O mapa do tempo

O mapa do tempo Félix J. Palma




Resenhas - O Mapa do Tempo


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Cláudia 13/02/2012

Esse livro foi uma surpresa para mim, primeiro por que nunca tinha ouvido falar nele até saber que seria lançado aqui e segundo por que a leitura não foi nada do que imaginei depois de ler a sinopse e o trecho cedido pela editora (valeu Intrínseca ;)) - então acho que o autor é genial. A narração toda gira em torno da ideia de viajar no tempo, a história é dividida em 3 partes.

Na 1ª parte conhecemos a história do jovem casal Andrew e Marie que se passa em 1800 e pouco em Londres, ele é rico e ela uma prostituta, ate aí tudo mal devido a época e como as coisas sempre podem piorar ela acaba sendo uma das vítimas do serial killer Jack O Estripador... isso não é spoiler desde o início acompanhamos a tristeza de Andrew, que vê uma luz no fim do túnel quando seu primo Charles lhe ao idealizador da agência Viagens Temporais Murray, sim como você pode imaginar essa agência vende viagens no tempo, o que é bem conveniente para Andrew. Além desse núcleo, também começa a ser apresentada a história de Murray (dono da agência) e de como ele entrou nesse ramo.

A 2ª parte conta a história de Claire, que não aceita ter como único caminho na vida o casamento, tudo de sua época a deixa muito aborrecida. Lucy - sua amiga conformada que se diverte em qualquer lugar, consegue vagas para as 2 no passeio inaugural da Viagens Temporais Murray ao ano 2000, lá os passageiros terão a chance de assistir a batalha dos humanos contra os autômatos. Até estava tudo tranquilo. as coisas começam a complicar quando Claire conhece Derek Shackleton - o líder dos humanos na guerra do ano 2000.

A 3ª a principio é sobre o Inspetor Colin Garrett que quando encontra um corpo perfurado de uma maneira que até então parecia humanamente impossível, decide viajar novamente ao ano 2000 pois apenas uma arma do futuro pode ter cometido o crime.

Bom espero ter deixado mais ou menos claro como é a história, se não deixei ... bem eu não queria estragar a leitura de ninguém contando demais, mas é assim mesmo as partes são apresentadas por pontos de vista diferentes. Posso dizer que é um dos melhores do ano, uma aventura fantástica que conta com a participação "em carne e osso" de personagens importantes da história, como o próprio H. G. Wells (autor de A Maquina do Tempo), Henry James, Bram Stoker ... além do Jack o Estripador e o Homem Elefante - e tudo foi super bem construído e desenvolvido - tem romance, história e mistério. O texto flui bem e o defini como poético e bem humorado, o narrador que tudo vê mas nem tudo nos conta é excelente, assim como o personagem Charlie (primo do Andrew), ele é a alma da festa, gostaria de ler um livro só sobre ele. Portanto se o leitor procura um livro que pode ser sério e engraçado, rômantico e cético, verdadeiro e mentiroso ... aí esta ele, afinal como o George Constanza (personagem do Seinfeld) diz:

- Não é mentira, se você acreditar.

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http://www.concentrofoba.com.br
Desativado por enquanto 10/07/2015minha estante
É... mas tem um detalhe.. ou nem tão detalhe assim, que me senti tão... Poh, decepcionante!!




Sabris 11/07/2022

Além do que eu esperava
Vi esse livro pela primeira vez num sebo, e quando li a sinopse, já sabia que eu tinha que ler ele kkkkk
Ele é dividido em 3 partes: a 1° conta a história de um rapaz rico que se apaixonou por uma prostituta, só que pro azar dele, ela acaba se tornando vítima do Jack, O Estripador. No auge de sua desgraça, porém, seu primo Charlie o apresenta à Viagens Temporais Murray, que é uma empresa que trabalha com viagens no tempo (lembra bem dessa empresa pq as 3 partes do livro estão interligadas a essa empresa, então ela é o ponto chave da história). Isso surge como uma luz no fim do túnel pro nosso protagonista, pois é uma oportunidade para trazer sua amada de volta
A 2° parte é sobre Claire Haggerty, uma menina que não vê muita graça nos costumes de sua época, e acaba meio que sendo forçada por sua amiga a ir para a Murray para fazer uma viagem temporal. Só que as coisas começam a mudar quando, nessa viagem, ela conhece o capitão Derek Shackleton (foi a parte mais marcante do livro, na minha opinião)
A 3° e última parte fala sobre um misterioso assassinato e um cientista (n lembro bem, socorro) que tenta descobrir como tudo ocorreu, pois a arma usada no crime só pode ter sido "uma arma do futuro"
Eu gostei de como as 3 partes se interligaram, sendo uma leitura bem fluida e gostosa, ainda mais com a criatividade que o autor utilizou na parte do narrador da história
Descobri que esse é o primeiro livro de uma trilogia, por isso q o finalzinho te dá um gostinho de "quero mais", mas as sequências não foram lançadas no Brasil, isso me deixa bem triste kkkk :')
Pra quem gosta de ficção história (diria até steampunk, pq não?), romance e uma pitada de humor, esse livro é recomendadíssimo
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Wagner Fernandes 12/11/2021

