Enquanto houver limoeiros

Enquanto houver limoeiros Zoulfa Katouh




Resenhas - Enquanto houver limoeiros


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fernandaugusta 03/01/2024

Enquanto houver limoeiros - @sabe.aquele.livro
Salama é uma jovem de 18 anos que estava cursando o primeiro ano de Farmácia quando irrompeu a Revolução Síria contra a ditadura de Bashar Al Assad. Em dias, seu pai e seu irmão foram presos ao participar de um protesto, e ela nunca mais os viu. Uma semana depois seu bairro foi bombardeado e a mãe de Salama morreu, ela mesma ficando gravemente ferida. Após se recuperar, foi morar na casa da cunhada, Layla (que está grávida), e começou a trabalhar no hospital.

Mesmo não sendo médica, Salama acabou tendo que aprender a fazer cirurgias, e a tratar de enfermos, já que todos os especialistas morreram ou desapareceram. Sob o comando do único médico restante, o Dr. Ziad, o hospital resiste aos ataques dos militares, sendo um dos últimos refúgios rebeldes da cidade de Homs. Após um dos bombardeios, Salama salva a vida de Lama, irmã de um jovem chamado Kenan. Logo eles descobrem que era para Kenan ser o prometido de Salama, e mesmo entre os horrores da guerra nasce um amor forjado na dor, nas perdas, no sofrimento, mas acima de tudo, na esperança de um futuro. Nem que seja longe da Síria.

Mas esta é uma decisão que não é fácil de tomar, mesmo com o risco de morrer a qualquer instante. O amor pela pátria e a vontade de lutar podem condenar esse amor?

Realmente, como diz sua sinopse, este livro é uma declaração de amor à Síria. Nitidamente, a autora quis nos passar muito mais do que o que foi mostrado na mídia, que se sempre se concentra em lados e política. Aqui vemos a história de dois jovens que perderam tudo, que agora são responsáveis por muito mais do que poderiam, e que correm riscos diariamente, mas que não deixam de desejar um país livre, para viver os seus sonhos.

É muito triste de acompanhar Salama e toda a caracterização de um quadro terrível de estresse pós-traumático que ocorre com ela, e as maneiras que sua mente criou para poder atravessar a dureza das perdas e de uma rotina hospitalar insana, com pessoas morrendo por todos os lados.

Importante mencionar que não temos um detalhamento da situação política, e sim a visão dos personagens simpatizantes à Revolução, presos na cidade de Homs. Vemos o dilema de Salama, e depois de Kenan: ficar e fazer o máximo que puder, ou fugir e se salvar? Qualquer resposta é arriscada e demanda um sem número de perigos até o desfecho.

Gostei muito desta leitura, e embora não tenha tido uma conexão forte com os protagonistas, talvez por sua juventude, ou por sua hesitação, fiquei muito presa à história e a seu final, com a expectativa do que iria acontecer com eles, e com os outros personagens. Minha maior surpresa (e acho que o plot mais bem colocado desta história) foi em relação a Layla. Chorei que nem criança nesta parte e em muitas outras, afinal, é uma leitura muito emocionante.

Enfim, uma leitura difícil, porém necessária, à luz dos acontecimentos recentes de guerras e conflitos, que sempre vai levantar a reflexão: até quando os seres humanos vão matar seus semelhantes pela imposição de posições políticas/territoriais ou práticas religiosas?
Tenho plena certeza que não é isso que O Criador esperava de nós.
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Nivia.Oliveira 30/12/2023

O medo te paralisa ou te faz movimentar?

Khawf [couf] é a personificação do medo que persegue Salama, uma farmacêutica que se transforma em médica de guerra na marra.

