A vida que ninguém vê

A vida que ninguém vê Eliane Brum




Resenhas - A Vida que Ninguém Vê


164 encontrados | exibindo 31 a 46
3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 |


Gisele 12/07/2022

Livro: A vida que ninguém vê
Dona de uma alma sensível Eliane Brum relata através de textos originais e potentes histórias aparentemente comuns e ordinárias. Histórias que não são noticiadas no jornalismo convencional. Histórias que não possuem nada de magnífico para a grande massa. Histórias esquecidas e que talvez nunca seriam contadas se não tivessem cruzado com o olhar atento aos pequenos acontecimentos de Eliane.
Apaixonada pelo ofício de contar histórias a autora se especializou em contar a vida de humanos anônimos: o andarilho Israel que descobriu no olhar da professora que podia estudar, Eva, mulher negra, pobre e com deficiência física que contra tudo e todos conseguiu na faculdade se formar, Camila, a menina enviada aos sinais para o sustento da família providenciar, Dona Maria de olhos brilhantes que ouviu desde pequena que era burra demais para a escola frequentar, o doce velhinho dos comerciais que sobreviveu ao holocausto e decidiu que sua vingança á tanta atrocidade seria viver e amar.
Essas e tantas outras histórias de vida aparentemente comuns, se transformaram em relatos épicos e extraordinários contatos através da força narrativa e poética de Eliane.
A vida que ninguém vê transforma os coadjuvantes da vida cotidiana em protagonistas da suas próprias histórias. E traz aos seus leitores a percepção de enxergar a generosidade através do olhar para a própria vida e principalmente a vida do outro, que mesmo quando não nos diz nada em palavras, tem muito a nos dizer seja no seu silêncio ou na sua maneira de nos olhar.

Livro: A vida que ninguém vê
Autora: Eliane Brum
Editora: Arquipélago Editorial
N° de páginas: 208

Texto: @giselesertao @afagodemaeoficial

site: https://afagodemae.blogspot.com/2022/07/livro-vida-que-ninguem-ve.html
comentários(0)comente



Arthur B. Senra 22/11/2020

A prática da empatia pela escrita, o desenvolvimento da percepção para enxergar as pessoas invisibilizadas, mostrando com dignidade seres humanos discriminados, transforma o ordinário em extraordinário pq é vendo o outro que nos enxergamos. Eliane Brum consegue o que se propõe, dá escuta, atenção e escrita a vida que ninguém vê.
comentários(0)comente



Eugênio 04/06/2021

"Você pode olhar para o infinito, como Carl Segan, e descobrir que é feito da poeira das estrelas. E olhar para o chão e acreditar que é um cocô de cachorro. É o mesmo homem que tem diante de si o infinito e o chão. Mas é nessa decisão que cada um se define. Como olhar para você mesmo é uma escolha. Um exercício de liberdade, de autodeterminação, do livre-arbítrio. Seja generoso. Arrisque. Ouse.
Olhe."
(Elaine Brum)
comentários(0)comente



Bia 09/11/2022

A beleza do cotidiano
Eliane Brum: sensacional em todos os trabalhos que se propõe.
Foi através dela que eu pude enxergar o jornalismo. Brum foi essencial para minha formação e com ela eu percebi que ser jornalista vai além de noticiar fatos. Ser jornalista é olhar no olho do seu entrevistado, é ter empatia, coragem e lealdade à história contada. Ser jornalista está longe de ser apenas um mero observador e relator. É também se envolver na dura realidade observada. É "sujar os pés". É não voltar até ter uma boa história pra contar. É não se prender a pautas, mas saber olhar as pessoas ao redor e enxergá-las também como histórias. É saber falar e saber ouvir. É saber respeitar espaços e saber quando avançar.
Mais um livro de Brum, mais um sentimento de gratidão!
comentários(0)comente



Sancha 28/01/2022

Invisível
Leitura sensível, que nos faz refletir sobre as histórias que compõem as nossas vidas, histórias essas de pessoas que são invisíveis aos nosso olhar, mas que se entrelaçam nas lutas diárias de sobrevivência e que passam silenciadas diante de nossas vidas.
comentários(0)comente



Lindy.Heller 27/11/2021

A VIDA QUE NINGUÉM VÊ
A Vida Que Ninguém Vê são as palavras descrevendo o olhar sensível e humano de Eliane Brum. Reunidas neste livro, algumas das crônicas - reportagens que a jornalista escreveu e publicou no jornal Zero Hora no decorrer de 1999.
Aqueles acontecimentos que não são notados, não são vistos como dignos de serem escritos, nas mãos de Eliane viraram uma verdadeira obra de arte sobre as vidas anônimas.
Somente o olhar atento vê em um carregador de malas um portal para uma boa história ou em um cemitério o além da dor que está sendo enterrada, vê a dor de uma vida de privações e dificuldades. Claro que não só de tristeza são as histórias das vida que ninguém vê, tem personalidades tão excêntricas que parecem terem sido inventadas e moldadas por Eliane.
Tenho verdadeira paixão por cada página deste livro, ao ponto de não saber mais quantas vezes já o li. Foi por ele que passei a estender meu olhar aos detalhes, aos rostos escondidos pelas esquinas.

