Resenhas - O Tempo e o Vento: O Continente - Vol. 1

Choquei.amo-te 24/01/2024

Obra simplesmento perfeita em tudo, personagens complexos em relações complexos, a ambientação e descrição do cenário gaucho, a apresentação das figuras históricas que contextualizam a obra, tudo isso com linguagem simples de fácil assimilação

Larissa1218 23/01/2024

Para os amantes de Cem anos de solidão
Uma história geracional daquelas de fazer você sentir falta dos personagens e se perguntar como eles estão quando fecha o livro. A narrativa é linda e dolorosamente real, com a escrita espetacular de Érico Veríssimo carregada de um panorama histórico muito rico. Me lembrou muito o sentimento que tive ao ler Cem Anos de Solidão. Amei, mal vejo a hora de continuar na jornada dos Cambará e dos Terra.

Marquinhos28 21/01/2024

Parte 1
Difícil comentar sobre o primeiro volume de uma obra composta por 7 volumes, pois o melhor seria falar da obra como um todo.

Posso dizer que foi uma leitura surpreendente, e que não fã nenhum sentido essa obra não ser uma leitura obrigatória nas nossas escolas. Não sei se no Rio Grande do Sul ela é, mas tenho certeza que deveria ser em todo o país.

Não encontro palavras pra descrever esse primeiro volume.

Todas as histórias contadas em diferentes épocas, abordando diferentes personagens, são todas muito cativantes e todas muito amarradas.

Sensacional!

Ranielle Cristina 17/01/2024

O Continente é o primeiro livro da trilogia O Tempo e o Vento, história narrada em estilo flash-back, que conta a história do Rio Grande do Sul e sobre as famílias: Terra, Cambará e Amaral. A história gira em torno da rivalidade dos Terras Cambará e Amaral, focalizando as disputas de terra e poder.
Fala sobre as guerras, entre elas, a guerra dos farrapos.
É um livro bem escrito, desenvolvido. Érico Veríssimo retrata a história do Rio Grande do Sul de uma maneira fácil de entender e as questões políticas da época.

Camila Felicio 16/01/2024

Livraço
Meu clássico brasileiro favorito! Já estou louca para seguir a saga!
Amei todo o livro! Mas confesso que a parte da Ana Terra teve meu coração ??

gabriela 14/01/2024

MARAVILHOSO !!!
Uma viajem ao passado Rio-Grandense, personagens muito interessantes!!! Amei e odiei o capitão Rodrigo, chorei muito por causa do Pedro Missioneiro e desenvolvi uma curiosidade enorme sobre Luzia.

Esse livro é perfeito!!

Gab 07/01/2024

?Guerra também é coisa de mulher?
Considero difícil resenhar as obras de Érico Veríssimo, então me limito apenas a agradecê-lo por tanto conhecimento recebido e pelas emoções despertas em mim nos muitos parágrafos, reflexões e personagens.

Eu só comecei a ler O Continente porque confio nesse autor, quando li a sinopse achei que não me interessaria pela história do Rio Grande do Sul, quão atraente seria o livro pra mim? Mas foi só ler as primeiras páginas que eu me alegrei pela decisão de embarcar nessa jornada tão importante pra literatura brasileira ao mesmo tempo que aprendo mais da história do meu país.

Nesse primeiro livro quero comentar quão apegada fiquei à Ana Terra, que me arrancou muitas lágrimas com sua história, sofrimento e esperança. Eu chorei junto com a Ana quando ela descia a serra pra lavar roupas com seu filho ainda pequeno, totalmente rejeitada pelos irmãos e pelo pai.

Quão devastada fiquei com a sorte de Bibiana, que por teimosia (jamais inocência) se colocou num casamento falido e que desde o início sabia que não daria certo. Como me apaixonei pela paternidade e vulnerabilidade do Pedro Terra (que lembra muito o avô, Maneco Terra, em sua timidez e amor pelo trigo) e pelo jeito amável em que alertou a filha e que com um amor forte superou o próprio orgulho e esteve com ela até o fim.

Gostaria de dizer que o Cap. Rodrigo Cambará é dispensável pra história, mas reconheço que seria uma afirmação burra e sem sentido. De qualquer forma, me decepcionei com o personagem e em saber quantas leitoras amam a figura ?aventureira e apaixonante? do Rodrigo, eu sinceramente não tenho nada a falar de bom dele.

Todo mérito e elogio sobre o Rodrigo devem ser dados ao Érico, que criou um personagem tão completo e real. Mas pra mim, foi difícil demais acompanhar a trajetória mau-caráter e egoísta dele, e ainda mais sabendo como ele não demonstra arrependimentos em nada, por nenhuma situação. Tudo é divertimento, tudo ?a guerra e o tempo curam?, tudo se resume a prazer.