Estamos na Síria. De um lado a revolução: “rebeldes” que lutam pela democracia e do outro a ditadura: Governo que luta contra os “terroristas”. Entre bombas, um romance singelo. Dentro deles há a vontade de ficar na terra natal, lutar por ela e salvar seus compatriotas. Mas o medo os expulsa e os segue para um destino desconhecido.



site: https://www.instagram.com/niviadeoliver/
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Thai lendo 29/12/2023

Limoeiros e a história de um povo. ??
Enquanto houver limoeiros é um daqueles livros feitos para chocar, para se entristecer, para se revoltar, e ver que as injustiças acontecem de todo jeito, em todas as formas.

É uma história triste e emocionante, dá para ver a todo momento o amor que a autora tem pelo seu próprio povo e o sofrimento que ela carrega consigo ao descrever cenas crueis e, na maioria das vezes, reais. Em diversos momentos, me vi apreensiva, supresa e até mesmo triste, ao passo que foi muito bonito ler sobre a história, sobre a cultura e os momentos de leveza, apesar de poucos.

Como a mensagem a ser passada, a da história real, esse livro mantém o propósito, mas como um livro com personagens fictícios, não me interessou tanto, confesso. A história foi muito apressada e um pouco previsível, além de que o "super plot" foi algo feito só para emocionar e que sinceramente, me fez perder a vontade da leitura, porque foi previsível e sem graça, fazia sentido, mas nada de novo, não foi legal.

E o casal principal......não deu para ver uma química neles. A história girava muito em torno da vivência e do cotidiano, mas o relacionamento amoroso não pareceu bem desenvolvido, e a história demorava bastante para continuar, enrolou um pouco demais.

Mas a escrita é muito boa, e a ideia de a protagonista conversar com um ser enigmático e sarcástico foi muito interessante, as descrições são muito boas e é um bom livro, além de que passa uma mensagem e um pedido urgente muito necessário.

Em conclusão, é triste e revoltante de se ler, mas muito bonito ver o amor com que a personagem tem pela sua cultura e povo. Apesar de não ser perfeito, para um primeiro livro, isto é, o livro de estreia da autora, foi um ótimo começo e uma leitura que com certeza deve valer a pena.

"Em uma cidade histórica amaldiçoada por bombas, a vida persiste. Vejo isso nas videiras verdes acordando do sono invernal, contorcendo-se pelos escombros. Nos narcisos desabrochando, as pétalas se abrindo acanhadas."
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Flávia 27/12/2023

Uma história extremamente necessária de ser contada e de ser absorvida. Muita dor, esperança e também um pedido de ajuda e empatia. Também tem seus momentos da escrita adolescente, que fica destoante da importância da história, mas no geral foi uma boa experiência.
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Juliana.Medeiros 06/12/2023

Gostei do livro, tema sensível que nos faz refletir. Só n deu para dar as 5 estrelas pq achei um pouco cansativo e cogitei largar no início e ainda bem q n o fiz pq de qqr forma valeu a leitura
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Larissa V 04/12/2023

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Se eu pudesse favoritava duas vezes. Ler esse livro em 2023 no mesmo período das atrocidades cometidas na Faixa de Gaza foi algo a mais? o sofrimento ficou mais familiar, apesar dos contextos serem diferentes.
Me apaixonei pelos personagens principais, o Kenan é o homem dos sonhos, sem ser piegas e foge dos clichês dos mocinhos de livros de romance. A Salama é extremamente corajosa e altruísta, a ponto de me fazer esquecer que ela só tinha 18 anos; mesmo tendo passado por tanta coisa, ela ainda tinha forças para ajudar os seus iguais? isso é admirável.
O plot realmente me pegou de surpresa, achei muito interessante. Apesar da história ser melancólica e pesada, merece ser lida e refletida, jamais esquecida.
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Tati.Tatiana 25/11/2023

Devastador
Ler esse livro nesse momento, em que está acontecendo uma guerra em Israel, foi devastador
Era impossível não pensar no q está acontecendo agora.
Salama uma jovem q teve, devido à guerra, que amadurecer muito rápido e assumir muitas responsabilidades
A autora usa a Primavera árabe como pano de fundo e vamos vivenciando os horrores da guerra pelos olhos da Salama.
Ela perde a mãe, o pai, o irmão e cria um amigo imaginário. Esse "amigo" q força ela a agir e sair da Síria. Mesmo ela querendo ficar
E no meio desse horror nasce um amor lindo dela com Kenan. E esse é o impulso q faltava pra ela ter coragem de deixar para trás seu país.

