Descolonizando afetos

Descolonizando afetos Geni Núñez




Resenhas - Descolonizando afetos


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Onibaba0 11/03/2024

"É mais sobre a tristeza e nostalgia de perceber que aquela casa que somos talvez já não seja o melhor lugar para nós, e a lembrança de quando ela foi confortável talvez já não seja mais suficiente para a permanência nela. (...) ter saúde também é poder variar até os problemas"
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Serpris 09/03/2024

Amei a escrita e linguagem da autora. Li mais pelo quesito histórico da catequização e imposição das monoculturas do que por, de fato, querer mudar minha visão sobre relacionamentos, mas ainda assim saí pensativa desse livro. Achei muito interessante perceber o impacto desses ditos eventos na nossa vida moderna, inclusive fora do âmbito religioso.
Muito bom!!
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Bruna Tiene 29/02/2024

Que leitura importante essa!

Quantas falas reproduzimos sem ao menos saber o que realmente acontece???
Reproduzimos frases, atitudes...

Geni nos faz pensar o quanto essa sobrecarga feminina tem sim muito a ver com o colonialismo!

Quantas novas visões e perspectivas eu tive com esse livro!

Adorei!!
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Amabille.Peruch 29/02/2024

Sim, sim e sim!
Chegou no momento certo da minha vida. Geni apresenta ao leitor noções introdutórias de história do brasil, catequização e perspectivas originarias das relações. É encorajante poder encontrar suas mesmas dúvidas e reflexões na fala da autora, que além de tudo trás uma pitada brasileira para o assunto, as vezes difícil de encontrar.
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Rosa54 25/02/2024

Confuso
"Confuso" foi a palavra mais usada pelo clube do livro para definir todas as teorias que a autora lançou no livro. A linguagem deixa claro que ela é uma ativista. Identifiquei muitos rótulos preconceituosos e contradições.
Não gostei da abordagem aos temas, diversos outros autores tratam os temas de forma mais ética.
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Maxmilliano.Reis 25/02/2024

Resgate da diversidade do imaginário
Logo no início da leitura, você sente que o livro vai mexer com sua imaginação sobre a vida. É de uma riqueza perceber que a vida é tão mais ampla do que aquela posta pela colonização, capitalismo e a religião.

Me senti religado a valores primordiais que tinham sido esquecidos. Foi um bálsamo para minhas inquietações quanto a liberdade do sentimento.

A Geni traz uma abordagem séria, sensível e linda quando discorre sobre as vidas LGBTQIA+. Me senti conectado com as diversas narrativas e conceitos.
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bevivendo 21/02/2024

Escrita potente e maravilhosa
Acompanho a Geni há alguns anos pelas redes sociais e já amava seus textos. Porém, o livro, minha gente!

Sobre descolonização, não monogamia, amor, concomitância, interdependência, e muitos outros temas que são muito bem interligados.

Os capítulos são curtos e muito bem costurados um no outro, a autora intercala escrita mais teórica com poesia, é um livro muito gostoso de ler.

Recomendo a todas as pessoas, seja alguém que já está familiarizado com os temas propostos ou não. Sacode e aquece o coração/corpo e nos impulsiona às mudanças e a continuar caminhando.
Maxmilliano.Reis 25/02/2024minha estante
Muito boa sua resenha ??




whatsmaryreading 21/02/2024

Único livro que me fez chorar
Uma das leituras mais difíceis até agora. Não por sua escrita, e sim pela sua potência. Até então, o único livro que me fez chorar por, tristemente, me identificar com tantas falas impositivas, restritivas e por tentar exercer a posse sobre o que não detém de um dono.

Mergulhei em perspectivas antes jamais sequer cogitadas e ainda é difícil falar sobre a revolução que esse livro causa em quem lê.

Recomendo a leitura para todos que querem "descolonizar" os seus afetos e expandir suas perspectivas sobre amar.
Maxmilliano.Reis 25/02/2024minha estante
Que forte seu depoimento. E que bom, que ele te ajudou a ultrapassar velhas amarras ??




Ana Júlia CZ 19/02/2024

Um novo ponto de visa
Fui apresentada a um novo mundo, e nem estou falando só da não monogamia, mas às outras formas de se ver as relações, o amor, o afeto, e tudo de uma maneira muito acolhedora, sem imposição ou confronto, só um novo olhar para tudo o que já estava posto como verdadeiro. Recomendo demais a leitura!
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Gabriela Viana 18/02/2024

