O Jovem

O Jovem Annie Ernaux




Resenhas - O jovem


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Amanda3913 17/02/2024

Primeiro livro que leio da Anne Ernaux, por quem tenho muita curiosidade. A maturidade e a lucidez da escrita me encantaram. Você não se sente nem um pouco constrangido com a forma crua e terrivelmente honesta que ela trata deste romance, afinal não se havia qualquer dúvida de que seria algo intenso e passageiro. Uma pena que seja tão curto.
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S.Paz 14/02/2024

Paraíso Freudiano
Ao narrar o encontro de sua vida com a de um estudante 30 anos mais novo que ela, Annie Ernaux deita o leitor sobre o imenso impacto que o tempo, o simples tempo, tem sobre as relações.

A prova clara de que a idade e a maturidade, o número de vezes que você foi submetido e se submeteu a situações sobre as quais não há controle, são decisivos na vida.

Nas palavras da própria autora, o tempo que passou junta ao jovem a transportou para um momento de sua vida que, por um motivo permeado por alguma espécie de mistério, precisava ser revivido como um DéjàVu. Ele era a juventude de um tempo há muito perdido para ela; e ela, para ele, era um paraíso inconsciente. Ele, que expressava o desejo de "ter sido parido por ela, para que fossem parecidos", e os outros, que analisavam o casal com tamanha estranheza, viam, na união, o incesto.

É um livro que se relaciona de forma extremamente desconfortável com um outro dela (O Acontecimento). A figura evocada do aborto clandestino se mescla com o caráter inadequado do relacionamento desproporcional entre professora e estudante e, pelo fim da história, o término entre os dois soa como um aborto espontâneo.
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Nayane46 14/02/2024

A autora fala sobre o seu envolvimento com um jovem quase trinta anos mais novo.

Ela cita o que ela queria obter nessa relação e o q dava em troca, a nostalgia da própria juventude ao conviver com este jovem e as inseguranças geradas por questões estéticas que se dava pelo seu envelhecer ao andar feito casal com alguém bem mais novo.

Um livro curtíssimo, que li em um dia nos intervalos do serviço.

Pretendo ler mais livros da autora


Tenho um Instagram literário, vai lá me acompanhar ^^: @lar.da.leitura
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Saturnotemanéis 13/02/2024

A lucidez com que ela encara tudo, sempre ciente do fim e ainda assim plena e feliz enquanto durou é de uma sabedoria inatingível.
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Aline164 10/02/2024

Um amor atemporal (?)
"Muitas vezes fiz amor para me obrigar a escrever.
Queria encontrar, na sensação de cansaço e desamparo
de depois, motivos para não esperar mais nada da vida.
Nutria a esperança de que, ao fim da espera mais
violenta de todas, a de um orgasmo, eu pudesse ter
certeza de que não havia orgasmo mais intenso que a
escrita de um livro. Talvez tenha sido o desejo de
desencadear o processo de escrita de um livro — o que
eu hesitava em fazer por conta de sua dimensão — que
me levou a convidar A. para tomar uma taça de vinho na
minha casa, depois de termos jantado num restaurante
onde ele permanecera, por timidez, praticamente o
tempo todo mudo. Ele tinha quase trinta anos a menos
que eu."

Eis que mais de vinte anos depois li esse outro livro da Annie Erneaux (o primeiro foi "Les amoires vides", leitura obrigatória - e enfadonha, na época - para uma disciplina de francês da faculdade). Leitura rápida, despretensiosa (ou eu é que esperava mais "profundidade") e bela, contando sobre impressões & sensações de seu relacionamento com um jovem com "quase trinta anos a menos que ela". O fim, pelo que entendi, não foi melodramático, cada um seguiu o fluxo de vida que tinha para seguir, embora o que foi vivenciado e sentido provavelmente jamais será esquecido por eles.
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Bia 08/02/2024

Curto porém tão potente
Primeiro livro que leio da autora depois de só ouvir elogios e recomendações.
Livro curtíssimo (li em uma sentada) porém tão tão potente.
Tão diferente do último livro que li (Veado Assassino) - não que possam ser comparados - mas Anne Ernaux está aí pra provar que, mesmo em poucas páginas, é possível se aprofundar numa personagem (no caso a personagem é a própria autora) de forma tão sensível e complexa.
Já não vejo a hora de ler as demais obras dela para mergulhar ainda mais nesta personalidade tão fascinante!
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Lana 05/02/2024

Um capítulo
Um texto breve em que Annie reflete sobre seu relacionamento com um homem quase 30 anos mais novo. Deixou vontade de conhecer mais sobre suas impressões e memórias.
Um capítulo inacabado de sua história.
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mari | @marisbookshelf 05/02/2024

?O que eu sentia nessa relação tinha uma natureza indizível, na qual se misturavam o sexo, o tempo e a memória.?

