Primavera em Tchernóbil

Primavera em Tchernóbil Emmanuel Lepage




Resenhas - Primavera em Tchernóbil


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Guilherme.Monteiro 13/06/2023

Reflexões da tragédia através da arte
Um excelente vislumbre documental sobre Tchernóbil e das marcas desastrosas que permanecem no lugar. O ponto mais interessante aqui é como o autor aborda seus registros artísticos em uma ideia similar ao impressionismo: transcrever em desenho o que está vendo naquele exato momento. Isso transforma esse quadrinho em um documento visual de olhar para além do desastre, de observar o terror de alguns cenários e situações, mas também enxergar a vida ao redor. O texto poético e a arte assombrosa de beleza constroem uma experiência imersiva, que sufoca e ao mesmo tempo que o acolhe.
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Mary 13/01/2021

Expectativas Nucleares
O livro é incrível. Por mais que o autor coloque continuamente suas dúvidas sobre "como capturar o invisível", como mostrar Tchernóbyl do jeito que ela realmente é, acho que ele faz isso muito bem. Acho que ele consegue capturar a essência da cidade e nos mostrá-la como se estivéssemos lá com ele, como se fosse nossa experiência, e não só a dele. E isso é fantástico! Os desenhos são magníficos, muitas das páginas são verdadeiras obras de arte, daquelas que dá vontade de pendurar num quadro. Recomendo demais para todos aqueles que desejam ter uma leitura diferente e, ainda assim, acolhedora, mesmo em se tratando de um desastre como esse (ou melhor, sobre o que aconteceu *depois* do desastre)...
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Maiash 25/09/2020

Documentário em desenhos
A HQ é um documentário em quadrinhos de artistas que fazem residência artística próximo ao local do desastre das usinas. Todos os dias eles vão para a zona e tentam desenhar o máximo possível antes dos medidores de radioatividade alertarem sobre o perigo. HQ bem sensível, não é pra qualquer público. Ela impressa é enorme, mas acabei lendo em um dia.
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Vanessa 03/01/2024

4,5/5

li para complementar minha leitura de [book:Vozes de Tchernóbil: a história oral do desastre nuclear|29773435] e foi o complemento perfeito!

ao meu ver, a graphic tem a mesma preocupação do livro da [author:Svetlana Alexievich|19003531] que é de mostrar ao leitor outras vozes, outras perspectivas sobre o desastre e, principalmente, sobre como isso afetou diferentemente as pessoas que moravam lá.

tem algo bem legal na arte desse quadrinho que é ela ganhando mais cores alegres a medida que se conhece melhor da realidade de pessoas que ainda moram no local do desastre, apesar de todas as dificuldades.

o quadrinho não romantiza o que ocorreu mas tenta mostrar a beleza aos olhos dos moradores do local e achei isso um belo feito.
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marcosm 22/08/2022

Primavera em Tchernóbil
Amei!
É uma espécie de reportagem em quadrinhos, relatando o que um grupo de artistas encontrou na zona de exclusão de Tchernóbil.
A arte é belíssima, e o textonão fica atrás, traduzindo um pouco do pavor e curiosidade que todos que sabem da tragédia devem sentir.
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Rafael.Montoito 01/05/2021

Tão sufocante quanto arrebatador
Faz pouco tempo que descobri as novelas gráficas como gênero literário e não paro de me surpreender com obras de imensa qualidade, tal qual essa "Primavera em Tchernóbil" que, se na primeira página já é tocante, ao longo da narrativa torna-se mais e mais visceral e potente, provocando dualismos no leitor: horror e adoração, incômodo e esperança, revolta e paz.
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A história é um documentário sobre um grupo de artistas (o autor incluído) que viajam até a uma cidade da Ucrânia, o mais próximo possível da zona contaminada pelo acidente radioativo de Tchernóbil, que em 1986 surpreendeu o mundo e deixou mortos e marcas terríveis nos sobreviventes do redor.
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Lepange (o autor) é desenhista, e sua intenção é usar sua arte como denúncia, por isso se engaja em um grupo que pretende denunciar os horrores da localidade abandonada (ou quase). Entretanto, chegando lá, ele conhece alguns residentes que moram numa "zona segura" (o que nunca é totalmente confiável). Estas pessoas vivem normalmente, em meio às terríveis recordações. E mais, Lepange percebe que o silêncio da região contaminada e abandonada, com as estruturas de concreto e metal tomadas pela floresta que, mesmo contaminada, seguiu florescendo, tem sua própria paz e beleza. Se ele queria denunciar, com seus desenhos, o caos, acaba encontrando, em meio a ele, a alegria, a beleza, a esperança e a força humana da sobrevivência.
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Os desenhos de Lepange são belíssimos e tocantes (alguns, dignos de serem emoldurados em quadros) e ele mostra domínio da técnica e das cores para representar seus diferentes humores e percepções.
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Se, por um lado, a história denuncia os horrores da catástrofe - e faz o leitor pensar sobre como não há seguranças para a vida, que os desastres são sempre eminentes e que os governos "nunca sabem de nada" -, por outro ela toca profundamente ao dar destaque à real força vital da raça humana, que tem a inegável pulsão de adaptar-se e sobreviver - uma força incontrolável de amor à vida e à família. A questão é que, se todos temos isso como impulso interno das nossas vivências, ninguém merece passar por situações tão traumáticas e adoecedoras para ter este instinto colocado em destaque.
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Guilherme Amaro 13/11/2020

