Nahayra 10/12/2023
Uma obra baseada em uma história real que se passou durante a segunda guerra mundial, na qual a autora tomou conhecimento por meio de entrevistas realizadas durante seu tempo em Londres. A mesma queria dar voz para a biblioteca que estava comemorando seus 100 anos e estava sendo usada como centro de vacinação durante a pandemia do COVID-19.
Nessa obra, vemos a história de Clara, uma bibliotecária que mesmo em meio ao caos da guerra, não desanimou com o seu amor por livros. Viuva e com o sonho de ser mãe, incentivou o máximo que pode a leitura para as crianças do abrigo. As ensinou a ler, as aconselhou de diversas maneiras e muitas vezes as ajudou a enfrentarem o luto. Clara também conquistou o coração de muitos adultos, adivinhando os livros que queriam e ajudando-os a se livrar um pouco da dor da guerra, fazendo com que eles viajassem através das páginas.
Clara mantinha o local em meio aos trilhos abandonas do metrô, com a ajuda de Ruby, sua melhor amiga, manteve a sua sanidade e de todos os outros.
A obra nos mostra a vida em sociedade naquela época, o medo da morte e o sofrimento também causado por ela. O machismo dos homens que eram temidos pelas suas próprias esposas. Mas também, sobre a força do amor perante as diversidades da vida, perante uma guerra.
No decorrer da história, Clara encontra Billy, um socorrista. Ruby encontra Ed, um soldado. E muitas outras mulheres encontram a liberdade.
O que achei de mais incrível nessa obra foi as notas da autora na finalização da obra, onde ela conta sobre suas entrevistas e o ponto de vista de uma senhora que foi abençoada por essa biblioteca subterrânea. A autora também colocou imagens retratando as situações contadas na obra.
Amei conhecer um pouco sobre essa famosa biblioteca na qual estavam lutando por ela, saber que ajudou tantas pessoas em um momento catastrófico da história mundial. E tenho certeza que a voz da autora com essa obra, foi muito necessária. Afinal, se quer defender uma biblioteca você só precisa de um exército de leitores. ?