Paixão simples

Paixão simples Annie Ernaux




Resenhas - Uma Paixão Simples


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Leywyson.Ramon 15/03/2024

Resenha N°16
Bom, uma história diferente.
É um interessante relato da própria escritora de um momento da vida dela.
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Fepais 11/03/2024

Paixão que te tira do eixo
é um livro bem curtinho (60 e poucas páginas) que conta a história de uma paixão avassaladora, aquela que te tira o eixo da vida, apenas o que importa é a pessoa. Foge um pouco do comum porque a protagonista é já uma mulher mais velha, divorciada e com filhos e que se apaixona por um homem casado (não conheço livros que tratem da paixão dessa forma com essa faixa etária). Mostra como o sentimento vai mudando de um amor para um pavor de perder o outro (que as vezes nunca te pertenceu de verdade). Não é um livro que indico para qualquer pessoa, é uma leitura muitas vezes não tão fluída e que choca com a sinceridade dessa paixão, algo visto como errado porque é um homem casado, mas também por ser algo quase obsessivo, completamente dependente.
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Carolina1220 09/03/2024

"O inacreditável pertence a uma atualidade que já [...]
[...] passou do prazo de validade."

Ouvi dizer a um tempo que esse livro não era um livro pra qualquer um e ele realmente não é. Não é um livro pra qualquer pessoa e nem ao menos para qualquer mulher. Eu diria que é um livro para aqueles que estão dispostos a simplesmente entender as nuances certas e erradas de uma mulher quem caiu sobre a loucura da paixão. Não apenas a paixão doce e encantadora que vemos sendo tão falada, mas na paixão que realmente beira a loucura, a obsessão, a necessidade, o desejo e a dependência.

A autora retrata com pura clareza a vida da mulher que vive por sua paixão por outra pessoa. Ela mostra a paixão de uma perspectiva diferente na qual nos deixa empactados, por sua simples sinceridade, sinceridade essa que quem amou de forma tão obsessiva vai identificar-se em pelo menos algumas das vivências colocadas em palavras por Annie.

Algumas vezes as paixões vão além de formas absurdas, levando-nos a cometer atos tão estranhos e vergonhosos que só entendemos quando se finda, e paixões como essas são muitas vezes fadadas a um fim.

É estranho ser telespectador que alguém que vivenciou a necessidade de viver por um amor, que vivenciou a loucura de tudo ser apenas nada porque tudo se torna uma pessoa só, que vivenciou a estranheza de tudo ser um grande vazio com a ausência de alguém e que tudo que não a tem você começa a atribuir a ela ou ao momento que vai encontra-la. Que vivenciou a necessidade constante de alguém a ponto de transformar sua vida apenas no que aquela pessoa te propõe; cada toque, cada palavra, cada ligação, carta, mensagem.

A obsessão que não é bela e nem correta, mas é real e parece bela quando é vivida, parece certo de se viver, se confunde com felicidade em momentos que o fruto de sua obsessão está ao seu lado, tanto que recaídas dá necessidade desse contato existem e são retratadas nesse pequeno livro.

Mesmo com a escrita levemente complexa de se entender, fiquei presa e apaixonada pela escrita dessa autora que se mostra a frente de seu tempo, em situações tanto antigas quanto modernas, faladas sem escrúpulos por um mulher que se desafia e não se prende pelas vergonhas do sexo e do passado.

Incrível, sensacional! Realmente não é pra qualquer um mas pra mim foi perfeito! Uma das diferentes formas de falar sobre amor e paixão, de uma das formas mais imperfeitamente real.

"Quando eu era criança, para min o luxo eram casacos de pele, vestidos compridos e vivendas à beira-mar. Mais tarde, pensei que fosse ter uma vida de intelectual. Agora parece-me também que é poder viver uma paixão por um homem ou por uma mulher."
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Lelemarta 09/03/2024

Meu maior medo é viver uma paixão onde os sentimentos sejam tão fortes que toda a razão fique de lado e eu perca o controle sobre as minhas atitudes. Por isso fiquei aterrorizada lendo esse livro da Annie Ernaux. Mas o fim dele me trouxe paz, ja que eu gostei da sutileza em que ela mostrou o desfecho dessa história e contou como seu objetivo era apenas relatar esse sentimento da forma mais pura e simples.
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Tori Rios 08/03/2024

Talvez eu não seja tão maluca assim?
Cheguei a uma das mais famosas e comentadas obras da Annie Ernaux este ano, depois de ter lido A Mulher desiludida, da Sime De Beauvoir. Foi uma experiência rica perceber que com a Simone subia em mim o odio pela mulher que dorme com o marido de outra sabendo que ele é casado, com a Annie a minha postura foi mais tentadora em passar pano. Não acredito, ainda que pareça, que a amante está certa, mas a desumanização dela não me parece mais o melhor caminho para a discussão da obra.
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Sam 05/03/2024

