Caminhando com os mortos

Caminhando com os mortos Micheliny Verunschk




Resenhas - Caminhando com os mortos


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Iris de Castro 30/04/2024

Preciso ler esse livro em outro momento, acho que não consegui aproveitar como deveria. Daqui uns anos, quem sabe eu volto aqui e mudo essa avaliação.
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Toni 18/04/2024

Leituras de 2023 | Cortesia da autora

Caminhando com os mortos [2023]
Micheliny Verunschk (PE, 1972)
Companhia das Letras, 2013, 144 p.

O tempo dos vencedores é inexorável, fundamentado numa noção ilusória de progresso, e se orienta para o futuro com o olhar fixo na manutenção dos privilégios e interesses de grupos hegemônicos do presente. No contexto da ficção de Micheliny Verunschk, a quebra desse paradigma se dá através de uma poética das ausências e das emergências, de resgate do tempo dos vencidos (em seu fluxo cíclico, pluritemporal e questionador dos registros) que engole derrotas, regurgita traumas e se reinventa através da fabulação. Em sua prosa, o tempo é raramente tratado de forma linear, tanto no sentido do embaralhamento dos presentes diegéticos quanto no da coexistência de temporalidades que se reconhecem e se retroalimentam. Assim, o traçado distintivo entre passado e presente não é absoluto e o tempo, via de regra, manifesta uma dimensão de performatividade que desestabiliza a distância entre memória e vivência, experiência e relato, verdade e elaboração.

Em “Caminhando com os mortos”, Verunschk segue seu projeto de explorar as inúmeras violências que compõem o quadro social brasileiro. Neste romance, a história de um feminicídio provocado pelo fanatismo religioso se desdobra em depoimentos, memórias e relatórios policiais que traçam o risco (aqui em seu duplo sentido) “trajetório” do crescimento do neopentecostalismo e da intolerância contra tudo aquilo que é dissidente, questionador ou não normativo. A canalização desse ódio na figura da mulher possuída — a bruxa, presente tb na “Trilogia infernal” onde encontramos referência ao caso real de Fabiana Maria de Jesus, morta aos 33 anos em Guarujá após ser confundida com uma sequestradora de crianças acusada de rituais macabros — adquire desta vez lugar central na narrativa. Conectando a história de Celeste (a vítima que abre o romance) àquela da perita que encerra a narrativa misturando-se à paisagem (como a jurema da capa), “Caminhando com os mortos” desenterra as raízes de um ódio milenar, ao mesmo tempo que nos lembra, em resposta, que “Se Deus é grande, o mato é maior.”
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Day Malze 17/04/2024

Li para o clube do livro
Mais um que me chegou pelo clube do livro, sinceramente, achei um pouco confuso, parece que os temas se sobrepõem à história e isso pra mim não é legal, quis lacrar em muitos assuntos e se perdeu no meio do caminho. Não recomendo.
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Juh 17/04/2024

"Quando nos deparamos com o abismo damos um passo atrás ou damos um passo adiante."

Um livro que narra a linhagem de medo, sofrimento, dor e insegurança encarada por diferentes mulheres e pessoas marginalizadas.
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@estantedamarcia 16/04/2024

O livro começa falando sobre uma morte. Atearam fogo em uma moça de uma cidade pequena do interior e, durante a passagem do livro que alterna entre o presente e fragmentos do passado, nós vamos vendo como funciona a investigação para saber o que aconteceu lá e os acontecimentos do passado que levaram até aquele ponto onde chegou.
E nessas passagens vamos entendendo as questões que acontecem por dentro das religiões, os fanatismo, os interesses políticos, além dos preconceitos sociais.
Uma história forte sobre luto, a perda de pessoas que amamos, a capacidade que os seres humanos tem de fazer mal a outras pessoas, mesmo sem se dar a menor conta de que estão fazendo isso e, o mais importante, o quanto a vida de mulheres seguem sendo afetadas em todo lugar por conta de fanatismo religioso e de uma boa dose de lavagem cerebral.
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Gabriela3420 15/04/2024

Caminhando com os mortos
No interior do Brasil, uma mulher é brutalmente assassinada por motivos religiosos. Esse crime chocante abala as estruturas da pequena comunidade rural de Tapuio, que foi tomada por um clima de intolerância desde que uma igreja evangélica se instalou na região. Um romance extremamente atual, que escancara a combinação nefasta entre religião e política.
“Caminhando com os mortos” é um livro com várias camadas, mas vou destacar a que mais me afetou: a misoginia. O ódio contra mulheres encontra muitos adeptos no discurso religioso, no caso do livro, é inconcebível que uma mulher escolha viver fora dos preceitos da igreja. É uma bruxa, desviada, precisa ser purificada… Gostei especialmente da forma como a autora expôs a hipocrisia do discurso moral, a corrupção e de como a ausência do Estado em garantir o básico para a população está intimamente ligada ao crescimento da intolerância e preconceitos de gênero.
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Dayanne.Silveira 15/04/2024

Impactante
Livro com uma historia impactante, enredo profundo e uma mensagem desconcertante.

Não é uma leitura complexa, mas exige reflexão. Não me decepcionou e faz jus ao prêmio, merecidíssimo.
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Lari439 07/04/2024

Muito, muito bom. apesar de curto acontece bastante coisa e a autora conseguiu me prender já ali no segundo capítulo, o que é bem raro comigo.



mas eu sou meio burra e não entendi o final?
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Mariana 07/04/2024

Existem histórias que precisam ser contadas!
Impactadíssima com esse livro! Talvez porque não tinha nenhuma expectativa sobre a história e não li comentários prévios sobre a qualidade da obra. Confiei na curadoria da editora e a chancela que o Prêmio Jabuti concedeu à autora.

Inclusive, uma digressão, eu raramente leio sinopses. Baseio minhas escolhas, basicamente, em recomendações de pessoas que confio na opinião e premiações literárias.

Mas, voltando, eu adorei o livro! Não queria parar de ler! Achei o texto muito bonito, bem escrito e a história muito intrigante!

O tema central da obra é intolerância e doutrinação religiosa, com um quê de pessimismo e decadência que me lembrou de Saramago - não pelo estilo narrativo, mas pela falta de esperança na humanidade.

Aqui, uma mulher foi queimada viva sob o pretexto de ser salva pela expulsão dos demônios que a aprisionavam. Uma aniquilação motivada por uma fé cega que tomou conta dos assassinos.

Até que ponto podemos relativizar a intrusão da religião na vida das pessoas? Até que ponto líderes religiosos podem ditar como devemos viver, nos vestir, nos relacionarmos uns com os outros ou até mesmo votar?

É corajoso e delicado escrever sobre crença e religião, é como se mover num terreno escorregadio e vertigionoso, mas que bom existem os corajosos! Existem histórias que precisam ser contadas!

Falo sobre minhas outras leituras no @55paginas
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arqueofarias 05/04/2024

Que história angustiante e ao mesmo tempo maravilhosa de acompanhar. Temas fortes. O pano de fundo são as relações estabelecidas entre as igrejas neopentecostais com populações em vulnerabilidade em contexto rural do país e me impressionei, pois não esperava que fosse esse o fio condutor da narrativa.

Gostei bem mais do que o Som do Rugido da Onça. Só não gostei muito de, perto do final, ter saído um pouco da centralidade da narrativa para dar ênfase a outra personagem , mesmo que ligada à história.
A escrita meio abstrata, metafórica, poetiza me pegou muito. Adorei.
Super indico.
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Mia 29/03/2024

Tá? eai?
A história em si é muito intrigante, uma família que mata a própria filha por seguir cegamente os mandamentos do pastor.

O livro é contado em tempos diferentes, então temos o antes do crime com a contextualização da família, a história da perita presente na investigação e algumas outras narrativas de personagens secundários (como o pastor).

Acontece que o livro enrola DEMAIS, ele tem 140 páginas onde a história não se aprofunda. As metáforas são distantes e complexas em um nível desnecessário que acaba nos tirando da imersão.

Além disso, senti que nenhum dos temas tiveram espaço para ganhar o aprofundamento que precisavam, ela fala sobre fanatismo religioso, tortura policial, misoginia e várias outras coisas que não recebem o devido desenvolvimento e o livro acaba virando uma colcha de retalhos.

De novo, a história é intrigante e nos toca de várias maneiras (principalmente quem tem um passado dentro da igreja evangélica) mas acaba se perdendo porque é redundante e cansativa.

Recomendo a leitura, mas saiba que é um livro onde a estética sobrepõe a narrativa.
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Gustavo Rafhael 25/03/2024

Achei a leitura difícil, vários recortes de histórias diferentes, isso me deixou perdido em alguns momentos. Talvez se fizer uma nova leitura pode ser que mude o meu entendimento, mas por hora achei bem chato.
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Kelly Sartre 24/03/2024

Ate onde deus está?
Em nome de deus se pode queimar a própria filha
Em nome da religião a morte não é nada, já que os céus são das criancinhas
Em nome do pastor se pode destruir rádios, plantas, se submeter a ausência de luz
E ai daquele que não enquadrar nesses padrões
Botar a culpa no diabo pra encobrir suas próprias atrocidades.
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