Primavera em Tchernóbil

Primavera em Tchernóbil Emmanuel Lepage




Resenhas - Primavera em Tchernóbil


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Pequod.3 27/04/2024

Publicada em 2012, a obra aborda a visita do próprio autor à zona de exclusão de Chernobyl, onde ele passou duas semanas em 2008.

A obra é uma meditação visual sobre a natureza, a tragédia e a resiliência humana. Lepage explora as paisagens abandonadas e a vida selvagem que retornou à região após o desastre nuclear de 1986, conseguindo retratar a beleza da natureza em contraste com a devastação causada pela radiação, enquanto também compartilha as histórias das pessoas que continuam a viver nas áreas afetadas.

Aqui temos uma obra peculiar que oferece uma visão pessoal e artística do impacto do desastre nuclear de 1986.

A narrativa se desenrola através das experiências do próprio Lepage, que visita a região e testemunha em primeira mão a interação entre a natureza exuberante e a presença persistente da radiação. Através de suas ilustrações habilmente elaboradas, Lepage captura a beleza trágica das paisagens abandonadas e a ressurgência surpreendente da vida selvagem na área.

O livro não apenas documenta as paisagens físicas, mas também compartilha as histórias das pessoas que continuam a viver nas proximidades de Chernobyl. Essas narrativas humanas adicionam uma dimensão emocional poderosa à obra, destacando a resiliência e a determinação daqueles que enfrentam desafios incompreensíveis.

Trazendo uma reflexão profunda sobre os efeitos duradouros do desastre nuclear e as complexidades da relação entre o ser humano e o meio ambiente. Lepage aborda questões ambientais, sociais e políticas de forma sutil, mas impactante, convidando o leitor a refletir sobre as consequências de nossas ações.

Também temos aqui um retrato de uma realidade que não existe mais, essa Chernobyl de 2008 que ''renasceu'' após o desastre nuclear, novamente foi modificada por conta da guerra entre a Rússia e a Ucrânia iniciada em 2022, sendo uma fonte para sabermos como foi esse período.

Uma obra maravilhosa ue combina uma narrativa visualmente deslumbrante com uma mensagem poderosa sobre a natureza humana e a fragilidade do mundo que habitamos.
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Gabriel 10/03/2024

Um documentário ilustrado, que não sei se é inovador ou necessário, dada as dificuldades de se registrar com máquinas fotográficas, bom o que da pra comentar sem entrar em muito "spoiler" que realmente faz diferença, é do o questionamento do próprio autor "O que vim buscar aqui que já não sabia?", não existe muito spoiler pra essa história todo mundo já sabe, porém é interessante ir descobrindo junto com o autor a linha de raciocínio dele, porém não que chegue a ponto de estragar a experiência.

Bom quem não leu, e não quer detalhes isso é um aviso, bom indo direto ao ponto da poesia que se cria mesmo sendo um documentário, é que ele foi retratar a catástrofe e destruição e teve que desenhar a vida, e é a vida mais no puro sentido por que se manifesta nas mais diversas faces, há quem odeie viver ali e não sabe o que Emmanuel foi fazer lá, há quem não arrede o pé de lá, sendo mais específico um personagem irradia a pilantragem e não tem medo de admitir e ainda manda a cereja do bolo "não adianta vir a tchernobyl e não experimentar radiação", bom e outros personagens como as crianças que selam muito bem a história.
Bom é até curtinho, acho que vale ressaltar que é quase cômico dado a situação de desespero do problema que Emmanuel teve com a mão nos preparativos pra viagem, contrariado por parentes, deixou os filhos, e já da meio a entender que o livro era um compromisso de negócio, e ele simplesmente não consegue desenhar, claro que ele sempre teve opção de não fazer, mas a situação foi de se não tiver jeito, vai sem jeito mesmo, me lembrou uma cena de Cristine do Stephen King em que o personagem principal falava ao telefone sobre ter que enfrentar o carro assassino e ele confirmando que vai dar um jeito, enquanto ele olha de lado suas as bengalas encostadas na parede, bom acho que alguém pode ter achado absurdo a comparação, mas talvez uma alma que lembre da história veja o absurdo que ambos protagonistas, no caso Emannuel de carne e osso em 2008, estava se metendo a fazer, tirando o fato que era uma empreitada praticamente ilegal pelo que eu saiba, um último adendo a quem leu isso aqui, não vá achando que é um documentário pra saber da história de Tchernobyl, ele não faz um resumo de como aconteceu a catástrofe, tem muita informação que o valha, porém eu resumiria que o título seria algo como "Tchernobyl e depois...?"
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Renan 18/02/2024

