Tuca
13/02/2023As recompensas que recebemos e as dores que também podem vir da ação pelo amor é a jornada de Ellen. O amor por sua irmã a faz ser sua “barriga solidária”, e foi essa sua experiência que levou seu chefe Henry Simmons a fazer a proposta para que ela também fosse a dele, porém dessa vez com uma compensação financeira. Solteiro convicto, e um CEO com aquele passado traumatizante de relacionamentos, Henry não quer uma esposa, não quer uma mulher, nem muito menos uma mãe para seus filhos, ele quer apenas ser pai. Ponto. O grande porém é que ambos já sentiam uma atração um pelo outro, e a bomba vem quando ao deixar de lado contratos e empecilhos éticos, eles se rendem ao que sentem, e Ellen engravida novamente. Sim, é isso que você leu. Ellen engravida do próprio filho, mesmo já estando grávida do bebê implantado na inseminação artificial, em um fenômeno raro chamado de superfetação. Com muito mais em jogo do que o anteriormente acordado, os dois precisam lidar não só com os próprios sentimentos conflituosos, mas com todas as consequências inimagináveis dessa relação. Esse amor será capaz de sarar o coração quebrado de Henry?
Sou completamente apaixonada por histórias que misturam os elementos dos clichês românticos que adoramos com a criatividade e o toque próprio do autor, e é isso que encontramos em “Grávida do CEO por contrato”. Eu já tinha ouvido falar do fenômeno da superfetação (graças à minha formação em várias temporadas de Grey’s anatomy), contudo, essa é a primeira vez que eu vejo a situação ser abordada em um livro, e ela transformou a já complicada paixão em uma relação diversa, complexa e interessante de acompanhar, além de ter sido muito bem explicada. Soma-se ainda ao fato de Henry e Ellen serem puro fogo, temos um CEO que mesmo preso no seu ciúme e possessividade é capaz de enxergar além de si e reconhecer suas inseguranças, seus erros e suas vulnerabilidades. E não só isso, o enorme amor que Ellen tem dentro de si realmente parece transbordar não só em suas relações familiares, mas no seu olhar para Henry, no seu modo de se doar para ele sem se perder. Mais um ponto especial para mim desse romance é que mesmo sendo histórias bem diferentes, “Grávida do CEO por contrato” me trouxe de volta um pouco do clima de escritório de “Confinada com o chefe”, outro livro de Mari que se passa entre chefe e assistente executiva, porém com dinâmicas de relacionamento bem distintas.
O amor nem sempre chega pelo caminho mais convencional, mas nesse livro, nem o amor e nem os bebês seguem esse conceito. Ellen e Henry são dois dos personagens que poderiam ser dos mais tradicionais dentro dos tropos do romance contemporâneo, mas enveredam numa trama diferenciada, com muita paixão, e uma história extremamente envolvente e curiosa, que não saiu da minha cabeça até eu alcançar os últimos capítulos.
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