Resenhas - Amanhã, amanhã, e ainda outro amanhã

Mara 26/05/2024

Amanhã...
Eu gostei das referências mencionadas no livro. Não sou gamer, mas costumava jogar na infância e adolescência, e gostei das descrições do processo de trabalho da criação de jogos. É um trabalho minucioso e cheio de detalhes que me encanta bastante.

Porém, a história contada é fraca. Temos o surgimento de um personagem, o Dov, que é um professor inescrupuloso que se envolve com as alunas, entre elas, a Sadie. Ele é tóxico e abusivo com ela, mas isso acaba não sendo relevante, e ele até dá bons conselhos para ela. O livro meio que deixa a mensagem de "tudo bem ser tóxico e abusivo e pegar as alunas".

Já a Sadie é uma personagem nada carismática, que se coloca no centro do universo (exceto quando está com Dov), e não demonstra o mínimo de responsabilidade afetiva com o Sam, outro personagem pouco carismático, que se dedica ao máximo para manter a amizade e a parceria da Sadie.

Único personagem interessante é o Marx, que é aquela pessoa iluminada, rara, que une beleza, simpatia, humildade e um coração enorme. Marx percebe os problemas dos outros e ajuda sem parecer que está ajudando. Daqueles que mudam o mundo sem levar créditos por isso.

No geral, o livro se perde em si. Tinha pretensão de ser bom e original, um Coming of Age tecnológico, mas a história se perde nos personagens.

Lívia 25/05/2024

Nota 100000!
Que livro gostoso de ser ler. Você entra na vida e nas descrições dos jogos e se perde lá.
É muito mais que um livro sobre games, é reflexivo, trata sobre perdas, luto, reinícios, superações.
A personalidade de cada personagem (principalmente, Sadie, Sam e Marx) é muito bem construída ao longo da história. Quando a tragédia acontece, o sentimento de vazio é paupável, pela forma como a autora o descreve, colocando você como se estivesse sofrendo dentro da situação.
O companheirismo entre os três amigos, as idas e vindas dentro de uma amizade são relatadas com muita responsabilidade, mas com muito amor envolvido.
E o que falar do final? A despedida traz um sentimento de "Até logo" como se ali fosse um reinício.
Incrível do começo ao final.

luclawthrone 25/05/2024

Primeiramente que eu deveria ter lido mais rápido, mas a faculdade me impediu ?. eu amei muito essa historia??????? nunca tinha lido um livro que tivesse essa pegada relacionada com os games, mas a dinâmica sobre amizades e relações amorosas me pego. Esse livro traz diversas coisas que apenas muitos áudios poderiam explicar. É magnifico pra quem quer uma leitura "diferente" mas algo que MEXA com você. Tenho muito a dizer da relação do Sam e da Sadie, e amo a relação deles com o Max e do Sam com seus familiares. Tem uma pegada mais madura e mostra muito os personagens ao decorrer da vida, como cada vez nós podemos ter objetivos e necessidades diferentes de antes. Toda vez que eu lia sobre a condição física do Sam e a maneira que ele se via me dava um aperto no coração. A Sadie merecia muito mais.

Pfvr leiam!

Carolina.Milczanow 24/05/2024

Resenha dos muito amanhã kkk
Eu fiquei bem dividida quanto a nota desse livro, mas acho que nada mais justo que 3,5. É um livro bom e muito interessante, que junta duas paixões minha: leitura e jogos. O livro têm um foco em jogos e video games dos anos 1990 e 2000 que é pura nostalgia para quem viveu essa época, e por causa disso criei muita expectativas e quebrei de leve a cara.

Eu não consegui gostar dos protagonistas, o Sam e a Sadie são personagens chatos e extremamente dramáticos. Eu sei que não precisava me apegar a eles, mas o Marx sendo coadjuvante roubou demais essa história. No livro, anos se passam e eles deveriam crescem ao longo da história, mas eu não sinto isso. No final, outro personagem chega pra Sadie de 34 anos e fala que ela está sendo imatura e só assim que ela percebe que talvez esteja sendo mesmo, faltando 50 páginas pra acabar em um livro que 500!!

Não gostar dos personagens pra mim foi suficiente pra minha nota cair para 4 estrelas, e queria parar por aqui e dizer que o único problema do livro foi esse, mas não foi. A forma de escrita da autora é muito confusa, num momento ela está descrevendo uma situação e do nada, em outro paragrafo, ela começa a narrar outra situação de 10 anos atrás, que não têm conexão com o que ta acontecendo no presente naquele momento. Fora as partes que ela narra e só vai explicar o que estamos lendo 30 páginas depois. Difícil.

