O avesso da pele

O avesso da pele Jeferson Tenório




Resenhas - O avesso da pele


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Mari Pereira 20/02/2022

Sobre a pele e o que contém em seu avesso
Não tem como ler esse livro e não sentir que acabou de ler uma grande obra!
O livro possui uma escrita direta, com períodos curtos, longos parágrafos e muita beleza. A leitura é bastante fluida, envolvente e proporciona um sentimento de grande intimidade com o narrador.
Ao falar sobre a história de uma família a partir da visão do filho, Tenório nos entrega um livro que aborda com profundidade as desigualdades raciais no Brasil (especialmente no sul do país); o racismo estrutural; a situação do professor/a de educação básica; as relações familiares nesse contexto racializado; a violência doméstica e familiar; a violência policial; o abandono parental e uma série de temas relacionados que se entrelaçam muito bem no enredo.
Chama a atenção também a dedicação do autor à pesquisa, de forma que toda essa discussão proposta no livro está muito bem embasada e referenciada nos grandes debates contemporâneos das Ciências Sociais.
O resultado é um livro atual, verdadeiro, e envolvente, bem escrito e muito tocante.

Minha única ponderação é em relação à construção da personagem da mãe, Martha. Uma personagem com tanto background e tantas camadas, mereceria um desenvolvimento melhor do que o velho estereótipo da mulher histérica/louca/desequilibrada.

Ainda assim, O avesso da pele é um livro que merece ser lido, debatido e sentido. Um grande acréscimo à literatura brasileira, sem sombra de dúvidas.
Mariana 21/02/2022minha estante
Tô doida pra ler!


Mari Pereira 21/02/2022minha estante
Lê sim, vale a pena!




Tomlucitor23 23/06/2023

Hoje é um dia frio, queria ler um livro com aspecto frio, mas ao mesmo tempo com o calor de uma narrativa brasileira, eu realmente fiquei muito surpreso, preso em toda a leitura, vibrado, sem conseguir parar, pensando nos vários personagens, em suas lutas, traumas e dificuldades, em suas lutas, eu não gosto de falar sobre as histórias que leio, porque essa foi uma gigante surpresa em todos os sentidos, a dor do racismo é uma dor forte demais, e esse livro põe em evidência tudo isso.
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olivkholin 27/06/2023

Emocionante e necessário
"É necessário preservar o avesso, você me disse. Preservar aquilo que ninguém vê. Porque não demora muito e a cor da pele atravessa nosso corpo e determina nosso modo de estar no mundo. E por mais que sua vida seja medida pela cor, por mais que suas atitudes e modos de viver estejam sob esse domínio, você, de alguma forma, tem de preservar algo que não se encaixa nisso, entende? Pois entre músculos, órgãos e veias existe um lugar só seu, isolado e único. E é nesse lugar que estão os afetos. E são esses afetos que nos mantêm vivos."
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Karen Baltazar 02/04/2023

Livro necessário para todo ser humano
Todas as pessoas do mundo deveriam ler esse livro, principalmente (como eu) pessoas brancas.

É curto, fluido, mas dolorido, demorei 5 dias pra ler porque mexeu extremamente com meu emocional.

É extremamente difícil, triste, para uma pessoa preta o dia a dia em sociedade. Não é meu lugar de fala, mas lendo esse livro você sente um pouco o que pessoas pretas sentem.

O processo de desconstrução é necessário e urgente!
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Thaiza.Vianna 21/03/2024

Único!
Uau, que livro!
Merecedor do prêmio Jabuti e espero que a tentativa de censura traga ainda mais visibilidade pra essa obra prima! Adorei ver o tiro saindo pela culatra.
Lindo, emocionante, real, fluido, visceral, impactante, triste e extremamente necessário.
Escancara a terrível realidade nua e crua do quanto o racismo impacta no dia a dia de tantas pessoas negras, desde pequenos atos até perdas de vidas. Basta!
Precisamos de divulgação de obras como essas: reais, atuais e que incomodam!
Virou um dos favoritos da vida, indicarei a quantas pessoas for possível, vale muito a pena!
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Rami 09/03/2024

Poucos livros me fizeram chorar
Poucos livros me fizeram chorar.
Parafraseando Pedrinho, o narrador de O Avesso da Pele eu início meu momento desabafo como professora e negra nesse país que atravessa tempos sombrios... Desde a sua colonização!
Eu comprei o ebook do livro em alguma promoção na época da pandemia, mas tentei lê-lo apenas ano passado. Não fui em frente, porque os baques da primeira página me fizeram ter a certeza que eu deveria ter o físico em mãos para tantas anotações e grifos que eu com certeza faria.
Há mais ou menos um mês eu o coloquei na minha mochila preta, a que levo para a escola onde trabalho e ele ficou lá por um mês. Indo e voltando. De Barueri a Osasco, de Osasco a Barueri. A ressaca literária me pegou de jeito e volta as aulas, tanto com os alunos e tanto na faculdade de Biblioteconomia que faço, eu deixei o livro continuando seu turismo de cidade em cidade.
Pouco mais de uma semana a Censura colocou esse livro nos holofortes e eu precisava tomar vergonha na cara e ler. Até que hoje, umas 18h eu resolvi pegar esse livro e ler um ou dois capítulos para o meu ser ávido por leitura voltar a aparecer.
E ele apareceu. Às 20:40h eu terminei esse livro aos prantos como há tempos não me pego chorando com a literatura.
Eu entendo o porquê da censura: porque esse país odeia quem expõe a falsa ilusão de um país miscigenado. Porque esse país odeia a exposição de que nossa estrutura é racista. Porque esse país odeia se ver confrontado com a realidade, porque isso leva qualquer um a perceber seu papel nessa estrutura que privilegia uns e massacra outros em detrimento da cor de suas peles. Porque esse país odeia também os professores, a educação que liberta, a educação que nos faz entender que devemos continuar combatendo todo esse sistema.
A Ramiles que releu os primeiros capítulos não é a mesma que finalizou o último capítulo. A única certeza que tenho (além das incertezas como comprovou Gregório de Matos) é que assim como Pedrinho, eu preciso continuar.
Tô cansada de continuar, seja como mulher, como negra, como professora... Mas preciso. Só continuar!
Obrigada, @jeferson.tenorio.9 . A gente vai continuar gritando "Não a Censura! Não e não e quantos nãos forem necessários"!
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Gi Santos 25/08/2023