Foi triste demais ver a Bibiana cumprir a palavra dela ficando ao lado dele até o fim, se recusando a voltar pra casa dos pais e aguentando as notícias que chegavam do próprio povoado sobre as traições dele. Mas, o Pedro Terra avisou, né? Coube a todos nós, personagens e leitores, sofrermos juntos enquanto assistíamos tudo em silêncio. Continua a me incomodar a saudade que ela mantém dele, a memória boa que ela procura construir, mesmo que eu admire a sua força, lealdade e firmeza de espírito.

Fora os personagens, são muitas referências históricas misturadas a uma genialidade ímpar do autor em unir verdade e ficção enquanto nos prende às páginas, ávidos para saber mais sobre nosso país e torcendo pra que os Terra Cambará sejam felizes e encontrem paz.

Eu que achava que seria um livro massante sobre impasses e guerrilhas, me encantei vendo o quanto a história do Brasil é feita também da garra feminina, em toda a sua ação, perseverança e espera.


Obrigada por tanto, Érico ??

Gigi 25/12/2023

Perfeito!
Visão geral do livro

O Continente abre a mais famosa saga da literatura brasileira, O tempo e o vento. A trilogia ? formada por O Continente, O retrato e O arquipélago ? percorre um século e meio da história do Rio Grande do Sul e do Brasil, acompanhando a formação da família Terra Cambará. Num constante ir e vir entre o passado ? as Missões, a fundação do povoado de Santa Fé ? e o tempo do Sobrado sitiado pelas forças federalistas, em 1895, desfilam personagens fascinantes, eternamente vivos na imaginação dos leitores de Erico Verissimo.

AsereT 07/12/2023

Na guerra o tempo passa devagar porque tropeça nos mortos
A escrita de Érico Veríssimo não tropeça, conduz de maneira exemplar por esse romance histórico. A história contada por personagens que a fazem e são esquecidos na memória: os indígenas perseguidos em suas próprias terras, as mulheres que esperam, os soldados que com ou sem honraria terminam mortos, as pessoas escravizadas, os imigrantes fugindo de sua terra natal, enfim, a gente que fez e faz o Brasil contando a história do Rio Grande do Sul.

Camilla.Steban 07/12/2023

A obra que conseguiu um espaço naquela categoria pequena de inesquecível.
"Escuta o que vou le dizer, meu amigo. Nesta província a gente só pode ter como certo uma coisa: mais cedo ou mais tarde rebenta uma revolução."
O Continente (vol. 1) é, sem nenhum exagero, uma obra-prima. Um daqueles livros essenciais para todo rio-grandense e ser humano, que mexe de uma forma tão profunda conosco que nos sentimos uma outra pessoa ao terminar. Com a história gaúcha como plano de fundo, Érico Veríssimo nos guia numa jornada de descobertas, felicidades e decepções da família Terra Cambará que nos faz rir, chorar e guardar para sempre na memória.
"Nada. Ninguém. Só o silêncio no casarão, o vento nas vidraças e o tempo passando... Bem dizia minha vó resmunga d. Bibiana, cerrando os olhos. Noite de vento, noite dos mortos."
O Continente (vol 1) é narrado de forma não cronológica com os acontecimentos da Revolução Federalista se intercalando com eventos ocorridos nas Guerras Guaraníticas, nas Guerras contra os Castelhanos e na Revolução Farroupilha. Porém, muito se engana quem acha que a trilogia O Tempo e O Vento é meramente uma ficção histórica, uma narrativa sem fim de guerras. Usando a história do Rio Grande do Sul e suas guerras como plano de fundo, Veríssimo explora a própria condição humana, com seus medos e anseios. Enquanto o tempo, como a guerra e o homem, é endurecido e metrificado, sem volta, o vento, como a vida e a mulher, vai e volta, às vezes se arrastando, às vezes correndo e o autor, como o tempo e o vento, nos dá a narrativa completa do que é o Rio Grande do Sul e o que é ser gaúcho.
"Viu guerras e revoluções sem conta, e sempre ficou esperando. [...] Como o tempo custa a passar quando a gente espera! Principalmente quando venta. Parece que o vento maneia o tempo."
Uma verdadeira obra épica O Continente narra a história da família Terra Cambará que, centrada em Santa Fé, serve como um micro para o macro do Rio Grande do Sul e do mundo. Misturando o mágico com o real, Veríssimo nos traz personagens inesquecíveis como Pedro Missioneiro, Ana Terra, Bibiana, cap. Rodrigo Cambará, Luzia e Licurgo. Como não sentir a dor da morte de Pedro? Ou admirar a coragem de Ana Terra e Bibiana? Como não amar odiar o capitão Rodrigo e Licurgo? Como não se fascinar com a teninguá? O próprio Sobrado é um personagem por si só, influenciando seus moradores, um resumo do que é ser um Terra Cambará. Veríssimo conta a história real, dolorida do que foi o Rio Grande do Sul e o que é ser gaúcho, sem perder de vista o orgulho de quem mora nessa terra, que faz tanta parte da nossa história que, às vezes, é difícil descobrir onde começa uma e termina a outra.
"Parece que a terra ia se entranhando, não só na pele como também na alma deles."
Além da guerra e da relação com a terra, Veríssimo também explora a condição feminina no Rio Grande do Sul. Por meio de personagens fortes como Ana Terra, d. Bibiana, Luiza e Maria Valéria, o autor explora o papel da mulher gaúcha ao longo dos séculos e sua constante posição servil, sempre cuidando dos filhos, da casa e esperando... Esperando por seus pais, irmãos, marido e filhos que saem em suas guerras e conflitos, deixando-as para trás.
"Sina de mulher é essa: ficar em casa esperando, enquanto os homens vão em suas andanças. Mas por que será que o tempo custa a passar quando há guerra? Decerto não pode andar ligeiro, tropeçando num morto a cada passo. E por que será que às vezes o vento geme tanto que parece ferido? Decerto porque viu muito horror no seu caminho."
"Ter filhos é negócio de mulher, eu sei. [...] Criar filhos é negócio de mulher. Cuidar da casa é negócio de mulher. Sofrer calada é negócio de mulher. Pois fique sabendo que essa revolução também é negócio de mulher."

