Resenhas - Yellowface

Gabi 09/01/2024

Eu gostei TANTO dessa história, mais uma vez eu deitei pra Kuang, ela é muito boa em tudo que propõe a fazer. Eu gostei muito das discussões abordadas nesse livro. A Junie não consegue suportar o sucesso da amiga, da Athena ter sucesso e ela não, é quase como se fosse inaceitável uma pessoa amarela fazer sucesso enquanto ela não faz. Além disso, o cancelamento no twitter foi MUITO bem abordado também, exatamente como acontece. As pessoas começaram a acusar a Junie de uma coisa que elas não tinham provas!!! no caso era verdade, mas o público não sabia disso. Você consegue ver o quanto o cancelamento é um efeito dominó, basta uma pessoa apontar o dedo e pronto, é como se fosse uma verdade absoluta. O cancelamento foi tanto que teve momentos que fiquei com dó da June e dai eu pensava "não! ela foi muito escrota você não pode ter pena dela". Achei muito interessante também algumas falas sobre como as editoras escolhem um (a) autor (a) não branco para ser a cota, o único a representar, a ser publicado, enquanto a junie estava sendo a rainha da coitadolandia, perssoas de cor disputavam para ser o único a ser publicado, não há espaço para dois amarelos. Tiveram momentos durante a história que eu achei a leitura um pouco arrastada porque as coisas se repetem. A June além de racista ainda é burra e comete o mesmo erro duas vezes (nem para mudar o primeiro parágrafo de Mother!!!), então as mesmas coisas acontecem. Porém, acho que essa foi a intenção da autora, da June sempre se colocar nesse papel de vítima e achar que devido as inúmeras justificativas dela, ela tinha algum direito sobre a obra da Athena. A parte do fantasma la da Athena, achei ate engraçado a discussão (como se asiáticos fosses todos iguais), mas achei essa parte do fantasma meio esquisita, não achei tão real e isso me tirou um pouco da história, e por isso me fez tirar meia estrela. Porém as discussões no final com a Candice foram super importantes, gostei demais! E também amei o final em aberto, em que aparentemente a Junie daria uma de vitima mais uma vez e provavelmente passaria ilesa da situação, ia ser quase como um "quem me conhece sabe", e provavelmente todo mundo cairia no papo dela.

Giovanna Batalha 05/01/2024

A escrita da RF Kuang é muito viciante, te faz ficar pensando em como você quer continuar lendo enquanto você não está.

A protagonista é muito interessante e por mais que ela diga que não fez todas aquelas coisas de propósito, claramente ela também não pensou muito antes de faze-las.

O livro traz reflexões interessantes sobre como é a indústria, e também faz a gente repensar nossa relação com a Internet.

GiselleC 05/01/2024

Quase mereceu 5 estrelas?
Até 60% do livro eu teria dado cinco estrelas. Apesar da Juniper ser tudo menos carismática, o livro é muito cativante e a história me prendeu demais - além de ter uma enorme relevância. Depois dos 60% sinto que a autora deu muitas voltas, encheu muita linguiça, e o final ficou meio ???. Por isso acabei dando só 4 estrelas. Mesmo assim foi uma ótima leitura e já quero ler mais livros dela.

Ana 01/01/2024

Amar e odiar a personagem principal é o que definiu essa leitura para mim. Um livro cheio de críticas, ácido e cativante.
Uma bela forma de começar a jornada literária de 2024 ?!

Milena.Miyazaki 29/12/2023

"For the first time since I submitted the manuscript, I feel a deep wash of shame. This isn't my history, my heritage. This isn't my community. I am an outsider, basking in their love under false pretenses."
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achei a história muito repetitiva e até mesmo rasa, o penúltimo capítulo me deixou com muita expectativa de uma mudança na ação mas depois nada mudou (o que provavelmente era a intenção). no geral é um pouco difícil distanciar as opiniões da autora com as da personagem sobre a indústria literária e o que me trouxe pra essa leitura (uma mulher branca roubando o trabalho de uma pessoa de cor) parece que ficou meio deixado de lado por boa parte da narrativa, o maior foco foram as boas conquistas que vem depois de ter feito uma obra escolhida para fazer sucesso.
é claro que isso veio como uma forma de mostrar como, em geral, pessoas brancas não tem consequências verdadeiras pras suas ações, e que não deveríamos mesmo gostar dessa narradora, mas ao longo da história fica difícil querer continuar o livro de tão sofrível as ações e os pensamentos sobre seu sucesso baseado na verdade no sucesso de uma pessoa morta. mais uma vez, talvez a autora procurou propositadamente causar esses sentimentos no leitor, mas não funcionou pra mim :(
ansiosa pra ler os outros trabalhos dela.

