Primavera em Tchernóbil

Primavera em Tchernóbil Emmanuel Lepage




Resenhas - Primavera em Tchernóbil


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Ale Giannini 01/09/2021

Primavera
Emmanuel Lepage tinha 19 anos quando aconteceu o acidente no reator nuclear de Tchernóbil, mais de vinte anos depois, Lepage é convidado por um grupo de ativistas, para voltar às imediações da cidade e retratar com sua arte, o que sobrou do desastre.

Pensando em encontrar terra devastada, Emmanuel é surpreendido com a beleza, que resiste em meio ao caos.

Gostei bastante doa traços do autor e como ele consegue transmitir perplexidade, angústia, esperança em seus desenhos. Não sou conhecedor de pintura, mas percebi o uso de técnicas diferentes boa traços e colorismo dos desenhos.

De brinde você leva um livro enorme, que não vai caber em qualquer estante. Gostei.
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Bernardo (@vida.colecionador) 22/09/2021

Primavera em Tchernóbil
Em abril de 2008, mais de vinte anos após o desastre, um grupo de ativistas e artistas voltam a Tchernóbil para documentar a vida dos sobreviventes que vivem nas terras contaminadas. Uma dessas pessoas é Emmanuel Lepage, autor desse quadrinho, responsável por representar as paisagens brutais que por lá encontrasse.

Antes de embarcar, além do medo que pairava no ar, Lepage tinha outro problema. Havia algum tempo que ele estava sofrendo com dores nas mãos, algo que o impedia de realizar o seu trabalho com plenitude. Isso quase o levou a desistir do projeto, porém como o próprio autor afirmou, dessa vez ele quis sentir o mundo na pele.

Certamente, as primeiras imagens que nos veem à mente quando pensamos em Tchernóbil, são lugares dignos de filmes de terror, afinal, geralmente é assim que nos é retratado. E é justamente essa quebra de expectativa que faz Primavera em Tchernóbil ser tão interessante.

Legape também chega ao local com a expectativa de encontrar cenários apocalípticos, e isso pode ser percebido através da paleta de cores utilizada inicialmente, porém conforme ele vai descobrindo o lugar, as pessoas e as suas vidas, as cores vão se abrindo, ampliando as suas escolhas e tornando os desenhos cada vez mais claros e alegres. Aqui cabe uma observação, que arte incrível! O autor trabalha muito bem a representação dos ambientes, nos presenteando com verdadeiras obras de arte.

Também é interessante a maneira que o autor trabalha com os personagens na sua narrativa. Ele vai introduzindo sem pressa, tentando primeiro entendê-los para depois representá-los. Conhecemos um liquidador, nome dado aos funcionários que foram os primeiros encarregados de apagar o incêndio do reator, usando as próprias mãos para jogar grafite no prédio em chamas. Conhecemos um saqueador, que vive arriscando-se na zona de exclusão, para recuperar materiais que possa vender. Também conhecemos a sua mulher, uma moradora de vida simples e tranquila, entre outros.

O lugar ainda não está livre da radiação, e o autor faz questão de demostrar isso na história também. É frequente a preocupação dele e das pessoas que viajaram com ele, com medo de tocar nas coisas, medo de comer algo contaminado, medo de ir a algum lugar que possa estar muito contaminado.

Para os que não se recordam, um breve resumo sobre o acidente: em 26 de abril de 1986, o núcleo de um dos reatores da usina nuclear de Tchernóbil, na Ucrânia derreteu, dando origem ao maior desastre nuclear da história. Uma nuvem carregada de radiação viajou por milhares de quilômetros contaminando mais de cinco milhões de pessoas.

Quebrando as expectativas que se possa ter em relação a Tchernóbil, Lepage nos mostra vida, nos mostra uma comunidade que pulsa, que festeja e que mesmo após tudo o que aconteceu, ainda sorri.

A edição brasileira foi publicada pelo selo Geektopia do Grupo Novo Século, em um formato grande (33 x 23 cm), capa dura, com 168 páginas, papel couché e um excelente acabamento.

