Resenhas -

Cassio Kendi 02/04/2023

Me desculpa. E obrigado. De verdade.
Eu e minha esposa temos frequências de choros diametralmente opostas. Ela nunca me viu chorar, não porque eu esconda o choro, mas por ser algo raro de acontecer comigo. Eu vi ela chorar ontem assistindo um vídeo de um menino de uns 3 ou 4 anos explicando os sentimentos para a mãe com a maturidade de um psicólogo ("eu estava um pouco frustrado, depois fiquei um pouco irritado, mas tudo bem, porque meu irmão ainda é muito novo e não entende o que faz").

Já imaginei como seria se eu fosse realmente incapaz de chorar. Será que assim eu nunca me sentiria triste? E se eu não me sentisse triste, será que também não me sentiria feliz, e estaria sempre num estado constante de nem-triste-nem-feliz? Será que se eu não conseguisse sentir nada, seria incapaz de amar, estar em um relacionamento, manter amizades?

São questões como essas que o livro "Amêndoas" aborda, por meio da narração de um adolescente com 'alexitimia', condição que impede ou dificulta uma pessoa de identificar e expressar os próprios sentimentos, e, por consequência, entender o sentimento dos outros.

A autora consegue explorar todas as dificuldades que acompanham esta condição e mostrar a evolução gradual de Yunjae utilizando a própria escrita como indicativo da capacidade cognitiva do narrador, recurso que me lembrou muito o livro "Flores para Algernon", mas em um grau mais sutil.

Acaba sendo irônico que um relato escrito por alguém que não sente emoções tenha partes tão tocantes. Me emocionei, mas não cheguei a chorar (minha esposa provavelmente choraria horrores).

Livia Barini 16/05/2023

Muito bom
Primeiro esclarecendo: não sou fã do BTS e nem sabia que eles indicaram este livro. Comprei pela sinopse e pensei que era uma HQ.

É um livro leve, rápido e muito sensível. De escrita fluida e envolvente. E nos conta a história de dois filhos, que nenhum pai quer ter, Yunjae - o menino sem sentimentos da capa e Gon - o menino problema e da improvável amizade que surge entre os dois.

Ele nos faz refletir sobre amor materno, amizade, sentimentos... e os tantos julgamentos dos quais somos, ora autores, ora vítimas.

Eu o classificaria como infanto-juvenil.

O final me incomodou um pouco, não vou falar porque para não dar spoiler. Mas é um livro que vale muito a pena ler.

Michela Wakami 21/07/2023

Muito bom
Um livro com uma escrita fluida e uma história envolvente, que nos faz querer ficar grudados no livro, e querer devora-lo em uma sentada só, e quando terminamos, o nosso coração já sente saudade do personagem principal, que é um ser incrível é apaixonante.

Mas já aviso de antemão, prepara o seu coração, pois esse livro, vai mexer com suas emoções.

Bellesbooks 01/08/2023

Não curti muito não
Achei que esse livro tinha todo um "q" emocional mas, foi completamente diferente não conseguir sentir absolutamente nada, muito pelo contrário me pareceu um clichê monótono, um sente de mais o outro senti de menos esperava muito mais da forma como o protagonista lida com as vivências emocionais mesmo sem senti-las, as nuances apresentadas diante disso foram ao meu ver rasas e vazias o final então nem se fala me pareceu um fanfic, enfim não gostei, um livro esquecível.

Sa 12/01/2024

Primeiro de 2024 ?
Não sou boa com textinhos... Kkkkk. Realmente faz um tempo desde que comento sobre minhas leituras - que simplesmente não existiram - então fica um pouco difícil ser articulada sobre os assuntos.

Demorou, mas eu li. Não sei o que sinto, definitivamente eu devo seguir os conselhos do Yunjae e ler mais. O vocabulário está precário.

Fiz umas comprinhas ano passado e esse livro foi um deles. Sabia que iria gostar, afinal o Yoongi aparentemente aprovou a história. Só soube que ele leu este e o Nam também, portanto, já é razão o suficiente para eu querer fazer o mesmo. Influenciável facilmente.

O final foi muito emocionante, não estava preparada. Chorei, mas dei algumas risadinhas por conta da interação dele e o Yunjae. O jeito sem emoções + a personalidade do amigo - que eu não saberia definir - trouxe para mim um certo humor, mas essa minha opinião pode ser questionável no momento que você sabe da cena que eu estou pensando.