É. Não é. Pode ser. E acaba sendo... ou não.
Que história fantástica! Desfecho perfeito.
Surpreendentemente! Incrível como ninguém fala desse livro. Recomendo.
É genial como o autor consegue envolver a gente na trama. A primeira parte você imagina uma coisa e quando a revelação é dada para aquela viagem no tempo você fica tipo "O QUÊ? COMO É QUE É?! ME EXPLICA ISSO, POR FAVOR", como se fosse um truque de mágico, entende? Aí na segunda parte ficamos presos no drama de Claire (a bobinha) e o Capitão Shackleton, ficamos fascinados com a explicação pormenorizada do dono da empresa de viagens no tempo e de como aquilo faz sentido. Aí vem outra revelação. E a terceira parte, especialmente do meio para o final é de tirar o fôlego!
E a conclusão, bem... LEIA "O Mapa do Tempo". Tem texto pra caramba! O autor não poupa palavras. E consegue te enganar. Você imagina que a coisa é, e não é, mas acaba sendo... ou não. rsrs
(Igual aquela música dos Titãs).
Nota 4,0. Valeu os 30 dias que levei pra concluir.
Vamos para o próximo da fila!
Wagner Fernandes 12/11/2021minha estante
Fiquei com MUUUITA vontade de ler A Guerra dos Mundos e A Máquina do Tempo depois desse livro.




Adriano 26/02/2011

Perfeito!
Um livro que tem romance, aventura, suspense, ficção ciêntifica e uma narrativa bem humorada e excelente. Um grande livro, pra figurar na lista dos favoritos de qualquer um.
Se você gosta de qualquer dos gêneros acima, pode ir sem medo. A história é tão boa, que não se pode falar nada dela, pra não quebrar qualquer surpresa. Só digo uma coisa: enquanto estiver lendo, deixe sua imaginação viajar pois este é um dos livros mais criativos dos últimos tempos!
Desativado por enquanto 10/07/2015minha estante
Depois do q o autor fez... eu não sei como dão 5 estrelas pra essa história. Quase procurei o cara na internet pra pedir satisfação pelo tempo perdido!!


