spoiler visualizarTrish Quinzel 26/01/2024
Princesas mortas não se apaixonam, mas princesas vivas sim
Não sei quais eram minhas expectativas antes de começar a ler Princesas Mortas Não Se Apaixonam. Sei que quando o livro entrou em pré-venda, eu tinha inúmeras expectativas. Porém todas foram destruídas depois de toda a polêmica envolvendo a autora ? a qual decidi não comentar aqui, pois essa é uma resenha unica e exclusivamente sobre o livro ? e assim que vi as críticas sobre o livro (muitas delas são negativas). Decidi ler por minha conta e risco, querendo ter o direito de falar com propriedade. E aqui está uma surpresa: o livro não é de todo ruim.
Eu não gostei muito da personalidade de Amélia como Holy, e isso ficou claro pelas minhas reações durante a leitura. Desde o começo, preferi a princesa como princesa. E gostei da Roma, principalmente pelo lance de ela ver e sentir fantasmas, apesar de não saber como lidar com eles. Fiz o meu possível para ignorar todo o drama do ?nossa, eu sou diferente de todas as garotas?.
O lance da Roma com a Holy foi muito rápido, e eu não gostei de nada que envolvesse ele. Holy e Amélia poderiam ser a mesma pessoa, mas eu estava torcendo mais pelo romance de Roma com a Amélia como princesa em si do que com ela como Holy. (E, cara, Roma beijou tanto Amélia quando Holy. Não sou uma especialista em beijos, mas acredito que ela deveria ser capaz de reconhecer o beijo da pessoa com quem ela está ficando/se apaixonando mesmo que ela tenha uma personalidade falsa, não é??? Holy e Amélia são a mesma pessoa, Roma se apaixonou pelas duas e beijou as duas, mas não foi capaz de reconhecê-las pelo beijo?)
Infelizmente, uma das coisas que muito falaram é um fato: o livro só engata de verdade a partir da metade.
Gostei de como a Roma descobriu que Amélia estava enganando-a o tempo todo com sua segunda identidade, mas não gostei de como foi abordado, porque achei que não teve a intensidade que merecia, não conseguiu me passar muitas emoções. Eu não fiquei triste por elas estarem brigadas; por outro lado, quis que Roma esculachasse a princesa e jogasse verdades na cara dela. Pensei que a reação dela ia ser mais forte, mas cara, ela só jogou a aliança na princesa e deixou ela sozinha na estrada, para um dia depois aparecer e beijar ela na sala do diretor. E como ela disse que não aceitava mentiras, além de dizer ser orgulhosa, pensei que ia demorar mais para ela perdoar a princesa. Adivinhem só? Roma a perdoou bem rápido.
O plot do assassino de Addie não me pegou, porque eu já estava imaginando que teria sido o Ben que matou ela. Só me surpreendeu que ele matou ela pra proteger a Amélia. Estava acreditando que ele ia ser realmente o vilão, não um dos personagens que foi vítima, só que até que gostei disso.
Já que estamos falando de coisas que gostei e não gostei, mais três coisas para a lista: eu ODIEI que a ligação da Roma com o mundo espiritual foi quebrada. Tinha tanto o que explorar isso... A autora tinha literalmente um mar de possibilidades na palma da mão, e não soube aproveitar. Mas, em contrapartida, gostei do fato de Amélia abdicar do trono pela Roma. E também gostei do lance da rainha Olivia ser ?meio gay?.
(Entre parênteses aqui para dizer que eu também esperava mais do hot entre Amélia e Roma. Tinham me falado dele como se fosse algo, tipo, avassalador, mas eu achei bem simples. Não se compara em nada com os hots Mevie que já li).
Cheguei a conclusão de que o livro não é ruim, mas ele também não é perfeito. Demorei um bom tempo para conseguir engatar mesmo na leitura e até a metade do livro estava lendo só para não ser um desperdício de dinheiro. Contudo, depois de um tempo, a história me prendeu um pouco mais. A autora poderia ter aproveitado muito mais todas as oportunidades que tinha? Sim. Poderia ter dado mais profundidade aos personagens ao invés de fazer suas histórias girarem em torno de um único eixo? Com toda certeza. Mas o universo também não foi totalmente desperdiçado. E já está de bom tamanho, arrisco dizer.