Eu não sei se terminaria esse livro se não fosse uma leitura em conjunto que fiz num clube do livro. Quero deixa claro que tudo se encaixa no final, mas você precisa ler as 500 páginas para isso acontecer e acho que a autora deveria ter tido o cuidado de manter o leitor preso a história, eu por vezes me senti perdida e fico pensando na quantidade de pessoas que abandonaram esse livro só por causa disso.

Enfim, é um livro bom, mas tem seus defeitos. Vejo muitas pessoas elogiarem muito, mas poucas que apontam os erros pra incentivar a galera terminar essa obra.

Ju Harue 23/05/2024

Eu amei esse livro. Com a escrita da autora, a história - que poderia ser arrastada - se tornou algo diferente, algo surpreendente, que nem sei expressar o que senti ao ler. Em vários momentos me identifiquei com a personalidade dos personagens, como é a vida real acontecendo mesmo, não parecia ficção. Passei raiva, gritei de nervoso, implorei que houvesse conversa, ri de situações inusitadas e comemorei as conquistas, chorei de emoção. Foi tudo isso e mais um pouco. Sem dúvidas, um favorito.

Anasuco 23/05/2024

Muito legal!
Não estava esperando gostar tanto desse livro. Terminei ele com um quentinho no coração e muito vontade de jogar jogos. Achei a escrita um pouco fria no começo, mas parece que vai ficando mais sentimental ao longo do livro. A leitura é rápida e envolvente, e consegue nos fazer sentir no cenário dos jogos dos anos 90/2000. Recomendo muito e também é um ótimo livro para aqueles dias que tu não sabe o que ler.

Lyssa 23/05/2024

Talvez eu só não tenha me dedicado o bastante a essa leitura
Com muita dor no coração é que digo que não gostei. Eu sempre tive uma curiosidade em relação a esse livro (que nem sei de onde veio) e quando um influencer que eu gosto disse que era maravilhoso eu corri pra ler? porém eu me decepcionei num nível absurdo!!!!! eu gostei da temática de jogos, completamente diferente de tudo mas eu não gostei do desenvolvimento da história da sadie e do sam.
uma conversa civilizada resolveria todo o drama do livro e alguns acontecimentos são muito aleatórios pra mim. o final não chegou em lugar nenhum e eu realmente não entendi qual o ponto central do livro.

Sté 23/05/2024

Incrível
Amei o livro! A história é boa demais e nos faz sentir todo tipo de sentimento (alegria, tristeza, raiva, indignação?), a escrita me agrada demais com diálogos fluidos e a passagem do tempo muito bem feita, os personagens são complexos e o livro nos da espaço para conhecer todos. O título é uma ótima referência ao principal ponto de reflexão do livro, que nos convida a estar presentes porque essa é a única coisa que realmente temos.
Vale a pena a leitura!

Carolina2600 22/05/2024

A história é muito interessante e a proposta é diferente. Adorei as referências mas achei bem arrastada a história. Não precisava ser tão grande

Carol 21/05/2024

Tá ai um livro que me proporcionou muitas emoções. Senti raiva, amor, frustração, dor, mas principalmente, muito carinho pela história e seus personagens. Ri, mas também chorei bastante. Em algumas paginas me vi agarrada, sem querer largar, querendo entrar cada vez mais no livro. Em outras, muito poucas, tive um pouco de preguiça de ler. Mas quando terminei o livro, foi com um sorriso e muita afeição ao mundo e aos personagens de Amanhã, amanhã e ainda outro amanhã.

Fluorescentbnny 19/05/2024

Mid
Pouquíssimos personagens cativantes, homens que não respeitam mulheres e umas referências legais a jogos... Eu poderia ter gostado muito mais mas senti que faltou coração até os 70% do livro e mesmo assim... Valeu a leitura mas não vai ser a melhor

