Caminhando com os mortos

Caminhando com os mortos Micheliny Verunschk




Resenhas - Caminhando com os mortos


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Gabriela3420 15/04/2024

Caminhando com os mortos
No interior do Brasil, uma mulher é brutalmente assassinada por motivos religiosos. Esse crime chocante abala as estruturas da pequena comunidade rural de Tapuio, que foi tomada por um clima de intolerância desde que uma igreja evangélica se instalou na região. Um romance extremamente atual, que escancara a combinação nefasta entre religião e política.
“Caminhando com os mortos” é um livro com várias camadas, mas vou destacar a que mais me afetou: a misoginia. O ódio contra mulheres encontra muitos adeptos no discurso religioso, no caso do livro, é inconcebível que uma mulher escolha viver fora dos preceitos da igreja. É uma bruxa, desviada, precisa ser purificada… Gostei especialmente da forma como a autora expôs a hipocrisia do discurso moral, a corrupção e de como a ausência do Estado em garantir o básico para a população está intimamente ligada ao crescimento da intolerância e preconceitos de gênero.
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Dayanne.Silveira 15/04/2024

Impactante
Livro com uma historia impactante, enredo profundo e uma mensagem desconcertante.

Não é uma leitura complexa, mas exige reflexão. Não me decepcionou e faz jus ao prêmio, merecidíssimo.
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Lari439 07/04/2024

Muito, muito bom. apesar de curto acontece bastante coisa e a autora conseguiu me prender já ali no segundo capítulo, o que é bem raro comigo.



mas eu sou meio burra e não entendi o final?
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Mariana 07/04/2024

Existem histórias que precisam ser contadas!
Impactadíssima com esse livro! Talvez porque não tinha nenhuma expectativa sobre a história e não li comentários prévios sobre a qualidade da obra. Confiei na curadoria da editora e a chancela que o Prêmio Jabuti concedeu à autora.

Inclusive, uma digressão, eu raramente leio sinopses. Baseio minhas escolhas, basicamente, em recomendações de pessoas que confio na opinião e premiações literárias.

Mas, voltando, eu adorei o livro! Não queria parar de ler! Achei o texto muito bonito, bem escrito e a história muito intrigante!

O tema central da obra é intolerância e doutrinação religiosa, com um quê de pessimismo e decadência que me lembrou de Saramago - não pelo estilo narrativo, mas pela falta de esperança na humanidade.

Aqui, uma mulher foi queimada viva sob o pretexto de ser salva pela expulsão dos demônios que a aprisionavam. Uma aniquilação motivada por uma fé cega que tomou conta dos assassinos.

Até que ponto podemos relativizar a intrusão da religião na vida das pessoas? Até que ponto líderes religiosos podem ditar como devemos viver, nos vestir, nos relacionarmos uns com os outros ou até mesmo votar?

É corajoso e delicado escrever sobre crença e religião, é como se mover num terreno escorregadio e vertigionoso, mas que bom existem os corajosos! Existem histórias que precisam ser contadas!

Falo sobre minhas outras leituras no @55paginas
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arqueofarias 05/04/2024

Que história angustiante e ao mesmo tempo maravilhosa de acompanhar. Temas fortes. O pano de fundo são as relações estabelecidas entre as igrejas neopentecostais com populações em vulnerabilidade em contexto rural do país e me impressionei, pois não esperava que fosse esse o fio condutor da narrativa.

Gostei bem mais do que o Som do Rugido da Onça. Só não gostei muito de, perto do final, ter saído um pouco da centralidade da narrativa para dar ênfase a outra personagem , mesmo que ligada à história.
A escrita meio abstrata, metafórica, poetiza me pegou muito. Adorei.
Super indico.
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Miria100 29/03/2024

Tá? eai?
A história em si é muito intrigante, uma família que mata a própria filha por seguir cegamente os mandamentos do pastor.

O livro é contado em tempos diferentes, então temos o antes do crime com a contextualização da família, a história da perita presente na investigação e algumas outras narrativas de personagens secundários (como o pastor).

Acontece que o livro enrola DEMAIS, ele tem 140 páginas onde a história não se aprofunda. As metáforas são distantes e complexas em um nível desnecessário que acaba nos tirando da imersão.

Além disso, senti que nenhum dos temas tiveram espaço para ganhar o aprofundamento que precisavam, ela fala sobre fanatismo religioso, tortura policial, misoginia e várias outras coisas que não recebem o devido desenvolvimento e o livro acaba virando uma colcha de retalhos.

De novo, a história é intrigante e nos toca de várias maneiras (principalmente quem tem um passado dentro da igreja evangélica) mas acaba se perdendo porque é redundante e cansativa.

