As três Marias

As três Marias Rachel de Queiroz




Resenhas - As Três Marias


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BeatrizViana0 17/04/2019

Ótimo!
Muito legal a histórias das três Marias. Cada uma com desejos e expectativas diferentes e um final surpreendente. Amei
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Adriana1161 11/01/2019

Quase uma história qualquer
Gostei mais da escrita do que da história em si. A história não tem nada de extraordinário mas é muito bem escrita.
Realismo bruto, já havia lido a autora há tempos atrás, e realmente sua escrita é muito fluída, muito boa.
Fala dos sentimentos como se fossem reais, o suicidio, fala de uma maneira bem atual, fala de preconceito, segregação ricos e pobres. Da descoberta da protagonista da leitura. Fala do poema de Manuel Bandeira, a quem a autora dedicou o livro.
A narrativa vai mudando conforme a personagem vai amadurecendo.
Medo do casamento, de ficar a sós com o marido... mudança de um passado não tão distante.Transição do Ceará pro Rio de Janeiro, e depois a volta pra casa.
Tem uma pitada de autobiografia.
Personagens: Guta, Maria José, Glória, Raul, Isaac, Aluísio
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Cilmara Lopes 10/01/2019

Uma leitura que realmente amei
Primeiro livro do ano e estou bem feliz com isso, amei muito a experiência de conhecer um cadinho da escritora Rachel Queiroz, estou bem ansiosa para ler mais obras dela.

O Brasil possui uma diversidade extraordinária, vários brazis, fatores como cultura, costumes, crenças, contexto histórico mudam de região para região.
Aqui pude desfrutar de uma narrativa poética, com ternura sobre três amigas que se conheceram em um convento no Ceará durante a infância, Maria Augusta (Guta), Maria Glória e Maria José (Zezé), a sonhadora, a vencedora e a melidrosa.
Me senti amiga dela também, vi essa amizade crescer de forma tão orgânica e bonita que, por vezes, almejei que elas realmente existissem.
Logicamente, que esse romance vai totalmente de encontro com a vida da autora, ela estudou em um convento do Ceará e leva muito da sua vivência para seus livros, faço uso das palavras de Mário de Andrade, trata-se de um " Livro de feição autobiográfica".
Pensei que poderia sentir certa dificuldade em me entregar a leitura, por ser um livro da década de 30, mas logo no primeiro paragrafo percebi que ele não era nem um pouco datado, ficava ansiosa para continuar sendo conduzida na vida das personagens, conhecer um pouco mais da região em que elas viviam.
A narrativa é viva, eficiente, a mulher aqui é protagonista, tem irreverência e ganha cada vez mais notoriedade no decorrer do enredo. Agora imagine o quanto foi impactante a publicação desse livro naquela época. Só imagine e perceberá a importância de Rachel.
Eu terminei a leitura com muito orgulho da nossa literatura, em especial a que foi e é produzida no Nordeste.
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Mario Miranda 10/01/2019

Uma Nova Rachel
Rachel de Queiroz, nossa decana da Academia Brasileira de Letras, que tanto recusou um título de "Feminista" para a sua obra, nos brinda com um livro que, respeitando o desejo da autora, se não é "Feminista", é definitivamente "Feminino". Não apenas por centrar-se em personagens femininas (recordemos quão difícil é encontrá-las em obras publicas antes de 1940), com questões e problemas intrinsecamente ligados a questão do seu gênero na primeira metade do século passado.

As Três Marias narra a história de três alunas (Maria Augusta, Maria da Glória e Maria José), estudantes em um internato da capital Fortaleza e o período após: os laços que uniram esta amizade ao longo do tempo. Desejos, projetos mas, sobretudo, decepções com a vida delas e suas colegas. Narrado em primeira pessoa por Maria Augusta - Guta - a obra mostra, acima de tudo, um desejo inesgotável pela Liberdade para aquelas mulheres, contidas até então (e algumas assim ainda se mantiveram por anos) em círculos tão restritos e delimitados destinados às mulheres naquela sociedade.