"Ele bebia demais, conforme os costumes dos países do Leste. Eu ficava assustada com a possibilidade de que sofresse um acidente na estrada voltando para casa, mas não me desagradava. Mesmo quando ele cambaleava ou arrotava ao me beijar. Pelo contrário, ficava feliz de estar perto dele num momento que beirava o abjeto."
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heloisa 05/03/2024

To live for the hope of it all
Sempre me preocupei com minha forma no estado da paixão. achava anormal a forma intensa que me colocava à mercê de outra pessoa, a necessidade de entender sua mente, o frio no estômago causado pela expectativa de algo novo. hoje, aos 22 anos, me conhecendo melhor e já tendo quebrado a cara algumas vezes no amor, acredito que controlo melhor tais emoções e esse livro seria mais útil quatro anos atrás, última vez que entrei nessa fase de paixão. entretanto, finalmente encontrei conforto ao me identificar com algo que achava tão preocupante e singular na época. achei incrível a escrita e o fluxo de pensamento da autora, se tornou um favorito.
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Maria 04/03/2024

Um livro curtinho pra ler de uma só vez. Gostei muito dessa narrativa que expõe as obsessões amorosas, me identifiquei com muitas e pelo o que vi, grande parte das mulheres já se sentiram e fizeram coisas parecidas as do livro, trás normalidade. O desfecho que a autora escreveu, dizendo que não importava se o homem merecia ou não tudo isso e falando que a história não era sobre ele, mas sim sobre ela mesma e a paixão me fizeram gostar ainda mais. Não é o tipo de livro pra postar trechos, e sim daqueles que guardamos por identificação.
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wendymarques 02/03/2024

?Sem saber, ele estreitou minha conexão com o mundo?
Eu amei!!
Não é meu estilo de livro preferido esse tipo mais reflexivo, sem uma linha do tempo e diálogos mas esse livro é aquele livro que você lê em uma horinha e com um lápis do lado pra não perder nenhuma descrição do que ela sente ser a paixão. É um livro simples de ler, a escrita é fácil, rápida e fluido. Ele é autêntico e tem o seguimento bem puxado pro clássico e bem rico de informações.
É uma personagem real, com uma vida real, falando sobre paixão da forma mais real possível. A obsessão dela por A. me incomodou até eu entender o livro, entender a mente dela, o que era o relacionamento deles pra ela. Depois eu mergulhei nessa descrição da paixão porque na real todos esses sentimentos narrados por ela representam uma única coisa, a paixão, estar apaixonado é avassalador e é diferente de amar, ela descreveu isso muito bem.
Me peguei várias vezes durante a leitura lembrando de momentos que senti paixão e não amor, não da forma obsessiva representada no livro mas por várias vezes sentimentos parecidos.
Eu adorei, vale muito a leitura, a autora é maravilhosa e deixou isso claro nas poucas páginas mas bem escritas desse livro.
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Del 28/02/2024

Paixão Simples(mente) avassaladora
Segundo livro da autora que tenho a oportunidade de ler e assim como o primeiro, O acontecimento, este livro fez emergir em mim uma série de sentimentos e me fez recordar experiências similares a está descrita pela autora.

Ao relator essa paixão avassaladora por um homem casado, já mais velha, separada do marido e com dois filhos, essa mulher se entrega a este estado de paixão onde tudo o que importa é estar ao lado da pessoa amada. Alguns momentos senti um certo incômodo pq parece que o parceiro não está na mesma página que ela. Enquanto ela parece está perdidamente apaixonada, ele parece apenas envolver-se fisicamente com ela. A escrita da autora não é rebuscada, é simples mas não é simplória e faz a leitura ser bem fluida.
edu basílio 28/02/2024minha estante
concordo com você, del, é um relato que mexe muito com a gente... ?
a própria annie concorda com você também que ela vivenciou uma espécie de autoanulação (em um dado ponto ela diz "não estou narrando um caso, não estou contando uma história (que, a mim mesma, me escapa a metade) com cronologia precisa, 'ele veio dia 11 de novembro', nem aproximada, 'passaram-se semanas'. não havia cronologia para mim nesta relação, eu me dava conta apenas da presença e da ausência dele").
obrigado por partilhar seu comentário tão honesto.?


edu basílio 28/02/2024minha estante
concordo com você, del, é um relato que mexe muito com a gente... ?
a própria annie concorda com você também que ela vivenciou uma espécie de autoanulação.
em um dado ponto ela diz "não estou narrando um caso, não estou contando uma história (que, a mim mesma, me escapa a metade) com cronologia precisa, 'ele veio dia 11 de novembro', nem aproximada, 'passaram-se semanas'. não havia cronologia para mim nesta relação, eu me dava conta apenas da presença e da ausência dele".
obrigado por partilhar seu comentário tão límpido e honesto.?


