spoiler visualizaragustdluffy 03/03/2024
Queria morrer, mas no céu não tem tteokbokki.
Foi uma leitura boa, em alguns momentos tive que ler mais de três vezes o mesmo parágrafo para acompanhar os diferentes pensamentos e sentimentos da autora. Por vezes demorei alguns minutos para compreender, por outras me identifiquei de imediato. Gostei em especial das partes em que dizem como nossa relação com nós mesmos, a nossa autoestima, pode mudar nossas reações e pensamentos em relação aos mais diversos acontecimentos do nosso dia a dia. Tudo pode ser uma questão de perspectiva.
Uma outra questão presente em quase todo momento ao longo do livro, o problema que a autora enfrenta de viver sempre nos extremos, onde não há lugar para o meio-termo. Este é um lugar perigoso de se estar, porque, ao excluir a relatividade da vida, as situações podem parecer bem mais drásticas do que realmente são. A vida não é só "Preto e Branco" e sim um espectro com as mais variadas cores.
Também gostei do final onde tem os comentários do próprio psiquiatra, que se mostrou envergonhado e receoso ao saber que o livro seria publicado com suas sessões, e desejou que tivesse dado melhores conselhos ou que pudesse ter ajudado mais. Essa parte mostrou que acima de qualquer coisa somos humanos, estamos todos sujeitos a esses sentimentos. "Porque o coração humano, mesmo quando quer morrer, com frequência quer ao mesmo tempo comer um pouco de tteokbokki também."