Paula1735 16/01/2022minha estante
Discordo




Marcia Lopes 28/10/2012

Uma viagem literária...
Difícil falar desse livro porque não se deve passar muito além do que está sinopse para não estragar as surpresas dessa viagem. Em uma narrativa bem humorada e interessante, o escritor conversa com o leitor, faz confidências e considerações a respeito dos personagens que te dá a sensação de fazer parte da história e estar ali do lado dele e se entretêm tanto com o enredo que é pego de surpresa no final, ou quase.O livro é composto por três partes e a cada começo um folhetim.
Andrew um rapaz rico, não trabalha e vive uma vida boêmia, tem como melhor amigo Charles que também é seu primo e companheiro de noitadas. Certo dia enquanto espera o primo Andrew se depara com um quadro, uma pintura de uma bela mulher que o deixa encantando, curioso e por que não? Apaixonado.
Charles explica que para fazer uma brincadeira com o pai esnobe , lhe dá de presente aquele quadro, que na verdade é de uma prostituta que vive no bairro mais pobre de Londres.
Obcecado por aquele rosto , parte a procura dela e acabam se tornando amantes e Andrew de tão apaixonado resolve enfrentar o pai, porém Jack "o estripador" acaba com seu sonho de construir uma vida ao lado de Mary Kelly a quinta vítima de Jack e uma das mais famosas por causa da carnificina, eu deixo os detalhes para vocês, quando lerem.
Foram oito anos de completo desalento e Andrews não aguenta mais e resolve se matar. Charles mesmo com a vida acertada, casado e homem de negócios, nunca deixou de vigiar o primo e para impedi-lo de tal loucura lhe fala de uma viagem no tempo, alguém depois de ter lido o livro de H.G.Wells conseguira criar uma máquina que levava até o ano de 2000 , ora mas o que Andrews queria era voltar ao passado e impedir a morte da amada, porém Charles o convence de que talvez se aquele empresário conseguiu viajar para o futuro poderia viajar ao passado. Charles havia feito essa viagem com sua esposa semanas antes, e relata como ficará a cidade de Londres depois da guerra entre autômatos e humanos, Andrews não estava muito interessado, porém era um fator a ser considerado,desiste por enquanto do suicídio e em seguida partem rumo a empresa Viagens Temporais Murray.
Agora começa a nossa viagem. Porém deixemos Andrews, seu primo e Wells em sua viagem ao passado e conheçamos Claire.
Claire sempre achou que vivia no século errado, ela queria ser independente, não sonhava casar ter filhos, enfim tudo que se esperava de uma mulher na época e quando comprou sua passagem para o futuro estava decidida ficar por lá, quase conseguira. Mas nessa viagem ela conheceu o Capitão Shakleton , o bravo soldado que destruíra os autômatos no futuro e esse encontro nos levará a Wells novamente.
Agora Wells tenta ajudar esse suposto viajante do tempo a não ser morto e com isso criam uma história para iludir a pobre Claire e com isso Wells que nunca viajara no tempo pela empresa Murray ( ele sabia da verdade ) e agora sim se vê em apuros com um viajante do tempo que quer matá-lo.
Nessa viagem com o Wells você leitor estará na mesma sala com três grandes escritores: Bran Stocker, Henry james e o próprio Wells, eles correm perigo, um viajante do tempo pretende matá-los e assim assinar suas obras como de autoria dele, Drácula, A Outra Volta do Parafuso e O Homem Invisível, porém Wells recebe uma carta dele mesmo em algum lugar do futuro e o previne ...
Bem Pessoal não dá para contar mais sem cometer spoillers. Vale a pena ler, o livro é envolvente e surpreendente, faz sonhar e com um toque de humor irônico e inteligente o autor realmente nos leva a uma extraordinária viagem. E nos faz filosofar e especular sobra o tão comentado universos paralelos.
http://mundoliterando.blogspot.com.br/
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Ana Ruppenthal 09/07/2016

Incrível
Eu tinha uma convicção, agora não mais tão segura, de que os autores modernos não são lá os melhores. Nos clássicos nós encontramos enredos coerentes, personagens bem construídos, clímax, alegorias, vocabulários ricos e estilos literários dos mais diversos, enquanto que os autores modernos tendem a escrever qualquer bobagem para vender para leitores com pouco senso crítico - o que torna mais difícil encontrar bons livros. Mas a obra que é objeto desta resenha é uma das raras exceções - acho que uma das três dentre, sei lá, uns duzentos.O Mapa do Tempo foi um desses livros que eu, como muita gente, comprei em alguma promoção ou feira literária junto com uns outros dez e deixei ali na minha estante, esquecido por anos, até que, aproximando-se o ilustre ano de 2016, eu me propus como meta ler preferencialmente os meus próprios livros em vez de pegar emprestados de amigos e bibliotecas ou em domínio público - e sim, tenho cumprido muito bem essa missão. Até que eu, realmente descrente da vida e da literatura, depois de terminar um livro péssimo e decepcionante, peguei aleatoriamente um livro na minha estante. E creiam-me, pessoas, que na minha vida os melhores livros são aqueles que nós pegamos aleatoriamente. Com O Mapa do Tempo, foi emoção da primeira página até a última. Me fez voltar à adolescência, quando eu virava as madrugadas lendo - coisa que hoje não posso fazer por não dispor de tanto tempo assim. É uma trama que captura você, que te hipnotiza e seduz. Teve momentos que eu quis gritar, que meu coração ficava disparado como se eu estivesse vendo pessoalmente as tramas que se passavam no livro. O autor faz milhares de reviravoltas, oscila de um cenário para outro e com muita maestria, engana o leitor, ludibria a gente com cenários que outrora pareciam verídicos como também chega a um ponto em que você simplesmente não pode acreditar que algo vai acontecer - e por fim acontece. Feito o meu apaixonado testemunho, vamos à trama (sem spoilers):

O livro é dividido em duas partes: a primeira, que gira em torno da vida de Andrew Harrington, um jovem rico e de boa família, e sua amada, Marie Kelly, uma prostituta do subúrbio; e a segunda, que se passa em torno da vida de Claire Haggerty, uma jovem muito a frente do seu tempo que também vive uma história de amor, mas narrar essa história, ainda que superficialmente, seria dar um spoiler maldoso. Ambos vivem na cidade de Londres, no ano de 1888; as tramas não se comunicam diretamente entre si, mas o autor, com uma hábil alfaiataria literária, costura ambas as tramas indiretamente com a presença do escritor H. G. Wells - que, ora é personagem secundário, ora é personagem principal; ora só está ali para dar uma ajudinha, ora se compromete por inteiro.

