Resenhas - Galateia

Diangelo13 21/06/2024

Galateia...
Um conto curto e é o segundo livro da Madeline que leio, em comparação a "A Canção de Aquiles" esse daqui chega nem parte do que ele proporcionou não é de todo mal visto que é um conto, mas poderia ser abordado bemmm melhor. Indicaria? Sim, para quem procura algo simples para ler rápido super indico.

Sobre a história, achei bem legal e depois a explicação para o final ser diferente com relação a Pigmalião foi surpreendente.

natasha133 11/10/2022

excelente releitura. transformar galateia na personagem principal, dando-a voz, diferente da história original, é maravilhoso.

Maraia2 13/02/2023

"Um oceano tão vasto que se estende através dos séculos."
Me sinto satisfeita com esse primeiro contato com a autora, tava louca pra conhecer suas histórias. Esse é um conto rápido, mas bastante profundo e uma verdadeira canetada.

Miller traz uma releitura feminista e corajosa do mito grego de Pigmalião, pelo ponto de vista de Galateia. Uma estátua esculpida em marfim que se torna uma mulher graças a bênção da deusa Vênus. Seu marido é extremamente obcecado por ela e a mantém prisioneira, mas ela tem uma filha e ainda é capaz de um grande ato de bravura.

A escrita é um deleite, adorei a nota da autora e achei extremamente necessário, com certeza vale a pena ser lido.

nini 14/09/2022

"Porque eu costumava ser feita de pedra"
Incrivelmente tocante, intimista e poético para tão poucas palavras, exatamente o que eu esperava da Madeline Miller que nunca falha em seus romances e contos.

Achei muito interessante essa abordagem de homens que odeiam as mulheres mais do que as amam.

evemm 01/08/2023

Outros ainda (e eu me incluo nesse grupo) sentiram incômodo com as implicações profundamente misóginas da história. O final feliz de Pigmalião só é feliz se você aceitar uma boa dose de ideias repulsivas: a noção de que uma mulher boa é aquela desprovida de qualquer identidade para além da função de servir a um homem, a fetichização da pureza sexual feminina, a associação do marfim ?branco como a neve? com a perfeição, a primazia da fantasia masculina sobre a realidade feminina. Galateia não profere uma única palavra na versão de Ovídio. E ainda mais alarmante: ela não recebe um nome (esse foi um dos poucos detalhes que peguei de outras fontes). É chamada apenas de a mulher. Um complacente objeto de desejo e nada mais.

Carolina3519 02/06/2023

Galateia
Eu já tinha ouvido falar tanto sobre a escrita da Madeline Miller mas nunca tinha dado uma chance, que bom que eu fiz isso agora. Peguei o livro no prime reading de graça e acompanhei ouvindo ele no Storytel, eu amei tudo, a forma que ela (des)construiu uma história super machista, a reviravolta no final, a escrita super fluída e gostosa e especialmente as explicações do porquê ter feito e toda a base de pesquisa nos agradecimentos da obra. Agora tenho ainda mais curiosidade para ler os outros livros da autora e entendo perfeitamente a admiração e respeito que ela recebe dos seus leitores.

Leila de Carvalho e Gonçalves 04/09/2022

De Viés Feminista
Da estadunidense Madeline Miller, Galateia: Um Conto é uma resposta à versão do mito de Pigmalião, narrada por Ovídio no poema Metamorfoses. De rápida leitura, a narrativa relata a rotina de um casal um tanto quanto peculiar, um escultor e sua obra-prima, que ganhou vida graças à intervenção da deusa Vênus, compadecida das súplicas do artista que se apaixonara por sua criação.

Aliás, Pigmalião, de Ovídio, se distingue pela longa e rica lista de adaptações e poderia rapidamente enumerar pelo menos outras três: a peça teatral homônima (1913), de George Bernard Shaw, a telenovela Pigmalião Setenta (1970), realizada pela Rede Globo, e o filme Uma Linda Mulher (1990) com Julia Roberts e Richard Gere.

Na maioria das vezes, essas adaptações versam sobre transformações pessoais ou reportam a paixão ou obsessão do artista por sua arte. Entretanto, há outro entendimento mais raro e recente que foi escolhido por Miller: as implicações misóginas do mito. Em Metamorfoses, Galateia é tratada apenas por ?a mulher? ? seu nome foi retirado de outras fontes ? e jamais ela profere uma palavra.

Já o conto, de viés feminista, desconstrói o pressuposto final feliz de Ovídio. Também refuta a ?objetificação da mulher? cuja ?única função é servir ao homem? e ?a fetichização da pureza sexual? que dá ?primazia a fantasia masculina sobre a realidade feminina.?

Sombrio e com uma dose de suspense, seu texto emprega uma linguagem direta, que consegue prender o leitor desde a primeira página, sem perder o lirismo da voz da narradora e protagonista. Aliás, Miller sabe como manipular emoções do leitor, que fica dividido entre o medo, a raiva e uma certa melancolia. Outro ponto de destaque são as belas ilustrações de Thomke Meyer, portanto, se comprar o e-book, o ideal é escolher um tablet ou iPad para ler.