Uma leitura imprescindível
Em sua obra poética, Geni Nunez mergulha na sabedoria ancestral do povo Guarani, tecendo uma narrativa sensível e profunda que resgata os laços perdidos entre os povos originários e suas formas de relacionamento. Com maestria, ela nos conduz por uma jornada histórica que revela os impactos devastadores da colonização e da imposição de novos padrões de interação social. Sua abordagem delicada e respeitosa nos convida a refletir sobre as consequências desse processo, desafiando-nos a repensar nossas próprias concepções de relacionamento e a reconhecer a riqueza das tradições que foram marginalizadas e suprimidas. "Descolonizando afetos: experimentações sobre outras formas de amar? é uma leitura imprescindível, que nos instiga a abandonar o julgamento precipitado e a buscar uma compreensão mais profunda e empática das realidades que nos cercam.
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NAvea.Silveira 15/02/2024

Livro necessário para repensarmos nossa cultura, nosso entendimento dos diversos relacionamentos afetivos que temos na vida e possibilitar uma desconstrução própria.
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Rafael Ramos da Rocha 15/02/2024

Brilhante
Quando Geni Nunez diz que vai discorrer sobre descolonizar afetos, que saibam que o descolonizar tem muito peso e isso é brilhante, é um convite. Quando diz que não se trata de poder se relacionar com a maior quantidade pessoas afetivamente, ela fala sério. O livro tem uma profundidade poética, assim como termo Artesania dos Afetos, é um convite a uma construção que não é nova, mas que o comum nos foi imposto, mas é um convite para uma construção inclusive pessoal sem imposições de formas e normas. Resumindo é maravilhoso.
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Jennifer.Ernesto 14/02/2024

Lido em 10/11/2023
Disclaimer: esse livro rendeu mais de 1 hora de conversas em áudios com uma das minhas pessoas preferidas pelo whatsapp. (1) todo mundo sabe que odeio áudios; e (2) sou acadêmica, então óbvio que foi profundo.

Esse texto-resenha é só uma pincelada de 3 páginas sobre a primeira leitura do livro da geni. Ele é um livro espinhoso, é incômodo e é um monte de adjetivos bons e ruins ao mesmo tempo. Isto porque ele coloca o dedo nas diversas feridas, sendo elas: a colonial, do capitalismo, violência, machismo, os racismos, xenofobia, violência religiosa e assim por diante.

Eu estou fazendo outras leituras concomitantes a essa para trabalhar cientificamente com o conceito de interseccionalidade e afetividade. Dessa forma, os comentários que compartilhei no âmbito científico, serão feitos em textos científicos. Aqui, eu pretendo me demorar na proposta e na provocação corajosa de Geni Nuñez.

O livro é dividido em 3 partes: (1) Descolonização e relacionamentos; (2) Desmistificando a não monogamia; e (3) Os desafios da desconstrução, acolhendo inseguranças e angústias.

Na primeira parte, a autora começa o texto apresentando que ?a colonização pode ser sentida como uma desordem, um caos, porque a ordem e a normalidade são as características da colonização, de modo que a descolonização, quando se efetiva, produz justamente a desordem absoluta (sendo este um pensamento que aprendeu com Frantz Fanon). É por isso que minha aspiração neste livro é poder contribuir, um pouco que seja, para que essa desordem, esse chacoalhar aconteça.?

Geni pertence ao povo indígena guarani e ela avisa que ?a nossa diversidade como povos indígenas é imensa: somos centenas de etnias, cada povo com sua língua, seus costumes e modos de vida, que não devem ser generalizados.? E, por isso, ?vou compartilhar minha perspectiva reforçando sempre que ela não busca falar em nome de todos os parentes, muito menos generalizar nossas percepções.
E, nesse contexto, a autora diz que não há significado da palavra “posse” para o seu povo. Os guarani não pensam em “ter”, mas em “estar com”, não como exprimir esse conceito e traduzi-lo, ou seja, é essencialmente cultura.
A afetividade que a autora traz não é algo similar a carinho ou a um sinônimo para se referir a alguém com quem se tem vínculo afetivo-sexual, mas a um processo mais amplo, no qual afeto é compreendido no sentido de afetação.
Há uma breve demonstração da influência da colonização cristã e catequização, a cultura da moralidade, a oposição bem e mau, selvagem e civilizado, até os tempos atuais, em que o divórcio é permitido legalmente há pouco mais de 30 anos no ordenamento jurídico brasileiro.
A não monogamia não é algo novo e descolado, esse pensamento acaba por invisibilizar “as resistências indígenas que há alguns séculos lutam para manter seus modos de vida para além da monocultura. Eu chamo de ‘caravela epistêmica’, que é o costume dos não indígenas de descobrir o que já existia e assinar, ainda, sua autoria em conhecimentos que já vínhamos tecendo havia tanto tempo.”
Em paralelo, há como fazer uma associação ao conceito de epistemicídio, muito debatido na população negra, mas esse é um outro texto.
A defesa da monogamia e da heterossexualidade se alia e “sustenta o ponto de vista econômico, uma vez que a instituição familiar é uma das únicas nas quais o trabalho de limpeza, de cuidado das crianças, de feitura de alimentos não é remunerado às mulheres, que devem fazê-lo ‘por amor’. A sobrecarga e a exploração do trabalho das mulheres, especialmente das não brancas, são o que sustenta toda a vida capitalista.”
Na segunda parte, a autora cuida de desmistificar os termos relacionados a não monogamia, como poligamia, amor livre, relacionamento aberto, monogamia consensual. Mono = um; Gamia = casamento. Importante deixar claro.