yoshii 20/12/2023

PERFEITO
Fiquei obcecada por esse livro, ele é GENIAL.
A narradora (branca) é uma escritora flopada que é "amiga" de outra escritora que já conseguiu publicações relevantes e é como se fosse a queridinha do booktok.
E por ela ser a narradora, você nunca pode confiar no que é dito, tem que ler entrelinhas para entender porque a narradora puxa muito a sardinha para ela.
É um livro que aborda questões raciais e a sede do mercado por coisas "exóticas" apenas para vender mais.
Achei HILÁRIO porque a narradora chega no ponto daquela discussão tosca sobre "racismo reverso" (risos) e em MUITOS pontos do livro é completamente racista/xenofóbica e nem percebe.
Por favor, publiquem esse livro no Brasil!

"This industry is built on silencing us, stomping us into the ground, and hurling money at white people to produce racist stereotypes of us."

June Nony 18/12/2023

Livros
Eu amei esse livro, sempre amo quando o assunto tratado nos livros são livros, mas esta história foi simplesmente incrível.
Cheio de muitas críticas ao mundo editorial nós acompanhamos uma personagem que claramente está fazendo algo errado, mas ainda sim as linhas são borradas sobre as coisas, afinal ninguém dentro dessa história é o 'vilão' e apenas isso, existem muitos fatores e uma trama super complexa sobre atitudes e reações das pessoas sobre aa coisas.
Nossa protagonista é tão mocinha quanto vilã como qualquer outro personagem do livro, afinal Athena também usava e roubava histórias das pessoas, o mundo editorial não facilitava e usa seus autores como fantoche e ganhando dinheiro com suaa feridas, os leitores estavam mais adorando o drama e poderem linchar alguém do que de fato o que seria certo ou não, todos têm sua parcela de culpa nesta sociedade doente e é tão real que dói.
Amei acompanhar essa história que me prendeu, tive um sentimento bem parecido de quando estava lendo 'crime e castigo' sobre trazer pensamentos conflituosos sobre algo e sentir que estava apenas esperando para se ou quando a nossa perosnagem seria desmascarada e se fosse como seria, prende muito.

Bruna 15/12/2023

Yellowface começa muito bem, mas se perde rápido.
O problema, eu acho, nem é você não se apiedar da June, que não nos convence em momento nenhum, ou não sentir empatia por ela, já que é uma mulher muito miserável, racista e dona da coitadolândia.
O que incomoda é a forma como a história anda em circulos e não sai do lugar. A protagonista toma decisões burras seguidas e falha em provar que é tão inteligente quanto fica prometendo ao longo de toda a história. Começando a me perguntar se a autora não é para mim de forma geral.

Higor 12/12/2023

Acompanhar os sofrimentos da Juniper pra encobrir o plágio descarado é interessante, até não o ser mais.

nunca foi a intenção da autora criar uma personagem central que fosse carismática e fácil de se identificar: Juniper é, desde o início, uma personagem cinza, que rouba da, então, melhor amiga em um momento de horror. por conta disso, é fácil aceitar as atitudes ridículas, que beiram o infantil, que ela toma durante todo o livro. convenhamos que colocar uma adolescente com, no mínimo, metade da sua idade, pra baixo, só pra se sentir superior não é necessariamente uma atitude que esperamos de alguém com o estado mental em ordem.

inicialmente, eu estava gostando do desenrolar da história. achei o primeiro capítulo muito, muito bom. mas, com o decorrer, comecei a murchar com a história. achei que o livro começou a dar voltas e mais voltas nos mesmos assuntos, numa tentativa irritante de se desenvolver uma história que dava sinais de não se sustentar nas 300 páginas. era óbvio que apareceria alguém pra chantageá-la dizendo saber de toda a verdade, mas quando isso acontece uma segunda vez, eu sinceramente pensei "então tá bom então", e segui lendo. quando, pela segunda vez, ela rouba da "amiga" morta e se faz de vítima quando descobrem o plágio, eu pensei "então tá bom".

não que seja esse o problema, porque a ideia é justamente essa: mostrar a personagem se colocando nesse lugar de vítima, prefeita da coitadolândia, usando do seu privilégio sem nem saber que o está fazendo. o problema foi a repetição de plots num livro que nem tem tamanho pra essa reciclagem toda.

Mariana 11/12/2023

Meu primeiro contato com a autora foi Babel e apesar das várias resenhas positivas, me decepcionou muito e me desanimou pra outros livros dela, mas aí ela lançou Yellowface e me chamou bastante atenção, apesar disso continuei apreensiva porque Babel também parecia promissor.