Lohan.Valerio 07/12/2023

Um dos melhores lidos no ano. Confesso que me senti um pouco perdido no início com a história do Sobrado já em andamento. Mas conforme se conhece a história da Ana Terra, do capitão Rodrigo e do Pedro missioneiro, o livro vai ficando muito empolgante. Me pergunto como mão conheci esse livro antes, é um tesouro da nossa literatura brasileira!

MaWeber 06/12/2023

Um clássico que conta um pouco da história riograndense.
É um livro muito bom. Não há dúvidas de que o autor escreve de forma incrível e faz com que o leitor realmente se sinta na história.
Porém duas coisas me fizeram não dar 5 estrelas para esse livro:
1) alguns dos capítulos são gigantes.
Eu sinceramente gosto de ler um capítulo do início ao fim. E com esses capítulos enormes, a leitura ficava meio cansativa, e não rendia muito.
2) muita descrição.
O livro é cheio de detalhes. Até de mais algumas vezes, isso também deixava a leitura cansativa e até maçante.

Fora isso, é uma leitura incrível, personagens incríveis e geniais. Me diverti muito vendo as aventuras da família Terra Cambará.

Thamiris Flor 27/11/2023

Um novelão, mas a história é ótima, por ser um livro antigo, tive medo de ser aqueles livros chatos, cansativos, repetitivos, mas muito pelo contrário, todos os personagens muito bem construídos, uma leitura gostosa e fluída, mesmo com tanto sofrimento, vale a pena ler demais, vale a pena passar todos os livros da série na frente dos outros. Faz muitos anos que eu li um livro do Érico Veríssimo, não deveria ter ficado tanto tempo sem ler algo dele, que homem incrível!

DiegoDeLarge 15/11/2023

Tipo Guerra dos Tronos, só que no Rio Grande do Sul
A história da formação do Rio Grande do Sul, vista pelos olhos de diferentes personagens, homens e mulheres endurecidos pela aridez da vida e da geografia. Isolados no "garrão do Brasil", os continentinos estão constantemente brigando - contra quem, parece não importar.

Para mim esse livro é, antes de mais nada, um louvor à força descomunal do espírito humano, um ode à perseverança dos nossos antepassados.

Bruno.Souza 12/11/2023

Único
Todas as vezes que eu vou indicar O Tempo e o Vento digo exatamente isso: único! É bastante raro que alguém se empenhe a fazer o que Érico fez aqui, mas dificilmente se aproximaria desta obra. Longe de que querer caracterizá-la como "a melhor" porque eu não costumo adjetivar dessa forma. Esse é o início de uma narração, centrada em duas famílias que se unem, ao longo de séculos na história. O que me chamou a atenção quando o li pela primeira vez foi a mescla histórica com a ficção feita de uma naturalidade que você às vezes se pega acreditando que tudo aconteceu de verdade. É preciso dizer que quase na sua totalidade essas mesclas acontecem com a história do Rio Grande do Sul, mas não está restrito a ela. O Tempo e o Vento foi o primeiro romance que li, logo após o professor nos fazer ver o filme Um Certo Capitão Rodrigo. O filme me impactou de uma forma que eu decidi iniciar a leitura de romances. Não poderia ter porta de entrada mais brilhante. Esse livro marca a vida pra sempre. Dificilmente vai ser um livro que você o esquecerá ao longo da vida. Você chega a ter saudades dos personagens, da trama, do ambiente. Vale muito a leitura não só deste como também dos que o seguem.