História de superação, de escolhas difíceis, de amor, união.

Um dos plots do livro eu acabei descobrindo bem antes e pra mim não teve o msm impacto.
Chorei de tristeza por ela, pelo mecanismo q ela criou pra enfrentar a dor. Mas descobri bem antes kkk
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sinara.barrosdelima 22/11/2023

Uma história chocante e real sobre como é a guerra no olhar de pessoas que viviam uma vida comum, que tinham sonhos, expectativas e amavam seu país acima de tudo. A escrita é fluída, mas eu achei um pouco cansativa, pois a maior parte do livro fica girando em torno da vivência específica de uma personagem e as visões dela, achei que a autora poderia ter explorado um pouco mais outros personagens como o médico. Então, percebo que realmente o livro se desenvolve a partir do capítulo 20 em diante. Antes disse tive muitas dificuldades de ler os horrores da guerra, inclusive envolvendo crianças.
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Lermetransforma 20/11/2023

Incrível
Salama, uma adolescente vivendo a revolução síria, perdeu seus pais e irmão durante os conflitos, que, na verdade ficou sem saber se eles tinham sido mortos ou capturados e estariam sob tortura, o que vai ser revelado de acordo com a leitura. A única pessoa que continua ao seu lado é Layla, sua melhor amiga de infância, casada com o irmão da Salama, que está grávida e para protege-la, Salama a deixa em casa e sai todo dia para trabalhar e tentar garantir o mínimo para elas.
Estudante de farmácia no início da guerra, Salama teve que se debruçar e se voluntariar no hospital pra atender ao seu povo sírio. E a trama vai se desenrolando sobre o dia a dia de atendimento, luta pela sobrevivência e a busca de sair da guerra.
Khawf, é um personagem MUITO importante da história, e, como não tinha lido a sinopse, tive uma surpresa ainda maior com ele, o que me tocou demais.
O livro é totalmente fora da caixinha, e você adentra janelas jamais vistas. Pra mim, realmente foi um marco, porque eu não tinha lido nada sobre o tema até então.
Você ver de perto a violência, medo, insegurança, a falta de comida, de água, o quanto os sírios sofreram com a revolução, e a história narra o início dela, ou seja, algo bem menos grave do que hoje se vive lá. Tristeza demais.

Chorei em vários momentos do livro. Doeu mesmo o coração vendo o tamanho da violência e sofrimento.

O que me chamou a atenção foi a esperança que veio surgindo no coração de Salama, e o rumo que a história tomou ao conhecer Kenor.

Juntos, eles enfrentam tudo para tentar sobreviver longe da guerra.

Quero chamar atenção para os inúmeros GA@T!lhos que têm esse livro.
Todos os personagens do livro são fictícios, mas as histórias são totalmente encontradas em vários relatos dos sírios que vivenciaram à época.

Me impactou demais! Uma leitura que me marcou pra sempre e que jamais esquecerei.
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Laris 02/11/2023

O que me levou a esta história foi a capa e o título, fiquei intrigada, e como agradeço ter iniciado esse livro. A Salama nos leva ao horror dos traumas mas a esperança na vida, em continuar sua história, uma história contada pelo seu povo. Espero que a Revolução da Síria um dia vença e esse país finalmente esteja livre.
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@livrosmundofantastico 01/11/2023