Documentário
É uma leitura interessante, como diz nele próprio, é um documentário em quadrinho. Não tem.uma grande história, é mais as impressões e relatos de uma experiência de viagem por esse local tão inusitado e perigoso.
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Robremir 13/02/2024

Inimigo invisível
O álbum é uma reportagem em quadrinhos. Uma ONG francesa envia um grupo para uma residência nos arredores de Chernobyl para tentarem produzir desta experiência algo que ajude a luta em relação ao perigo nuclear. O que o quadrinista consegue registrar é que o perigo está lá, mas é invisível aos olhos. É como a natureza tomando de volta aquilo que tinha sido dos homens.
A introdução do álbum é bem interessante pois traz dados importantes sobre o acidente, e o manejo do acidente pelos franceses, inclusive não admitindo a contaminação de parte do território nem o perigo de suas próprias usinas. Traz também os dilemas internos a que o autor passou antes de ir, que incluíram até uma doença psicossomática.
Os desenhos são fantásticos e o formato europeu do álbum valem a aquisição. Nem todos os quadros são coloridos. Há inclusive quadros com apenas traços, o que ao meu ver, o valorizam ainda mais.
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Vanessa 03/01/2024

4,5/5

li para complementar minha leitura de [book:Vozes de Tchernóbil: a história oral do desastre nuclear|29773435] e foi o complemento perfeito!

ao meu ver, a graphic tem a mesma preocupação do livro da [author:Svetlana Alexievich|19003531] que é de mostrar ao leitor outras vozes, outras perspectivas sobre o desastre e, principalmente, sobre como isso afetou diferentemente as pessoas que moravam lá.

tem algo bem legal na arte desse quadrinho que é ela ganhando mais cores alegres a medida que se conhece melhor da realidade de pessoas que ainda moram no local do desastre, apesar de todas as dificuldades.

o quadrinho não romantiza o que ocorreu mas tenta mostrar a beleza aos olhos dos moradores do local e achei isso um belo feito.
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Giu 16/10/2023

Um relato doloroso
Como leitora assídua de casos de chernobyl e relatos do que pode ter acontecido lá, comprei esse quadrinho pensando em ter mais uma visão da grande tragédia daqueles dias.
Me surpreendi? Não totalmente.
O livro traz, em sua maioria, a vis]ao do autor/desenhista em sua totalidade de artista em meio ao caos que a explosão seguiu.
Conta magiotariamente sobre a experiência da viagem do artista nas terras dissimadas, mas não aprofunda muito a história de chernobyl; o que aparenta ser um erro vindo de encontro com as expectativas criadas.
Achei o traço bem bonito, as cores escolhidas te levam até o local e te deixam melancólico só de imaginar as cenas desenhadas.
Recomendo para uma imersão nessas terras? Não, mas se você, como eu, gosta desse tema, é um aditivo para a sua coleção pela beleza que temos nas páginas.
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Fabio Eloi 22/09/2023

Reler a deixou ainda melhor!
Com certeza a HQ "Primavera em Tchernóbil" faz parte da categoria de obras necessárias... E agora entrou na minha categoria pessoal das que a releitura é ainda mais impactante que a primeira leitura!

Faz um tempo que estou evitando reler HQs e livros, afinal, tenho uma fila considerável de obras aguardando sua primeira leitura... Mas me bateu uma vontade gigante de ver novamente as artes do francês Emmanuel Lepage, então resolvi reler "degustando" cada página, sua arte e seu texto. Para minha surpresa essa experiência se mostrou bem diferente da primeira leitura, ativando outros sentimentos e sensações, acredito que ainda mais profundas!

Li a primeira vez esta obra no começo de 2021, fiquei muito impressionado com a construção narrativa de Lepage, tanto no seu texto quanto nas suas artes. Apesar de bem impactante na época e de ter ficado algum tempo com esta HQ na cabeça, senti que esta releitura me provocou sentimentos muito mais viscerais... O que me fez pensar a respeito e acredito que tenho a(s) resposta(s).

