Raízes do Brasil

Raízes do Brasil Sérgio Buarque de Holanda




Resenhas - Raízes do Brasil


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danield_moura 21/09/2013

"Um clássico de nascença"

—Antonio Candido—
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Maria Fernanda 11/08/2013

Esse é um daqueles livros que todo brasileiro tinha que ler, ao menos uma vez na vida. É um clássico. Faz reflexões importantes sobre a cultura brasileira e ajuda a explicar nossa formação como povo, iluminando aspectos que nos influenciam até hoje - o que mantém l livro, escrito na década de 50, incrivelmente atual. Apesar de ser claramente um erudito, Sérgio Buarque de Holanda expõe seus argumentos de forma clara e direta, o que na minha opinião só acrescenta à genialidade da obra. Gostei tanto desse livro que tenho vontade de sair presenteando exemplares para todos os meus amigos.
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Rangel 25/02/2013

As origens do Brasil
O livro "Raízes do Brasil" de Sérgio Buarque de Holanda relata as origens históricas do Brasil.
O desterro no Brasil pela Europa se tornou hostil e o valor do ser humano não depende de virtudes, mas do estoicismo da filosofia nacional.
A ideia de superação do moralismo se fez pelas associações, que implicaram a ordenação e a solidariedade na organização social. A falta de coesão na vida social por causa do elemento anárquico, resultou no Brasil uma sociedade que não é o fim em si mesma. A hierarquia não coube ao Brasil, apesar das injustiças e privilégios.
A aristocracia portuguesa era fechada e negou honrarias aos industriais brasileiros.
No trabalho e aventura do Brasil, latifundiários monocultores semi-capitalistas exploraram de forma metódica e racional a expansão da lavoura e pecuária predatórias. A ética da aventura foi diferente da ética do trabalho, no Brasil, o que se percebeu que o aventureiro no Brasil foi irresponsável e decisivo no process de colonização. O método da colonização portuguesa não foi pelo progresso e nem de obedecer normas fixas. Por isso, que no Brasil, não houve uma fomentação de orgulho social, uma vez que os colonizadores se relacionaram com índios e negros, sem se prenderem a preservar uma raça branca pura, o que originou então os mestiços do Brasil. Os bacharéis e brancos, contudo, ocupavam altos cargos e tinham até maior liberdade civil, depois vinham os índios, e os negros não tinham tais direitos, a não serem como submissos. A incompatibilidade dos nobres com os trabalhadores originou relações sociais entre famílias condescendentes com os erros incoerentes. O sucesso da colonização se deve ao sistema eficiente de defesa para a sociedade dos conquistadores, que buscavam fortunas, o que criou uma forte raiz em valorizar a terra. E a mestiçagem foi uma um fenômeno que propiciou em criar uma pátria nova para o Brasil.
Na herança rural, após a independência do Brasil, movimentos liberais se opuseram aos senhores antigos de escravos e apoiavam o republicanismo, o que então se formou, o movimento republicano que reivindicou e intensificou por reformas. Nesse período, em 1853, fundou-se o Banco Rural, e a importação de negros foi muito grande no Brasil. O engenho, nessa época, foi um organismo completo e a família patriarcal, valorizada, a qual era tirânica e de fazer justiça com as próprias mãos. O privado se tornou público, confundiu-se, e o preconceito social e religioso foi maior no meio rural. O trabalho intelectual foi exclusivos do senhores de terras e seus herdeiros, por isso que se constatou, numa época, uma intelectualidade brasileira decorativa, mas que depois vai orientar o pensamento econômico industrial. A organização do trabalho fordiano despersonalizou o antigo trabalhador brasileiro do sistema servil. A revolução pernambucana de nativos contra os senhores dos engenhos marcou uma profunda mudança de transformação e influência para movimentos posteriores.Os senhores rurais influenciaram muito na política que se tornaram então profissionais políticos, assim também foram os profissionais liberais das cidades com o tempo.
Do semeador a ladrilhador, a fundação das cidades iniciou-se pela fundação das praças e depois das ruas. A colonização litorânea foi preferencial em relação ao interior. Ressalta-se que o primeiro rebelde da coroa foi Amador Bueno, que proclamou a autonomia da cidade de São Paulo como se fosse o rei dos mestiços. O preceito mercantilista é o que predominou no Brasil com Felipe II no trono português, época que os estrangeiros foram expulsos. A tradição feudal no Brasil fez dos herdeiros fabricantes sonharem para serem fidalgos, até que se tornaram burgueses e assimilaram as ideias revolucionárias liberais burguesas. Pode-se constatar que os portugueses não criaram cidades fortes como os espanhóis. A imprensa no Brasil foi introduzida em 1537 no Rio de Janeiro, enquanto que na América Hispânica colonial, já estava muito mais avançada nas questão da produção intelectual.
O homem cordial de Estado é ampliado no Brasil, pelo círculo familiar, quando houve o desenvolvimento urbano, que resultou no crescimento dos meios de comunicação social e desequilíbrio social. As instituições democráticas tiveram então suas normas particularizadas e sedimentou a cordialidade como convivência para tolerância entre as diferenças. O individual se fez supremacia perante o coletivo e o social, por isso que o brasileiro só se disciplina por questão pessoal e não social.
Nesses novos tempos, o sentido do bacharelismo na política e a vida social no Brasil ficou enraizado nos positivistas, que se apoderaram da política e da ciência e que conseguiram tirar o poder da Igreja Católica, e eles se dividiram entre conservadores e liberais. A democracia brasileira teve sua origem na aristocracia e plutocracia brasileiras, não veio do povo.
Por isso que a revolução no Brasil se deve ao fim do predomínio do agrário e agitações militantes políticas contra ditaduras, o que sempre levou a busca de acordos e consensos, o fez de todas as revoluções serem mais verticalizadas do que horizontais, o que então se tornou uma raiz política cultural. Ante a história do Brasil, a democracia liberal é o que predomina e se faz presente no país.
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PEDRO 12/02/2013