Uma analogia que logo me veio a cabeça foi As Meninas, da Lygia Fagundes Telles, publicado 24 anos após As Três Marias. Em ambas as obras o assunto gira em torno de três amigas, com pontos de intersecção a mim claros nas duas obras:

i) Lorena, personagem central de As Meninas, é uma mulher sonhadora, elo de ligação entre as outras duas, a única que não mantém claramente um relacionamento ao longo da obra. Maria José, mulher religiosa que também não se dedica a nenhum relacionamento, é quem apresenta a recém-chegada Guta a Maria da Glória.
ii) Lia é a mulher-revolucionária da obra da Lygia, desejosa de romper com os padrões pré-concebidos da sociedade de sua época, mantém um relacionamento com um dos sequestradores do Emb. Elbrick, no fim da obra parte para o exílio com o namorado. Guta é uma personagem inquieta com seu papel na época, rompe com os padrões tradicionais ao decidir ir morar sozinha na Capital, trabalhar e se sustentar. Também mantém um relacionamento com um estrangeiro, imigrante judeu que residia na capital.
iii) Ana Clara é a mulher com a história mais triste em As Meninas: originária de família pobre, busca no casamento uma maneira de romper a barreira social de sua pobreza. Maria da Glória é órfã, busca em um casamento a maneira de abandonar não apenas a pobreza, mas sua "inferioridade social" condicionada por ser uma menina "sozinha no mundo".

As Três Marias tem todas as suas páginas a latência da relação mãe-filho-maternidade, fruto da perda meses antes que Rachel sofre ao ter sua filha falecendo antes de completar dois anos. Diversas mães morrem durante o parto em sua obra, e em uma linha quase perceptível notamento que a própria Guta perde o filho nas páginas finais.

site: https://www.instagram.com/marioacmiranda/?hl=pt-br
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Sanoli 07/01/2019

https://surteipostei.blogspot.com/2019/01/as-tres-marias.html
https://surteipostei.blogspot.com/2019/01/as-tres-marias.html

site: https://surteipostei.blogspot.com/2019/01/as-tres-marias.html
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Elaine - @narealidadedasletras 31/12/2018

Nada irá descrever o que tô sentindo ...
Esse foi meu primeiro contato com a escrita da autora e estou imensamente feliz por ter tido tempo de finalizar essa grande obra.
Um romance de formação com uma forte pegada autobiográfica de Rachel de Queiroz.
Por saber que se tratava de um livro da década de 30 que contava a história de três amigas que se conhecem num internato,esperava uma leitura mais leve e ingênua;doce engano o meu,o livro amadurece junto com seus personagens a medida que vamos adentrando a trama com temas que até hoje ainda são tratados como tabu.
Rachel de Queiroz foi a primeira mulher à ocupar uma cadeira na Academia Brasileira de Letras,apenas em 1977,e estou imensamente feliz por ter finalizado essa leitura antes do término do ano.
Foi interessante observar o retrato da sociedade na década de 30/40,sobre o olhar da autora. Sem romantização a realidade e nem fornecer ao leitor um final fácil ou previsível, no entanto nos deixa com aquela sensação que os personagens estão vivendo um momento de descoberta,de transição.
O livro é de uma profundidade intensa e ao mesmo tempo,de uma leveza que nos enche os olhos, mas que deixa o coração leve e sereno.
De uma escrita rápida, fluída e cheia de momentos bonitos e melancólicos.

"...Estava ali o mundo, o povo a vida de fora,tudo o que era interdito à minha vida reclusa."

Super recomendo.
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Maria Faria 01/12/2018

As três meninas
Escrito com leveza e com aquele toque invisível de brutalidade que nos mostra a real aspereza da juventude. O que se espera do amor e da religião? As primeiras vezes, tão bem retratadas e tão reais em suas desilusões. Rachel é maravilhosa por escrever tão bem sobre a rispidez das descobertas.
São três Marias que se conhecem no internato e vivem a transição da adolescência para fase adulta juntas. A autora escreve maravilhosamente sobre todos os desafios dessa fase, sobre o primeiro amor, primeiro beijo, primeiro sexo, o aborto. Cada uma das Marias segue seu caminho como reflexo da história em que estão inseridas.
A beatitude de Maria José é resultado de uma vida difícil ao lado da mãe e irmãos, uma família destroçada pela inconsequência do pai e pela presença de uma amante. Maria da Glória é fruto da ausência familiar em decorrência da morte. Sem pai e mãe, procurou um casamento para formar sua família.
Maria Augusta é Rachel, mulher liberta em suas opiniões e atitudes.
E a autora não deixou nenhum assunto tabu sem abordar; desde a colega que fugiu com o namorado até a amiga que, casada, resolveu ter um amante.
A realidade da subjugação da mulher e da necessidade de um aborto, até mesmo o relato da colega que virou prostituta, nada escapou à escrita atenta de Rachel de Queiroz .
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Daniel 12/10/2018

Poético e insuficiente
Resenha no link abaixo!

site: https://blogliteraturaeeu.blogspot.com/2018/10/as-tres-marias-de-rachel-de-queiroz.html


Camis 12/09/2018

Nenhum título vai descrever o que sinto
Toda vez que eu termino de ler Rachel de Queiroz, parece que se forma um furacão na minha alma. Talvez porque eu seja cearense, criada entre o sertão e o mar, e compreenda tão bem as descrições que ela faz dos lugares situados no Ceará. Sinto o cheiro, o calor, vislumbro a paisagem. Talvez seja a descrição das pessoas, que me provoca saudades de todos com quem eu convivia em Fortaleza. Mas não é só isso. Rachel consegue revolver em mim o feminino, profundo, latente, nordestino, que eu tanto amo e ao qual me agarro com unhas e dentes, todas as vezes que eu passo muito tempo sem ir lá, na casa dos meus pais, rever minhas amigas, minhas parentas. As Três Marias me remonta ao tempo das minhas avós, das histórias que elas contavam. O livro é de uma profundidade intensa e ao mesmo tempo, de uma leveza, que te enche os olhos de água mas te deixa com o coração sereno. Darei um tempo e depois voltarei a lê-la. Até mais, Rachel.
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Raphael 06/09/2018

Livro bem chato, e arrastado
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Felps / @felpssevero 31/08/2018

Romance de formação surpreendente
As três Marias, romance de formação com uma forte pegada autobiográfica de Raquel de Queiroz, foi uma das leituras mais surpreendentes deste ano. Por saber que se tratava de um livro da década de 30 que contava a história de três amigas que se conhecem num internato, esperava uma leitura mais leve e ingênua (como o gostosinho Anarquistas graças a Deus, da Zélia Gatai), mas encontrei um livro que amadurece com suas personagens e que traz vários temas que até hoje ainda são tratados como tabus. O livro é fluido, rápido e cheio de momentos bonitos e melancólicos.

Raquel Queiroz foi a primeira mulher a ocupar uma cadeira na Academia Brasileira de Letras, apenas em 1977, e foi uma coincidência interessante concluir a leitura desse livro no mesmo dia em que Conceição Evaristo (que poderia ser a primeira mulher negra a ser imortalizada) perdeu a disputa pela cadeira para o cineasta Cacá Diegues, apesar do forte apoio popular que recebeu. A falta de pluralidade na ABL (40 cadeiras, em que somente 7 são ocupadas por mulheres e 1 por um homem negro) diz muito sobre nossas elites culturais. Ou talvez eu esteja dando importância demais a esses senhores e seus rituais.

@felpssevero

site: instagram.com/felpssevero
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Lidos e Curtidos 26/08/2018

Poderia ser qualquer Maria
A história de As Três Marias se passa, em grande parte, na cidade de Fortaleza, no Ceará, terra natal da escritora Rachel de Queiroz.
No romance nós vamos acompanhar as histórias de três Marias, na primeira metade do século XX. Podia ser qualquer “Maria”, mas aqui, essas três moças têm seus destinos cruzados num famoso internato feminino da cidade.
O Título da Obra é bem conveniente. As “Marias” representam o Feminino e as suas diferentes formas de existir numa sociedade. E mais representativo ainda é a associação que podemos fazer com o segundo nome de cada uma dessas Marias:
Maria da Glória: a mais rica, bela; o padrão que a sociedade espera de uma mulher;
Maria José: a que se mantém presa às imposições religiosas pela ambivalência em sua existência e pela sensação de não pertencimento. Por ser Maria e ser José e;
Maria Augusta: narradora e alter-ego da Rachel de Queiroz. Busca uma liberdade que é constantemente tolhida ou criticada. Sonha poder exercer todo o seu papel feminino (dentro do que ela entende por isso), longe das normas e culpas, apenas por poder experimentar-se vivendo.
Apesar de personalidades distintas, as três possuem figuras paternas ausentes. Esse motivo favorece seus estudos num colégio interno feminino e religioso. Tais instituições eram super valorizadas por serem educadoras, aliadas à força reguladora e censuradora que é a religião, com todos os seus dogmas, pecados e morais; um espaço em que os dispositivos de gênero estão excessivamente postos e todos os ensinamentos são no intuito de fazer daquelas meninas, mulheres honradas: boas donas de casa, que, claro, dentro do ideal concebido, se casarão virgens e não mancharão o bom nome de suas famílias.
Quer saber mais? Visite youtube.com/lidosecurtidos

site: https://youtu.be/QqLy5z-QrX8
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neudsonpenha 30/07/2018

Em busca da Redenção feminina
As Três Marias, da cearense Rachel de Queiroz, é um romance autobiográfico como descreveu Mário de Andrade.

A narrativa, em primeira pessoa, é a história de vida de três amigas: Maria Augusta, Maria José e Maria da Glória e de seus Medos, da tradição, da condição social, condição feminina, dos amores, dos desejos, da família, das dores e sabores...das perspectivas de uma "redenção feminina".

"A busca pela liberdade e o que quer que isto signifique" é o que veremos sob o olhar tenso, dramático e por vezes seco, pragmático, mas também lúcido e reflexivo da personagem Maria Augusta.

O livro tem a façanha de ser feminista sem rumar por esse condução política. (a autora não se descrevia como tal e não escrevia para tal). Porém, com um um enredo forte e cheio de personagens femininas marcantes facilmente nos conduz às profundezas da simplicidade e da complexidade da condição de "ser mulher ".

Primero livro lido da autora e não será o último. Super recomendo!!!!
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Luciana - @minhaestantemagica 25/07/2018

BFF's
O primeiro contato que tive com Rachel foi com a leitura de O Memorial de Maria Moura (há mais de quinze anos). Não lembro direito da história, mas lembro que fiquei encantada com a força daquela mulher. Desde então, não tinha lido mais nada dela. E que maravilha reencontrar essa escritora que retrata tão bem o meu Nordeste e, principalmente, o Ceará, terra de vários amigos queridos. Bom, As Três Marias é um livro autobiográfico, inspirado na infância e juventude de Rachel. Maria Augusta ou Guta, a narradora, conhece suas duas melhores amigas, Maria da Glória e Maria José, no internato de freiras em que estudava. Elas se tornam tão inseparáveis que ganham o apelido de três Marias, como a constelação. Elas passaram a infância lendo romances franceses às escondidas e imaginando como seria o amor e o mundo fora dos portões do colégio. Em uma época em que a família, a escola e a Igreja eram responsáveis por moldar o comportamento feminino (bela, recatada e do lar), Guta acaba se tornando a mais ousada. Glória rapidamente se casa, concretizando o "sonho de toda mulher" e Maria José se torna tão religiosa que vive em conflito consigo mesma. Guta, apesar de também desejar um amor, vive experiências libertadoras e transgressoras para a época. Mais uma protagonista feminina, corajosa e autêntica típica da obra de Rachel. Na verdade, uma protagonista como a própria Rachel!
As personagens de Maria da Glória e Maria José eram reais. Se chamavam Odorina Castelo Branco e Alba Frota. E Maria Augusta, claro, era a própria Rachel. As três permaneceram amigas até o fim da vida.
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Guynaciria 06/07/2018

Rachel de Queiroz foi a primeira mulher a ganhar o Prêmio Camões, em suas obras ela busca retratar a realidade social do povo nordestino, dando sempre ênfase as papel da mulher na sociedade.

As Três Marias, é um romance publicado no ano de 1939, escrito em primeira pessoa, tem como narradora a Guta, ou Maria Augusta. Ela é a protagonista dessa história, que teve inicio com a sua chegada no colégio interno aos 12 anos.

Ela logo fez amizade com Maria José e Maria da Glória, surgindo daí o apelido do trio (As Três Marias, baseado na constelação de Órion). A amizade entre as meninas acabou sendo um alento para elas, uma vez que tinham com quem compartilhar as suas angustias, tristezas e sonhos de um futuro melhor.

As meninas se transformaram em mulheres fortes, complexas, que mesmo com o passar dos anos tentaram manter contato.

Guta é uma personagem complexa, muitas vezes incompreendida, ela tem sonhos grandes demais para a realidade em que está inserida, e por esse motivo acaba atuando como observadora das pessoas que a cercam. 

Foi interessante observar o retrato da sociedade brasileira da década de 30/40, sobre o olhar de Rachel de Queiroz. Ela não romantiza a realidade e nem fornece ao leitor um final fácil, previsível, pelo contrario, os finais de seus livros são geralmente aberto, com as personagens vivendo um momento de transição, de descoberta.

Esse é um livro emocionante, recomendo à leitura a todos.

Bjos!
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