(???°???°??????? ??????

*Emoji que representa uma mesa sendo virada*

Só para o caso de que você se lembre, eu ri um pouquinho antes do caos. Mas isso não me justifica, visto que a quebra de clima também me divertiu mais do que preocupou.

Acho que li com tanta pressa que desejo ler novamente do início ao fim. Descobri esse sentimento lendo a obra da Carla Madeira no ano passado (não muito tempo atrás), e pode ser que sempre que eu ler algo bom eu queira repetir a dose. Estranho, pois não gosto muito de releituras.

Depois de ler a nota da autora, me encontro longe.

sofia 11/02/2024

Por que eu não li esse livro antes?
Que história!!! Honestamente, não imaginava o quão cativada eu ficaria com essa leitura. Leve e contínua, a história vai se tornando algo em que eu nunca imaginava que seria. E eu simplesmente amei!! A maneira como o personagem principal se desenvolve devido a sua relação com os secundários faz toda diferença.
Melhor presente de todos !!

Luh :) 02/07/2023

Sentimentos
Admito que essa história mexeu comigo antes mesmo de eu ler. Já tinha ficado emocionada ao saber que esse livro foi uma das inspirações de uma música do Yoongi (não coincidentemente, chamado Amygdala). Então desde as primeiras páginas minhas expectativas estavam lá em cima.
A ideia da obra foi realmente nova de tudo que já li e tals. E isso as vezes até da ao leitor um certo incômodo por Yunjae não sentir nada até mesmo em situações extremas.
Mas é tão satisfatório ver a evolução do personagem com tudo. E principalmente as partes de pensamentos que Yunjae apresenta para nós.
Espero me lembrar dessa história para o resto da minha vida.

Ps.: não dei 5 estrelas pq n gostei mto de uma personagem (talvez pelo fato dela ter se envolvido meio que do nada na história e não ter sido bem desenvolvida ao decorrer dela).

. 19/12/2023

Grande decepção
A premissa desse livro é muito boa e até a metade ele segue o que propõe: um menino que nasce com uma condição de não sentir nada. de início você acompanha a vida pacata e simples dele tentando viver sem a sua mãe, mas depois vira uma grande farora envolvendo máfia ??? e o que mais me pegou de surpresa foi o fato dele se apaixonar ???? como que pode ele não ter amado a mãe que fez tudo por ele e DO NADA (porque não teve desenvolvimento nenhum) ELE TA LA APAIXONADO PELA DORA kkkkk chega a ser desrespeitoso passar o livro inteiro dizendo que ELE NÃO CONSEGUE, veja bem, não é que ele não queira, ele realmente tem uma condição psicológica e fisiológica que o impede de amar. o final com aquele amigo dele também perdeu total a seriedade da obra e eu já estava era achando uma grande pataquada.

ekatherinah 31/05/2023

O problema não é o livro, sou eu...
Mais um caso de expectativas amassadas como paçoca no fundo da mochila de aluno do Fundamental. Eu esperava que o livro fosse desenvolver o aspecto de representatividade de pessoas que tem alexitemia, com verossimilhança (talvez seja culpa sua sinopse?). Como eu fiz a leitura em grupo e uma das pessoas é autista então entendi que não é o caso do livro (a pessoa disse que é tratado de modo ficcional e não conversa exatamente com a realidade de uma pessoa que tem alexitemia). Mas eu só entendi isso depois de terminar o livro, então fiquei com a sensação de não saber o que fazer já que considerei o livro bom, mas não o que eu esperava. E por causa dessa expectativa errônea acabei não olhando para alguns elementos e aspectos trabalhados o que me dificulta em fazer uma resenha. Acabou virando aqueles livros em que termino de ler pensando já sobre uma releitura.

o que posso dizer: livro rápido, fácil, MUITO dramático, parece um dorama (inclusive se for adaptado ou já tiver adaptação eu gostaria de assistir) e discordo de quem sentiu uma "química" entre o Yunjae e o Gon ? eu não vi absolutamente nada, srry '-'.

Jackcoriolano 08/07/2023

Amêndoas (Won-pyung Sohn)
Que livro! Simples, profundo, camadas para refletir, comovente, uma lição de vida, impactante... nem sei com definir corretamente!

Amêndoas, de Won-pyung Sohn, publicado pela editora Rocco, é um diário de Yunjae, um menino sul-coreano que nasceu com uma condição neurologica chamada alexitimia, que é a incapacidade de identificar e expressar sentimentos.

Em sua trajetória, marcada por tragédias, ele conhece Doutor Shim, Professor Yun, Gon e Dora, pessoas que mudarão o rumo de sua vida.

A escrita é muito interessante, pois é feita pelo ponto de vista de Yunjae, com seu modo particular de ver o mundo e as pessoas ao seu redor. As dificuldades dele são amplificadas pela dificuldade das pessoas em compreender/conhecer sua condição e os julgamentos e bullying decorrentes dessa falta de compreensão.

O que mais gostei nesse livro, até o favoritei, foi que a autora não se deteve a massificar a falta de empatia pelos neuroatípicos, mas nos levou à reflexão sobre sentimentos em geral, aqueles que demosntramos, aqueles que escondemos e os que construímos como faxada.

Esse é um daqueles livros cuja a experiência da leitura nos marca, mesmo que esqueçamos os detalhes, os personagens ou até a sequência da história. Vale muito a leitura

Alessandra 29/03/2024

A história tinha TUDO pra ser boa! Até os 50% do livro eu ainda acreditava, mas depois só foi ladeira abaixo e virou um dramalhão adolescente enfadonho. Ou talvez, não tive sensibilidade suficiente?

Nati.Faes 18/09/2023

Emocionante
Leitura rica e cheia de detalhes que levam nossos sentimentos a borbulharem. Adorei conhecer essa história, início, meio e fim comoventes!

Ana Vizentim 11/02/2024

Lindo!!!
Q livro perfeito!!!
Quantos sentimentos sem sentir!!!
Fiquei realmente imaginando como deve ter sido difícil a vida de Yunjae...
Quanta coisa ele teve q passar na vida e, quanto ensinamentos esse livro me trouxe...
"Como eu disse, nem você, nem eu, nem ninguém consegue saber de verdade se uma história é feliz ou triste. Talvez seja impossível categorizar uma história tão precisamente, para começo de conversa. A vida adquire vários sabores conforme acontece."

isadorampelotti 20/09/2023

"Eu consigo sentir"
Eu amei, imaginar e sentir, o que o protagonista passou ao longo da história (apesar dele não sentir nada)
Quando eu li várias vezes a mesma linha e fiquei uns segundos tentando pensar/imaginar como ele se sente não sentindo nada (essa frase ficou estranha) 
Porque ele passou por coisas, que um ser humano normal, jamais conseguiria lidar psicologicamente
Amei ver que ele fala, mamãe e vovó, achei fofo pq acabou me lembra de como as crianças se referem a mãe ou a avó, e até achei carinhoso esse jeito que ele chama?
Simplesmente não conseguia compreender pq ele não desistia de Gon, até eu chegar ao final do livro, que me surpreendeu muito, não imaginava que isso iria acontecer.
A minha parte preferida do livro, com certeza, é quando ele se questiona sobre o amor, quando ele mostra pelo ponto de vista dele o que é amar. E também, ver ele descrevendo sensações que ele não sabe o que é.
Por não saber o que é o formigamento, a agitação, a ansiedade, de estar apaixonado por alguém...
Eu fiquei encantada pelo protagonista, muito bem escrito, assim como os outros personagens.
Foi mágico imaginar todos os cenários e a aparência física de cada um dos personagens??

Vênus_Alice 03/08/2023

Amêndoas
No nosso cérebro, temos uma parte responsável pela empatia, sentir emoções e entender as entrelinhas da vida. Essa parte se parece com amêndoas, são chamadas de amígdala. Mas você já imaginou como seria a vida se não houvesse emoções, empatia, expressões faciais? Tudo passando pelo sentido da lógica e do comportamento puro?
Aqui nesse livro vemos muito como é assim, como é ser uma pessoa sem emoções e como é conviver com alguém assim.
No livro rotulam o protagonista como estranho, robô e monstro. O que nos faz questionar o que caracteriza a humanidade em cada um de nós.
Aqui temos o encontro de dois monstros, duas crianças que quebram a expectativa dos pais e da sociedade e aqui notamos que nenhuma pessoa é um ser tão ruim quando se conhecida a fundo. Não é possível rotular tudo como boa ou ruim, legal ou chato... a dualidade está sempre presente.

Este é um livro que fala da falta de sentimentos, mas que te desperta inúmeros deles numa avalanche.