Jussara 19/05/2024

Cadê o foco?
Só concluí a leitura de "Amanhã, amanhã e ainda outro amanhã" por estar envolvida numa leitura coletiva. Do contrário, teria abandonado nos primeiros capítulos tamanha a lentidão da narrativa que, ainda por cima, não chega em lugar nenhum. Resolvi insistir na leitura, não só pelo compromisso com a LC, mas também pra me dar a chance de ler algo totalmente fora da minha zona de conforto. Não curto games, sequer sei ligar o aparelho no qual se joga, então, ficar aguentando referências desse nicho a cada três parágrafos foi um desafio grande. Acontece que, num determinado ponto do livro essas referências a games diminuem bastante, mas isso ao invés disso melhorar minha experiência de leitura, pelo contrário, só a fez piorar. Piorou porque descobri que, a meu ver, a sinopse não combina em nada com o livro, pois fala que a obra é sobre dois amigos que criam jogos juntos. Dois amigos? Talvez numa realidade alternativa não mostrada do livro. O que eu li foi que Sam e Sadie não se respeitam, não se tratam com gentileza, passam mais tempo sem se falar do que convivendo... só posso concluir que a definição da autora sobre a amizade é totalmente diferente da minha. E Sam e Sadie criam apenas um jogo, ao longo dos vários anos em que a história se passa. Para colocar um pouco mais de amargor na minha experiência de leitura, a autora matou o personagem que eu achava mais interessante (é só por ele que avaliei o livro com 2 estrelas), de um jeito totalmente aleatório só pra colocar mais um assunto no livro do qual ela ainda não tinha falado até então: a associação entre violência e o hábito de jogar games e o ódio pela população LGBTQIA+. Aliás, aleatoriedade é a palavra chave desse livro, é impressionante como a escrita da autora não tem foco. Uma quantidade enorme de assuntos são abordados (depressão, dificuldade em se aceitar como amputado, a dificuldade de viver como imigrante nos EUA, transtornos alimentares, relacionamentos abusivos, dificuldade em lidar com a sexualidade, preconceito de vários tipos, grupos extremistas...) Mas nada é aprofundado e, pior, no meio desses assuntos sérios outros, bem nada a ver, são colocados. Há uma situação em que a autora numa página está explicando o coração partido do Sam quando ele descobre que Marx e Sadie (aliás, que menina insuportável!!!), estão juntos e na seguinte está contando como o Sam encontrou a cadela que adotou e como ela é constantemente confundida com um coiote... Enfim, o livro carece de foco, de um fio condutor o que tornou minha experiência com ele bem ruim.

ketherinne 16/05/2024

Amei muito
A verdade é que o livro só me prendeu mesmo na metade, mas o final é muito lindo e pra mim foi o que mais valeu a pena

esty 16/05/2024

Você ainda joga, né?
Acho que nunca tive muito saco pra jogos tecnológicos e todos são muitos chatos no meu ponto de vista geral, talvez pela quantidade de palavras que consigo ler e me sentir bem, ou talvez pela minha falta de interesse em viver vidas que posso perder ao longo da jornada, de qualquer forma, jogos nunca foram muito a minha coisa favorita a ser discutida e por isso talvez esse livro tenha tido um impacto tão grande pra mim, vi as discussões sobre o tema de forma muito humanitária, considerando período histórico e ambiente de trabalho, antes de considerar os jogos como sendo uma entidade, o que eles são aqui.
Sam é um personagem terrível, acho que passei boa parte da leitura desejando que ele morresse de desinteria, até não desejar mais. Sadie é linda, mas tem um senso de justiça que apenas alguém criado com tratamento silencioso entenderia. Marx me teve desde o primeiro instante, acho que eu sempre me apaixono por um e esse foi ele. É um livro lindo, dói em todos os lugares. Queria conseguir me envolver com jogos no nível que eles jogavam, de conseguir me encolher numa tela e passar horas existindo onde posso deixar de existir, esse livro aborda depressão de uma forma interessante, nos dando uma visão do sobre como ela pode alterar nosso cerébro de forma a nos odiar e odiar tudo que somos, vivemos e amamos. Sadie estará sempre comigo em meus projetos, assim como Sam e principalmente Marx.

nathaliabeatriz 16/05/2024

É amanhã, amanhã e ainda outro amanhã. É a possibilidade de renascimento infinito, de redenção infinita.
Sabe quando um livro consegue se comunicar com você? Esse foi o sentimento que senti durante toda a leitura de "Amanhã, amanhã e ainda outro amanhã". O livro me prendeu desde o inicinho e o tempo parecia passar mais rápido enquanto lia. Livros com a premissa de acompanhar a vida dos personagens durante certo período têm me cativado já que faz me sentir mt mt próxima deles. Foi incrível e triste percorrer o caminho e me identificar com diferentes aspectos do sam e da sadie (embora sam tenha vacilado em diversos pontos), e muito fácil gostar do marx ("todos amam marx"). Além disso, me encantou o paralelo do mundo dos videogames com a vida real, como essa mídia consegue criar inúmeras possibilidades e como a vida é diferente de um jogo já que não podemos simplesmente reiniciar uma fase e recomeçar do zero, fazendo diferente, sem o peso de nossas vivências passadas. ("No final, tudo que podemos conhecer é o que aconteceu, no único mundo que conhecemos"). Enfim, poderia acompanhar essa história por mais páginas que acho que não me cansaria.