Enfim, Galateia não é só é um bom passaporte para quem pretende conhecer a autora, como também uma pequena joia da literatura feminista e aproveitando a oportunidade, também recomendo os romances Circe e A Canção De Aquiles, outras duas impactantes releituras mitológicas de Miller.

Gessyka.Loyola 16/05/2023

Conto
Gostei muito dessa ideia da autora de pegar elementos e lendas da mitologia grega e trazer para nossa realidade.
Minha análise foi de um típico relacionamento abusivo retratado nos moldes da antiga Grécia.

popolly 04/09/2023

?Durante milênios existiram homens reagindo com horror e repulsa à independência da mulher, homens que desejam mulheres na mesma medida que as odeiam e que se refugiam em fantasias de pureza e controle.?

amandafffdo 23/03/2023

Você nunca tocou numa estátua?
O conto corresponde ao que propõe a ser enquanto estrutura, o que pessoalmente não me agrada muito. Além disso, penso que a releitura do mito grego é coerente com toda nossa formação e bagagem de século XXI, mas meu interesse acaba sendo maior quando tenho oportunidade de entender como pensavam em épocas distintas.De qualquer forma, sempre bom ter contato com pensamentos e livros diferentes do que estamos habituados, fugindo de preferências.

Ilustração e paleta de cores belíssimas!

Jeon4ggyn 16/08/2023

Como é difícil ser mulher
Talvez esse seja minha história favorita da Madeline, linda, precisa é incomodando todos os meus sentidos, super rápido de ler mas não deixa de ser tão bom quanto suas outras obras maiores.
Fico muito feliz que ela desmistifica as histórias gregas e mostra o que elas muitas vezes são: cruéis, misóginas, injustas. Não me leve a mal, sou apaixonada pela literatura grega/romana mas vamos combinar que nada ali é de bom tom.
Fiquei triste com o final da galateia mas com certeza é melhor que o original, onde a coitada vive ?feliz pra sempre? com o veio do saco.

naicaroline 13/05/2023

É a minha primeira vez lendo algo dessa autora e estou apaixonada pela escrita. Vou com certeza procurar uma outra obra dela para ler.
Amei a releitura da mitologia. Assim que comecei a entender o que o conto estava apontando senti aquela sensação de revolta no peito e em como isso se estendeu através do tempo e vemos na atualidade.

"O final feliz de Pigmalião só é feliz se você aceitar uma boa dose de ideias repulsivas: a noção de que uma mulher boa é aquela desprovida de qualquer identidade para além da função de servir a um homem, a fetichização da pureza sexual feminina, a associação do marfim branco como a neve com a perfeição, a primazia da fantasia masculina sobre a realidade feminina."

LAvia 17/12/2022

Galateia
queria apenas mais que o conto fosse mais aprofundado Madeline fala em como no mito a gente não vê a personalidade e galateia nem possui um nome apenas sendo chamada de a mulher. Dá pra ver um traço da personalidade forte que galateia teria se Madeline tivesse aprofundado mais, deixa um gostinho de quero mais

Myyllenaah 18/05/2023

Realidade...
Fui ler esse livro sem saber de sinopse nenhuma, e não esperava o que eu li. Reflete sobre um poema e a Medeline conseguiu estressar muito bem o que realmente poderia acontecer com a personagem. É muito cruel. Eu amei o final com a liberdade dela depois de muito sofrimento. Ela não disse mais sofria. Gostei bastante. Uma passagem na nota dela me marcou.

"Outros ainda (e eu me incluo nesse grupo) sentiram incômodo com as implicações profundamente misóginas da história. O final feliz de Pigmalião só é feliz se você aceitar uma boa dose de ideias repulsivas: a noção de que uma mulher boa é aquela desprovida de qualquer identidade para além da função de servir a um homem, a fetichização da pureza sexual feminina, a associação do marfim ?branco como a neve? com a perfeição, a primazia da fantasia masculina sobre a realidade feminina. Galateia não profere uma única palavra na versão de Ovídio. E ainda mais alarmante: ela não recebe um nome (esse foi um dos poucos detalhes que peguei de outras fontes). É chamada apenas de a mulher. Um complacente objeto de desejo e nada mais."

sunmari 20/06/2023

"podia ao mesmo tempo ganhar vida e continuar a ser estátua"
"durante milênios existiram homens reagindo com horror e repulsa à independência da mulher, homens que desejam mulheres na mesma medida que as odeiam e que se refugiam em fantasias de pureza e controle."

- não tenho tanto a escrever nessa resenha, então vou só enaltecer a autora e a história.
sou suspeita para falar sobre a escrita da madeline miller, que além de ser muito descritiva é fluída para mim.
amei a história e a ambientação. é incrível e horrível ao mesmo tempo não saber do conto, mas incrível por amar esssa versão. a personagem me cativou positivamente e o desfecho foi perfeito. ??