A Morta Apaixonada

A Morta Apaixonada Théophile Gautier




Resenhas - A Morta Apaixonada


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Natasha 24/09/2022

Leitura rápida
A edição da Wish com a Clepsidra é linda, repleta de ilustrações e informações extras para tornar a leitura mais completa.
A Morta apaixonada é o primeiro conto do livro, ele é relativamente curto e de leitura bem rápida, conta a história de um jovem que sempre sonhou em ser padre, mas no dia de sua ordenação se apaixona a primeira vista por Clarimonde, retratada como pela e pecaminosa, a história é divertida e pode trazer reflexões sobre a culpa que o padre sente por querer viver situações normais como se apaixonar, viajar e se vestir bem.
Além disso o livro possui mais 3 contos e 1 poema extra do autor.
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Marina 10/09/2022

A dualidade do homem e o fascínio com o sobrenatural
Além de A Morta Apaixonada, esta edição conta outros contos e um poema de Gautier, alguns explorando a sensualidade e estilo de vida boêmio de vampiras, outros descrevendo a luta entre fé e o pecaminoso, mas sempre brincando com a realidade e a ficção, sem que seus personagens possam dizer com clareza o que foi ilusão. Na obra título temos a vampira Clarimonde e seu amado Romuald, um padre que nos narra a história de amor e devassidão de sua juventude, ainda sem certeza do que foi real e o que foi sua imaginação. A monstruosidade e desejo por sangue ficam em segundo plano, e é dado mais ênfase as paixões carnais e aos prazeres do mundo, aos quais Romuald ora se rende, ora se vê imerso em culpa e vergonha.
Mesmo que com uma visão menos monstruosa sobre a vampira (que aqui parece realmente amar), ainda há passagens que podem ser lidas como misóginas, e neste e nos outros contos há retratos do fascínio, por vezes fetichista e racista, pelas culturas africanas e asiáticas.

Edição com belas ilustrações de Caroline Murta. Tradução, notas e prefácio, com várias informações interessante sobre vampiras na literatura, por Bruno Anselmi Matangrano.
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nalurodrigues 04/09/2022

Lindo e Tenebroso
Muito antes de Edward e Bela, Théophile Gautier nos trouxe o romance entre um vampiro e uma humana que eu, sinceramente, não achei que fosse gostar tanto. Por ser um clássico (e dos bem antigos!), achei que a leitura ia ser desgastante, mas foi, surpreendentemente, fluido pra mim. A forma como Romuald descreve Clarimonde é divina, arrebatadora e, ao mesmo tempo, revoltante. Ele é um personagem tão sufocado pela sociedade que mesmo o amor que sente por Clarimonde lhe parece algo pecaminoso. Amar alguém a ponto de compará-la a Deus é algo muito significativo para alguém tão fervoroso em sua fé, principalmente sendo um padre. Por nunca entrar em contato com o "mundo mortal", por assim dizer, estando constantemente confinado em meditação, todos os sentimentos e descobertas de Romuald lhe parecem blafemos, pecaminosos até. Ser vaidoso, amar alguém, gostar de roupas finas, penteados da moda, tudo parece diabólico, um plano malígno para afastá-lo de Deus. Muitos podem achar que as vezes em que ele fala sobre Clarimonde e nos aconselha a não se apaixonar possa ser uma vilanização da figura feminina (o que, devido à época, é praticamente indubitável). Na minha interpretação, no entanto, essas sugestões são meramente uma forma de ajudar o leitor a se prevenir da decepção de se expor demais, amar demais, ceder demais, só pra ver o que mais ama lhe ser tirado posteriormente e deixá-lo com uma vida que você não escolheu, que você sequer quis. Sozinho.

"Oh, irmão, medite bem sobre isso! Por ter levantado uma única vez o olhar para uma mulher, por uma falta aparentemente tão leve, experimentei durante vários anos as mais miseráveis agitações; minha vida foi perturbada para todo o sempre"

site: writemeinblood.tumblr.com
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