juliafsampaio 22/06/2022
Todas as lágrimas que chorei?é não chorei.
Todas as lágrimas que chorei, e curiosamente não derrubei nenhuma, porém vamos por partes?
Romeu?
No primeiro livro ele me fez o amar, e tranquilamente foi considerado o meu personagem masculino favorito, e simplesmente pelo fato de que ele era absolutamente tudo aquilo que eu, assim como a japa, queríamos de um homem, ele sempre teve defeitos, mas eram defeitos que eu consideravam virtudes, ou na melhor das hipóteses achava suportável, raiza fez a gente se apaixonar por ele em 900 páginas, mas nessas 1228 páginas foi difícil manter isso.
Mas veja bem, eu entendo, eu sabia que ele não iria mudar, ele é muito consciente das merdas que que faz, e muito seguro das suas decisões, em momento algum ele decepcionou quem ele era, muito pelo contrário ele foi extremamente fiel a quem era, a suas dores, aqueles que amava, as dores que sentia, e principalmente ele foi fiel demais aos seus traumas, ele sente muito, acordar para ele é um castigo, a decisão que ele tomou no primeiro livro realmente é um erro imperdoável, e ele sempre soube disso, e todos os dias ele sofre as consequências dos seus atos, porque atitudes tomadas fundamentadas em uma dor tão profunda são tóxicas, imorais, incompreensíveis e, na minha humilde opinião, burras. Enfim, ele não me decepcionou, sendo sincera era isso que eu realmente esperava dele, e se fosse diferente não seria o Romeu.
Sobre a Isa? foda!
Ela é f-o-d-a, a japa é a mulher mais foda que tive a honra de ler, ao contrário do que eu acho que muitos sentes, e alegam a falta de amor-próprio, acredito que no final do livro ela mostra que ela tem de sobra, ela respeita seus limites, ela só não tem orgulho, e não iria lidar com consequências danosas demais para o seu bebê por isso, ela é madura, madura demais para uma mulher de 20 anos, madura demais para qualquer mulher, ela é melhor do que todos os outros, do que eu, e provavelmente você, porque ela é madura o suficiente para lidar com as coisas da maneira ideal, aquela que nossos sentimentos nos impedem de realizar. A Is muda drasticamente do primeiro livro para o segundo, e ainda sim é ela, é fiel a si, aos seus princípios, ao seu Buda, e a sua personalidade, mas principalmente ela é fiel ao filho, ?filhos devem ser sagrados, e estar acima de todas as outras coisas?, isso não é algo que as boas mães fazem, isso é algo que apenas as poucas melhores são capazes, porque somos egoístas, em nossa natureza, é muito difícil se desprender do nosso ego, mesmo por um filho, poucas mães seriam tão incríveis quanto ela.
Sobre o livro, repito, ele teve o roteiro que deprecia ter tido, sendo fiel a tudo e a todos, sendo exatamente o que deveria ser. Na minha humilde opinião, eu vou sem grandes expectativas pro próximo, sentindo que mesmo que o final seja feliz, algumas coisas não serão felizes no ideal, eu entendi que o Romeu nunca será, realmente e completamente feliz, devido ao seu passado. Assim, como compreendi que a Isa sempre irá sentir falta dos pais, e sempre sentirá esse vazio, independente do quão feliz seja o futuro. Também entendi que acho que eu não terminarei a história deles verdadeiramente feliz e satisfeita, pois eu sei que eles não estarão no seu máximo de felicidade possível, o Romeu estava certo, há erros que são imperdoáveis, o que eles fez com ela foi um desses, e mesmo que seja perdoável, sempre deixará uma marca no relacionamento dos dois, independente do que vier agora, nada irá mudar isso?
Sobre mim, eu odiei a leitura, mesmo entendo tudo isso, foi ruim para mim terminar esse livro, eu não tive sentimentos bons na maior parte do tempo, só sentia angústia, repulsa, tristeza e decepção, por mais que entenda, não posso dizer que achei bonito ler, fiquei feliz em acompanhar, e que amei, foi fiel e verdadeiro, mas foi cruel, assim como a vida é, e eu leio para ser feliz, e não fui muito, eles ainda são importantes para mim, eu sempre os amarei, mas, nos meus sentimentos, não posso dizer que amei?
Espero que a Raiza se supere e me devolva o meu casal favorito, mas se não acontecer, eu ainda os amarei, mesmo entendendo tudo isso, aceitando
que a felicidade deles tem um limite, o da dor e da mágoa, que eu os amo justamente por isso, por eles serem cruelmente reais e verdadeiros, humanos.