Primavera em Tchernóbil

Primavera em Tchernóbil Emmanuel Lepage




Resenhas - Primavera em Tchernóbil


53 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4


Tati 18/09/2021

Tchernóbil hoje...
Primavera em Tchernóbil é um relato documental da cidade após o desastre nuclear, que vitimou milhões de pessoas. O artista Emmanuel Lepage mostra como está a cidade de Tchernóbil, na Ucrânia, 20 anos depois. Lepage era apenas um jovem de 19 anos quando o acidente ocorreu e em 2008 decidiu visitar o local do acidente, entrevistando os habitantes, todos condenados na cidade que ainda sofre com a radiação. Primavera em Tchernóbil causa um efeito ainda maior quando Lepage adapta sua jornada na cidade abandonada em formato de graphic novel. Há uma linha tênue entre a beleza e a morbidez. O trabalho artístico está exemplar. O uso das cores é usado de forma eficiente. Ora o preto em branco e ora o tom verde e amarelo, fazendo um paralelo entre os locais mais afetados pela radição e as áreas habitadas, com os moradores seguindo seu curso. Um relato honesto sobre uma cidade quase fantasma. Mas, a obra nos ensina bastante. Uma leitura bem reflexiva.
Joao 18/09/2021minha estante
Essa hq é linda demais!


Tati 10/10/2021minha estante
Olá João! Esta HQ é uma obra de arte. Realmente muito linda!




Larissa @laridallabrida 21/04/2021

Livro lindo
O livro por si só já eh uma obra de arte.

As ilustrações são lindas, e a mensagem que o livro passa eh maravilhosa.

Edição linda para se ter na coleção
comentários(0)comente



Cristian 16/10/2020

Vida e morte na zona de exclusão
É difícil descrever a experiência sensível de ler essa graphic novel (costumo não usar termos estrangeiros desnecessariamente, mas HQ ou "romance gráfico" não parece traduzir esse estilo de contar histórias ou fazer jornalismo). Não é uma "historinha", tampouco um romance. Parece algo próximo à fotojornalismo, embora não seja uma câmera fotográfica o instrumento; mas, sim, o carvão, os pinceis, o lápis esboçado, os pastéis e aquarelas. A multiplicidade de técnicas artísticas (da aquarela ao esboço vivo), a variedade de formas expressivas torna o trabalho dessa obra algo de uma beleza e sensibilidade enormes.

Mas não podemos nos enganar aqui diante da expressividade da arte: não é um livro de arte, mas um documentário. Um documentário da vida depois que uma região foi tocada pela morte. Permanecem ainda vivendo na Zona de Exclusão (círculo de 20 a 40 kms entorno de Tchernóbil) uma quantidade de pessoas impressionante. Aproximadamente 2000 pessoas seguem rotineiramente suas vidas nos vilarejos dentro ou na borda da Zona de Exclusão. Como transmitir a vida que resiste diante do imponderável, próximo à morte que espreita oculta em uma bela árvore, em um convidativo lago? Todas essas contradições são trazidas a nós pela técnica hábil do artista que foi lá na Zona de Exclusão testemunhar o pós-"apocalipse" de 1986.

Essa forma de narrativa, o jornalismo por graphic novel, tem crescido nos últimos anos (vide os trabalhos maravilhosos de Joe Sacco) à barlavento da desconfiança de que tal jornalismo seria menos verídico ou menos fiel à realidade. Mas é curioso como damos um status de verdade maior (se podemos medir a verdade em graus - o que é certamente temerário) ao testemunho oral gravado pela câmera do jornalista ou pelo gravador de áudio. Tendemos a achar que é mais verídico uma sequência de vídeos costurados pela fala grave e empostada, na voz de um Cid Moreira por exemplo, na televisão (como um Globo Reporter que já fez tanto sucesso) que na sequência de imagens realizadas em desenho e vividas pelo artista-repórter de uma graphic novel.

Isso tem mudado, ainda que lentamente. O fato é que não podemos dar mais fundamento epistemológico a uma narrativa que outra sem termos que nos comprometer com uma metafísica que privilegia certas técnicas de composição em detrimento de outras. Pois essa é a única diferença essencial entre um documentário do Globo Reporter (p.ex.) e o de uma graphic novel: o modo de composição da narrativa.

Cada técnica de composição, é claro, concederá maior destaque para um ou outro aspecto porque lhe é próprio do modo como essa técnica procede. Dito de um modo menos "ocultista": todos nós que amamos livros sabemos o quão diferente, da experiência imersiva de ler, é ver nosso romance predileto nas telas dos cinemas, ainda que saudemos o sucesso do diretor em fazer tal transposição com fidelidade ao livro. Cada maneira de expressão narrativa tem suas peculiaridades. Sabemos que o livro não substitui o filme e vice-versa.

