Giovanna Alba Suppini 04/07/2013- Carlos Ruiz Zafón. Sou super fã do autor, e tenho todos (falta As luzes de Setembro) os outros livros publicados pelo mesmo. Ao ler algumas resenhas em alguns blogs, quis muito comprar o livro, e estava muito chateada porque prometi para mim mesma que devido ao grande número de provas na faculdade, só compraria livros, assim que eu acabasse e estivesse definitivamente de férias, além disso, li na sinopse que falaria sobre palhaços, e eu tenho um SÉRIO problema com palhaços, desde pequena tenho medo, calafrio, e sinto uma energia muito negativa quando vejo algum palhaço, por isso fiquei meio assim de comprar, mas a curiosidade falou mais alto, e confesso que ao terminar o livro não tive nenhum medo desse palhaço, mas não que meu medo em relação aos outros tenha mudado.
Para quem já conhece os outros livros dele, sabe o quanto ele é maravilhoso em seus livros, te prende até o último segundo, e mistura drama com mistério e ação de um jeito surpreendente. Ao ler O príncipe da névoa, tive muitas angústias, eu sentia que o autor queria mesmo comparar com algum filme de terror, ou criar uma história super misteriosa, mas achei que ele não conseguiu e o livro ficou muito fraco.
Na nota do autor, ele diz ser seu primeiro romance e que marcou o início da dedicação como escritor.E é o primeiro de uma série como O palácio da meia noite (próximo livro a ler), As luzes de setembro (ainda não achei para comprar) e Marina (foi o livro mais marcante de toda minha vida, uma história super simples, mas penso nela TODOS os dias). Sendo o primeiro romance do autor, darei um desconto então.
Exatamente no ano de 1943, a família de Max Carver muda para uma vila pequena e afastada que fica no litoral. Seu pai, um relojoeiro e inventor toma essa decisão para se manter afastado do tumulto da guerra. Só que uma coisa de que o garoto e nem o restante da sua família faziam ideia, é o fato de que a nova moradia estaria repleta de mistérios. Por conta da sua aguçada curiosidade, Max não demora muito em descobrir um jardim estranho e abandonado nos fundos da sua residência, com estátuas e símbolos que ele desconhece. A partir disso, uma série de coisas sinistras é iniciada.
Logo o garoto faz amizade com Roland, que lhe apresenta o vilarejo e lhe mostra o lugar onde fica os restos de um barco que naufragou há anos em uma forte tempestade, onde todos que estavam a bordo morreram, com exceção de um homem: um engenheiro que construiu o farol na praia.
Devido aos acontecimentos estranhos, Alicia, Max e Roland tentam investigar os mistérios a fim de descobrir a chave para tudo isso, mas nesse mesmo momento, um ser assustador, conhecido como Príncipe da Névoa entra em cena, e o mais macabro, é que ele é capaz de realizar qualquer desejo a qualquer pessoa, mas exigindo um pagamento muito alto.
A narração em 3º pessoa me agradou muito, já que dá uma visão bem ampla dos acontecimentos. A escrita do autor segue com um toque poético, o que faz disso, sua marca registrada. Apesar de O Príncipe da Névoa não possuir a mesma maturidade de seus livros atuais, seu estilo próprio permanece ali, inabalável.
Para amantes de Zafón, recomendo o livro para ler e guardar em sua coleção. Para os que ainda não leram, peço que não julgue o autor por esse livro, lembre que esse foi seu primeiro romance, e acredite que os outros são maravilhosamente melhores.
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