Maravilhoso!
Um livro comovente e emocionante. Retratando com dura delicadeza as mazelas sofridas pelo povo negro. Sou filha de um preto (era assim que ele se via) onde vi mto do que meu pai viveu. Me emocionei mto lendo e a escrita eu simplesmente amei.
Silvanessa.Matos 27/08/2023minha estante
realidade retratada em páginas ?




Élinson 01/06/2021

Eu queria ter morado num pensamento teu...
...minha pele preta (por dentro), os silêncios dele que construí, as palavras duras que nunca esqueci, o que queria ter dito e nunca consegui. O trampolim e a força e a falta de força que me tomou, quando mais precisei agir...A janela que não construí, pela qual quis me jogar, mas era rasa. Minha maturidade, que veio aos poucos, meu tempo oco, meu pedido de socorro, que ninguém ouviu. Eu peço pai: tenta me ouvir!
Esse livro contou coisas sobre mim, que mesmo prestando atenção em todos os passos até aqui, ainda não tinha conseguido ligar os pontos, conectar os sangues, sentir as dores do outro. Acho que é sobre isso. Sobre conectar, sobre sentir, sobre sangrar. Leia! Sinta! Sangre!
Samuel 01/06/2021minha estante
Resenha linda!




Lydia10 25/11/2022

Lindo e triste.
São mil e uma formas de nos conectarmos com a história, me identifiquei tanto com essa busca das nossas histórias paternas, nossas raízes.
Que obra de arte!
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Patricia Milani 11/11/2022

"É necessário preservar o avesso, você me disse. Preservar aquilo que ninguém vê. Porque não demora muito e a cor da pele atravessa nosso corpo e determina nosso modo de estar no mundo."

O fato de ter troca de narrativa a todo o momento foi algo que me incomodou um pouco durante a leitura, tirando está questão gostei do livro.
janierisonsantos 11/11/2022minha estante
pretendo ler ele próximo ano


Day 19/11/2022minha estante
Me incomodou profundamente esse narrador filho conhecer o passado do pai tão bem quanto o próprio pai. Kkk


janierisonsantos 19/11/2022minha estante
vish kkk tomara que não me incomode ?




May 19/03/2024

Essencial para vida ??
Pedro, descobre que seu pai foi morto pela polícia e nem uma abordagem policial e que os mesmos ainda não foram presos. Henrique era professor e dava aulas noturnas, não tinha um bom relacionamento com a ex. Mulher, e ele não era muito próximo do filho, mas de vez em quando dava conselhos sobre relacionamento. A morte do pai fez com que Pedro começasse a refletir sobre a sua vida e de seu falecido pai.
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Larissa.Correa 23/03/2024

Não consigo colocar em palavras todos os sentimentos que essa leitura me despertou.

Foi forte e cruel de um jeito tão poético e gentil. A história de um pai contada pelos olhos, recordações e imaginações de um filho.

É compreensível a revolta da branquitude e o desejo de censurar a reflexão sobre o racismo, afinal, o dedo escancarando a ferida não é lá uma sensação muito confortável.

Toda pessoa branca deveria ler essa obra a fim de minimamente compreender o que é ser preto. O autor pontua o quanto é importante preservar o avesso, aquilo que ninguém vê, porque não demora muito e a cor atravessa o corpo e determina o modo de estar no mundo.

Uma obra prima que me tocou, me transformou, me fez refletir e me embargou.
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Joao.Victor 26/03/2023

Um livro que apresenta o racismo estrutural escrito por um negro, o que não cai na hipocrisia. É um livro muito bem escrito, muito bem pensado e que nos traz ensinamentos que levaremos para toda a vida. É pesado, então a leitura pode ser lenta para algumas pessoas como foi para mim, mas é uma leitura que você vai digerindo cada palavra letra por letra.
É uma leitura inesquecível, não deixe de ler.
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Manurka 06/07/2023

O avesso da pela
Esse livro é simplesmente incrível. O protagonista, Pedro, tenta reviver histórias de sua mãe, Marta, e principalmente seu falecido pai, Henrique.

Traz muitos temas discutidos hoje em dia, como racismos, abandono parental, violência doméstica, machismo, entre outros.

"Pessoas brancas nunca pensam que um menino negro e pobre possa ter outros problemas além da fome e das drogas."

Mostra a pureza das crianças, como em partes que Henrique é chamado de negro, e só a partir desse ponto que percebeu que a sociedade ainda é separada por "raças" e que não como todos apenas seres humanos.

Além desses temas, é apresentado um desejo de muitas outras pessoas, como a vontade de conhecer suas raízes e saber de onde veio, de onde são seus parentes e, consequentemente, você.

Um livro narrado de maneira diferente, muitas vezes na 2° pessoa. Para mim, o detalhe que a capa poderia ser feita do avesso feito pelo autor e pelo ilustrador é maravilhosa. Além disso, é uma leitura muito rápida e viciante.

Recomendo muito a leitura!!!
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