De Cabeceira
Interessante como um opúsculo de poucas páginas, escrito na década de 30 do século passado, pôde mudar minha visão sobre o Brasil, os brasileiros, seus hábitos, a cultura do bacharelismo, do cartoriarismo e tantos outros 'ismos' que nos caracterizam. A visão do 'Homem Cordial' como sedutor político é atualíssima. Como vantagem adicional, o livro é uma aula de bom português. Sem dúvida, um livro digno de uma cabeceira.
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Social 11/10/2012

Deliciosa leitura....
Esta obra é um diferencial na historiografia brasileira.
Talvez nem se adeque ao termo "historiografia", visto que está mais próximo de um estudo sociológico e do pensamento do brasileiro.

Aparte o autor, que por si só tem seu espaço garantido na História brasileira devido as suas obras.

O livro traça paralelos entre as colonizações ibéricas na América. Traz luz sobre os modelos de construção e de planejamento das coroas. Contrasta os pensamentos do "semeador e do ladrilhador", contrastando o português e o espanhol em seus atos e as influências por trás destes.

Um detalhe interessante é a "facilidade" encontrada pelos portugueses: encontraram uma única família de índios por toda a costa brasileira, a família tupi. Além da utilização da rede fluvial com a ajuda dos índios, ignorada pelos espanhóis no outro lado do continente.

Uma leitura deliciosa para os amantes das Humanas.
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Ocelo.Moreira 22/07/2011

Está bem conservado e ainda com plástico sobre a capa que coloquei para evitar qualquer tipo de rasura!
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Paulinha 21/02/2011

Paula Cordeiro
Achei o livro muito interessante. A leitura me cansou um pouco mas valeu a pena pelo conteúdo.
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Caio 10/09/2010

Intérprete do Brasil
Esse fantástico ensaio sobre a história do Brasil, marcado pela influência indelével da introdução dos estudos sociológicos nas décadas de 20 e 30, já apresenta a marca do gênio de seu autor.

Produção da juventude, nem por isso de menor valor, o texto constrói um panorâma (teleológico em alguma medida) sobre a construção do ser-brasileiro, desde as raízes portuguesas pré-cabralinas. Com isso, a obra ficou bastante datada, mas nada que ofusque o brilho do texto - saborosíssimo se comparado a grandes compêndios de história econômica muito mais superficiais embora mais volumosos que esse breve livreto. A leitura do livro permite perceber a plasticidade que o autor teve ao se desprender de seus pré-conceitos e superar-se em suas demais obras, coisa que faltou a outros, como, por exemplo, Gilberto Freyre.