Del 28/02/2024minha estante
Me despertou sentimentos mistos. É gostoso sentir esse tipo de paixão mas aos poucos vai se tornando algo insuportável quando o outro lado não está na mesma sintonia que você. Obrigado por me indicá-lo, acho que precisava ler algo assim no momento e refletir um pouco sobre algumas questões do passado. ?


edu basílio 28/02/2024minha estante
????


edu basílio 28/02/2024minha estante
???? sim. eu penso que com autoanulação e sem reciprocidade, a paixão está fadada a morrer de fome, e não em evoluir para o amor e o companheirismo.
a grande força da annie é justamente ter a coragem de se desnudar e se dissecar mesmo quando o que vai resultar disso, para a maioria das pessoas, machuca, envergonha ou até faz sofrer...


Del 29/02/2024minha estante
Sim! Penso exatamente igual a você.




mariana113 27/02/2024

Paixão simples(mente avassaladora)
Annie Ernaux apareceu pra mim no momento certo com o livro certo. Senti, pela primeira vez, que era uma adulta, com problemas de adulta, lendo livros de adulta.
A autora apresenta em ?paixão simples' a paixão como algo tão físico que se torna sua própria personagem, alheia à autora .
?Ele me disse "você não vai escrever um livro sobre mim". Ora, mas não escrevi um livro sobre ele, nem sobre mim mesma. Apenas expressei com palavras - que talvez ele nem leia, e que não são destinadas a ele - o que a existência dele, por si só, me trouxe.?
Descrevendo relacionamentos de uma mulher já madura, a francesa narra com assustadora precisão os lados mais íntimos e profundos da paixão. Ao relatar que conta a passagem do tempo com base na presença ou ausência de seu amado (A.), um homem casado, Annie relata a ansiedade e angústia da espera, a falta do presente, o luto pelo futuro e a necessidade do passado de maneira brilhantemente intensa. A ganhadora do Nobel de literatura fascina ao usar a linguagem e estilística do texto ao seu favor, demonstrando neles o estado de espírito, esperanças e desejos da protagonista (ela mesma).
Annie Ernaux é o tipo de autora que prende sua atenção e permeia seus sonhos e pensamentos até que você encontre o desfecho de sua obra. A escritora definitivamente entrou para minha lista de favoritas e me explicou muito sobre mim mesma. Estou definitivamente apaixonada por suas escritas.

?O certo é que não sinto nenhuma vergonha ao escrever essas coisas graças ao intervalo que separa o momento em que elas são escritas, em que estou sozinha observando-as, do momento em que elas serão lidas por outras pessoas, o qual, tenho a impressão, nunca vai chegar. (?) É esse intervalo de tempo que me permite escrever hoje - um pouco como aos dezesseis anos eu ficava deitada tomando sol um dia inteiro ou como aos vinte fazia amor sem contraceptivos:
sem pensar nas consequências.
(É, portanto, um erro equiparar quem escreve sobre a própria vida com um exibicionista, pois este último tem apenas um desejo, mostrar-se e ser visto no mesmo instante.)?
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Mari.cf 25/02/2024

Não sei que gênero esse livro se encaixa, é uma crônica? Um conto? Uma autobiografia? Só sei que a autora conta sua experiência de uma paixão obcessiva que ela tem por um homem casado. Eu gostaria que tivesse mais páginas, mas apesar disso é uma leitura legal e rápida
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Lara.Martins 24/02/2024

?Para mim não havia essa cronologia em nossa relação, eu só conhecia a presença ou a ausência.?

realmente nenhuma experiência é individual
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Lavinia166 23/02/2024

(se perder)
Há alguns dias mergulhei nesta leitura de literatura francesa, uma autobiografia escrita por Annie Ernaux. O enredo gira em torno de sua história marcada por uma paixão avassaladora, vivenciada após um divórcio e com filhos já crescidos, por um estrangeiro casado descrito apenas como "A.". Apesar de sua narrativa concisa, a escrita é extraordinariamente expressiva, transportando-nos para o cotidiano obsessivo e apaixonado dessa mulher. A presença de "A." a faz sonhar acordada, consumindo-a de tal forma que ela se entrega completamente, revivendo incessantemente os momentos compartilhados. Chega ao ponto de negligenciar os filhos distantes, de postergar tarefas simples como tomar banho, aguardar ansiosamente por seu telefonema, e até mesmo de visualizá-lo nas ruas entre estranhos. É uma paixão que transcende sua existência, a ponto de desejar a queda do avião se já não fosse revê-lo. O enredo é marcado por uma montanha-russa emocional, onde a presença, ausência e memórias de "A." se entrelaçam, tornando-se mais intensas do que seria uma narrativa de amor, justamente por retratar um sentimento proibido. A sinceridade desta obra me encantou, pois retrata de forma crua os sentimentos mais íntimos de uma mulher, especialmente em relação a paixão: mistura loucura e desejo, um delírio cotidiano.
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