spoiler visualizargilmore girlie 07/01/2024
Ruthless Vows – Rebecca Ross [2,5]
Há uma semana venho tentando escrever uma resenha para esse livro, tentando descrever algo além da decepção que senti com a continuação da história dos personagens que conhecemos em DIVINE RIVALS e, infelizmente, não acho que seja possível.
RUTHLESS VOWS era minha leitura mais esperada, fosse para encerrar ou começar o ano com chave de ouro, porque o livro anterior foi tão bom assim. Cinco estrelas, favoritado. E ver uma continuação não chegar nem perto disso é extremamente frustrante. Talvez minhas expectativas estivessem muito altas ou talvez não escutar o audiobook tenha atrapalhado a experiência. Mas a verdade é: as expectativas deveriam sim estar altas e nenhum livro deveria precisar de seus narradores para se sustentar e conquistar o leitor.
Duas coisas faziam com que DIVINE RIVALS se destacasse: as cartas trocadas entre Roman e Iris, todo o amor contido naquelas palavras mesmo quando os personagens “não se conheciam”, e o fato de que essas mesmas palavras possuíam poder suficiente para levar a verdade e direcionar a opinião dos civis, mostrando a importância do jornalismo. Iris e Roman não eram heróis, eles estavam apenas fazendo seus trabalhos como correspondentes de guerra e tentando, no meio do caos, encontrar a beleza e viver um amor. Então por que raios nada disso acontece nesse livro?
As palavras dos protagonistas, tão importantes não apenas para eles, mas também para a população – e supostamente para os divinos –, praticamente não existem nesse livro. Ao invés disso Iris e Roman são transformados em heróis, que agora possuem tarefas e objetivos que vão determinar os rumos e desfecho da guerra. Mas eles nunca foram esses personagens. Eles são jornalistas, não deveriam ser eles a empunhar a espada ou acionar o detonador. É frustrante acompanhar a falta de desenvolvimento dos protagonistas para esse caminho heroico, além dos inúmeros acontecimentos apressados e o desaparecimento de todos os personagens que conhecemos no livro anterior, que apenas fazem participação especial em momentos chave.
É risível a falta de importância da guerra, do embate entre os divinos. E não é como se autora não falasse sobre isso, porque ela definitivamente fala bastante, mas não nos diz nada. Absolutamente nada. Acontecimentos passam sem peso algum, personagens morrem por nada (até mesmo aqueles que pareciam importantes), discursos são carregados pelo vento e decisões são tomadas sem coerência. Existe uma quantidade escassa da magia e do carisma presentes no primeiro livro, com pouquíssimas sequências realmente boas.
Não é um livro ruim, é um livro mediano. E sinceramente? Não deveria ser.