nossa noite. Retorno agora ao barzakh, ao espaço invisível
que separa a água de dois mares quando eles por fim se
encontram. Aquele lugar em que eu ainda posso existir, até
que já não possa mais."

Gabe | @cafecomgabe 19/10/2022

Delicado nas palavras, pesado nos sentimentos
Preciso dizer que esse livro foi uma feliz surpresa pra mim.

De início eu pensei que o livro fosse trazer um apelo político muito grande, tive receio por isso mas o cenário social é muito mais presente, a migração sírio-libanesa para terras brasileiras fica como pano de fundo aqui nessa história de crescimento e amadurecimento, que também é uma história de amor e de dor.

Não vou me ater a construção de personagens nem nada do tipo, quero deixar aqui meu relato puramente sobre os sentimentos dessa história. Uma típica jornada daquelas onde você tenta se arrancar da sua zona de conforto em busca de algo desconhecido que pode ou não ser fruto de um sentimento que não é seu ou que você gostaria que fosse. Só que nessa jornada você sempre esquece pra trás alguma raiz naquele solo infértil do qual você tentou fugir. A jornada do nosso protagonista é cheia de incertezas e fantasmas, e ainda cheia de monstros e o pior deles está dentro de si e é com ele que se segue o maior embate dentro da narrativa, sobre luto, culpa e julgamentos.

O autor foi muito corajoso ao nos dar o final dessa história, muito mesmo. Ele foi contra toda e qualquer suspeita que eu pudesse ter e confesso, eu queria mesmo ser surpreendido mas talvez não dessa forma, rsrsrs. Porém, apesar de no ato de fechar o livro e finalizar a história eu não ter tido grandes reações foi, nos minutos seguintes, que me veio uma enxurrada de pensamentos e sensações sobre a história e foi quando o final fez todo sentido pra mim, dentro do contexto histórico e cultural da obra. É quando você para e pensa que viver é de fato um ato de coragem muito grande, e que nem sempre você vai conseguir entender de maneira fácil qual o seu lugar na sua própria narrativa.

LEIAM. Vale cada minuto.

Maju Deolindo 07/12/2023

A vela apagou
Queria ter gostado mas achei o livro chato, muito triste e não consegui me conectar e nem torcer para as personagens.