No quesito qualidade literária, acho que o único ponto fraco foi o começo, bem nas primeiras páginas, ser de uma escrita tão comum que dificilmente iria prender um leitor mais crítico que não estivesse bem determinado (como não era o meu caso). Fora isso, me parece que tem um enredo excelente, ainda que muito pitoresco e incomum (no sentido de fantasioso e até mesmo fantástico), tem excelente construção dos personagens e é bem fiel ao cenário londrino do final do século XVIII, mesmo com um toque de ficção à la "steampunk". A criatividade do autor suplanta um 90% de todos os outros autores que eu já tenha lido, mesmo aqueles que eu considere os melhores.

Outro aspecto que me cativou foi que o autor se preocupou em humanizar os personagens, não se adstringindo a um odiável moralismo vazio - falha essa que muitos, mas muitos autores e gente que se diz entender de literatura comete. As personagens, das principais até as figurantes, tem evidenciado os seus aspectos bons ou ruins, e todo o sofrimento e trajeto de vida que fizeram-nas se tornar o que são, aceitos ou rejeitados pela sociedade.

Mas como nem tudo que é bom dura para sempre, o livro tem apenas 470 páginas e eu cheguei à última, feliz porque o livro não apenas supriu mas foi além dos meus anseios, como também deprimida, porque acabou. Dada a alta qualidade literária, eu estou muito propensa a buscar outros livros do autor, ou até mesmo reler esse mesmo livro, coisa que eu nunca fiz. É um livro que eu recomendo para absolutamente todas as pessoas que vierem me pedir sugestão de livros, alertando, contudo, que tem cenas um tanto quanto fortes. Sem dúvida, um dos melhores que eu já li em toda a minha vida.
Agenor.Junior 04/06/2019minha estante
Uma das melhores resenhas que já li no skoob.




Coruja 19/06/2012

Estava com grandes expectativas para esse livro desde que vi a notícia de sua publicação. Além dos inúmeros elogios e críticas mais que positivas, O Mapa do Tempo fazia bem o meu gênero: História alternativa, com uma boa pitada de mistério e outro tanto de ficção científica. Quando me deparei com ele na Bienal do Rio ano passado – e por menos de vinte dinheiros também... – fui meio que à loucura: coloquei-o sem piscar na cesta (a essa altura só os braços não eram o suficiente) e quando saiu a lista do DL 2012, ele foi o primeiro título a entrar na lista. E agora, cá estamos nós.

Serei sincera e direi que no começo, senti-me um pouco decepcionada. Eu tinha expectativas absurdas para ele e estava quase quicando pelas paredes para encontrar H. G. Wells e não para lidar com um maníaco suicida apaixonado por uma das prostitutas mortas por Jack, o estripador.

Nada de particular contra Andrew, mas eu não estava interessada no choramingar do rapaz, especialmente quando percebi que ele sempre chegaria tarde demais para fazer alguma diferença na linha do tempo original.

A coisa começou a mudar de figura quando Wells fez afinal sua aparição.

O livro é dividido em três partes, cada um com um foco: temos primeiro Andrew tentando voltar ao passado para mudar o destino da amada, temos depois a jovem Claire, que anseia por um futuro em que há algo mais para as mulheres além de bordar, cantar e ser uma esposa exemplar e temos os misteriosos crimes que só podem ter sido cometidos por alguém que veio de uma outra época.

Nessas três partes, Wells é mais ou menos a ponte, o fio condutor pela qual passa toda a história e é o único também que parece ter plena consciência do paradoxo das viagens no tempo, das conseqüências que elas podem ter na criação de novas dimensões a partir da alteração de determinados pontos da linha temporal.

A forma como Palma escolheu narrar a história – uma terceira pessoa onisciente que interpela de forma direta o leitor em muitos momentos – foi muito acertada. Ele te dá um vislumbre dos pensamentos e intenções dos personagens que, por vezes, nem os próprios personagens têm consciência, e te convida a se envolver na história como quem partilha um segredo.

Uma vez que o livro te conquista, que a história verdadeiramente engrena, é difícil largá-lo. Palma parece estar o tempo todo jogando com suas expectativas e subvertendo-as a cada novo capítulo. Você começa imaginando uma coisa, depois essa coisa é desmentida, daí a pouco tudo se inverte de novo e sua percepção da realidade vai para o brejo envolto em tantas reviravoltas.

São tantas idas e vindas, subidas e descidas quanto uma montanha-russa. O Mapa do Tempo te deixa quase que constantemente tentando adivinhar o que acontecerá a seguir... e falhando miseravelmente porque as coisas nunca são o que você espera ser. Ele é surpreendente de uma forma quase reflexiva – por vezes você tem a impressão que o autor filosofa em voz alta e te convida junto a esse exercício. Uma aventura, uma descoberta, uma surpresa – tudo isso é O Mapa do Tempo e ainda um pouco mais.

(resenha originalmente publicada em www.owlsroof.blogspot.com)
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Camila 17/11/2010

O Mapa do Tempo
O livro nos traz três histórias emocionantes de pessoas que desejam viajar no tempo e que nos mostra quais as consequencias dessas viagens. Como personagem que interliga essas histórias temos H.G.Wells, famoso autor do livro A Máquina do Tempo.

www.leitoracompulsiva.com.br
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Voador 02/02/2015

Crítica desconstrutiva
Tá. Eu li o livro. E antes de ler o livro fui às resenhas e lá estavam as opiniões entusiásticas: Escritor genial. Adorei. Uma reflexão sobre...uma provocante história...uma fina alegoria. Certo. Então fica assim: não gostei do livro. É enfadonho, repleto de personagens planas. Certo. O autor tenta criar uma narrativa com um sabor vitoriano, cheia de descrições prolixas, monólogos interiores chatíssimos e diálogos pouco naturais. Alguns dirão que foi intencional, eu só achei aborrecido. Supondo que a intenção do autor tenha sido a de criar um romance que aparentasse ser um romance de ficção científica, mas sem ficção científica, eu diria então que ele conseguiu. Embora eu me pergunte para que e por que. É um livro que leitor atento lê e começa a sentir-se incomodado com as pequeninas deficiências, a começar pelos nomes das personagens que dão a impressão de não pertencerem a seu meio e época. Um casal de irmãs de alta sociedade com um sobrenome alemão, uma biblioteca de família londrina de classe alta com obras de Emilio Salgari, autor relativamente pouco conhecido em países de língua inglesa. Claro, havia imigrantes alemães na Inglaterra vitoriana, mas dificilmente misturados à xenófoba burguesia de classe alta. Isto dá um tom levemente dessosado à trama. Claro, em minha opinião. A opinião de quem ficou decepcionado.
Jackie Sabino 19/05/2017minha estante
Sua resenha define exatamente minha sensação com o livro...!




Andrés Carreiro 05/01/2011

Magnífica obra!
Félix J. Palma construiu um romance fascinante! Nota 10! A única coisa que eu estranhei foi classificá-lo como "Steampunk". Talvez seja um romance "anti Steampunk" ou simplesmente a própria porta para viajarmos ao final do Século XIX. O leitor que tire suas próprias conclusões.
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Letí­cia 01/03/2015

Quando a capa te engana
Apesar de não haver informações na edição brasileira, esse livro faz parte de uma série chama Trilogia Victoriana, sendo este o primeiro volume. Os outros dois livros não possuem tradução para o português, mas podem ser lidos em espanhol. Os títulos estão descritos em "Outras obras", aqui embaixo.

Mas falando sobre o livro, bem, fiquei um pouco chateada, pois escolhi esse livro pensando em encontrar algo meio Júlio Verne e suas invenções, toda aquela confusão sobre ficção científica, porém, encontrei um livro com uma narrativa lenta, pois o autor é extremamente descritivo.

Todos as pessoas que conviveram comigo esse mês, observaram a minha dificuldade para ler toda a história e muitas vezes sentiram minha frustração com as páginas lidas. Infelizmente, esse é um livro que li, porém, não indico.

A não ser que você goste de cenas de esquartejamento sendo narradas em destalhes, e ver uma parte história sendo narrada várias vezes em diferentes visões.

O livro possuí um narrador onipotente e dono de todo o conhecimento, isso, presunçoso e que "joga isso na cara" do leitor sempre que pode... digamos que seja um narrador inconveniente.

A narrativa gira em torno de duas histórias, na verdade três, mas que só percebemos quando terminamos de ler a primeira parte. Isso mesmo, caro colega, o livro possuí três partes, onde as duas primeiras, praticamente não possuem ligação a não ser por acontecimentos da época e a interferência do autor H. G. Wells, que é personagem link das outras duas narrativas.

Não vou negar que existem boas "reviravoltas na história", mas é um artificio que já fiquei esperando na segunda e terceira parte do livro e que realmente aconteceram, deixando de ser "uma reviravolta".

Bem, mais que isso não posso falar, porque apesar de não ter sido a melhor leitura da vida, como diria Tatiana Feltrin, não quero estragar as surpresas para ninguém.


site: http://li-e-indico.blogspot.com.br/2015/02/o-mapa-do-tempo-de-felix-j-palma.html
Jackie Sabino 11/04/2017minha estante
Comecei a ler agora e já estou tendo a mesma percepção que você. Só consegui chegar na página 34 e com muito custo e falta de vontade de continuar. Já tinha começado o livro e parei na página 15. Essa é a segunda e última chance....


Julia 12/08/2018minha estante
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Méafius 07/12/2012

O pendular do tempo
Algumas obras literárias são escritas com um simples intuito de entreter a maior parcela possível de leitores das mais variadas condições e personalidades. Conferindo à sua obra um carácter genérico que se formata e se adapta às impressões pessoais e à fluidez da leitura devido, principalmente à disponibilidade de tempo ao ato. Assim como uma noite de descanso em que nos deixamos arrastar para uma margem do inconsciente ainda desconhecida e despertamos na amnésia da lucidez. Mas há textos de vertiginosa vida pulsante contida nas entre linhas do volume, desembocando sua trama em um profundo mar de inventivas reflexões. O livro do autor espanhol Felix José Palma Macías " O Mapa do Tempo " ( 2010 ) é um bom representante dessa classe de livros interessada em propor um deslocamento do interlocutor através do próprio tema de seu livro, as viagens no tempo.
Um dos grandes desafios do autor na empreitada do texto que resultou em talvez a singular marca desse é a ambientação. É imprescindível reconhecer a importância e as dimensões da criatividade de diversos autores ao se prontificarem a imaginar o amanhã, o futuro e tentar alcançá-lo com sua escrita bem como a própria personagem e real autor H. G. Wells (1866-1946) com seu romance científico " A Máquina do Tempo " (1895). Contudo, reconstruir um passado com verossimilhança e retratar à projeção de uma possibilidade de futuro em um tempo posterior à idealização, indo mais longe e retratando outras épocas. No caso, a cronologia do romance se inicia em meados de 1888, saltando ao ano de 1896 e divagando entre outras datas como 1984 e finalizando do fictício ano 2000 e à guerra final entre as sobras da humanidade e os autômatos poderiam ser vistas como ingênuas pelos ávidos leitores do século XXI posterior à trama. Mas a maestria de seletos autores na condução de sua escrita pode quebrantar a linearidade do tempo e transportar a quem se permitir aos mais inimagináveis lugares em épocas envelhecidas ou que estão na espera de serem captadas elo fluxo inventivo dos escritores e passar a existir.
Ao contrário de etéreas imagens do cotidiano do século XIX, somos convidados a participar da dinâmica social vigente em uma sociedade marcada pela estratificação social, efervescência ideológica e científica e de transformações aceleradas nos campos privado e coletivo, político e econômico, tecnológico e social. É praticamente impossível não sentir os odores de uma Londres esfumaçada, do perfume dos narcisos nas residências burguesas, do calor baforado nas tabernas dos bairros pobres. A sinestesia presente no texto reconstrói o passado.
Além disso, não apenas se solidifica a máquina urbana mas também o combustível transformador dessa, por exemplo, o ideário e doutrinas são pincelados durante todo o romance. O pessimismo de Schopenhauer, também é possível depreender umas marcas do antropomorfismo do naturalismo e um determinismo, por parte do ambiente mesclados em uma obra de traços futurísticos das vanguardas da Belle Epoque.
Acompanhando os traços da escrita, nos deparamos com as constantes divagações do autor,devido, talvez, ao encadeamento das diversas personagens na história. Diferentemente de outros como Garret, Palma preza pela explicação e a sutil introjeção de ideias e conjecturas, assim como nos revela um conhecimento muito grande sobre diversos temas mas sem vangloriar-se.
Permitindo um deslocamento de experiências e, sobretudo, conduzindo com autoria a excelente história, Felix J. Palma nos provoca ansiedade e muitas quebras de expectativas próprias de um verdadeiro escritor
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