Conceitos como responsabilidade afetiva e não ter tempo para se relacionar também são trabalhados. Responsabilidade afetiva não deveria ser sinônimo de monogamia. E, o conceito de tempo impõe que todas as diversas relações deveriam ter patamares de monogamia ao mesmo tempo, ou seja a espera de que haja uma entrega mútua, recíproca e exclusiva de todas as relações afetivo-sexuais que se sustentam.

“A não monogamia precisa se aliar à luta anticapitalista, à antimisoginia, à anti-heterocisnorma, entre tantas outras, sobretudo à anticolonial.” Isto porque a monogamia é muito mais que fidelidade a uma só pessoa. E um sistema jurídico e moral, repletos de direitos e deveres, inclusive punição - casar-se com mais de uma pessoa é crime de bigamia, punível com prisão.

Ainda, a autora traz um debate sobre infecções sexualmente transmissíveis - ISTs, e reforça que confiança não é método contraceptivo.

Um ponto que eu acredito que deveria ter sido mais explorado está expresso no seguinte excerto: “um homem não é machista porque se relacionou consensualmente com outras pessoas; é machista porque homens cis são acostumados a abandonar suas companheiras quando elas adoecem, por exemplo”. E, um pouco mais a frente, a autora faz um paralelo com o feminicídio e o quanto esse crime está atrelado aos homens cis. “Tanto é assim que no senso comum, ser mulher e ser esposa são frequentemente usados como sinônimos, “o marido e sua mulher”, enquanto para o homem cis ser homem e ser esposo são posições mais independentes.”

Na terceira parte, Geni nos convida a pensar os afetos de forma artesanal, nomeando-os como uma “artesania dos afetos”. Traz o sofrimento, o acolhimento durante esse processo, bem como argumenta pelo fim da hierarquia relacional, de modo a construir outras formas de se relacionar, que não tenha como fator intrínseco o “para sempre”, a indissolubilidade, bem como a retirada da autonomia das escolhas de cada um. Por fim, Geni cita Ailton Krenak para sustentar que “monocultura é a imposição monolítica de um mundo só”, enquanto o contrário disso é a expansão de muitos mundos.

Em alguns momentos, eu senti falta de alguns conceitos referentes ao capitalismo, a própria construção de família e um pouco mais das perspectivas culturais de outros povos em cima do que vem a ser ou não família e monogamia. Mas, compreendo que pode ter sido a opção da autora a omissão de algumas discussões e a concentração na sua perspectiva, como ela mesma disseno início do livro. Ela afirma no final, que esse é um convite a construção de outras formas de amar. Que podemos gostar do que ela propõe em sua totalidade ou parcialmente, e ela é bastante humilde e deixa claro que não tem intenção alguma de fazer de seu pensamento, uma monocultura.

Enquanto acadêmica e mulher negra, eu acredito que o livro traz boas provocações, mas ele não pode ser lido de forma isolada, então, deixo aqui algumas leituras que já fiz ou estou fazendo, que podem ser benéficas na construção de uma melhor afetividade, comunicação e saúde, inclusive:

A gente mira no amor e acerta na solidão (Ana Suy)
O livro do amor, vol 1 (Regina Navarro Lins)
O livro do amor, vol 2 (Regina Navarro Lins)
Novas formas de amar (Regina Navarro Lins)
Talvez você deva conversar com alguém (Lori Gotlieb)
Amor Líquido (Zygmunt Bauman)
Tudo sobre o amor (bell hooks)
O desafio poliamoroso (Brigitte Vasallo)
Entre o encardido, o branco e o branquíssimo: Branquitude, hierarquia e poder na cidade de São Paulo (Lia Vainer Schucman)
(Jennifer Ernesto, 09/11/2023)
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luarapadilha 06/02/2024

A escrita de Geni é muito singular, escreve ensinando, não como quem pretende impor algo, mas sim como quem repassa seus conhecimentos a um povo. Tem amor pela experiência da vida e pelo que acredita. É uma leitura aconchegante, embora não deixe de ser crítica e essencial para criarmos tensionamentos.
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Quincamp0ix 23/01/2024

"A não monogamia não torna ninguém eticamente melhor, ela não é uma salvação, é uma possibilidade de construção para além da monocultura dos afetos".
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