Primavera em Tchernóbil
Criação em estilo documentário do francês Lepage Emmanuel, ano 2020, contém 168 páginas , publicado pela editora Geektopia.

Primavera em Tchernóbil, um HQ em formato grande de capa dura papel couché, edição de luxo, arte espetacular com jogada de cores, (preto, branco e cinza), com o decorrer da narrativa as páginas começam a ganhar cores.

" Thernóbil não é uma exclusividade de cientistas, técnicos nucleares, jornalistas e da ajuda humanitária... Nós também temos nosso lugar ali. Acreditamos que o artista é capaz de entender como é estranho viver lá e dar um testemunho disso." Pág. 20.

Em 2008 a associação dos Desenh'ativistas envia um grupo de artistas e ativistas (Gildas, Pascal, Morgan, Cathy) da França para Ucrânia com o intuito de testemunhar a tragédia ocorrida em Tchernóbil, para uma causa nobre, uma campanha para arrecadação de donativos para doação de vítimas da radiação. Eles partem com toda segurança necessária, (Ania guia de turismo local, medidores de radiação), além de todo planejamento de logística para transportar alimentos, eles alugaram por quinze dias uma casa abandonada no pequeno vilarejo de Volodarka, possui trezentos habitantes e apenas 20 km da usina nuclear. Assim que se acomodam e a casa ganha vida conhecem o herói Vassia, um morador do vilarejo que foi um dos 800.000 liquidações (pegou com as próprias mãos grafite para jogar na garganta aberta reator).

Materiais utilizados para os desenhos são: carvão, pincéis, lápis esboçado, giz, pastéis, aquarelas, além de fotografia e anotações tornam visível o que não se vê.
Dia seguinte partem para a zona de radiação, Tchernóbil considerada a maior catástrofe nuclear, possuía 15.000 habitantes e nos dias atuais abriga 2.000 pessoas que trabalham nos locais dos quatro reatores, conhecem um monumento em homenagem aos bombeiros mortos no combate ao incêndio, a única mercearia, do outro lado do canal os gigantes reatores e o imenso radar. Apesar de história de tragédias, retrata o que existe atualmente na cidade, e a beleza radiante do local.

O grupo explora a cidade de Prípiat fundada1970 uma estranha cidade deserta, muito moderna na época (cidade modelo da União Soviética, vitrine do comunismo), também conhecida como a cidade mais bonita da Ucrânia, após anos sem atividade humana, possui um grande aterro tecnológico, a floresta em torno que foi totalmente contaminada e possui coloração vermelha, novas espécies de animais surgiram (lobos, cavalos) se adaptaram ao meio ambiente e os chamados Samosiols (pessoas maioria idosos que voltaram a se instalar nos vilarejos de modo autossuficientes, os monumentos visitados foram o parque de diversões, roda gigante.
Desocupada a zona de exclusão virou objeto de pilhagem.
O grupo documenta com maestria o inimigo invisível, a vida dos sobreviventes e a paisagem (florestas verdejantes, céu azul).

"Alguma coisa aqui não fecha. Me pediram para desenhar Tchernóbyl. Estou aqui para revelar o horror e meus desenhos são todos coloridos! Onde estão os monstros? Os animais de cinco patas? A terra ultrajada esterilizada? Nada disso. As aparências perturbam." Pág. 116, 117
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Ale Giannini 01/09/2021

Primavera
Emmanuel Lepage tinha 19 anos quando aconteceu o acidente no reator nuclear de Tchernóbil, mais de vinte anos depois, Lepage é convidado por um grupo de ativistas, para voltar às imediações da cidade e retratar com sua arte, o que sobrou do desastre.

Pensando em encontrar terra devastada, Emmanuel é surpreendido com a beleza, que resiste em meio ao caos.

Gostei bastante doa traços do autor e como ele consegue transmitir perplexidade, angústia, esperança em seus desenhos. Não sou conhecedor de pintura, mas percebi o uso de técnicas diferentes boa traços e colorismo dos desenhos.