De leitura fundamental não só para entender um dado momento da história intelectual brasileira, a obra permite que o leitor se maravilhe, se perca e se apaixone, e ainda mantém o frescor em certas passagens que se não são de todo precisas, no mínimo são inspiradoras, a saber:
- quando compara os modos da colonização espanhola, metódica e rigidamente controlada pela metrópole, na metafora buarqueana os espanhóis são os "ladrilhadores". Enquanto os portugueses, muito mais indolentes, auto-suficientes e insubmissos são comparados a "semeadores";
- quando lança a noção de "homem cordial" como sendo um arquétipo do brasileiro que, longe de ser pacífico ou benevolente, é cordial porque age de acordo com o coração, com as paixões, sendo extremado em seus amores e em seus ódios;
- quando percebe peculiaridades do brasileiro como o costume de utilizar-se de diminutivos para fugir ao formalismo das relações sociais e familiarizar o contato com o outro.

Enfim, essa enumeração poderia ser ainda maior, sem contudo alterar o que até agora foi dito sobre a substância do livro. Fazendo coro a voz da tradição, essa leitura é recomendadíssima.
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Carolhistoria 03/08/2010

Obediência/Virtude

"Por isso mesmo que rara e difícil, a obediênica aparece algumas vezes, para os povos ibéricos, como virtude suprema entre todas.A vontade de mandar e a disposição para cumprir ordens são-lhe igualmente peculiares.As ditaduras e o Santo Ofício parecem consituir formas tão típicas de seu caráter como a inclinação à anarquia e à desordem."

Ségio Buarque de Holanda - Raízes do Brasil - p.39.

Vocês concordam?

Boticário 10/02/2012minha estante
Para mim este livro mostra coisas sobre nosso mundo,
como o cordialismo no Brasil.


Irapuan 15/04/2012minha estante
Certamente e acertadamente. A elite das cidades são extamente assim, e os acendentes, os imitam. É preciso, quebrar esse paradigma...Como? Eis a questão.




clandestini 20/05/2010

Da série Raí­zes do Brasil
“Estereotipadas por longos anos de vida rural, a mentalidade da casa-grande invadiu assim as cidades e conquistou todas as profissões sem exclusão das mais humildes.” (HOLANDA, Sérgio Buarque. Raí­zes do Brasil, p. 55-56).

Raí­zes do Brasil é um pequeno livro de mais ou menos 150 páginas, depende da edição que o leitor escolhe, e não serve para uma leitura descompromissada. É o tipo de livro que necessita de uma leitura lenta, saboreada, para que todos os fios e teias de argumentos não se percam, e a magnitude das palavras de Sérgio Buarque de Holanda não confundam a cabeça de um leitor desavisado.

Raí­zes do Brasil trata de entender um processo de transição sociopolí­tica que Sérgio Buarque presenciava, onde pretendia identificar o passado a ser superado para entender qual seria nosso futuro histórico contido no presente.

O livro não é uma narrativa de fatos ou seqüência de eventos, é uma tentativa de reconstruir os fragmentos das várias formas de vida social , dessas instituições e mentalidades que tiveram suas origens no passado e que ainda eram parte da identidade nacional a ser superada.

O autor queria reconstruir a identidade brasileira tradicional enquanto um dos pilares de tensão do presente. Assim, a identidade brasileira está em devir, em processo de construção e também era problemática e fraturada. E em cada momento dessa construção a sociedade não deixa de ser portadora de ambiguidades, de ser nova, fruto da colonização européia, mas que não se amolda a sua herança. Em cada capí­tulo do livro ele identifica os pilares desse devir e tenta reconstituí­-los.

Daqui: http://trecosetrapos.org/weblog/2006/08/09/da-serie-raizes-do-brasil/
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Psychobooks 10/05/2010

O livro que vou falar, envolve um pouco da sociologia e história, que particularmente é uma área que me atrai muito.
Voltemos ao ano de 1936 quando o livro foi lançado pelo Sérgio Buarque de Holanda, reconhecido até hoje entre os juristas.
Apesar do ano e tema, eu acho o livro superlegal, pois nele o autor desmitifica muitas das baboseiras que ouvimos no colegial, como: "O Brasil foi descoberto", "O verde de nossa bandeira representa nossas matas".... e por aí vai. (Não, o Brasil não foi descoberto, foi ACHADO! e as cores da bandeira representam as cores dos brasões das famílias reais, os Braganças e os Habsburgos)

Gostou? Quer ler mais? Acesse:

http://psychobooks.blogspot.com/2010/03/raizes-do-brasil.html
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Chiquinho 08/08/2009

Não foi o que eu esperava
Já ouvi falar muito sobre este livro. A frase cunhada por Antônio Cândido de que era um livro "que já nasceu clássico", foi prepoderante para que me debruçasse sobre a obra. Confesso que já li coisas melhores dentro desta ótica, como por exemplo: O Povo Brasileiro, de Darcy Ribeiro.
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