Sobre Fé e esperança
‘O destino tem suas cordas, mas somos nós que as traçamos com nossas ações’
Antes da Revolução da Síria, Salama era estudante de farmácia e tinha uma vida normal com seus pais e seu irmão. Mas sua vida muda completamente quando começam os bombardeios, agora ela é voluntária do hospital Homs atendendo os feridos que chegam sem parar, Salama perdeu os pais e o irmão mais velho agora ela só tem a cunhada como companhia.
Sua única esperança é sair do país para que Layla tenha sua filha em paz, diante de tanta angústia ela acabou criando através do seu medo uma personificação Khawf ele mostra os piores momentos de sua vida e lhe impulsiona para ir embora.
Nesse momento Salama conhece um jovem que se não fosse a revolução eles estariam noivos. Kenan não quer ir embora ele acredita que estaria traindo seu país, agora ela se vê em um momento de incerteza e dúvida sobre sua vida.
Uma história com momentos tensos, tristes mas que nos mostra que diante de tanto medo, temos que ter fé e esperança e acreditar que coisas boas possam acontecer.
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Jessy 01/11/2023

Simplesmente 5 estrelas e favoritado
? Enquanto houver limoeiros é um livro que narra a trajetória de uma jovem adulta de apenas 18 anos após um ano do momento histórico que ficou conhecido como Primavera Árabe, na Síria.

Salama Kassab tinha uma família amorosa, sonhos de estudos sendo realizados, amigas de longa data, e uma mente sonhadora. Tudo isso muda no dia em quando o seu pai e o seu irmão vão para um protesto em prol da libertação do povo sírio de um sistema ditatorial que já dura anos. Esse é o dia em que o país começa uma guerra civil, e ambos os familiares de Salama infelizmente não retornam.

Ela então se torna voluntária no único hospital de três bairros da região. ?Antes disso tudo começar, Salama era estudante universitária de Farmácia, e nunca tinha imaginado que os seus conhecimentos na área da saúde a levariam a trabalhar como médica, aprendendo na prática uma realidade para a qual não tinha sido treinada.

Até então a única pessoa ao seu lado é Layla, sua melhor amiga de longa data e cunhada que está grávida. Além de Layla, ela vê e conversa todas as noites com Kwarf, a pessoa imaginária que Salama criou devido a um estresse pós-traumático que não deixou apenas cicatrizes físicas. Kwarf a convence de todas as formas dolorosas que a melhor solução é ir embora da Síria, cumprindo uma promessa feita ao seu irmão Hamza no dia do protesto.

A autora Zoulfa Katouh se preocupa em mostrar os horrores da guerra civil utilizando-se de notícias reais e de nomes reais, desenvolvendo uma história de amor entre dois jovens, o seu amor em comum pelo país e o seu amor em comum pelo Studio Ghibli. Zoulfa consegue mostrar que existem diferentes formas de se lutar por si mesma, por quem se ama e por sua história.
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Michele 27/10/2023

Perfeitamente doloroso
Que livro necessário... eu queria que o mundo conhecesse a força da salama...
O tanto de sentimentos que esse livro me despertou... eu fui do choro para alegria.. da agonia pra raiva...
Salama tinha um futuro lindo reservado a sua frente, com uma família amorosa, estudando aquilo que sempre sonhou, e preste a conhecer aquele que pode vir a ser o seu futuro marido.
Tudo muda quando a revolução da Síria estoura trazendo consigo caos, dor, destruição e perdas inimagináveis.
Salama que estudava pra ser farmacêutica é literalmente obrigado a se tornar médica e nós acompanhamos a sua rotina de dor e morte ... em meio a tanta dor salama sabe que precisa ir embora e levar sua cunhada que está grávida pra longe disso tudo... mas como abandonar tudo que você conhece e ama? Suas origens? E como abandonar aquele garoto de olhos lindos que aos poucos tem mostrado que mesmo em meio ao caos ainda há cor?
Enquanto houver limoeiros e lindo e doloroso.. chorei e não foi pouco...
Quando terminei a leitura me senti ignorante com relação a essa revolução que já dura 12 anos e conta com mais de 500 mil mortos... eu não imaginava que tanta maldade era possível, e aquilo que eu deseja, ser a forte imaginação de uma autora, é na verdade a crua realidade de milhares de pessoas .
Só leiam vale a pena ?
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