Nisso que a graphic novel pode trazer de tão único para um documentário que o jornalismo da televisão não poderá alcançar. Nâo se substituem. Vi um documentário sobre o ocorrido em Tchernóbil ano passado. Tem seus méritos e ainda assim a graphic novel de Emmanuel Lepage me transportou para uma terra que eu desconhecia.

Esse documentário é, em síntese, o registro de alguns repórteres-artistas que vão à Tchernóbil, Pripiat, Volodarka para testemunharem os efeitos da devastação do acidente de 1986 nos dias de hoje. Em meio ao cenário por momentos devastador, há a acolhida do povo local que nunca pode se retirar de sua terra por diversas razões. Há crianças brincando na rua, há velhas mamuskas que oferecem bolo e vodka aos tão estranhos visitantes.

Objetivamente é isso, mas é muito mais que isso se você resolver fazer essa viagem com Lepage.
Andrea 16/10/2020minha estante
É exatamente isso: "graphic novel" dá um ar de seriedade, enquanto "quadrinhos"/história em quadrinhos lembra Turma da Mônica e coisas mais... juvenis (não que isso seja ruim, mas é um pré julgamento, né).

Nunca tinha parado pra pensar em GN como fotojornalismo ou documentário; sempre levei mais pro lado do entretenimento... Talvez Persépolis entre na categoria?

Quanto ao conteúdo, em si, me lembra daquela outra resenha onde você fala da sensatez dos humanos. Era de se esperar que uma catástrofe dessas, 1. não seria esquecida; 2. teria sido levado mais a sério (falo em relação às pessoas morando ao redor, talvez não por vontade delas, vá saber). Mas tudo nada história desse "acidente" é insensato.

Fiquei curiosa pra ler.


Cristian 11/03/2021minha estante
Sim, Andrea! Também me surpreende esse novo uso da linguagem de HQ como GN para tratar de temas mais sérios. Acho que Persépolis está próximo do documentário como este aqui que fiz a resenha, mas ainda tenho a impressão que tem algo de diferente. Creio que seja o estilo de abordagem (um é autobiográfico, um documentário de memórias talvez; e o outro lembra aqueles documentários da Discovery Chanel).




Gabriel Farias Martins 03/12/2022

Fui surpreendido pela vida.
Fascinante, as cores são deslumbrantes e a narrativa também, como um povo com tanto sofrimento se mantém de pé, como a zona, a morte e o desconhecido podem mexer conosco.
A tragédia ocorrida no reator 4 vai além da estrutura, já está presente no DNA e identidade cultural de um povo, criar soluções para os problemas que nós mesmos criamos, é parte essencial de ser humano.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Diego 04/01/2021

Uma obra reflexiva com arte belíssima
22 anos após o maior desastre nuclear da História um grupo de artistas e ativistas contra a causa nuclear visitam a cidade fantasma na Ucrânia para fazer um documentário sobre a vida dos sobreviventes que ainda vivem naquela terra contaminada.

Lepage faz parte deste grupo e mesmo contrariando sua família segue para fazer uma HQ com foco no jornalismo. Aos poucos o que era pra ser uma visita perigosa a um local inóspito se mostra uma oportunidade única de aprendizado, uma jornada de descoberta sobre a vida. Primavera em Tchernóbil é o resultado do que ele testemunhou.

Essa foi uma das minhas melhores leituras do ano, HQ muito bem escrita. Destaque pra arte e as cores, são lindas, principalmente nas páginas duplas.
comentários(0)comente



Alexandre 14/06/2022

Beleza no perigo invisível
Um relato quase jornalístico de uma experiência em Chernobil, surpreendendo muitos que acham que a vida parou na região, mas pelo contrário há muita vida e em grande parte linda e colorida. Mas mesmo na maior beleza o perigo está presente, perigo esse que não é possível enxergar ou sentir faz com o passar do tempo se esqueça tudo que aconteceu e de todo mau que a radiação pode causar.
comentários(0)comente



Juliano.Berton 07/09/2020

Surpresa Tchernobil
Uma bela obra, ou melhor, um documentário em formato história em quadrinhos, em que o autor relata em sua visita a Tchernobil anos após o acidente que buscando encontrar o pior, lhe é revelado o contrário. Com uma belíssima arte este quadrinho merece estar em uma das melhores do ano.
comentários(0)comente



Sidnei 22/03/2021

Coisa mais linda!!!
Essa Hq foi muito recomendada, estava em várias listas de melhores quadrinhos de 2020, então eu já sabia que ia ser bom, butt.... não esperava que era tãooooo bom. Que traços lindos, as imagens são de tirar o folego, e a forma que o Lepage foi introduzindo cores conforme o contado com a vida em Tchernóbil é incrível. Um quadrinho-documentário lindo, sensível e indispensável. "Uma beleza radiante?! Achei que vinha roçar o perigo, a morte...e a vida se impõe sobre mim!" ------horraaaaaaaa!!!!!
Davidson 20/02/2022minha estante
HQ Sensacional, Linda e triste ao mesmo tempo. recomendo a leitura.