Criei uma identificação maior com o personagem principal da HQ, que é o próprio Emmanuel Lepage, devido a me sentir agora em um momento diferente da vida. Assim como acredito que alguns sentimentos narrados por Lepage são sensações mais familiares a mim, e acredito que a maioria das pessoas também, olhando com um maior distanciamento os medos e angústias do auge da pandemia. Soma-se a isso o fato de que no início de 2022 a Ucrânia (onde ocorreu o fatídico desastre nuclear de Tchernóbil em 1986) foi invadida pela Rússia, o que acaba deixando certos nomes e locais descritos na HQ mais próximos agora do que em 2021 na minha primeira leitura. De certa forma essa combinação de fatores fez eu me ligar ainda mais não só a Lepage, mas também às pessoas que ele encontrou ainda vivendo lá em Tchernóbil, assim como o final da HQ acaba sendo uma paulada ainda mais forte!

Que bom eu ter decidido reler "Primavera em Tchernóbil"!
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Marcelo.Castro 24/07/2023

Sensível
Uma obra artística de sensibilidade ímpar. Seja pela narrativa e os questionamentos trazidos pelo artista, seja pelos traços característicos e jogo de cores e sombras, a obra lança um olhar sensível e único sobre a grande catástrofe de Tchernobil. Obra muito recomendada para quem gosta do tema, ou aprecia boa arte.
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Zesielson 12/07/2023

Profundamente impactante
Narrativa magistral, mistura épica entre os traços e nossas memórias. O ensejo de cada situação e a maneira que remete ao desastre, nos trás um sentimento novo, desconhecido e curioso.
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Mr.Sandman 03/07/2023

Beleza Radiante
No aqui e agora de Tchernóbil, Emmanuel Lepage traça seus relatos por meio da arte de forma sensível e reflexiva. É um gibi introspectivo, político e bastante humano. Cada página é um deleite visual, que tanto espanta quanto encanta. Essa variação, de um estado de choque ao presenciar o caos e o que restou de um contingente humano esquecido, para um estado de vislumbre com o calor humano e a natureza rara dos cenários, faz com que o gibi ganhe uma substância única e muito pertinente dentro do assunto. Emmanuel Lepage aceitou essa aventura para desmistificar seus conceitos prévios sobre tudo que envolve esse campo tema e acabou desmistificando também a nós, por meios de seu texto reflexivo e sua arte documental. É um belo quadrinho que compensa bastante, principalmente no formato europeu, que funciona muito bem para uma melhor imersão na arte e nas cores.
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Pol 30/06/2023

Tchernóbil na Primavera
Achei bem interessante essa vertente de HQ que funciona mais pra documentar o assunto do projeto em que os autores estão do que tendo um grande história com reviravoltas e etc? Além dessa opinião pessoal, o que chamou mais minha atenção nesse livro antes de comprar quando eu folheei foi a dinâmica de pintura ao decorrer dele, quase como se no primeiro impacto Chernobyl fosse algo sem vida com muito preto e branco e fosse evoluindo pra uma primavera e cores realmente presentes e fortes por mais seja contraditório pensar nisso dentro até da própria zona de exclusão. Pra quem acha o assunto o mínimo interessante é uma forma boa de ter um pouco mais de ideia de como eram as coisas lá em meados de 2008.
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Paulo 25/06/2023

O acidente da usina nuclear em Chernobyl (vou usar essa escrita porque estou mais acostumado com ela... sei que a HQ usa outra) foi um dos acontecimentos mais marcantes do século XX. Foi um dos vários motivos que levaram ao fim da URSS. A usina construída para ser a mais segura do mundo, produzir uma energia limpa e capaz de mostrar o poder dos soviéticos para o resto do mundo. A mesma usina onde aconteceu um acidente que ceifou vidas no ato do acidente e mais não sei quantas outras depois por exposição à radiação. O local mais próximo à usina se tornou perigoso e as pessoas precisam usar aparelhos de medição diariamente e viver com medo de tudo. Essa é a visão que nós temos do local. Emmanuel Lepage segue até lá com o objetivo de mostrar essa dura realidade, do homem que destruiu o meio ambiente em um cenário pós-apocalíptico. Mas o que ele encontra lá é vida, é natureza, são sorrisos e pessoas vivendo cada dia de uma vez. Em um registro incrível, repleto de cores e formas, Lepage traz para o leitor uma visão única sobre um local que sofreu um dos mais trágicos acidentes causados pelo homem da história.