Confira a resenha no site:
https://vidadecolecionador.com.br/resenhas/primavera-em-tchernobil/


site: vidadecolecionador.com.br
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EduardoCDias 22/09/2021

O perigo decepciona?
Um grupo de artistas resolve se juntar para visitar Tchernobil e fazer um quadrinho reportagem. Mas o que encontram não é bem o que esperavam.
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Gabriel 17/10/2021

Impressionante
A primavera de tchernobil nos convidando a nossa primavera. Impressionante tirar tanta beleza de um fato tão triste?
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Djeison.Hoerlle 20/12/2021

Quadrinho o qual eu já namorava há um bom tempo, um pouco pelo tema, um pouco pela quantidade significativa de bons reviews que recebi do material.

O único ponto aqui é que, ao que parece, tais reviews foram assertivos demais, o que acabou prejudicando a minha experiência. Não que eu esperasse grandes plot twists ou viradas, até porque é ingenuidade esperar isso de um álbum europeu. Tudo que eu queria eram recordatórios marcantes e poéticos sobrepondo a arte de Lepage Emmanuel, e por mais que a obra entregue isso, acho que acabou tornando-se um pouco cansativo com o passar das páginas.

Isso porque bem, desde o começo sabemos que o grande intuito da narrativa é surpreender o leitor da mesma forma que o autor se surpreendeu ao dar de cara com uma Tchernobyl viva e colorida, mas se pararmos para analisar, esse é um suspense narrativo que se sustenta bem por talvez umas 20 páginas, no máximo. O autor, no entanto, explora essa quebra de expectativa em mais de 160, sem aprofundar-se muito nos demais personagens, tampouco em si mesmo, e somente em suas impressões, que parecem ir tornando-se repetitivas e pouco inspiradas.

Mas esta impressão pode ter se dado apenas por eu estar com meus estoques de dopamina afetados devido à sessão de Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa (que inclusive ganhará uma resenha no Filmow). Não sei, mas fica a dúvida.
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Bruno.Fonseca 23/07/2020

Uma HQ que vai te fazer chorar
Eu já li quadrinhos de diversos gêneros e alguns como o jornalismo em quadrinhos, por exemplo, me chama mais a atenção. Não sei explicar o motivo, talvez possa ser por ver um pouco da minha profissão sendo retratado de outra forma ou por mostrar que há verdade por trás de traços artísticos, balões e recordatórios também.

“Primavera em Tchernóbil” carrega esse gênero em suas páginas e não tinha como ser diferente. Olhar para o maior desastre nuclear da história não pode ser ficcional. O dia 26 de abril de 1986 ficou conhecido como o início do fim para os habitantes que viviam ao redor da usina ucraniana. A região era moderna, cheio de vida, respirava prosperidade e tecnologia, mas tudo que é sólido pode derreter e foi assim que praticamente o mundo acabou. Quer dizer, não o meu e o seu que está lendo esta resenha, mas de mais de cinco milhões de inocentes quando um dos reatores nuclear derreteu.

Enquanto eu que tinha apenas alguns dias de vida – nasci em 10 de abril do mesmo ano -, e outras pessoas do mundo que estavam a milhão vivendo a adolescência, a fase adulta ou a velhice dormiam, uma nuvem de radiação saía do leste europeu e viajava por milhares de quilômetros em várias direções impregnando tudo que via pela frente.

20 anos depois, em abril de 2008, um grupo de ativistas e artistas resolvem voltar a Chernobyl a fim de documentar a vida dos sobreviventes da tragédia, que vivem nas terras contaminadas. O francês Emmanuel Lepage é um deles, e tudo que ele viu nos dias que passou colocando sua vida em risco ao lado de seus parceiros é o resultado de “Primavera em Tchernóbil”.

Continue lendo clicando no link.

site: https://www.proibidoler.com/quadrinhos/critica-analise-review-primavera-em-tchernobil/
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Ogro 22/12/2021

Resiliência
Lepage se mostra em um dilema ao perceber retratar uma Chernobyl com vida, que segue apesar do desastre. História que conta as pessoas e o ambiente/natureza persistindo.
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