Manu 15/05/2024
Até a Ana Suy já teve dor de cotovelo
Um livro de poemas é sempre uma caixinha de surpresas; não foi diferente ler esses poemas de Ana Suy. O livro foi estruturado em três partes, que fazem sentido para a narrativa: Do que preenche, Do que esvazia, Do que preenche e esvazia ao mesmo tempo. O livro traz uma sutileza nas pancadas que ele vai te dar, eu mesmo grifei muitas passagens que me tocaram. Entretanto, majoritariamente, senti uma repetição com as palavras e na mesma posição de significado.
Demorei cinco meses para finalizar a leitura dele, tentando apreciar os poemas conforme eu senti que estava afim de ler um. Tive dois desafios nessas leituras: 1) não sei ler poemas; 2) eu idealizei a escrita de Ana Suy. Depois de um tempo, ao sentir que a leitura se arrastava, me questionei, em um lapso: "Como se lê poemas? Quantos poemas leio por dia? Um poema é para sentir ele, invés de apenas ler? Precisa fazer sentido? É necessário uma dose de conexão com a autora ou temáticas?"
Tendo esse lapso, segui lendo na esperança de finalizar o livro assim que desse. Considero um livro rico, em associações e crueza na poética de uma dor de cotovelo de uma mulher adulta. Acredito que muitas mulheres poderão se identificar e tirar maior prazer sobre este livro.
A nota que atribuí ao livro diz mais de como eu estava para a leitura do que de como a leitura estava para mim. Se estou irritado e leio o poema de um grande amor de uma mulher adulta e não gostei, isso diz de mim e não dá qualidade da escrita do poema. Com certeza há leitoras que precisam ler o que este livro diz e eu espero que a grandiosa escrita de
Ana Suy as alcance.