Descolonizando afetos

Descolonizando afetos Geni Núñez




Resenhas - Descolonizando afetos


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leleituras 06/04/2024

Descolonizado afetos: experim. sobre outras formas de amar
?Celebrar nossas paixões é tão legítimo quanto nadar no rio: a mesma natureza que nos deu a vida nos presenteou com a liberdade.
Por isso, o primeiro território que descolonizo é a minha pele.?

minha vontade de ler esse livro começou com um questionamento que eu tenho desde que escuto falar de não monogamia, que seria ?por que as pessoas desprezam tanto esse termo??
eu percebo isso constantemente, desde em formato de piada até discursos de ódio que abominam essa forma de expressão.

à princípio, eu pensava que era uma mera indignação com a ideia de ter múltiplos parceiros afetivos/sexuais. lendo esse livro, percebi que o buraco é beeeem mais embaixo.

também lendo esse livro, descobri que a minha concepção do que seria a não monogamia estava um tanto equivocada (spoiler: não é sobre quantidade de parceiros;?Mais do que uma questão de quantidade, a imposição da monogamia fazia parte de todo um projeto civilizatório que buscava incutir a moral cristã como a única possível.?)

eu aprendi muito com essa leitura. me encantei com a poeticidade do povo guarani, com a forma de enxergar os relacionamentos como não-posses. repensei ainda mais cada tipo de relação que eu tenho na minha vida, e as relações que observo entre as pessoas.
esse texto me ensinou a importância da luta anticolonial alinhada à tantas outras, como a antirracista e anticapitalista.

a geni trata desse tema e de tantos outros que se entrelaçam com tanta maestria que é impossível que uma resenha faça jus ao texto. por isso, não posso deixar de recomendar essa leitura, especialmente pra quem é cronicamente on-line que nem eu e possivelmente tem uma ideia distorcida do que se trata esse assunto de fato. mais que tudo, essa leitura é um convite a conhecer uma forma alternativa de enxergar o mundo, o amor e as relações interpessoais.

?Penso a não monogamia não como um modelo alternativo que se contrapõe à monogamia, mas sim como um não modelo. Não há receita pronta que funcione para todas as pessoas do mundo. Por isso utilizo a noção de artesania dos afetos para chamar a atenção para essa construção, que é sempre irrepetível em cada trajetória.?
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Carol 30/03/2024

A artesania dos afetos não tem outro lugar q não o dia a dia
Um livro divididos em três etapas, a primeira fala sobre uma parte teórica da monocultura, monogamia, patriarcado...; a segunda busca desmistificar algumas frases, pensamentos e estudos; e a terceira fala dos desafios da não monogamia que nos fazem questionar, somos pessoas e temos sentimentos, mas isso me dá o direito sobre o corpo e os desejos do outro? E também a refletir que o desejo do outro não é uma informação do que falta em mim, é muito mais sobre o outro do que sobre mim. Um livro que de fato nos leva a explorar outras formas de afetos e nos ajuda a entender sobre a impermanência dos sentimentos.
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le.soulluna 30/03/2024

Simples e intenso
Uma leitura com uma narrativa super acessível e bem elaborada, para debater idéias que provocam e desafiam o pensamento há muito construído e defendido pelos paradigmas dominantes(o cristianismo, o capitalismo, o patriarcado e as monoculturas em geral), no que tange aos aspectos que moldam e atingem em cheio a forma como nos organizamos em torno da nossa afetividade e das nossas relações. Uma leitura valiosa que não se fecha em si mesma,
mas nos lança a novos olhares e paradigmas de outras culturas, e que nos serve para repensar nossos lugares e escolhas nas relações, com vistas a mais liberdade, autenticidade e responsabilidade, onde o singular e o coletivo caminham lado a lado num equilíbrio dinâmico e de afirmação da vida.
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camilabonse 29/03/2024

"Viver bem é conviver sem posse."
Lendo este livro pensei muito a respeito da não monogamia como uma expansão do afeto que sentimos ? por outras pessoas, por outros seres, pela terra e, especialmente, pela vida: ao admitir a concomitância, multiplicamos nossos amores. Qual seria, então, a vantagem de acreditarmos que somente um amor é possível por vez? Quais os benefícios de podar o tempo todo nossa liberdade de amar? Restringir o amor parece deixá-lo mais fraco, mais vulnerável. Já quando somos livres para amar, amamos melhor.
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JAlia327 28/03/2024

Livro 03
Esse livro é uma abraço nas minhas inseguranças, me trouxe um conforto imenso no meu processo de entender meus próprios sentimentos e as minhas relações, foi uma honra poder ler esse livro ?
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Bernardi0 28/03/2024

Ancestralidade com política & afeto.
Esse livro escrito pela indígena, Geni Núñez, é didático sem ser simplista e cada trecho é um poço de sabedoria, reflexão e respeito.

Independente de como vc se lê dentro de modelos de relacionamento, recomendo a leitura ?

