Geovanna Ferreira 16/05/2023Bo e Elle são o ápice desta históriaTal qual muitas outras leitoras a série de Lucinda Riley me acompanhou por uma década. Eu era uma menina de 17 anos cheia de medos, como as irmãs no início de suas histórias, quando comecei a ler a série em 2014, e hoje já sou definitivamente adulta, muito mudou.
Confesso que para mim os livros tiveram altos e baixos. Alguns inesquecíveis, outros adorei, mas foram tão marcantes. Ainda assim, Lucinda faz parte da minha vida, do meu afeto e foi um prazer ler a conclusão dessa saga. Após mais de 600 páginas digo que realmente fechou com chave de ouro. A história de Pá e seu grande amor é de fato memorável. Como torci por eles! Pra mim, são a alma da narrativa. Foi ótimo revisitar lugares, personagens e entender a complexidade da história, dos sentimentos e atos, como cada irmã chegou até o pai, ver como a trajetória dele estava literalmente nas estrelas, nos extremos do mundo, antes até de seu nascimento.
Minhas ressalvas vêm infelizmente estão atreladas ao falecimento de Lucinda. Gostei muito da escrita de Harry, seu filho, não sei identificar exatamente o que mudou, mas curti, pena que alguns desfechos, encontros e explicações me pareceram um pouco mirabolantes demais, rasos, umas justificativas um pouco forçadas. Algumas oportunidades narrativas desperdiçadas, como a infância de Pa que poderia ter rendido altos capítulos. Sinto que Electra " caiu de paraquedas " na família. Todas as outras famílias tem um vínculo justificável com Pa, menos a dela. Para mim o destino de Elle ficou óbvio na metade do livro. E o filho de Maia? Poxa vida! Mas com certeza o conjunto da obra se provou emocionante. Um bom desfecho.
E que Lucinda agora descanse em paz!