⏳ tempo de leitura: 8 dias
⭐ nota: 5 / 5


site: https://www.instagram.com/p/CRxOxrPFN_R/
comentários(0)comente



spoiler visualizar
Mariana.Barbosa 14/02/2022minha estante
esse é o meu livro favorito ?




Edilane 31/08/2020

Crônicas-reportagens
O livro vai trazer pessoas comuns e histórias reais que geralmente não virariam notícia, tudo isso através do olhar sensível de Eliane Brum. O livro traz algumas reflexões bem bacanas e como se trata de textos curtinhos a leitura e bem fluída.

Gosto bastante da ideia de jornalistas e escritores que possuem aquele olhar diferenciado e que conseguem fazer com que tudo vire algo especial ou marcante, esse foi um dos motivos pelos quais comprei esse livro.

Apesar do livro não ser ruim, não foi uma leitura que deu muito certo pra mim, muitas histórias poderiam ser resumidas em um parágrafo, mas entendo que talvez se não fosse escrito do jeito que foi as histórias não causariam o efeito que vieram pra causar nos leitores.
comentários(0)comente



Ronoc 28/04/2021

Magistral aula sobre o poder do olhar
"A vida que ninguém vê" era o nome de um projeto de Eliane Brum no jornal gaúcho Zero Hora: uma coluna em que mostrava os achados que simplesmente passavam desapercebidos por quase todos ao cruzar ruas, praças e pessoas no dia a dia.

Vidas aparentemente comuns revelavam, então, pelo olhar atento e generoso e pela prosa límpida e certeira de Eliane, o que tinham de grandiosas, de únicas, de extraordinárias. Como ela diz no posfácio do livro, cada vida comum é, na verdade, uma Odisséia ? basta olharmos com atenção, com verdadeiro interesse.

Tornada livro, a reunião de colunas da repórter é uma aula não apenas de jornalismo, mas de humanidade.
comentários(0)comente



Gabi_asanturio 27/06/2023

Muito interessante
Aborda as realidades que estão longe de muitas pessoas de uma forma clara, direta e ao mesmo tempo com um estilo requintado. Extremamente bem escrito. E ainda nos faz refletir sobre os diferentes mundos de cada um. Recomendo.
comentários(0)comente



Eduardo 08/08/2020

Magistral!!!
Eliane Brum oferece novos olhares a histórias que para muitos não mereciam sequer ser contadas, trás sensibilidade a vida de muitas pessoas que devido a dor, a escassez de sentido e as adversidades do cotidiano, passam despercebidos por muitos. Coloca histórias e modos de viver que desafiam a barreira do invisível e saem com a vitória, pois são histórias únicas e singulares.
Um livro para se ler reler e passar a dar atenção e destaque ao outro, um livro que nos trás empatia e sensibilidade.
comentários(0)comente



Érica 06/01/2022

Colossal
Logo na primeira história estava eu chorando copiosamente no metrô por uma história que poderia estar todo dia no jornal, na casa do vizinho, na nossa casa. Eliane Brum é gigante!

"Porque a vida nada mais é do que essa trama se detalhes que só fazem sentido para quem os viveu"
comentários(0)comente



Alê 09/07/2021

Leitura muito diferente do usual, a autora traz luz à histórias de pessoas comuns, daquelas mesmo que vemos aos montes todos os dias. A sensibilidade na escrita é incrível.
comentários(0)comente



Andreia Santana 01/05/2016

"O mundo é salvo todos os dias por pequenos gestos"
A vida que ninguém vê deriva da coluna homônima de crônicas-reportagem que Eliane Brum assinou no jornal Zero Hora, em 1999, durante 11 meses. O material, originalmente publicado nas edições de sábado do periódico, foi reunido em livro em 2006, quando a autora já colecionava diversos prêmios jornalísticos e literários. Um deles, o Jabuti de 2007 de Melhor Livro de Reportagem.