Viviane.Lopes.Costa 28/04/2021

Uma obra de arte sensível sobre a situação das famílias que ainda residem na zona de exclusão de Chernobyl!
Vale muito a pena!

Instagram: @bibliotecadepemberley
comentários(0)comente



dro-nunes27 21/01/2023

Primavera em Tchernóbil
É incrível como alguns quadrinhos tem o poder de emocionar entregam experiências que fazem você sentir-se inserido na trama. Esse é o poder de uma obra tem de construir uma atmosfera entregando a mais pura imersão. Hoje falo de Primavera em Tchernóbil um quadrinho documental da cidade após o desastre nuclear, que vitimou milhões de pessoas escrito e desenhado por Emmanuel Lepage.

Com uma equipe de ativistas, Lepage visita Tchernóbil a fim de documentar a vida dos sobreviventes da tragédia. Com uma pegada mais intimista Lepage coloca o leitor em uma posição de proximidade com a historia, teremos que enfrentar situações que de fato lhe fazem pensar na dificuldade daquelas pessoas.

Mesmo com um texto em primeira pessoa, em algumas situações parecemos ter uma observação sobre nossa própria óptica dos relatos, conforme as descobertas avançam a cada página somos contemplados com um quadrinho que mescla um tom documental com uma reflexão sobre aspectos da vida e da morte.

O que me pegou de fato nesse quadrinho, é relato de Lepage sobre como a vida se adaptou em Tchernóbil. O autor não se foca apenas no desastre e sim na vida, na batalha contra um "vilão" praticamente invisível. Esses sentimentos se tornam mais explícitos ou mais evidentes em reflexo do poder da atmosfera criada pela narrativa em cada virada de página.

A paleta de cores é quase que um personagem da trama, a medida que Lepage vai percebendo que existe vida e um diferente cotidiano de pessoas que sobreviveram a a essa tragédia a paleta de cores vai mudando de cores mais sombrias para tonalidades mais alegres, uma excelente metáfora através da arte sobre se adaptar e sobreviver.

Após ter assistido a série da HBO, narrar com brilhantismo essa catástrofe, vejo Emmanuel Lepage entregar em Primavera em Tchernóbil uma sensibilidade ímpar, ao relatar um mundo caótico e a impiedosa luta pela sobrevivência de pessoas que procuram uma nova história sempre mantendo o mínimo de esperança.
comentários(0)comente



Lucas.Alves 15/10/2020

Quadrinho espetacular
A muito tempo não lia um quadrinho tão incrível em todos os pontos.

Roteiro, desenho, acabamento. Tudo é ótimo. Todos os sentimentos passados pela história, a sua mensagem. E isso que transforma o quadrinho em arte. Vale muito a pena!

Sobre o roteiro. Uma mescla de relato de uma parte tão devastadora da história humana com um olhar que se inicia com medo mas termina de uma forma totalmente incrível e quem diria positiva. Mostra que as pessoas tem o poder de tornar o mundo melhor
comentários(0)comente



Guilherme.Monteiro 13/06/2023

Reflexões da tragédia através da arte
Um excelente vislumbre documental sobre Tchernóbil e das marcas desastrosas que permanecem no lugar. O ponto mais interessante aqui é como o autor aborda seus registros artísticos em uma ideia similar ao impressionismo: transcrever em desenho o que está vendo naquele exato momento. Isso transforma esse quadrinho em um documento visual de olhar para além do desastre, de observar o terror de alguns cenários e situações, mas também enxergar a vida ao redor. O texto poético e a arte assombrosa de beleza constroem uma experiência imersiva, que sufoca e ao mesmo tempo que o acolhe.
comentários(0)comente



Otávio 30/11/2020

Imperdível
Por mais que estivesse ciente de vários atributos deste álbum, altamente recomendado por todos que o leram, nada me preparou para o choque que viria de sua leitura.

O trabalho de Lapage não é só magnífico pela sua arte (poderosa e carregada de muito significado) mas também pelo texto, repleto de sensislbilidade e inspiração. Lepage captou como poucos os dilemas, contradições e belezas que emanam da Chernobil depois da tragédia.
comentários(0)comente



53 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR