Carla1167 29/11/2023
"A lâmina forjada pela dor. A ferida transformada em arma."
Como todo segundo livro de uma saga, tivemos uma narrativa mais lenta e cheia de detalhes e desenvolvimentos para serem concluídos no último livro. No começo, confesso que estava irritada com Briana nas primeiras páginas se colocando em perigo e não percebendo o panorama geral da situação em que ela estava. Muitas vezes ela foi imatura, mas relembrei que era apenas uma adolescente de 16 anos tentando se adaptar em um novo mundo em que foi colocado bruscamente sobre seus ombros.
Descobrir passo a passo sobre o verdadeiro objetivo da Ordem gerou um sentimento maior de revolva e desgosto, já que obviamente Bree nunca seria aceita como rei e a descendente legítima do rei Arthur. Descobrir também que Tor estava tramando junto com a Ordem pelas costas de seus amigos porque era uma racista cara de pau também me estressou em tantos níveis.
Os pontos positivos desse livro são muitos! Temos o desenvolvimento não só dos poderes de Bree, do lado da raiz e de Arthur, mas também sua perseverança em fazer o que é certo, mesmo que isso custe um enorme sacrifício. Sua ligação com Alice eram as cenas mais fofas possíveis e eu sabia que sempre que Alice estivesse ali, Briana estaria segura e bem.
Agora o que falar do meu filhote Selwyn? Nunca errou e se errou, passo pano. Um puta desenvolvimento - se não um dos melhores da saga - e a cada página, eu queria muito mais cenas dele. Toda sua jornada contra ceder pro seu próprio sangue, a descoberta sobre sua mãe e seu paradeiro e também lidar com o sumiço de Nick eram gatilhos demais, que talvez, nem eu sei se conseguiria lidar e sobreviver com. Ele duvidando de si mesmo a cada página era um tiro diferente no meu peito ao ver que nem ele mesmo conseguia confiar nas próprias ações, com medo de estar sendo controlado por sua parte demoníaca.
E FINALMENTE TIVEMOS MIMOS MERECIDOS DO CASAL!!
Era óbvio que por se tratar de Selwyn Kane e Brianna Matthews, não ia ser fácil. Tudo ali era feito com delicadeza, como se qualquer movimento ou respiração errada pudesse quebrar o momento. A tensão sexual nesse livro entre esses dois foi bem maior e ambos a qualquer momento estavam prontos para chutar o balde. Não acho que faltou nada, porque ambos estavam em uma situação em que o romance não podia ser o foco, fora a jornada que cada um lidava dentro de si. Mas nunca irei esquecer o que Selwyn fez por Briana, juntando parte por parte de seu corpo, mesmo sabendo que poderia perder a humanidade. O homem tá apaixonado, avisem aí.
Espero que no terceiro tenhamos mais momentos deles (mesmo sabendo o que rolou naquele final pavoroso).
Sobre Nick, eu amei a ligação dele com Bree através das memórias de Arthur. Mostra que ambos, independente do espaço-tempo, permanecem com um laço inquebrável e insubstituível. Após a morte do pai, Nick foi forçado a crescer rapidamente e lidar com sangue em suas mãos. Queria mais o ponto de vista dele sobre esse momento. Daria tudo para saber o que estava passando pela cabeça dele naquele instante.
E por último, mas não menos importante, William. Não tenho palavras para descrever o anjo que é esse personagem. Ele está para todos e sempre tem uma palavra de conforto. Sinto que nem precisava dos poderes dele para ser curada, apenas a presença dele cura tudo. Quero mais cenas de luta do querido, eu amo tanto ele. Queria ver mais o auge dos poderes dele no momento do pico do dia e da noite.