Se você gosta de quadrinhos ou de arte, compre Primavera em Tchernóbil para ontem. A arte do Lepage é algo de outro mundo. E aqui vale um aviso: Lepage estava passando por um momento difícil na época da produção da HQ porque ele estava com problemas graves nas mãos, o que impedia que ele trabalhasse por muito tempo. Sem mencionar as restrições impostas em Chernobyl aos objetos que eles poderiam portar, o que o limitou a usar carvão, lápis e giz de cera colorida. A gente consegue falar sobre dois ângulos diferentes da arte do Lepage: a que é mais voltada para o preto e branco e as artes coloridas. A que predomina é o preto e branco e ele usa para registrar uma espécie de diário de viagem com os acontecimentos. A maneira como ele emprega perspectiva nas cenas é incrível. Os quadros parecem ganhar vida e movimento para o leitor. Não raros são as splash pages que ele produz com cenas como as das rodovias que eles percorrem ou do cenário circundante. Algumas das cenas reproduzem um ambiente intimidador, parecendo que a morte se revela por toda a parte. Tem um quadro que mostra o esqueleto da usina de Chernobyl com a estrutura que tampa o vazamento que me deixou arrepiado. Ali estava a usina cuja radiação matou milhares de pessoas, e Lepage a representou bem como uma espécie de espectro assustador de uma era passada.

Lepage surpreende também em alguns momentos ao inverter o preto e branco na cena. Como se fosse uma chapa de raios X em que o preto predomina sobre o branco. Os espaços vazios que normalmente são representados pelo branco tem uma inversão com o preto. Também preciso destacar o emprego do cinza que fornece uma terceira cor, mesmo sendo um matiz entre o branco e o preto. Através do cinza, Lepage consegue variar mais nos tons e retículas que ele pode apresentar. Pensem que a HQ é enorme, o que dá um belo destaque para os quadros. Por mais que a quadrinização seja até comum, seguindo quase um modelo franco-belga de apresentação, são as cenas e as cores que chamam a atenção. Nosso foco vai ficar preso em o que Lepage vai trazer para nós na próxima página. Mesmo cenas comuns como um simples jantar, ganham outra perspectiva quando Lepage entrega um sombreamento ou um close no rosto de um personagem. Antes de passar para falar do colorido, preciso mencionar o excelente uso do carvão. Ele fornece um tom melancólico a algumas das páginas. Contudo, a maneira como o carvão preenche a página, sem uma forma definida, funcionando quase como uma névoa para os nossos sentidos, é arrebatadora para o leitor. É como se essas cenas, em específico, nos puxassem de volta para a página.


Só que tem também as cores. E que cores! Elas só começam a aparecer mais pela metade da HQ e elas são a relação de Lepage com o ambiente que o cerca. Ele só começa a usar cores porque sua arte o puxa para representar isso. E até dá para conectar com a história já que ele foi contratado para representar essa Chernobyl devastada, com as pessoas vivendo em situações difíceis. Lepage coloca ironicamente que esperava encontrar um animal de três cabeças e o que ele encontra é vida que encontrou outras formas de existir. Portanto, para Lepage não era mais possível fazer um livro de ilustrações com cenas saídas de um filme de horror. As árvores, os animais, os locais abandonados e retomados pela natureza, as pessoas tocando suas vidas... tudo isso precisava ser representado em cores mais vivas. E elas saltam dos quadros. Se o leitor espera representações cinzentas de um lugar como Chernobyl, ver um verde ou um laranja ou um amarelo claros como o sol é algo até irônico. Tem uma cena de uma região alagada próxima à zona de controle que parece saída de algum filme de ficção científica, mas mesmo assim esbanja aquela sensação de calma e paz.

Não tenho muito o que falar do roteiro porque isso é um diário de viagem. Mas, posso falar de alguns dos temas que mais me tocaram. E um deles é a vontade e o coração de um artista. Lepage foi contratado para ajudar uma ONG a expor ao mundo os problemas do abuso da energia nuclear, principalmente para um país como a França que emprega esse tipo de energia. Só que Lepage não consegue produzir o tipo de material que ele foi contratado para produzir. Se torna um dilema principalmente porque ele teve sua carreira prejudicada por causa dos problemas que atacaram as suas mãos. O dinheiro desse trabalho, que ele precisou esperar algum tempo até conseguir ir até lá, pode fazer falta. É por isso que essa HQ é tão especial: Lepage preferiu sacrificar um ganho certo para desenhar artes que dissessem algo a ele, que dessem luz a uma verdade escondida naquele mundo tão estranho, mas repleto de vida. O que encanta na arte dele é como elas são honestas e verdadeiras. Ok, pode ser que não era isso o que um leitor esperaria ver sobre uma obra a respeito de Chernobyl. Mas, Primavera em Tchernóbil consegue trazer outra faceta desse lugar.

Lepage nos traz também boas informações sociológicas sobre Chernobyl. Como as pessoas precisaram mudar o seu estilo de vida e o quanto elas se tornaram dependentes de um governo que não olha lá com muita atenção para lá. Para quem assistiu a série da HBO sobre os acontecimentos que levaram ao acidente, vai se lembrar das cenas que se passaram em Pripiat, a cidade-modelo construída para ser a glória do socialismo. E ver como a cidade agora são só escombros é impactante. E aí entramos em aspectos mais específicos, como o grupo em que Lepage estava precisava ser aceito pela comunidade onde ele estava, então eles foram obrigados a deixar um pouco da cautela de lado. A ida sem máscara a uma zona de exclusão que é quase como um ritual de aceitação ou de crescimento entre eles. Ou o receio do que se pode comer ou não dentro daquele espaço. Eles estavam em um lugar que se algo caísse no chão em uma área de exclusão, esse objeto estava perdido para sempre. Pegar o objeto seria se expor à radioatividade. O momento quando eles finalmente conseguem se encaixar dentro daquele lugar é incrível. As cenas de conversas, piqueniques, brincadeiras, são de uma beleza singela que toca qualquer leitor.


Essa é uma HQ que vai fazer você refletir sobre motivos bem diferentes do que você imagina em um primeiro momento sobre uma pessoas que visita um local como Chernobyl. Vamos nos pegar pensando sobre qual é o papel social da arte e como um artista precisa seguir os seus instintos. E que nem sempre a criatividade artística vai te entregar aquilo que você espera. E não há o menor problema nisso. Arte é para ser surpreendente, explosiva, conflitante. Tenho certeza que se Lepage tivesse produzido o material que a ONG lhe pediu não estaríamos aqui hoje falando sobre o quanto essa HQ é bela, fascinante e disruptiva. Seria apenas mais um trabalho feito a toque de caixa atendendo a uma demanda. No entanto, o resultado final saiu como uma viagem a um lugar complicado de se entender, mas que em seus cantos escondidos nos revela como a natureza consegue sobreviver e transcender, mesmo quando o homem realiza atos de agressão contra ela. Pensamos também em o quanto a vida precisa ser celebrada mesmo no mais inóspito dos lugares. Primavera em Tchernobil é daquelas HQs que vou guardar no coração.


site: www.ficcoeshumanas.com.br
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Guilherme.Monteiro 13/06/2023

Reflexões da tragédia através da arte
Um excelente vislumbre documental sobre Tchernóbil e das marcas desastrosas que permanecem no lugar. O ponto mais interessante aqui é como o autor aborda seus registros artísticos em uma ideia similar ao impressionismo: transcrever em desenho o que está vendo naquele exato momento. Isso transforma esse quadrinho em um documento visual de olhar para além do desastre, de observar o terror de alguns cenários e situações, mas também enxergar a vida ao redor. O texto poético e a arte assombrosa de beleza constroem uma experiência imersiva, que sufoca e ao mesmo tempo que o acolhe.
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Vinicius 15/05/2023

Lindo
É estranho descrever assim algo sobre o futuro do maior acidente nuclear da história, Mas o que vemos aqui é mágico, É lindo ver que um lugar tocado pela morte pode do seu jeito continuar a viver, A vida é assim não importa o que aconteça ela tem que continuar e que forma linda ela foi retratada aqui
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Jorge243 31/03/2023

Muito bom!
Demorei a engrenar na leitura (por vários motivos) mas quando enfim ela me prendeu não consegui mais sair.

Me senti num documentário meio cinematográfico, tanto pela narrativa quanto pela arte (que é um absurdo de bonita).

Gostei demais e recomendo
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