#genipapos #literaturaindigena #naomono #literaturanacional #descolonizacion
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Thiago Araujo 25/03/2024

Pela Artesania dos afetos e da Vida
Geni, neste livro incrivel, fala como a colonização não acabou, como está presente na nossa vida cotidiana, de como está em nossa forma de enxergar, sentir e constuir nossos afetos. Com uma escrita fluida e poética Geni vai nos mostrando as raízes coloniais que origina a Monogamia em nossa vida e como ela não é somente um modelo relacional mas que envolve toda nossa forma de viver e estar no mundo, e de maneira linda nos conta sobre a descolonização dos afetos através da Não-monogamia de forma ética, artesanal e com amor é um caminho e uma forma de viver que vai contra todas as formas de opressão, um caminho para a coletividade com afeto e multiplo.
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Michele.Dias 25/03/2024

Um novo horizonte
Essa leitura me trouxe muitos questionamentos enriquecedores sobre sentimentos de insegurança que são totalmente criados pela cultura da monogamia. Além da necessidade do cuidado com a nossa própria liberdade que muitas vezes é entregue na mão de outra pessoa.

Uma leitura extremamente necessária e não somente para não-monogâmicos.
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Di Morais 24/03/2024

Descolonizando Afetos
Muito bom. Provoca reflexões sobre os modos de vida impostos pela sociedade e igreja desde sempre.
A partir de uma perspectiva original e com uma linguagem única, a autora desconstrói alguns dos equívocos mais comuns a respeito da não monogamia e desenvolve reflexões que podem servir de acolhimento a pessoas que desejam vivenciar outras formas de amar.
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Beatriz.Nunes 22/03/2024

Leitura incrível
Como foi importante e enriquecedor ler o olhar da Geni em relação à colonização e à não monogamia. É incrível como algo que aceitamos como normal e a norma a ser seguida na verdade foi algo que foi imposto a força e que, até hoje, há muitas lutas contra (ainda bem). Também foi muito importante a discussão sobre decepções e sobre como relacionamentos são finitos e tá tudo bem!
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Amanda2086 21/03/2024

Sobre estranhar o familiar
Inquietante e necessário. Para além de se posicionar como monogâmico ou não monogâmico, a leitura serve para quem gosta de entender a história e o contexto das coisas. A maior lição que eu tiro desse livro é que o familiar também pode ser ruim e opressivo, não precisamos apenas naturalizar porque convém.
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Isabella2101 20/03/2024

Um prazer imenso te conhecer, Geni! Adorei a leitura e todos os pontos que a escritora traz, confesso que essa será uma resenha muito pessoal, pois acredito que atualmente pra nos relacionarmos precisamos de muito mais que "saúde mental", é necessário conhecimento para entender porque nossa sociedade é como é e se comporta de tais maneiras. Se ouve (como mencionado no livro) muito sobre machismo mas muito pouco sobre colonialismo e catolicismo, e principalmente como eles influenciam na forma como nos relacionamos. Terminei o livro com várias outras obras que quero conhecer, inclusive aceito recomendações de leituras complementares que tragam e falem mais sobre.
Ah, pontos que gostei muito: a sensibilidade de nos vermos como seres singulares e ao mesmo tempo parte de um todo - a natureza, nossa completude e o alívio em entender que amar é além do imposto.
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souza309 18/03/2024

20/2024
Esse livro já se tornou parte de quem eu sou e quero me tornar. Não tem uma página não grifada, literalmente. Ele provoca e convida ? e por isso, incomoda e encanta.

Mais do que aprender sobre relações, a escrita da Geni me lembrou algo que gosto muito de afirmar: minha coisa preferida ainda são pessoas. Eu amo gente.

Todas as pessoas com quem eu tenho uma troca afetiva genuína são minha sorte. Eu tenho vários amores verdadeiros nessa vida e amo muito, muito isso.
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Alinels 17/03/2024

Incrível como a escrita de Geni consegue ser tão leve, propondo novos modos de ver os afetos (românticos, familiares, amigáveis). lapada literária que me fez repensar muita coisa enrijecida por aqui
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Bruna 13/03/2024

Reconstruindo o amor
O livro me pegou em vários sentidos. A começar que já frequentei muito a igreja católica (e já fui catequista!), então, os primeiros capítulos, em que a Geni traz sobre a relação da monogamia com a colonização do Brasil e a catequização dos indígenas foi muuuuito interessante pra mim. Me fez repensar sobre como a religião, junto a mídia, claro, moldou a minha visão sobre o amor (hoje em dia, não tenho mais religião).

Mesmo sendo uma pessoa monogâmica, me identifiquei com muitos pensamentos sobre o amor pontuados pela Geni, como a questão do ciúmes, posse, traição e o tão exaltado ?felizes para sempre?/?até que a morte nos separe?. São assuntos que venho entendendo e desconstruindo nos últimos anos, quando eu ainda vivia o meu antigo relacionamento.

É um livro que não impõe nem dita regras, por isso, achei leve. Mas é um livro firme em suas críticas, por isso, achei cirúrgico. Geni nos apresenta outras formas de olhar para o amor, outros significados para relacionamentos afetivos.

É incrível, sério.
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