Recomendo a leitura, mas saiba que é um livro onde a estética sobrepõe a narrativa.
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Gustavo Rafhael 25/03/2024

Achei a leitura difícil, vários recortes de histórias diferentes, isso me deixou perdido em alguns momentos. Talvez se fizer uma nova leitura pode ser que mude o meu entendimento, mas por hora achei bem chato.
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Kelly Sartre 24/03/2024

Ate onde deus está?
Em nome de deus se pode queimar a própria filha
Em nome da religião a morte não é nada, já que os céus são das criancinhas
Em nome do pastor se pode destruir rádios, plantas, se submeter a ausência de luz
E ai daquele que não enquadrar nesses padrões
Botar a culpa no diabo pra encobrir suas próprias atrocidades.
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emicê 21/03/2024

Um livro muito denso de linguagem muito bonita. Muitas metáforas e que desaguam em dores e problemas atuais: misoginia, extremismo religioso, hipocrisia, política... a história se dá de maneira um pouco confusa, não linear, mas que retrata muito bem o que a autora quer retratar: nem tudo está em linha reta.
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Thiago.Moreira 17/03/2024

Fé cega, faca amolada
Um livro que fala das consequências do extremismo religioso na vida das pessoas mais humildes. A obra tem muitos paralelos com a realidade brasileira em que pequenas igrejas são grandes negócios e onde se prega que praticamente tudo é coisa do demo e precisa ser purificado. Caminhando com os mortos é o segundo livro que leio da autora e sigo recomendando suas obras.
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romulorocha 13/03/2024

Caminhando com os mortos, de Micheliny Verunschk
Gênero: Romance
País: Brasil
Editora: Companhia das letras
Ano: 2023
Páginas: 144

O livro tem um pano de fundo e muita profundidade para discussão sobre sincretismo religioso, racismo e desigualdade social no Brasil, mas se você espera algo parecido com ?o som do rugido da onça? (livro anterior da autora e vencedor do prêmio Jabuti), pode se decepcionar.

Caminhando com os mortos parte de um cenário macabro no qual no interior do Brasil uma criança é morta queimada viva em um ritual religioso. Ao longo da trama, a autora vai nos aproximando deste cenário, não mais como um leitor de noticiário, mas como alguém que chega na comunidade e passa a conviver e se conectar com a realidade daquele lugar. É sob esta perspectiva mais ampla, que vamos compreendendo as questões identitárias da comunidade, as violências passadas ao longo de gerações e o desespero por esperança de dias melhores. Aos poucos vamos juntando as peças do crime e descortinando crimes maiores e mais profundos, muitos deles sem mídia, sem voz e sem história para contar.

Eu gosto da escrita da autora, me prende sempre. Talvez foi a temática ou a expectativa por algo a mais, mas o livro me deixou ao final com um gostinho de que ainda faltava mais.

Minha avaliação (1 a 5)*: 3
*
1: Ruim: quase abandonei, não me prendeu.
2: Razoável: algumas partes interessantes.
3: Bom: agradável de ler.
4: Ótimo: leitura envolvente.
5: Excelente: contagiante, vontade de indicar pra todo mundo.

#resenhasdoromulo
#literaturabrasileira
#caminhandocomosmortos
#MichelinyVerunschk
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Giany.Alves 10/03/2024

Um livro interessante, a escrita da autora é bem fluida, gostei do enredo, apesar de bem triste, baseado na ignorância religiosa, naquela ?interpretação? errada dos desejos de Deus para as pessoas que culminaram num ato atroz, a estória contada sob o ponto de vista dos personagens foi muito bom, porém no final parece que a autora se perdeu na estória e começou a falar de outra temática que não fez sentido para mim.
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Cris Marques 06/03/2024

Que livro bom! Como é prazeroso ler um livro bem escrito e que não usa o apelo do palavreado baixo, e sim usa com excelência a nossa rica língua portuguesa e ainda com uma certa poesia.
O ruim de ler um livro assim, é que aqueles hots, bem populares, se tornam meio sem graça por ser uma escrita mais direta e comum, mas eu gosto deles tbm, então o importante é olhar e constatar o valor de cada um de forma distinta.
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@tayrequiao 04/03/2024

Daqueles livros que te fisgam logo no começo?
O centro não cai se a periferia não for conquistada.

É esse o pensamento por trás do movimento religioso (e também estratégico) de conquista e domínio pelos templos / igrejas das pequenas cidades e vilarejos do Brasil.

O objetivo é claro: aproveitar a ausência do Estado, que deixa grande parte da população desamparada e sem perspectivas, para, apresentar uma salvação ou, ao menos, uma justificativa divina para todo o sofrimento passado, ganhando com isso confiança e poder.

Mas, quais as consequências desse movimento? A resposta a essa pergunta é justamente o que vai conduzir a história de "Caminhando com os mortos", livro da Micheliny Verunschk, ganhadora do Prêmio Jabuti em 2022.

Se você está procurando ler mais autores nacionais, adicione esse livro a sua lista!

Esse é daqueles livros que te fisgam logo no começo e que você simplesmente não quer parar de ler até descobrir tudo o que está por trás dessa história. E, acredite, tem muita coisa!

Verunschk vai, com essa história curtinha, te fazer pensar:
? até que ponto o fanatismo religioso e a intolerância com o diverso são capazes de destruir e machucar
? como as religiões possuem um papel central na história de conquista e destruição de povos, suas crenças, seus costumes e rituais
? sobretudo como esquecemos que os líderes religiosos são, assim como nós, falhos e, portanto, humanos

Se você gosta dessa temática, não posso deixar de indicar também o "Eu, Tituba, Bruxa negra de Salem", obra da Maryse Condé e um dos meus livros favoritos de 2020.

Lourença, Celeste e Tituba têm muito a contar.
Espero que você esteja disposto(a) a ouvi-las.
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