Acho que esse trecho resume bem o que é abordado em O Jovem, relato sobre o relacionamento da autora, na época com 54 anos, com um homem 30 anos mais novo.

Achei que seria na mesma pegada de Paixão Simples, algo falando sobre a intensidade dos sentimentos dela por ele, mas foi muito além. Aqui a autora faz também uma volta à sua época de estudante universitária, quando vivia em uma situação econômica parecida com a do homem, e sobre como esse relacionamento era visto com maus olhos pela sociedade, coisa que não acontecia quando se tratava de homens mais velhos em relacionamentos com mulheres bem mais novas.

Esse livro está muito ligado com seu outro livro ?O Acontecimento?, que já li, então foi interessante poder adicionar mais uma peça na linha do tempo que vamos formando conforme lemos os relatos da autora. Recomendo ler O Acontecimento primeiro, especialmente por causa do que ela fala no final de O Jovem.
mari | @marisbookshelf 05/02/2024minha estante
Onde aparecem ? são aspas, que o Skoob não consegue reconhecer.




Jeyza 04/02/2024

" Parecia-me, cada vez mais, que eu poderia acumular imagens, experiências, anos, sem nenhum outro sentimento além da própria repetição. Tinha a impressão, ao mesmo tempo, de ser eterna e estar morta, como vejo minha mãe num sonho que tenho com frequência. Ao acordar, durante alguns instantes, tenho certeza de que ela realmente vive sob essa dupla forma." (p. 36)
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larissa855 04/02/2024

Uma breve reflexão sobre o relacionamento da autora com um jovem 30 anos mais novo. interessante como ela debate as relações de poder entre eles (foi o que mais me chamou atenção), e como ela reflete sobre o tempo e suas memórias. foi muito bom ter lido ?o acontecimento? antes, já que ela retoma os fatos retratados na obra.

em resumo: loba.
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flor de lotus 04/02/2024

O presente era para mim um passado duplicado
Esse livro era uma experiência que só precisava ser contada. acho que a profundidade tá na vivência dela, o eco disso é só uma história qualquer, bem específica na verdade. talvez cada leitor leve uma profundidade diferente nisso. eu gostei da escrita da autora, foi meu primeiro contato, e ela narra tudo de uma forma bem íntima, talvez como em um diário ou uma conversa. ela disseca muito bem todos os sentimentos que perpassam as situações vivenciadas nesse período de tempo

o que me pegou um pouco foi trazer um medo de envelhecer ou mais: o medo das mulheres de envelhecer. como estar com um jovem era não enxergar em seu próprio parceiro a si mesma, a sua idade estampada na cara de outra pessoa insistentemente
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Carol1349 03/02/2024

Um romance beeeem curtinho. A autora traz considerações muito bem observadas sobre o ser mulher. No mais, é uma leitura que fixa nossa atenção. Eu esperava um pouco mais, preferia que o livro fosse maior e mais desenvolvido ?
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Bianca Martins 31/01/2024

Envolvente
A Anne escreve de uma forma envolvente, vc se sente próximo aos personagens e acontecimentos, como se estivéssemos ouvindo a história de uma boa amiga sentadas no sofá e falando sobre a vida.

É um livro curto, mas muito profundo e acredito que mulheres possuem uma maior chance de conexão com os dizeres e reflexões levantadas.

Vale demais a leitura, de uma maneira mais lenta, como uma conversa e desabafo.
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leilakelly 27/01/2024

Livro-capítulo
Um livro-capítulo. curto, mas nem por isso menos profundo, bonito e prazeroso.

excelente pra ler durante um café.
enquanto você toma sua xícara, você se delicia com essa história que mais parece uma conversa entre amigas.

adorei
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Day 26/01/2024

A imagem inversa da memória
Livro bem curto, sem uma profundidade absurda. Gostei das parte em que ela fala que se sente eterna e morta como a mãe, por enfim sentir a diferença de idade entre ela e A, e quando ela percebe sua vida dali em diante seria um acúmulo de repetições, repetindo com A o que fez com amantes antigos, filhos, e revivendo a canção que ouvia com seu antigo amante, o qual a engravidou. Reviver o período em que procurava um médico que fizesse nela um aborto a fez perceber que aquela era a memória central, as outras seriam apenas momentos que desencadeariam à essa primeira.

obs: acho que esses livros curtos deveriam ser um compilado de crônicas em um livro maior, porque sinceramente é meio surreal pagar 60 reais em 50 páginas. Ouvi esse em audiobook.
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