De brinde você leva um livro enorme, que não vai caber em qualquer estante. Gostei.
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Rubens Chaves 04/08/2021

O belo, por vezes, oculta uma tragédia.
Um mundo arruinado pela inconsequência e insensatez humana. O tic, tac do medidor Geiger sendo o leitmotiv da morte, do oculto, do mistério? Mesmo sem conseguir tocar nesse mundo, Lapage nos toca com seus desenhos. Ele nos surpreende como a vida. Consegue transformar essa tragédia em obra de arte; na beleza RADIANTE de Tchernóbil!!
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EduardoCDias 22/09/2021

O perigo decepciona?
Um grupo de artistas resolve se juntar para visitar Tchernobil e fazer um quadrinho reportagem. Mas o que encontram não é bem o que esperavam.
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Zé Wellington 26/06/2021

Baita quadrinho.
O melhor que eu já vi em termos de juntar HQ e artes plásticas.
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Estante do Luan 07/02/2023

"Tchernóbil é bonita"
Durante a leitura deste quadrinho somos mergulhados em todo o terror e beleza de Tchernóbil.

Acompanhamos o dia a dia da expedição que Emmanuel fez com um grupo de outros artistas para fazer uma reportagem sobre os efeitos da radiação na catástrofe da usina nuclear de Tchernóbil.

Diferente do que esperamos, somos surpreendidos pela "beleza radiante do lugar", como o próprio Emmanuel diz.

Porém a beleza não é a única coisa que chama atenção, mas o povo do vilarejo, como eles vivem neste lugar onde a radiação toma conta, onde uma batata "limpa" pode crescer a alguns metros de outra "suja".

É realmente uma viagem incrível poder ler este quadrinho.

Falando da arte de Emmanuel Lepage, a escolha de retratar a maior parte da história em tons de cinza e apenas as artes que ele vai criando durante a viagem em cores vivas, como uma forma de representar o quão belo e radiotivo é aquele local, sinto que ele conseguiu captar de forma majestosa o clima de Tchernóbil.

Inicialmente não achei que fosse gostar tanto, agora, depois de ter lido e apreciado esse trabalho tão único, acredito que todos devessem dar uma chance a este quadrinho.
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Calado 30/07/2022

Radiantemente belo
Essa é uma HQ documentário, e talvez seja até hoje, de fato, a melhor HQ documentário que já foi feita. O autor consegue passar uma mixto de de sentimentos bons e ruins na forma de escrita e com desenhos extremamente belos. O trabalho gráfico da editora Geektopia é primoroso, pois valoriza toda a arte.
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Pequod.3 27/04/2024

Publicada em 2012, a obra aborda a visita do próprio autor à zona de exclusão de Chernobyl, onde ele passou duas semanas em 2008.

A obra é uma meditação visual sobre a natureza, a tragédia e a resiliência humana. Lepage explora as paisagens abandonadas e a vida selvagem que retornou à região após o desastre nuclear de 1986, conseguindo retratar a beleza da natureza em contraste com a devastação causada pela radiação, enquanto também compartilha as histórias das pessoas que continuam a viver nas áreas afetadas.

Aqui temos uma obra peculiar que oferece uma visão pessoal e artística do impacto do desastre nuclear de 1986.

A narrativa se desenrola através das experiências do próprio Lepage, que visita a região e testemunha em primeira mão a interação entre a natureza exuberante e a presença persistente da radiação. Através de suas ilustrações habilmente elaboradas, Lepage captura a beleza trágica das paisagens abandonadas e a ressurgência surpreendente da vida selvagem na área.

O livro não apenas documenta as paisagens físicas, mas também compartilha as histórias das pessoas que continuam a viver nas proximidades de Chernobyl. Essas narrativas humanas adicionam uma dimensão emocional poderosa à obra, destacando a resiliência e a determinação daqueles que enfrentam desafios incompreensíveis.

Trazendo uma reflexão profunda sobre os efeitos duradouros do desastre nuclear e as complexidades da relação entre o ser humano e o meio ambiente. Lepage aborda questões ambientais, sociais e políticas de forma sutil, mas impactante, convidando o leitor a refletir sobre as consequências de nossas ações.

Também temos aqui um retrato de uma realidade que não existe mais, essa Chernobyl de 2008 que ''renasceu'' após o desastre nuclear, novamente foi modificada por conta da guerra entre a Rússia e a Ucrânia iniciada em 2022, sendo uma fonte para sabermos como foi esse período.

Uma obra maravilhosa ue combina uma narrativa visualmente deslumbrante com uma mensagem poderosa sobre a natureza humana e a fragilidade do mundo que habitamos.
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