A ideia da coluna era reunir histórias de pessoas anônimas de Porto Alegre, mostrando que o cotidiano é cheio de uma beleza miudinha, e muitas vezes dolorida, que pouca gente consegue se dar conta no vai e vem dos grandes centros urbanos. Das desimportâncias da vida, das quinquilharias atulhadas na memória coletiva, e por isso mesmo invisíveis, a repórter extraiu significados profundos. Cada personagem encontrado por Eliane Brum nas ruas da capital rio grandense revelam muito da condição humana.

As histórias de A vida que ninguém vê doem no coração e na alma. Sem a menor pieguice, mas com uma poesia agridoce, a autora conduz o leitor ao choro sentido e catártico. De certa forma, leva-o a vislumbrar uma espécie de redenção. O mundo tem salvação, basta abrirmos os olhos e o espírito. O livro, em muitas das crônicas, mostra situações de extrema miséria e desamparo, de loucura e desesperança, mas o efeito no leitor não é o da resignação por as coisas serem assim mesmo. Tampouco é de revolva vazia, a "indignação mosca sem asas" do Samuel Rosa.

Para contrapor o lado b, há casos de superação muito mais profundos que as receitas dos papas da autoajuda e há o desejo de voar, que nos persegue desde Ícaro, aqui traduzido com maestria por Eliane com a história de um carregador de malas no aeroporto que tinha o sonho de viajar de avião para pagar uma promessa em Aparecida do Norte.

Com o sofrimento de crianças abandonadas, de idosos esquecidos, de pedaços de memória atirados ao lixo e dos humildes que de seu não possuem nem o pedaço de chão onde são enterrados, Eliane Brum humaniza todos aqueles que são considerados a escória da sociedade e nos humaniza por abrir nossos olhares para o fato de que o que nos separa desses irmãos indigentes do mundo é só um pouco de sorte por não termos nascido do lado errado da fronteira social. Faz no mínimo, sermos gratos pelas oportunidades recebidas, por mais singelas que sejam. Depois de ler os textos cheios de empatia e sinceridade da autora, duvido muito que alguém consiga passar novamente por um mendigo na rua sem ver nele um espelho.

Para quem é jornalista, a leitura do livro funciona como uma grande lição. Tanto que no texto de encerramento, a própria autora diz que gostaria de vê-lo adotado nas faculdades. E se engana quem pensa que o objetivo é apenas dar mais uma aula pasteurizada de new journalism. Embora a técnica de humanizar relatos e tocar o leitor com textos cativantes tenha revolucionado o modo de escrever nas redações da década de 60 para cá, com o passar dos anos, o new journalism foi engolido, digerido e regurgitado em formatos de extremo mau gosto, com fórmulas prontas para comover superficialmente uma gama de leitores ávidos por fortes emoções.

Mas nada nesse livro lembra a voz ensaiada para parecer embargada, nas narrações de tragédias lidas com uma indiferença mal disfarçada por ascéticos apresentadores no telejornal. Entre uma chamada para o próximo jogo do campeonato e a agenda cultural da semana, um desabamento de encosta. Nada disso, o que Eliane Brum faz é a essência primordial da criação de gente da lavra de Norman Mailer e Truman Capote, é a comoção legítima, nascida da capacidade de descer ao rés do chão e igualar-se aos miseráveis retratados em cada crônica, porque iguais todos somos. Chegamos a este mundo "carecas, pelados e sem dentes", como já cantava Silvio Brito nos idos dos anos 80, e com essa mesma fragilidade e solidão, saímos dele no dia marcado pelo destino.

O que Eliane Brum nos ensina é o que ela aprendeu nas ruas, batendo papo com pessoas fascinantes em suas vidinhas que nada tem de ordinárias: enquanto o destino não lança seu último dado, por mais comum que seja a existência, algo de extraordinário se esconde em cada rosto na multidão

site: https://mardehistorias.wordpress.com/
comentários(0)comente



Caoticamente 16/01/2023

Amantes de Mazzaropi, livros nacionais e biblioteca escolar
Peguei a história pro acaso no 1 ano do ensino médio e nunca mais fui a mesma

TODAS as histórias são reais , o tipo de livro que os relatos são aqueles extraídos de conversas ( tristes, engraçadas, de amor , de sofrimento, de fé) da rua entre a jornalista . Só os nomes não são reais


Digo desde já que vc vai amar essa historia se gosta de algo descrito no título!

E se gosta tbm de contos / cronicas com essência nacional .

Tem muitas de comédia que são o puro suco do filme o auto da compadecida ( clássico nacional)


Faixa etária: +14
comentários(0)comente



164 encontrados | exibindo 31 a 46
3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR