JAlia 08/03/2024
Você é a minha chama eterna...
Brittainy C. Cherry nunca brinca em serviço. Que livro, meus amigos! Que livro!
Eu estou perdidamente apaixonada pela Aly e pelo Lo, mas eu também estou extremamente apaixonada pela Erika e pelo Kellan. Dessa vez a autora nos entregou personagens incríveis, com várias camadas e muuuitas maluquices.
Incrível com Alyssa e Kellan nunca desistiram do Logan, mesmo sabendo que o vício dele poderia levar todos para o fundo do poço também. Mas eles sabiam que o Logan não passou a usar drogas porque queria, eles sabiam o que acontecia na vida do Logan, no dia a dia dele. Eles sabiam que apesar de terem seus próprios problemas, era necessário estenderem as mãos para que o Logan finalmente voltasse a viver.
Os pais do Logan nunca foram de fato pais dele, que pai faria o filho fumar maconha aos sete anos para que ele "se mantesse aquecido"? Era só ter levado o garoto pra dentro de casa... eu entendo que a mãe dos dois sofria abusos físicos e psicológicos, mas era óbvia a forma como ela diferenciava os filhos, o Logan sempre foi o filho sem futuro, enquanto o Kellan era o orgulho, mas ambos vivem em realidades diferentes, enquanto o Kellan tinha um pai incrível e só conviva com a mãe em alguns momentos, o Logan era o filho que precisou abrir mãe do futuro pra manter a mãe viva, e ainda assim não tinha o reconhecimento que merecia.
A Alyssa vinha de uma família problemática, não tanto quanto a do Lo, mas também tinha seus problemas.
Filha de uma mãe narcisista e um pai que tava mais preocupado em ser famoso do que em ser realmente pai. Ela também era a filha "rejeitada", por simplesmente ter seguido sua vocação desde o início.
Que tipo de mãe expulsa a própria filha de casa no momento que ela mais precisa de cuidado só porque ela não quis agir da forma que a mãe acreditava ser certa? E que pai abandona a filha e exclui ela da sua vida como se fosse um relacionamento qualquer e, ainda através de uma carta?
Foi nesse ponto da vida que Aly e Lo se tornaram melhores amigos e o amor da vida um do outro. Eles entendiam a dor do outro. Eles sangraram juntos. Cicatrizaram juntos. Se quebraram. Se recomstruíram. E se reencontraram.
Mas algumas situações mereciam uma atenção maior, entendo que a história era da Aly e do Lo, mas a história em volta merecia ser contada. A mãe da Aly e da Erika passou a ser mãe das duas ou continuou achando que a vida deve ser como ela quer? Ela aceitou a Aly e o Lo verdadeiramente? Ela se desculpou por toda merda que fez? O pai do Logan? O que aconteceu com ele após a prisão? Fiquei com alguns questionamentos.
Depois da perda, do abandono e de toda situação envolvendo o Kellan, Aly e Lo construíram sua própria família. Eles se tornaram para outras pessoas o que eles mereciam ter tido ao longo da vida, além de realizarem o sonho que tinham desde os 18 anos.