Tá longe de ser um dos melhores que eu li, esse podia ter 100 páginas a menos, no mínimo. A história é até interessante no começo, engata rápido e não fica com enrolação pra começar a acontecer as coisas, o problema é que se perde no meio, fica repetitivo e cansativo de ler ao ponto de você não ver a hora de acabar logo. Mas tem uma coisa que eu acho difícil de um autor conseguir, que é fazer um personagem ser odiado por quase todos os leitores, a Juniper pelo menos pra mim é impossível de ser querida por alguém, ela é insuportável 100% do tempo, não muda o disco, continua repetindo as mesmas coisas do começo ao fim do livro, chega a ser previsível qual vai ser o próximo pensamento ou fala dela, é chato.

Tinha um grande potencial, mas foi desperdiçado, quase igual Babel, mas pelo menos esse é mais rápido de ler.

Carolina.Lausmann 08/12/2023

Início bom, meio e fim decepciona
Yellowface é um livro que inicia absurdamente bem, e cresce demais até a metade. Possui críticas muito boas e muito ?food for thought?, abordando temas interessantíssimos como whitewashing, apropriação cultural, racismo, o famoso local de fala, cultura do cancelamento, plágio, etc.
Porém da metade para o fim, terminar a leitura é uma verdadeira penitência.
Tive a mesma sensação ao ler ?Babel?, título também da Kuang.
Acredito que R. F. Kuang é uma escritora com bastante potencial, trata de assuntos delicados e essenciais, mas sinto que ela se perde na narrativa.

Ana.Botov 06/12/2023

Acho que deveria virar leitura obrigatória
Esse é o primeiro livro da R. F. Kuang que eu li e fui com grandes expectativas. Expectativas supridas!

A escrita é leve e intrigante, e a história prende demais o leitor. Pra quem está começando a ler em inglês, esse livro é ótimo!

Senti que o final ficou em aberto, com uma vírgula, e eu esperava pelo menos um ponto e vírgula.

A June é facilmente odiável, mas ela consegue dar uma manipulada que você até esquece que ela cometeu um crime e fica com dó. Mas duas páginas depois você lembra quem ela realmente é.

Katy.W 04/12/2023

Ansiosa para ler as outras obras da autora
Foi um livro que me prendeu no início, mas depois perdeu um pouco do impulso, e de repente aconteceu tanta coisa que acabei de o ler num fim de semana. Sou nova no mundo da literatura, e também é minha primeira vez a escrever um comentário sobre um livro.

Eu, sou descendente de chineses imigrantes, logo de início fui atraída pelo nome, a capa do livro e principalmente pela síntese, é algo que eu nunca tinha experimentado ler, e eu realmente saí surpreendida, tava com muitas esperanças por conta do tiktok e acho que entregou tudo, menos aquele final...

Tem muitos momentos em que a June tem razão, só que o jeito que ela usa isso como desculpas para justificar um erro que era dela, enjoa e automaticamente fez-me discordar dela, mas após a leitura eu pensava melhor sobre o que ela falou e realmente tem momentos em que eu concordo.

Durante todo o livro, nós estamos presos na narrativa do ponto de vista dela, foi cansativo ter que ler as desculpas dela e até alguns comentários feitos, mas de qualquer forma, o jeito que a Kuang desenvolveu a história foi algo impressionante para mim e estou ansiosa para ler os outros livros dela.

Adeus??

isinhalivros 03/12/2023

De longe um dos melhores do ano
Esse aq foi tao delicioso de ler, juro mto fácil de engatar na leitura!! esse livro tem uma fluidez tão perfeita ele te prende desde o começo, acho q eu teria devorado esse livro se n fosse a faculdade, o q eu acho q atrapalhou a leitura e o motivo de n ter dado 5 estrelas. mas ele é maçante, achei tao gostoso como eu eu devorei essa história, inclusive todas as pessoas q perguntavam do livro ficavam tao interessadas q foi ainda mais satisfatório! a história é de um absurdo tao incrível tao bem escrito tao bem feito ?essa autora foi mto diva?

renni 08/11/2023

Fantasma tem local de fala?
Uma verdadeira história de terror sobre solidão. De verdade, que agoniante somente você e a personagem sabe da bomba que está debaixo da mesa durante boa parte da história. A gente só ficar esperando explodir sem saber se torce pra explodir ou não (eu mesma estava torcendo o tempo todo para que explodisse).

Fiquei passada de cabo a rabo com essa história, gente. Mas foi mais pela pachorra da June jurando que tava certa o tempo todo, minha filha?????

História INSANA sobre os podres do mundinho editorial e o racismo "passivo". Meu primeiro livro da Kuang e achei muito bom. Me prendeu super.

Única coisa que me incomodou (mas isso seria em qualquer livro) são os detalhes apegados ATÉ DEMAIS a vida real. De certa forma isso me desconecta com a história (estranho, né?).

Muito bom!!!